Fanfics Brasil - Capítulo 13 - Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore De um jeito diferente

Fanfic: De um jeito diferente | Tema: Harry Potter


Capítulo: Capítulo 13 - Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore

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POV GINA


O curto espaço de tempo em que dormi depois de horas chorando e de perguntas sem respostas, foram povoados por sonhos horríveis que eu preferia não comentar.


Eu estava em Hogwarts, mais precisamente na formatura do sétimo ano. Os formandos usavam vestes longas pretas com brasões do colégio e de suas respectivas casas, bem parecido com o uniforme da escola, apenas com o diferencial de não era necessário o uso de gravatas, Mas algo que chamava a atenção eram os chapéus de bruxo que muito raramente usávamos, porque era definitivamente ridículo e nem mesmo o colégio nos obrigava a usá-los, apenas em ocasiões formais como aquela.


– Rony e Hermione formam um belo casal – disse mamãe sentada ao meu lado – Eu sabia que seu irmão tomaria alguma atitude, Hermione não é o tipo de garota que se deixa escapar tão fácil.


– Hermione e Rony estão juntos? – eu perguntei confusa, não entendo nada do que estava acontecendo ali.


– Que tipo de pergunta é essa? Eles estão namorando há mais de um ano. Você sabe disso, estava lá quando Rony a beijou e pediu em namoro no meio da batalha de Hogwarts, que graças a Merlin, Harry conseguiu vencer – falou mamãe.


– Eles se beijaram? – eu sussurrei fracamente, mas minha mãe já não me escutava. Sua atenção estava completamente voltada para a cerimônia que havia acabado de se iniciar com Minerva McGonagall começando seu discurso com referências à bravura e lealdade que os alunos de Hogwarts tiveram na guerra.


Eu não conseguia entender mais nada do que estava acontecendo. Meu estômago se revirava de todas as formas possíveis e a falta de ar era cada vez mais presente. Não conseguia nem ao menos respirar e a única coisa que eu queria era poder sair dali.


Harry, Rony e Hermione estavam sentados na primeira fileira do lado direito. Pareciam estar felizes porque sorriam como nunca havia visto antes. Mas mesmo longe eu podia ver claramente as mãos entrelaçadas de Rony e Hermione, e momentos depois meu irmão beijou sua bochecha e ela sorriu para ele. O meu sorriso. Ela sorriu para ele com o meu sorriso, que era exclusivamente destinado a mim e a mais ninguém. E aquilo me fez querer vomitar.


– Eu realmente espero que você e Harry se acertem logo. Hermione me disse que adoraria ser sua madrinha apesar de não estarem mais se falando como antes – disse minha mãe toda entusiasmada.


E aquilo foi a gota d’água. Tudo ao meu redor foi ficando escuro e no momento em que desmaiei a última coisa que vi foram os lábios de Rony colar aos de Hermione. Nos lábios que só eu poderia tocar.


–---------x----------


– Gina – eu ouvi uma voz me chamar ao longe – Gina acorde.


Abri meus olhos lentamente em busca do som que me chamava e consegui enxergar Gui me cutucando.


– Finalmente – disse ele quando me sentei na cama esfregando os olhos ainda zonza pelo sono.


– O que você está fazendo aqui? O que aconteceu? – eu perguntei olhando para os lados.


Nessa minha rápida inspeção percebi por uma pequena fresta na cortina que ainda estava escuro e a cama de Hermione estava vazia e totalmente arrumada. Sinal de que ela não veio dormir aqui e percebi que aquilo me deixou muito mal.


– Ainda é de noite, Guilherme – eu resmunguei.


– Eu sei. É meia-noite, mas preciso que se arrume e desça – ela disse sério.


– Por quê? Aconteceu alguma coisa? – eu perguntei – Vire-se para lá, vou trocar de roupa.


Gui ficou de costas enquanto eu mudava meu pijama por uma calça jeans e um suéter marrom.


– Rufus Scrimgeour está lá embaixo querendo com você, Harry, Rony e Hermione.


– O Ministro da Magia quer falar comigo? Por quê? – eu disse completamente surpresa enquanto calçava meus tênis velhos.


– Eu não sei. Mamãe está uma fera. Ela quer saber de qualquer jeito o porquê de quererem falar com você – disse meu irmão – Tem alguma coisa que queira me contar Gina? Tenho certeza que posso ajudar.


- Eu não fiz nada, Guilherme. Não faço a mínima ideia do porque querem falar comigo – falei terminando de ajeitar os fios bagunçados do meu cabelo – Vamos. Quero saber o que está acontecendo.


Desci as escadas com Gui em meu encalço. Ele me conduziu até a sala de “reuniões” que papai usava para receber visitas importantes, assim dizia ele.


– Quer que eu entre com você? – Gui perguntou apreensivo.


– Não precisa, e tenho certeza que o Ministro não quer ninguém mais presente do que nós quatro – eu disse – Está tudo bem. Te conto tudo quando sair de lá.


Scrimgeour estava sentado em frente a Harry, Rony e Hermione. Ele era um homem esguio e parecia um leão velho com mechas grisalhas em sua juba de cabelos amarelados e sobrancelhas espessas. Ele tinha olhos amarelados que expressavam certo interesse no que via e usava óculos de aros de arame. Uma bengala descansava ao seu lado o que era bem plausível por sua aparência magricela, fraca e sombria. Sua expressão era dura e os lábios crispados eram um claro sinal de que o ministro não estava ali para dar parabéns ao meu ex-namorado.


– Srta. Weasley – ela me cumprimentou assim que se deu conta da minha presença – É um prazer finalmente conhecê-la, acho que não fomos formalmente apresentados.


– E ai Sr. Ministro, tudo em cima? – eu perguntei sem me preocupar em ser educada.


Cumprimentei-o com um toque que provavelmente pessoas velhas como ele nunca tinham visto, e minha vontade de rir ficou presa na garganta quando suas mãos se embaralharam todas enquanto tentavam acompanhar as minhas. O ouvi resmungar alguma coisa sobre adolescentes idiotas assim que me afastei.


– Será que posso me sentar aqui? – eu perguntei com um sorriso falso para Rony e Hermione. Forcei um espaço entre eles e meu sorriso aumentou quando vi Hermione revisar os olhos e bufar com um pouco de raiva – Obrigada.


– Agora que estão confortáveis, vamos ao que interessa... O testamento de Alvo Dumbledore – O Sr. Ministro disse enquanto pegava uma grande bolsa e um pergaminho nos bolsos internos de sua veste.


Nos olhamos assustados e apreensivos. Era de se esperar que Dumbledore deixasse algo para Harry, afinal, era seu aluno protegido e que precisava de maior atenção. Até mesmo Rony e Hermione são aceitáveis em estarem no testamento, mas o que eu estava fazendo ali? E parecia que os outros estavam se fazendo a mesma pergunta e de fato Harry a fez sem pestanejar.


– O que Gina está fazendo aqui?


– Bem Sr. Potter, estamos discutindo o testamento de Dumbledore então, obviamente, ele deixou algo para a Srta. Weasley – o Ministro falou ironicamente sem querer demonstrar qualquer tipo de educação ou paciência.


– Mas por quê? – Harry insistiu.


– Eu não sei Sr. Potter, só estou cumprindo as últimas vontades do falecido Alvo Dumbledore. Acho que você deveria ter perguntado isso a ele.


– Eu não sabia que...


– Então parece que seu querido mentor guardava muito mais segredo do que pensava, Sr. Potter. Muito mais do que Rita Skeeter pode colocar em seu livro “A vida e as Mentiras de Alvo Dumbledore” – Scrimgeour falou sem qualquer tipo de compaixão. Frio e seco – Agora se ninguém tiver o que contestar, será que poderíamos dar início ao testamento?


Ninguém disse mais nada depois daquilo. Scrimgeour pigarreou uma vez, limpando a garganta e desenrolou o pergaminho, pondo-se a ler as vontades de Dumbledore.


– “Últimas vontades de Alvo Percival Wulfrico Brian Dumbledore...” – ele forçou um pouco mais os olhos para enxergar melhor -... ”a Ronald Weasley deixo o meu desiluminador, na esperança de que se lembre de mim quando usá-lo.


O Ministro tirou da bolsa um objeto que eu já tinha visto há alguns anos no escritório de Dumbledore quando houve toda aquela merda com o diário de Riddle. Lembro que ele me explicou que aquela coisa que mais parecia um objeto trouxa que eles chamavam de isqueiro, tinha o poder de extinguir toda a luz de um lugar e restaurá-la com um simples clique. Scrimgeour se inclinou para frente e passou o desiluminador a Rony, que o recebeu e examinou entre os dedos com ar de perplexidade.


– Isto é um objeto valioso – comentou Scrimgeour observando Rony – Talvez seja único no mundo. Com certeza foi projetado pelo próprio Dumbledore. Porque ele teria lhe dado algo tão raro?


Rony sacudiu a cabeça, aturdido.


– Dumbledore deve ter tido milhares de alunos – insistiu Scrimgeour – Contudo, os únicos de que se lembrou em seu testamento foram vocês quatro. Porque será? Que uso ele pensou que o senhor daria a esse desiluminador, Sr. Weasley?


– Apagar luzes, suponho – murmurou Rony dando de ombros – Que mais eu poderia fazer com isso?


Ouvi Harry rir pelo nariz, e Hermione se mexer ao meu lado em sinal claro de que estava se segurando para não rir. Devo admitir que meu irmão foi ótimo com sua resposta para o Ministro. Evidentemente Scrimgeour não tinha mais objeções a dar. Depois de encarar Rony com os olhos semicerrados por um momento, voltou sua atenção para o testamento.


– “Para a Srta. Hermione Granger, deixo o meu exemplar de Os Contos de Beedle, o bardo, na esperança de que ela o ache divertido e instrutivo”


Scrimgeour apanhou, então, no saco um livrinho que parecia tão antigo quanto alguns livros que existiam na biblioteca de Hogwarts. A encadernação estava manchada e descascando em alguns pontos. Hermione recebeu-o do Ministro em silêncio.


Ela segurou o livro no colo e contemplou-o antes de me encarar, mas provavelmente ela se lembrou do acontecimento estúpido de mais cedo e desviou o olhar rapidamente. Vi que o título estava escrito em Runas, o que não fez diferença nenhuma; nunca tinha aprendido a lê-las. Enquanto eu observava, uma lágrima caiu sobre os símbolos gravados em relevo. Hermione estava chorando, e algo no meu peito se mexeu desconfortável. Eu não gostava de vê-la chorar e minha vontade era de puxá-la para os meus braços e dizer que estava tudo bem. Mas eu não podia fazer isso, por causa do maldito tempo que ela pediu. Então só me contentei em apoiar minha mão em seu joelho e dar leve aperto em sinal de apoio. Ela continuou encarando o livro.


– Porque acha que Dumbledore lhe deixou esse livro, Srta. Granger? – perguntou Scrimgeour.


Que velho intrometido. Ele não via que a minha namorada estava emocionada?


– Ele... Ele sabia que eu gostava de ler – ela respondeu com a voz rouca, enxugando os olhos nas mangas da roupa.


– Mas porque esse livro em especial?


– Não sei. Deve ter pensado que eu gostaria de lê-lo.


– Alguma vez discutiu códigos ou outros meios de transmitir mensagens secretas com Dumbledore?


– Será que o senhor poderia deixá-la em paz? – eu não agüentei, podia sentir o enorme desconforto de Hermione com aquilo.


Todos olharam para mim. Até mesmo Hermione tinha engolido um soluço e por alguns segundos eu jurei ter visto um sorriso no canto de seus lábios.


– Uau Srta. Weasley, agora vejo a bravura que todos dizem que tem. Realmente admirável. Vejo que faria qualquer coisa para proteger aqueles que ama – Scrimgeour disse cruzando os dedos à frente do corpo.


– Sim, eu faria – disse olhando diretamente para os olhos castanhos que eu amava e por um momento foi tudo o que eu via. Nada de testamento, Scrimgeour, Harry ou Rony. Apenas ela – Qualquer coisa.


Eu o ouvi pigarrear para chamar nossa atenção de volta para ele.


– Vejamos o que Dumbledore deixou para você – ele disse enquanto mexia na bolsa – “A Ginevra Weasley, eu deixo esta carta estritamente pessoal juntamente com o diário destruído de Tom Riddle, em seu primeiro ano como lembrança de que podemos superar fantasmas do passado se acreditarmos nisso. E que ele pede desculpas por não ter lhe dado tanta atenção quanto deveria.


Ele me entregou o diário velho e destruído com a carta lacrada magicamente.


–Espero que não tenham lido minha carta – eu disse.


– Ela está magicamente lacrada, só você pode abri-la Não perdemos tempo com isso.


– Traduzindo, vocês tentaram abri-la, mas não conseguiram – eu disse com um sorrisinho ignorante nos lábios.


Scrimgeour fingiu não me ouvir e continuou a ler o testamento.


– “A Harry Potter” – leu ele, e eu vi Harry se empertigar com uma repentina excitação – “deixo o pomo de ouro que ele capturou em seu primeiro jogo de quadribol em Hogwarts, para lembrar-lhe as recompensas da perseverança e da competência.”


Quando Scrimgeour tirou a bolinha de ouro do tamanho de uma noz, suas asas de prata esvoaçaram levemente.


– Por que Dumbledore lhe deixou este pomo? – perguntou Scrimgeour, se inclinando mais para frente.


– Não faço a menor ideia – respondeu Harry – Pelas razões que o senhor acabou de ler, suponho... para me lembrar o que se pode obter quando se... persevera e o que mais seja.


– Então você acha que é apenas uma lembrança simbólica?


– Suponho que sim. Que mais poderia ser?


– Sou eu quem faz as perguntas – disse Scrimgeour, puxando sua cadeira para mais perto do sofá em que nós quatro estávamos espremidos.


– Reparei que o seu bolo de aniversário tem a forma de um pomo de ouro – disse o ministro – Por quê?


Hermione riu ironicamente. O tipo de riso que ela só dispensava a pessoas que faziam perguntas estupidamente idiotas.


– Ah, não pode ser uma alusão ao fato de Harry ser um grande apanhador, isso seria óbvio demais. Deve haver uma mensagem secreta de Dumbledore escondida no glacê!


– Não acho que haja nada escondido no glacê, Srta. Granger – retrucou Scrimgeour -, mas um pomo seria um esconderijo muito bom para um pequeno objeto. A senhorita certamente sabe o porquê.


Harry sacudiu os ombros. Hermione, no entanto, pareceu ofegar ao meu lado, como se tivesse acabado de se lembrar de algo.


– Porque os pomos guardam na memória o toque humano.


– Quê?! – eu, Rony e Harry exclamamos juntos. Todos nós achávamos os conhecimentos de Hermione em quadribol quase inexistentes.


– Correto – disse o ministro – Um pomo não é tocado pela pele humana nua antes de ser liberado, nem mesmo por seu fabricante, que usa luvas. Ele carrega um encantamento mediante o qual é capaz de identificar o primeiro ser humano que o segurou, no caso de uma captura disputada, por exemplo. Este pomo – acrescentou ele erguendo a minúscula bolinha – se lembrará do seu toque, Potter. Ocorre-me que Dumbledore, que possuía uma prodigiosa competência em magia, apesar dos defeitos que porventura tivesse, talvez tenha enfeitiçado o pomo para que só se abra ao seu toque.


Mesmo a um Rony de distância, eu podia sentir o coração de Harry bater com mais força. Tinha certeza que Scrimgeour acertara. Como poderia evitar receber o pomo com as mãos nuas diante do ministro?


– Você não responde. Talvez já saiba o que o pomo contém, não?


– Não – respondeu Harry, provavelmente pensando como poderia fingir que tocava o pomo sem realmente fazer isso. Se ele ao menos soubesse Legilimência, e pudesse ler a mente de Hermione. Praticamente dava para ouvir as engrenagens do cérebro dela trabalhando ao meu lado.


– Pegue – disse Scrimgeour calmamente.


Harry encarou os olhos amarelos do ministro e não lhe restou opção nenhuma que não fosse obedecer. Estendeu a mão e Scrimgeour tornou a se inclinar para frente e depositou o pomo na palma de sua mão lenta e deliberadamente.


Nada aconteceu. Quando os dedos de Harry se fecharam em torno do pomo, suas asinhas cansadas esvoaçaram e se imobilizaram. Scrimgeour, Rony, Hermione e eu continuamos a olhar ansiosos para a bola, agora parcialmente oculta, como se esperássemos que ela fosse sofrer algum tipo de transformação.


– Essa foi dramática – comentou Harry descontraído. Todos nós rimos juntos.


– Então terminados, não? – perguntou Hermione, tentando se erguer do sofá apertado, o que me deixou bem triste, porque a impressão que eu tinha era de que ela queria ficar o mais longe possível de mim.


– Ainda não – respondeu Scrimgeour, que agora parecia mal-humorado – Dumbledore lhe deixou outra herança, Potter.


– Qual? – perguntou ele, sua agitação se renovando. Desta vez Scrimgeour não se deu ao trabalho de ler o testamento.


– A espada de Godric Gryffindor.


Hermione e Rony enrijeceram. Harry olhou para os lados, procurando um sinal da bainha incrustada de rubis que eu só havia visto uma vez seis anos atrás, mas Scrimgeour não a tirou da bolsa de couro que, de todo modo, parecia pequena demais para contê-la.


– Então, onde está? – perguntei desconfiada.


– Infelizmente – disse Scrimgeour -, aquela espada não pertencia a Dumbledore para que dispusesse dela. A espada de Godric Gryffindor é uma importante peça histórica, e com tal pertence...


– Pertence a Harry! – completou Hermione exaltada – A espada o escolheu, foi ele quem a encontrou, saiu do Chapéu Seletor para as mãos dele... Gina estava lá, ela pode comprovar isso.


E ela me olhou como tinha me olhado várias horas atrás, antes de toda aquela palhaçada. Seu olhar era como se pedisse desculpas por ter mencionado aquele assunto que ela sabia ser delicado para mim e que eu fazia questão de tentar esquecer todos os dias da minha vida. Por Merlin, eu tinha feito mal a Hermione. Eu tinha a petrificado, e nunca me perdoaria por isso.


– De acordo com fontes confiáveis, a espada pode de apresentar a qualquer aluno da Grifinória que a mereça – retrucou Scrimgeour – Isso não a torna propriedade exclusiva do Sr. Potter, seja o que for que Dumbledore tenha decidido – O ministro coçou o queixo mal barbeado, estudando Harry – Por que acha...?


– Que Dumbledore quis me dar à espada? – respondeu Harry se esforçando para não explodir – Talvez tenha achado que ficaria bonita na minha parede.


– Isso não é brincadeira, Potter! – vociferou Scrimgeour – Teria sido porque Dumbledore acreditava que somente a espada de Godric Gryffindor poderia derrotar o herdeiro de Slytherin? Quis lhe dar aquela espada, Potter, porque acreditava, como tantos, que você está destinado a destruir Ele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado?


- Uma teoria interessante. Alguém já tentou transpassar Voldemort com uma espada? O Ministério talvez devesse encarregar alguém disso, em vez de perder tempo desmontando desiluminadores ou abafando fugas em massa de Azkaban. Então, é isso que o senhor está fazendo, ministro, se trancando em seu gabinete para tentar abrir um pomo ou uma carta pessoal? As pessoas estão morrendo, eu quase fui uma delas, Voldemort atravessou três condados me perseguindo, matou Olho-Tonto Moody, mas o Ministério não disse uma palavra sobre a perda, disse? E ainda espera que cooperemos com o senhor!


– Você está indo longe demais! – gritou Scrimgeour, levantando-se; Harry pôs-se de pé também. O ministro se encaminhou para Harry, mancando, e lhe deu uma forte estocada no peito com a varinha. O golpe abriu um buraco como o de uma brasa de cigarro na camiseta do garoto.


– Ei! – exclamou Rony, erguendo-se de um salto e empunhando a varinha, mas Harry disse:


– Não! Você quer dar a ele uma desculpa para nos prender?


– Lembrou-se de que não está na escola, não é? – perguntou Scrimgeour, bufando no rosto de Harry – Lembrou-se de que não tem mais Dumbledore, que perdoava a sua insolência e insubordinação? Você pode usar essa cicatriz como uma coroa, mas não cabe a um garoto de dezessete anos me dizer como dirigir o Ministério! Já é hora de você aprender a ter respeito.


– E o senhor aprender a merecê-lo.


Ouvi vários passos, em seguida a porta da sala de visitas se abriu de repente e meus pais juntamente com Gui entraram correndo.


– Nós... nós pensamos ter ouvido... – começou papai, absolutamente assustado ao ver Harry e o ministro “virtualmente” se enfrentando.


–... vozes alteradas – ofegou mamãe levando as mãos a boca quando reparou no buraco chamuscado que se abriu na camisa de Harry.


Scrimgeour se afastou uns dois passos de Harry. Pareceu se arrepender de ter perdido a cabeça.


– Não... Não foi nada – rosnou o ministro – Lamento... sua atitude – disse, encarando Harry mais uma vez – Pelo visto, você pensa que o Ministério não deseja o mesmo que você, o que Dumbledore desejava. Devíamos estar trabalhando juntos.


– Não gosto dos seus métodos, ministro. Está lembrado?


Ele ergueu o pulso direito e mostrou a Scrimgeour as cicatrizes lívidas no dorso de sua mão, em que se liam Não devo contar mentiras. A expressão de Scrimgeour endureceu. Virou-se sem dizer mais nada e saiu mancando da sala. Mamãe apressou-se a acompanhá-lo e nós a ouvimos parar à porta dos fundos. Passado pouco mais de um minuto, ela falou da cozinha:


– Ele foi embora!


– E o que ele queria? – perguntou papai, olhando para nós quatro, no momento em que mamãe voltava a se reunir conosco.


– Entregar o que Dumbledore nos deixou – disse Harry – Acabaram de liberar o conteúdo do testamento.


– E Gina também estava no testamento? – perguntou Gui ao canto.


– Sim – respondeu Harry – Ele lhe deixou uma carta e o diário que destrui no primeiro ano dela.


– Ele te deixou isso, minha filha? – mamãe me olhou alarmada – Mas por quê? Isso apenas vai te lembrar daquele episódio horrível.


– Se Dumbledore me deixou isso, então tem que haver um motivo – eu disse sem tirar os olhos do diário destruído com um buraco no meio.


– E o que diz a carta? – perguntou Rony – Abra.


– Se não for pedir muito Ronald, eu gostaria de fazer isso sozinha – eu disse – Vou subir para o meu quarto.


Antes que pudesse me mover do lugar Harry me puxou e sussurrou de um modo que só eu, Rony e Hermione.


– Leia o que Dumbledore tenha a te dizer e depois nos encontre no quarto do Rony. Depois que todos forem se deitar.


E saiu para onde sua festa de aniversário ainda acontecia com poucos convidados que estavam muito bêbados para irem embora.



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Autor(a): stefpina

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