Fanfic: All For Us | Tema: Harry Potter
Foi em uma aula de Poções do primeiro ano, que Elizabeth viu e conversou com Marlene pela primeira vez. Naquele dia, sentadas uma ao lado da outra, as garotas criaram uma conexão imediata que se alastraria até o final daquele ano letivo.
As duas estudantes, apesar de pertencerem a casas diferentes, não se desgrudavam um minuto sequer e devido a isso, acabavam compartilhando todas as suas tardes de estudos e passeios aos finais de semana. Além de andarem sempre juntas, Lizzie e Lene acabavam dividindo as inseguranças e dificuldades que tinham, devido àquela nova fase em suas vidas, assim como as conquistas de excelentes notas e alegrias cotidianas.
Porém, aquela bela amizade teve o seu fim quando Katherine, mãe de Mcguire, descobriu que McKinonn era filha de pais trouxas e durante o período de férias e sem Elizabeth saber, visitou a sua melhor amiga para humilhá-la e ordenar que ela não falasse mais com Lizzie.
Quando ambas retornaram do recesso e ingressaram no segundo ano de estudos, Marlene contou à amiga o que aconteceu e as duas decidiram não se falar mais, por medo do que Katherine poderia fazer contra McKinnon.
Contudo e mesmo separadas, as jovens ainda supriam um carinho muito grande uma pela outra e que agora, poderiam compartilhar sem medo de qualquer represália.
-Liz, eu não acredito que estou aqui com você. – Afirmou Marlene, já abraçada a Elizabeth – Dessa vez eu não vou deixar ninguém atrapalhar a nossa amizade.
-Eu também não vou deixar. – Disse Mcguire ligeiramente emocionada, antes de encarar a amiga novamente – Lene, esse é o meu namorado, Sirius Black. – Apresentou, antes de apontar para o grifinório, que estendeu a mão para cumprimentar a novata.
-É um prazer te conhecer. – Afirmou Mckinnon, retribuindo o gesto – A Liz me falou de você, em algumas cartas durante as férias.
-Antes que você pergunte, eu falei bem. – Afirmou Elizabeth, encarando Black.
-Mas eu nem ia perguntar isso. – Rebateu, Sirius.
-Ia sim. – Afirmou Elizabeth, antes de se enrolar no braço do rapaz.
-Eu estou muito ansiosa, para saber em qual casa eu vou ficar. – Mencionou Marlene – Será que eu vou ser escolhida para duas e decidir qual eu quero, igual no nosso primeiro ano?
-Em Hogwarts essa seleção é um pouco diferente de Ilvermorny. – Informou Lizzie – Aqui, quem escolhe a casa dos estudantes é um Chapéu Seletor.
-E lá não é assim? – Questionou Black, confuso.
-Não. – Respondeu Elizabeth – Lá, o aluno fica no meio de quatro estátuas, que representam as quatro casas, e elas se aproximam de você para te escolher. – Explicou – Acontece que, mais de uma estátua pode se aproximar e quando acontece isso, quem escolhe a casa é o próprio aluno.
-Falando nisso, você nunca me disse qual era o nome da sua casa em Ilvermorny. – Mencionou Sirius.
-E nem vou falar. – Afirmou.
-Por quê? – Perguntou, curioso.
-O nome é um pouco constrangedor. – Respondeu, Lizzie.
-Então eu preciso saber. – Retrucou Black, animado.
-Não precisa, não. – Afirmou Elizabeth, antes de apontar para frente e anunciar a aproximação de Thompson. – Olhem, o Henry chegou.
-Salva pelo gongo. – Reclamou Sirius.
-E aí, pessoal. – Disse o lufano, acenando com uma das mãos.
-Henry, essa é a Marlene, aquela amiga que eu tinha falado para vocês. – Anunciou Elizabeth.
-É um prazer te... – Dizia Thompson, antes de tropeçar em sua mala e se segurar nela, para que não caísse no chão – ...conhecer.
-O prazer é todo meu. – Retribuiu McKinnon rindo, ao estender a mão para que o lufano se equilibrasse novamente.
-Obrigado. – Agradeceu Henry, ao olhar sem graça pra a novata.
-Vamos entrar para encontrar o resto do pessoal. – Sugeriu Elizabeth, fazendo com que Thompson e Marlene começassem a andar no sentido do grande trem, que os levaria para Hogwarts. – Você não vem? – Perguntou a Sirius, que naquele momento parecia procurar alguém, dentre a multidão de alunos que andavam ao seu redor.
-Estou tentando achar o Regulus. – Respondeu, com um olhar aflito – Eu queria tentar falar com ele, antes da viagem começar. – Explicou – Mas pode entrar, que eu prefiro falar com ele a sós.
-Tem certeza? – Questionou, Lizzie.
-Tenho sim. – Respondeu, antes de dar um beijo na testa de Elizabeth e observá-la se afastar.
Enquanto aguardava pela chegada de seu irmão mais novo, Almofadinhas relembrava momentos especiais, aos quais compartilhou com Regulus quando eram apenas crianças.
Como quando, os dois aproveitaram a ausência dos pais para apostarem quem conseguiria levantar o Monstro com magia, mesmo não tendo uma varinha para auxiliá-los, ou quando ficaram dois dias sem comida, por terem zombado de suas primas Bellatrix e Narcisa, e devido a isso, tiveram de elaborar um plano para saquearem a cozinha durante o período da madrugada.
Infelizmente, a cumplicidade dos irmãos acabou quando Sirius ingressou em Hogwarts e foi escolhido para a Grifinória, ocasionando assim, um distanciamento com Regulus a mando dos próprios pais, que não queriam o caçula sendo influenciado pelo primogênito.
Mas apesar daquele distanciamento obrigatório, ambos ainda mantinham conversas esporádicas em Hogwarts e até mesmo dentro de casa quando estavam sozinhos, porém e a partir de sua fuga, Sirius receava que a relação deles fosse descontinuada de maneira integral.
Então, assim que Black percebeu a presença do caçula, logo se aproximou para que pudessem iniciar uma conversa, mas como previsto, ele fora completamente ignorado por seu irmão, que nem sequer parou para escutar o que Almofadinhas tinha a dizer.
Apesar daquela atitude esquiva, Sirius tinha esperança de que naquele último ano letivo, ele conseguiria se reaproximar de Regulus e assim fazer com que o caçula enxergasse a realidade de maneira correta, e não turva como os próprios pais haviam apresentado e ele.
(...)
Devido ao tamanho médio das cabines, o grupo dos Vingadores e dos Marotos tiveram que se dividir entre duas turmas, que permutaram durante todo o período de viagem.
Fora durante uma dessas trocas, que Elizabeth avistou o seu ex namorado, Noah Davis, que se encontrava no final do corredor daquele grande trem. No momento em que Mcguire conseguiu distinguir de quem se tratava, um sentimento de evasão a fez retornar para a mesma cabine que havia acabado de se retirar, atropelando Sirius que estava saindo do local.
-Tá doida? – Zombou Black, antes de perceber o cenho assustado da namorada – O que foi?
-Eu acho que vi um fantasma. – Respondeu, antes de se aproximar do corredor novamente, para ter certeza do que havia visto.
-Finalmente eu te encontrei, Liz. – Disse Davis, ao chegar na entrada da cabine.
-Noah? O que você está fazendo aqui? – Perguntou Lizzie, perplexa.
-Amor, eu acho que você não viu um fantasma. – Declarou Sirius, posicionando Mcguire para trás de seu corpo – Foi só um filho da puta, mesmo.
-O que você disse? – Questionou o novato, se aproximando de Black, para peitá-lo.
-Eu só vou falar isso, uma vez. – Afirmou Almofadinhas, com raiva – Fica longe da minha namorada.
-Calma, Sirius. – Pediu Elizabeth, segurando um dos braços de Black, para que ele não tentasse bater em Davis – E Noah, saí daqui, por favor.
-Sem problema, Liz. – Afirmou o novato, antes de encarar Sirius com desdém e se afastar da cabine.
-E não chama ela de Liz. – Bradou Black, enquanto Noah saia de sua vista.
-Para, Black. – Pediu a sonserina, ainda segurando um dos braços de Almofadinhas – Ele já foi.
-Quem era esse cara? – Perguntou Henry, impressionado com o acontecimento.
-Noah Davis. – Respondeu Marlene, que havia se sentado ao lado do lufano – Ex namorado da Liz.
-Por isso a briga. – Concluiu Thompson, esclarecido – Bom, espero que ele não queira arrumar confusão com os dois.
-Ainda mais depois de todas as brigas que eles tiveram, para se acertarem. – Completou Raven, antes de direcionar a sua atenção para McKinnon – E você Marlene, deixou algum namorado em Ilvermorny?
-Não. – Respondeu a novata.
-Ainda bem. – Disse Henry aliviado, antes de se constranger com próprio comentário – Quero dizer... é bom que você não tenha deixado, porque agora vocês estariam separados, né?
-Sim. – Concordou McKinnon, ao sorrir para o lufano – Você tem razão.
(...)
Assim que todos os alunos se assentaram nas mesas de suas casas, Dumbledore pediu para que a Diretora McGonagall guiasse os novos estudantes até o Chapéu Seletor, e desse início à Cerimônia de Seleção.
Minerva, ao se posicionar em frente aqueles jovens, deixou em evidência um longo rolo de pergaminho, com os nomes dos novos alunos, e deu início às explicações a respeito do rito.
-A Cerimônia de Seleção começará chamando os estudantes transferidos de outras escolas de bruxaria, e posteriormente os alunos do primeiro ano. – Explicou, encarando atentamente os jovens – Então, quando eu chamar os seus nomes, vocês colocarão o chapéu e se sentarão no banquinho para a seleção ser realizada. – Disse, antes de olhar para a lista de nomes e convocar a primeira pessoa – Marlene McKinnon.
A novata, ao se afastar dos estudantes que a cercavam e que também passariam pelo processo de escolha, caminhou até o assento e logo o Chapéu Seletor fora posicionado em sua cabeça.
-O que temos aqui? Uma jovem corajosa vinda diretamente de Ilvermorny. – Argumentou o objeto mágico – Bom, posso ver muita determinação, ousadia e também muita teimosia nessa jovem. – Informou – Então, não me resta qualquer dúvida, a sua casa será a Grifinória!
Dentre aplausos e assovios vindos de sua, agora, casa, Marlene se aproximou de seus futuros colegas de Salão Comunal e logo pôde perceber Lilian Evans e Alice Fortescue, que acenavam freneticamente para que a garota as notasse.
-Vem cá, Marlene. – Gritou Lilian, ainda gesticulando com uma das mãos no sentido da estudante, que não demorou para chegar no ponto em que ela estava.
-Seja muito bem-vinda à Grifinória, McKinnon. – Afirmou Alice, no instante em que a nova aluna se aproximou completamente.
-Muito obrigada. – Agradeceu a garota, se sentando ao lado de Evans.
-Seja muito bem-vinda à melhor casa de Hogwarts, Marlene. – Disse James, ao levantar uma taça metálica na companhia dos demais alunos, que também cumprimentavam McKinnon.
-Quem não deve estar feliz com essa escolha, é a Lizzie. – Mencionou Frank – Aposto que ela queria você na Sonserina.
-A Liz já sabia, que eu não iria para a casa dela. – Afirmou a novata – Em Ilvermorny, nós éramos de casas completamente diferentes.
-Por falar nisso, qual era o nome da casa dela? – Perguntou Sirius, antes de interromper a resposta de Marlene, por ter ouvido o nome de Noah sendo citado por Minerva – Espera, depois você me fala.
-Espero que esse cara não vá para a Sonserina. – Fomentou Pedro, fazendo com que Sirius ficasse ainda mais nervoso com aquela seleção.
-Cala essa boca. – Repreendeu Almofadinhas – Isso não vai acontecer – Afirmou, antes de redirecionar a sua atenção às falas que o Chapéu Seletor conduzia a Noah, principalmente às características pontuais, pois seriam através dessas, que o objeto mágico escolheria a futura casa do novo estudante.
Instantes antes da revelação, Black fechou os olhos e repetiu uma frase como um mantra capaz de realizar o desejo de Davis não ser selecionado, para a mesma casa de Elizabeth.
-Sonserina não, Sonserina não... – Repetiu a frase, até que a palavra Corvinal pôde ser ouvida por ele, que comemorou a seleção, pulando do banco em que estava sentado – Eu sabia que esse filho da puta não ia para a Sonserina, caralho. – Falou animado, antes de se sentar novamente.
-Acho que ele não gostou do resultado. – Zombou James, que agora olhava para Noah, já sentado na mesa de sua casa.
-Eu quero que ele vá para a puta que pariu. – Retrucou, ainda animado com o resultado.
-Só não vai arrumar confusão com ele, à toa. – Avisou Remus, preocupado.
-Eu só vou arrumar confusão, se ele der motivos. – Rebateu Sirius, dando de ombros.
Após a Cerimônia de Seleção, Dumbledore se pôs à frente da bancada de refeições dos professores, para enfim dar às boas-vindas aos estudantes e apresentar os novos professores, que ingressariam naquele ano letivo.
-Sejam bem-vindos a um novo ano em Hogwarts. – Disse – Antes de começarmos o nosso banquete, eu gostaria de dizer algumas palavras: Pateta!Chorão!Destabocado!Beliscão! – O diretor fez uma pausa, ao perceber o surgimento de uma salva de palmas dos veteranos, que contrastava com a feição de confusão dos novos estudantes – Como bem podem ver, nós temos dois rostos novos dentre os mestres de Hogwarts. – Falou, antes de gesticular para que as novas figuras se levantassem – Dessa forma, peço que repitam a salva de palmas para o novo professor de Defesa Contra as Artes das Trevas, o Sr. Jonathan Shelby e para a professora e Treinadora de Patinação no Gelo, Sra. Amanda Thorn.
-A Lizzie deve estar muito empolgada com esse Torneio de Patinação. – Comentou Marlene – Sempre foi o sonho dela participar.
-E por qual motivo ela não participou antes? – Questionou Lilian.
-Sabotaram a apresentação dela. – Respondeu a moça, com pesar – Aí ela não conseguiu se classificar para o Torneio.
-Nossa, a Lizzie nunca me contou isso. – Comentou, Black.
-Deve ter sido uma fase bem difícil para ela. – Explicou McKinnon – Talvez não seja fácil falar a respeito.
-O importante é que aqui, ela vai poder competir sem ser prejudicada. – Afirmou Evans – E eu bem que vou torcer para a Lizzie ganhar.
-Você vai torcer para a Sonserina, é isso o que eu ouvi? – Zombou James.
-Pela Mcguire eu abro uma exceção. – Respondeu, a ruiva – E eu posso torcer por ela no individual feminino, e para a Grifinória nas outras categorias.
-E depois que os vencedores de Hogwarts forem para o Torneio, todos eles vão representar a escola e não a casa de cada um. – Completou Alice.
Enquanto os alunos da Grifinória continuavam o assunto, agora destacando os participantes da própria casa que provavelmente fariam parte disputa, Dumbledore explicava detalhes da competição que sempre ocorria de quatro em quatro anos. Segundo o diretor, haveria uma primeira etapa de disputas em Hogwarts para definir quais jovens fariam parte da equipe principal e que participariam do grande torneio.
Os estudantes interessados disputariam as categorias: Solo Feminino, Solo Masculino e Pares, sendo que nessa última classe seria permitido a formação de duplas com competidores de casas diferentes.
O líder também destacou que o local do Torneio ainda não havia sido definido, mas que, pela sequência de competições anteriores, Hogwarts tinha chance de ser a escola sede daquela edição.
Escola sede e grande vencedora daquela temporada.
Autor(a): Beatrice do Prado
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O primeiro contato que Elizabeth teve com a Patinação no Gelo fora aos sete anos, quando o seu tio Keith a levou para assistir à competição mundial. Desde a primeira performance, Lizzie criou, quase que instantaneamente, um fascínio por aquela prática esportiva, que fora capaz de deixá-la sem fôlego at& ...
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