Fanfics Brasil - Capítulo Dois - Não, não lembro de ter te chamado Re:Zero - Segunda Face

Fanfic: Re:Zero - Segunda Face | Tema: Re:Zero


Capítulo: Capítulo Dois - Não, não lembro de ter te chamado

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1/3 - Sobre o chão frio, ele reclamou e sonhou


Em uma rua desgastada, na noite fria onde as nuvens se abriram sobre o céu, expondo a grande lua, caminhava um rapaz, quase sofrendo de hipotermia.


(Tazuma) "Mandei bem lá atrás... Mas agora estou sofrendo com as consequências por ser gentil demais"


Estava usando roupas surradas, onde havia manchas de coloração vermelha sobre o tecido, parecendo que tinha acabado de sair de uma briga.


Com as mãos se esfregando sobre os braços gelados, ele deu um suspiro, lembrando da conversa que teve com Elsa.


Achou sua atitude boa, porém, ainda ficou com o pé atrás sobre o que pode ter acontecido com ela.


A cena de suas roupas cheias de sangue cravou em sua memória, crescendo a curiosidade para saber se tudo aquilo era somente dela. Sentia uma leve cutucada no peito, parando de imaginar para priorizar a imagem boa que tinha da mulher.


△▼△▼△▼


Sua visão se voltou para a grande capital, podendo ser vista com uma luminosidade abundante, como das grandes metrópoles no seu mundo normal. Estava saindo da favela, pensando que seria melhor dormir nas ruas da grande cidade.


Sentiu o chão sobre os seus pés melhorar a qualidade, percebendo que estava de volta ao lugar de partida.


Virou num beco estreito ao lado da rua de barracas, sentindo a escuridão cercar seu corpo, vendo que naquele local a iluminação não entrava.


Engoliu seco após ver aquilo, mas não hesitou para dar o primeiro passo e entrar por completo.


Sentindo seu corpo relaxar, ele decidiu se deitar e dormir no canto da parede, fechando os olhos cansados.


Naquele momento, parou pra ver as besteiras que fez, ajudando uma pessoa desconhecida, que provavelmente o mataria se forçasse muito a barra, e o fato de correr atrás de uma informação que arranjou com um vendedor aleatório sobre um provável outro reencarnado no mundo, onde seria bem difícil.


Enquanto lamentava pelo fato de ser uma pessoa normal em outro mundo, queria ter sido recebido por uma garota linda que diria coisas como "Finalmente meu herói chegou" ou "Você finalmente está aqui!".


Mas aquilo era somente uma vontade vaga de um adulto de 19 anos que sempre se interessou por obras de fantasia, agora ele queria dormir e descansar a mente que trabalhou o dia inteiro.


2/3 - O ponto preto em um quadro quebrado


Acordou, sentindo o chão duro sobre a bochecha, ele então abriu os olhos, observando a figura de várias pessoas passando na rua, percebendo que o comércio já teria aberto.


Levantando rapidamente, dando algumas batidas na roupa para retirar a sujeira, teve a revelação principal: Sua roupa estava literalmente manchada de sangue velho, que já teria se secado pelo tecido, formando várias crostas de sangue pela camisa.


(Tazuma) "Merda, porque não trouxe mais algumas coisas para vestir" Mas como saberia que ele seria teletransportado para outro mundo?


Tentando achar alguma saída para a situação, ele acabou retirando a camisa e a amarrando na cintura, parecendo uma faixa branca com detalhes em vermelho.


Achou que a melhor opção seria aquela, pois provavelmente só chamaria atenção por estar sem camisa, e não pelo sangue.


Desse jeito ele saiu do beco, colocando seu boné, olhando para o começo da rua se estender até um castelo ao topo, ficou impressionado com aquilo, mas preferiu não seguir por ali, pois sentiu que era inútil ir a um local real, sendo que nem era conhecido.


△▼△▼△▼


O reino de Lugnica onde o jovem se encontrava ficava ao Leste, seguido pelo Norte, ficava Gusteko, ao Oeste, Kararagi e ao Sul, Vollachia. A cultura entre as regiões eram bem diferentes, onde Lugnica adotava um ar mais medieval como o conhecido normalmente, Kararagi seria como o Japão na época da Idade Média.


Aliás, aparentemente existiam algumas regiões inabitáveis, como a Torre das Plêiades, onde ninguém ousava pisar naquelas terras desérticas, que ficavam no extremo leste; e também existia o coliseu na região de Vollachia, mostrando como aquele reino era feito apenas de sangue e suor.


Com as informações diversas que o garoto recebeu pelas ruas, chegou à conclusão que nunca iria aos reinos do Sul e do Norte, pois um aparentava estar quase em conflito sempre, enquanto Gusteko era só frio demais para aguentar.


Aliás, conseguiu algumas coisas relacionadas ao reino em que estava; e os principais assuntos eram sobre a "candidatura real". Ele não sabia do que se tratava realmente, mas tinha algo a ver com o trono real, provavelmente para decidir o próximo herdeiro.


(Tazuma) "Mas é bem grande esse local, não?"


Soltando um suspiro, ele lembrou das coisas que passou até agora.


Ele ficou por um tempo rondando a cidade, conversando com várias pessoas diferentes, até ajudando certos comerciantes com suas barracas em troca de uma ou duas doações de suas mercadorias, sendo a maioria de comida.


Isso não foi uma tarefa fácil para ele, pois grande parte dos vendedores o recebiam com xingamentos pelas suas vestimentas e aparência, por outro lado, comerciantes nômades o recebiam de braços abertos, o chamando até de "irmão", como se os forasteiros fossem sempre amigos de outros forasteiros.


Descansando sobre uma parede fora das ruas movimentadas, ele suspirou, vendo as coisas que ganhou.


Comidas que pareciam frutas e vegetais do Sul e do Oeste, duas camisas novas que recebeu de um comerciante de Kararagi e uma bolsa desgastada, porém resistente, recebida de um vendedor local.


Achou tudo aquilo ótimo, mesmo sendo pouco, mas, para quem não tinha nada antes, aquilo era um tesouro.


Esboçou um sorriso, ficando feliz pelas conquistas, tudo aquilo seria novo para ele, e começar com o pé direito era o que precisava.


Voltando para o mesmo beco que tinha ficado no noite passado, pensou em passar por ele para tentar encontrar outra rua movimentada, com o intuito de arranjar um estabelecimento que o receberia para passar a noite.


Mas aquilo seria difícil, já que não conseguia compreender a linguagem escrita nas placas, mas sabia que daria o seu melhor para contornar essa situação.


Porém, como tudo de bom tem um lado ruim, ele ouviu uma movimentação atrás, virando rapidamente o rosto para ver quem era, vendo a figura de três pessoas, que não aparentavam ser amigáveis.


(???) "Bota tudo no chão chefia, não queremos brigar com você agora"


(???) "Não fala assim, parece que você deu a ele uma chance de que poderia vencer a gente"


(???) "Porra, pouco importa isso— Só passa tudo o que você tem ou vamos te surrar até não conseguir mais andar, vadia"


Os três homens tinham dito tudo aquilo em sincronia, mostrando que se conheciam, e que provavelmente efetuavam roubos juntos.


Tazuma ficou com medo na hora, sentindo a adrenalina começar a bombear pelo seu corpo aos poucos, percebendo que aquilo era uma ótima hora para tentar fugir.


(Tazuma) "Calm–"


Antes mesmo que pudesse pensar em se mover, a mão pálida de um dos ladrões acertou a boca do garoto em cheio, sentindo a palma cobrir qualquer possibilidade de gritar por ajuda.


Em seguida, recebeu a dor de um gancho direto em seu abdome, soltando um grunhido abafado e em respectivo, tomou um soco lateral em sua orelha, sentindo seu mundo girar, até ele cair de lado no chão, deixando cair a bolsa com seus poucos recursos.


(???) "Caramba, conheço essas coisas, são do Oeste!"


Movendo o olho para ver quem falava, viu a figura de um homem com menos de 1.60, com olhos cheios de olheiras e um cabelo tigela fora da moda.


(???) "Não tem muitas coisas– Mas acho que essas roupas e a bolsa dá pra reutilizar"


Quem falou foi o outro ladrão, moreno, com trança e uma espécie de colete surrado aberto.


(???) "Quem se importa, agora estou fervendo de raiva com o último acontecimento... Preciso descontar"


(???) "Por isso partiu pro soco?" Disse o anão.


(???) "Exatamente! Não quero outro chamando os guardas e surgindo magicamente o Santo da Espada"


Os outros dois concordaram com ele, voltando a atenção para o garoto caído"


(???) "Bom, melhor terminar isso..."


Antes que pudesse soltar todo o ar do seu pulmão e chamar por ajuda, o mesmo homem que o acertou antes, colocou a sola do seu sapato sujo sobre o rosto do jovem, o fazendo quase engolir.


Foi recebido com um chute em seu peito, sentindo toda sua caixa torácica tremer, vendo que o impacto foi realmente com força total.


(???) "Ei! Deixa a gente participar disso também, estou ainda com raiva do desgraçado de antes!"


Por quê?


(???) "Isso mesmo, aquela humilhação somente alguns socos não vão resolver"


Por quê? Por quê? Por quê?


(???) "Agora você ta realmente fudido, praga de Kararagi"


Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê?


Aquela dor, foi aumentando cada vez mais, sendo quase impossível suportá-la.


Provavelmente quebrou ossos, nariz e dentes, sua cara não seria mais possível reconhecer, as batidas em seu corpo faziam buracos fundos cada vez mais que eram acertados no mesmo lugar.


Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê? Por quê?


Queria sair daquela situação, queria agir. Mas como?


Seu corpo não respondia como queria após tantos golpes.


Os chutes, os socos; tudo aquilo combinado com a baita surra que tomava, tornava sua mente um turbilhão de dúvidas.


Por quê eu?


△▼△▼△▼△


Quando recobrou a consciência, percebeu a luminosidade alaranjada no céu, mostrando estar no pôr-do-sol.


Conseguiu ver o céu pois durante o espancamento, seu corpo frágil foi jogado pra lá e pra cá por conta dos chutes, terminando por ficar de barriga para cima.


Em sua mente, estava o questionamento do porquê?


Por que ele passou pelo beco?


Por que ele foi espancado?


Por que os ladrões estavam bravos?


Por que ninguém veio te ajudar?


Por que foi convocado para aquele mundo cruel?


(???) "Realmente horrível~"


Pelos ouvidos, uma voz encantadora e feminina ressoou.


(???) "Não sei se sou adequado para dizer isso, mas acho que cheguei tarde"


Seus olhos conseguiram sair da posição estática, virando diretamente para a figura nova.


(???) "Durma..."


De novo, sua mente se voltou em trevas, desligando as funções dos membros e dos olhos, retornando a aquela visão escura.


Mas não ficou assustado, com medo ou louco com aquilo, tava calmo, já que por obra do destino, ele teve sorte.


Em suas lembranças, a imagem de Elsa apareceu, ela sorrindo com sua boca delicada e larga enquanto o garoto sentia sua vida sumir.


3/3 Jardim para dois


O garoto viu apenas o universo negro a sua frente.


Sombras e fumaças como a escuridão se propagavam ao redor.


Não conseguia definir onde estava o começo ou o fim daquele lugar, parecendo que era infinito, porém, finito...?


Na verdade, não conseguia pensar em nada direito.


Emoções, cheiros, respiração, tato e som.


Nada.


Porém, mesmo assim, viu que havia mais alguém ali, não conseguia reconhecer quem era, mas de algum jeito.


Parecia que aquela outra pessoa era amada.


Prévia para o próximo capítulo: Sentimentos ilusórios



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Autor(a): dk_autor_e_aprendiz

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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1/2 Lembranças de um passado nada interessante (???) "Eu simplesmente joguei fora-" Essas palavras foram marcantes para o menino, dito que ele tinha apenas poucos anos antes de ter a sua inocência pura de criança pega pelo mundo. Nesses momentos, ele decidiu o que queria fazer para o resto da sua vida △▼△▼△▼△ ...


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