Fanfics Brasil - Capítulo Sete - Onde eu acordo é sempre novidade Re:Zero - Segunda Face

Fanfic: Re:Zero - Segunda Face | Tema: Re:Zero


Capítulo: Capítulo Sete - Onde eu acordo é sempre novidade

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1/2 "Tazuma Shiba"


Silêncio


Algo calmo, como o próprio silêncio, perturbava a mente de Tazuma.


Ele tentava ao máximo raciocinar os acontecimentos ao seu redor, enxergar as verdadeiras emoções que sentia e até mesmo procurar a razão pela qual ele era daquele jeito.


Como uma máscara, seu jeito estranho e descontraído era por conta de um possível trauma de infância– Ou era o que as pessoas pensavam dele.


Resumidamente, ele era somente uma pessoa estranha. Como todos os humanos, cada um tem sua própria personalidade, linha de pensamento e dúvidas– ele não era diferente.


Sendo um japonês vivendo na era Heisei, sua vida era descontraída. Claro, tinha suas próprias dificuldades e problemas para enfrentar, sejam eles emocionais depois de um longo dia de trabalho ou com a questão monetária quando olhava aqueles pequenos action figures nas prateleiras das lojas.


A ideia de viver em um "Mundo Paralelo" sempre passou pela sua cabeça, mesmo sendo um adulto, a criança interior dele ainda existia em sua consciência. Sua opinião era clara, "Os adultos são somente crianças crescidas que agora tem que enfrentar as responsabilidades da vida".


Ela achava que, o fato de crescer, era um preço que todos tinham que pagar para sentir o gosto do que era aproveitar a vida–


. . .


. . .


. . .


Ele sentia um amargo crescente na boca.


Sua consciência não estava alinhada ao presente.


Ele queria gritar, chorar, pedir por ajuda, ser abraçado, ser amado, ter alguém para dizer que o amava, ter alguém para ELE dizer que amava.


. . .


Ele era simples.


Não tinha as habilidades certas para todos os trabalhos que executava, não era bonito o suficiente para conquistar o coração de alguém, não tinha o físico o bastante para aproveitar o que seu corpo tinha a oferecer.


. . .


. . .


. . .


Esse, era Tazuma Shiba.


Um garoto com pensamentos profundos sobre si mesmo e com pensamentos profundos sobre a sociedade em que vivia.


Ele tinha sonhos, porém não conseguia alcançá-los facilmente. Na realidade, alguma vez ele realizou os sonhos que queria?


Saindo de sua casa, indo direto para um "Mundo Paralelo"— Era o que ele queria?


Abandonar as coisas que conquistou nos seus longos 19 anos de vida?


Abandonar as pessoas que conhecia ou que provavelmente iria conhecer no futuro?


Abandonar a si mesmo, em busca de uma resposta em um círculo de sofrimento em um mundo que o rejeitava simplesmente por ser ele mesmo?


. . .


. . .


. . .


Ele ri das suas próprias fraquezas, dos seus próprios medos que enfrentava e dos seus próprios sonhos que imaginava.


Realmente, ele era miserável.


Esse, era o miserável Tazuma Shiba, a pequena anomalia daquele mundo


△▼△▼△▼


(???) "Kogane-sama, sei que a senhora é super gentil com tudo e todos– Mas deixa' que um camponês embriagado entre na nossa carruagem é um tanto..."


(???) "Klaudia, ele está mais do que somente embriagado, sinto um pequeno colapso acontecendo em sua mente agora.


(???) "Co–lapso?"


(???) "Sim, não viu como ele estava antes e como está agora?"


(???) "Eu não entendo– A senhora realmente vai realiza' isso tudo por uma pessoa aleatória como ele?"


(???) ". . . Talvez eu esteja sendo um pouco gananciosa... Mas estou fazendo isso por mim mesmo"


(???) ". . ."


(???) "Não se lembra Klaudia? Nós já tivemos esses tipos de desvios antigamente"


(???) "Mas não tão severo como agora..."


(???) "Talvez– Mas é melhor deixar que o fim disso tudo justifique os meios agora"


(???) ". . . De acordo Kogane-sama, seguirei para onde a senhora for"


(???) "Obrigado Klaudia"


Mesmo não conseguindo enxergar, ele imaginou em sua cabeça a mulher sorrindo, com aqueles sinceros e gentis lábios que o tiraram das trevas momentos atrás.


2/2 Mansão e mordomos


(Tazuma) "Não conheço esse teto"


Abrindo os olhos cansados, ele fixou sua atenção no teto. Não queria mover suas pupilas para observar em volta, queria somente descansar e esperar o tempo passar.


Os acontecimentos passados fizeram sua mente borbulhar em dúvidas, que provavelmente não seriam respondidas.


Ele queria simplesmente voltar para sua casa, comer e dormir à vontade em seu quarto e assistir ou ler as coisas que gostava.


Não só isso, ele queria conversar com as mulheres que o ajudaram no começo.


Onde estava Elsa, onde estava Meili? Ele não sabia.


Mesmo com pensamentos gananciosos, ele queria sentir o abraço quente de alguém.


Quanto tempo ele não sentia o calor de outra pessoa sobre seu corpo?



(Tazuma) "Droga– Mesmo que eu quisesse, acho que não consigo ficar parado sem fazer nada também"



(Tazuma) "Droga– Mesmo que eu quisesse, acho que não consigo ficar parado sem fazer nada também"


Jogando o cobertor para o lado, ele girou seu corpo, dando um pequeno impulso com os dedos até sentar na beirada da cama.


Ele estava sem seus tênis. Não só isso, sua roupa também estava diferente.


Tentando lembrar um pouco do que aconteceu antes dele desmaiar por conta da sobrecarga de pensamentos, ele se recordou.


Tinha praticamente vomitado em toda a sua roupa.


(Tazuma) "Mas, parando pra pensar, essa roupa aqui também é bem melhor do que a minha"


Movendo o cotovelo com a mão apoiada, ele girou o braço, sentindo o tecido colar em sua pele. Aquele tecido era provavelmente caro, só pelo simples movimento de braço, ele conseguiu ver o quão confortável era aquela roupa.


Mas, isso tudo não era dele. E por que diabos ele estaria com essa roupa?


(Tazuma) "Será–"


'Que elas me vestiram?' ele pensou. Não conseguia dizer essa frase para si mesmo sem ficar envergonhado, será que elas tocaram seu corpo nu de qualquer jeito? Viram todos os pelos e músculos que ele tinha? Ou até mesmo–


(???) "Vejo que acordou"


Uma voz grossa passou pelos seus ouvidos.


Como se sentisse um choque em sua cabeça, ele virou sua atenção diretamente para aquela voz, fixando suas pupilas castanhas em um senhor.


Ele provavelmente tinha a mesma altura que Tazuma, e trajava também uma roupa de mordomo, como a mulher de cabelos-rosados usava– Ou melhor, Klaudia usava.


De repente, o fio de raciocínio se conectou.


Por que estava em uma cama confortável, com uma roupa de alta classe (mesmo sendo um roupão) e com um velho o observando de longe?


(???) "Acho que o senhor não está em condições de responder" O velho dizia isso afirmando


(Tazuma) "Ah– Me desculpe, eu estou bem, foi mal não responder antes"


(???) "Você que deveria me perdoar senhor convidado, fui muito apressado em minhas afirmações"


Se curvando, o velho colocou sua mão sobre o peito, fechando os olhos, exercendo aquela ação com bastante elegância. Se colocasse uma comparação dele com a outra serva Klaudia, ele venceria de lavada.


(Tazuma) "Caramba, acho que mesmo se eu te pedir pra agir mais tranquilo comigo, isso não vai acontecer, né?"


Levantando sua cabeça para cima, o velho mantinha sua expressão neutra, não demonstrando nenhum sentimento em sua feição. Como se não quisesse expor suas verdadeiras emoções ou ideias.


Esse, era realmente o tipo de servo que Tazuma pensava que aquele mundo tinha. E estava completamente certo.


(???) "Lamento pela minha etiqueta ser muito estranha para o senhor convidado, fui ensinado de forma direta e formal de como agir desse jeito"


(Tazuma) "Se lamentando de novo... Realmente você é o servo que eu esperava" Dizia, resmungando para apenas ele ouvir.


(???) "Bom, já que o senhor convidado acordou, devo me retirar para informar a Kogane-sama sobre seu paradeiro atual"


(Tazuma) "Gah– Antes disso, poderia me dizer seu nome?"


Parando no meio da caminhada, o senhor de alta classe virou para trás. Olhando um pouco melhor, ele tinha o físico de um adulto de 30 anos no seu auge, mesmo que seu rosto fosse de um velho de 60 anos.


Colocando a mão sobre o peito, ele fechou os olhos com força, os abrindo rapidamente logo depois–


(Albert) "O senhor convidado pode me referir como quiser, mas, caso queira saber meu nome, é Albert, somente... Albert"


Mesmo com aquelas expressões calmas no rosto, Tazuma sentiu um leve relaxar em seus olhos durante o final.


(Tazuma) "Certo Albert, pode me chamar de Tazuma Shiba" Já em pé, fora da cama, ele apontou para o peito com o dedão, esboçando seu sorriso relaxado.


(Albert) "Tazuma-dono então"


(Tazuma) "dono... Nunca pensei que seria referido assim."


(Albert) "Caso não goste, posso trocar o jeito que me refiro ao senhor Tazuma-dono"


(Tazuma) "Nah, está tudo bem, do jeito que o senhor Albert quiser"


(Nota: Ele repetiu o "senhor" de Albert como uma pequena forma de deboche, já que o mesmo se referia ao Tazuma com a palavra "senhor" várias vezes, até agora, essa palavra foi repetida 6 vezes pelo mordomo)


(Albert) ". . . Como Tazuma-dono preferir" Novamente, ele se curvou para baixo, se levantando logo depois.


Em seguida, virou de costas para Tazuma, voltando a caminhada até a porta, onde saiu, podendo somente ouvir os sons de passos abafados sumindo com o tempo.


(Tazuma) "Caramba, parece que eu realmente tô' em uma residência chique"


Coçando a cabeça, ele sentou de volta na cama.


(Tazuma) "Não sei o que deveria fazer. Esperar aqui, ou ir lá pra fora explorar um pouco do local– Hmm..."


Colocando a mão sobre o queixo, ele pensou enquanto mantinha os olhos fechados.


(???) "Lamento pela intrusão senhô' convidad– Shiba-dono"


Abrindo os olhos de repente, ele vê a silhueta de outra pessoa no quarto, abrindo a porta.


Era Klaudia, com seu lindo cabelo rosado amarrado a tocar em suas costas firmes, ainda vestida com os trajes de mordomo masculino.


(Klaudia) "Fui informada que Shiba-dono acordo'-- Por isso, vim até aqui para guiá-lo pela mansão"


Falando em um tom firme, ele voltou com sua expressão séria, acabando com todo o traço de fofura que tinha.


Na realidade, aquele esforço que ela fazia tentando se manter séria era fofo.


△▼△▼△▼


(Klaudia) ". . ."


(Tazuma) ". . ."


Andando pelos corredores extensos, aos poucos ele se sentia desconfortável.


Não só por conta do silêncio, mas pelas roupas que ele estava usando. Ainda estava descalço, com seu roupão tocando na pele nua, não tendo mais nada por baixo.


(Nota: "Nada por baixo" no sentido de camisa, ele ainda está utilizando uma calça e uma roupa íntima, só pra deixar claro)


(Klaudia) ". . ."


(Tazuma) "Então–"


(Klaudia) "Chegamo' Shiba-dono"


Parando na frente de uma porta, ela virou seu corpo para ficar cara a cara com Tazuma.


Mesmo olhando para ele, Klaudia não mostrava nenhuma emoção no rosto, igual ao que Albert fez. Realmente, eles são obedientes no trabalho que fazem


(Klaudia) "Kogane-sama está te esperando aqui dentro– Permita-me abri' isso para você"


Colocando seu antebraço na porta, ela o empurrou, revelando assim o interior. Na primeira visão, a sala era bem pequena. Provavelmente cabia somente quatro pessoas ali dentro sem ter problemas para se locomover.


Ao redor, havia uma cortina vermelha que se estendia do teto até o chão– Na sua frente, tinha apenas uma poltrona virada para mesa extensa, que cobria o suficiente para quase tampar a passagem pelo lado, e atrás da mesa, sentada com seu sorriso extenso estava a possível mestra dos dois mordomos– Kogane.


(Kogane) "Que ótima notícia saber que o senhor Tazuma está acordado, fiquei preocupado em pensar que algo poderia ter acontecido a sua mente enquanto estava dormindo.


Dizendo isso, ela inclinou sua cabeça para baixo.


No seu lado direito, o velho Albert se mantinha ereto, junto com Klaudia que se posicionava à esquerda.


Ambos com seus rostos calmos e sem emoções.


Então, como o começo de um novo dia, Tazuma começou novamente em um novo local, que provavelmente seria mais chique.


. . .


Ele sentiu um leve arrepio ao pensar nisso.



(Nota do autor: Bom, já que apresentamos novos personagens, tá na hora de revelar suas aparências)



(Nota do autor: Bom, já que apresentamos novos personagens, tá na hora de revelar suas aparências)


Klaudia



(Klaudia) "Serva da grande mestra Kogane Miyoko



(Klaudia) "Serva da grande mestra Kogane Miyoko. Atualmente com 18 anos, me chamo Klaudia. Você só precisa sabe' disso"


Albert



(Albert) "Servo da Mansão Miyoko e guarda pessoal da senhorita Kogane Miyoko, me chamo Albert, atualmente com 53 anos



(Albert) "Servo da Mansão Miyoko e guarda pessoal da senhorita Kogane Miyoko, me chamo Albert, atualmente com 53 anos. Trabalho como mordomo e empregado doméstico desde os meus 30 anos, logo após eu cortar relações com Vollachia"


Kogane 'Vulpecula' Miyoko



(Kogane) "Bom, como todos se apresentaram, meu nome é Kogane 'Vulpecula' Miyoko



(Kogane) "Bom, como todos se apresentaram, meu nome é Kogane 'Vulpecula' Miyoko. Nascida originalmente em Kararagi, moro agora nos novos territórios Miyoko, como herdeira. Atualmente tenho 19 anos. 'Vulpecula' é passado a cada 400 anos na família, tendo eu como a atual portadora desse nome; não sei o seu significado, mas tento não pensar muito"


Prévia para o próximo capítulo: Mansão Miyoko (Onde as cortinas de fecham)


 



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Autor(a): dk_autor_e_aprendiz

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

1/3 Explorando as curiosidades Piscando os olhos enquanto via aquela cena, ele se esqueceu por um momento de respirar, ficando com um nó na garganta. Não sabia por que estava em um estado de alerta na presença dos três– Não, não– Na presença de Kogane, a "dona" da mansão provavelmente. (Kogane) "Me diga, ...


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