Fanfics Brasil - Capítulo 1 - Prólogo Scarlet Dynasty - Klaroline

Fanfic: Scarlet Dynasty - Klaroline | Tema: The Vampire Diaries e The Originals


Capítulo: Capítulo 1 - Prólogo

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Eu estava sentada em volta da bancada da cozinha, comendo meu café da manhã favorito, Ovos Benedict. Olhava através das janelas de vidro que tomavam toda a extensão da parede, voltada para o leste. A vista daqui era incrível. Dava para ver quase todo French Quarter e alguns vislumbres do bairro depois da ponte, e a visão do Rio Mississipi em contraste com o emaranhado de edifícios ao seu redor era deslumbrante. Não havia muitos prédios altos no French Quarter, para não ofuscar a beleza dos prédios clássicos e antigos da região. Mas,  conseguimos um ótimo apartamento próximo aos hotéis, onde se encontravam os edifícios mais altos e de arquitetura moderna. Finalmente eu consegui convencer Klaus a deixar aquele mausoléu para os irmãos e a comprar essa cobertura, bem no centro do bairro francês e de seus eventos notórios. Morar aqui me fazia sentir estar no topo do mundo. Não apenas por causa do luxo do prédio e da vizinhança, ou da sua modernidade, mas, principalmente, pelo o significado do lugar onde ele vivia. Para Klaus era importante estar bem próximo à sua antiga casa, que ele fez questão de tomar de volta de Marcel e que eu ajudei a conseguir. Era um simbolismo sobre quem está de verdade no poder e era onde ele mantinha o seu novo Quartel general de intrigas. Já a outra e mais antiga casa era mais no campo, mais para dentro da cidade, em Oak Alley, muito linda e clássica, onde os Mikaelson consideravam mais como o seu verdadeiro lar. Mas, ela também era símbolo de muita coisa ruim do passado de Klaus. De sofrimento e de crueldade. Continuar morando nela seria auto flagelo, um martírio. Aquelas terras eram um lembrete vivo de muita injustiça e de tortura, não só para os Originais, mas também para os habitantes do regime colonial. Muita coisa ruim que ele fez ou sofreu se passou naquela casa e manchou a sua história. E nós tínhamos entrado num acordo de sempre tentarmos seguir em frente, de não deixarmos os fantasmas do nosso passado nos assombrarem. Já tínhamos muitos fantasmas de carne e osso nos perseguindo no presente. Viver com o Klaus era uma eterna condenação. Sempre tinha alguém querendo acabar com ele e, por consequência, comigo. É claro que ele não era e nunca seria um santo. Parte do charme de Klaus era o derramamento de sangue. Eu não poderia ser inocente e acreditar que ele pararia de matar. Pelo menos agora eu sei que ele pondera entes de matar e que não faz apenas por esporte, "só quando necessário", concordamos em voz alta. Foi um longo caminho até chegarmos nesse ponto. E eu, bem, ultimamente não tenho estado no meu momento mais pacífico. Poder lutar ao lado dos Originais de igual para igual é uma faca de dois gumes. Ora eu preciso atacar alguém para defender minha nova família disfuncional, ora tenho que me envolver nos planinhos sangrentos e psicopatas do meu namorado. Planinhos esses que, diga-se de passagem, eu também ajudo a arquitetar com maestria. E, sinceramente, adoro quando chega a minha hora de entrar em cena. É tão bom sentir todo esse poder nas veias. Eu vejo como um presente, não como uma maldição que nem Kol vive repetindo. Me sinto imbatível, sem medo de nada, sem insegurança alguma. Apenas sinto extravasar a minha sempre vontade de ser grande e poderosa. Logo, quando minhas habilidades são requisitadas, é difícil ser racional e escolher as batalhas certas. Então, ficar de mãos limpas era quase impossível. Mas, agressividade e morte gratuita não é o meu estilo. É o estilo de Klaus e companhia Mikaelson.


Eu já estava alguns meses morando com ele aqui em New Orleans. No início foi uma grande tempestade. Klaus foi obrigado a deixar Mystic Falls e se meteu numa espécie de máfia sobrenatural para conquistar e ficar no poder da cidade. E tudo começou por minha culpa. De um jeito ou de outro. Primeiro ele veio para me ajudar e encontrou mais coisa aqui do que esperava. Depois, quando eu não suportava mais olhar na sua cara e queria que ele sumisse de Mystic Falls, foi quando ele finalmente começou seu jogo contra Marcel e os sobrenaturais do Quarter.


Minha adaptação foi difícil, mas também divertida, pensei sorrindo. Nunca Klaus vai esquecer da loucura que foram minhas primeiras semanas nesse lugar. Deixei o cara doidinho da cabeça. Tanta confusão que eu arrumei, tantas pontas soltas do meu passado que precisavam serem resolvidas para que eu pudesse, finalmente, seguir em frente ao ser trazida de volta a mim mesma, escapando das trevas interiores. Mas, nós conseguimos superar tudo isso e cá estou aqui, liderando a cidade com ele. Eu confesso que eu gosto de mandar. O poder que eu sinto correndo nas veias inebriando o corpo consegue ser melhor que o sangue dos inimigos. É sensacional ser a chefe de alguma coisa. É como se fossem meus antigos comitês na escola e na faculdade em que eu era a líder, ou melhor, que eu me auto proclamava a líder, só que numa escala mil vezes maior, mais poderosa e mais sangrenta. Sempre gostei de projetos. Esse era apenas um pouquinho mais requintado e sanguinário que os outros. As coisas estavam ainda no processo. Klaus ainda estava moldando a cidade da maneira que ele gostaria que fosse, que nós gostaríamos que fosse. Ainda tinha muito trabalho a fazer. Às vezes eu ficava cansada de tudo isso e tinha vontade de dar umas escapadas, de espairecer numa terra bem longínqua, cansada de tanto drama entre vampiros, bruxas, lobisomens e humanos. Mas, eu não conseguia partir. Porque, além de eu gostar da liderança e do poder, eu amava Klaus, mais do que permitia uma boa saúde mental. Eu demorei a entender isso ou, até mesmo, aceitar, a perdoá-lo pelos últimos acontecimentos. Mas, a verdade é que eu amava esse doido. Do jeitinho como ele era, pois parte do seu charme era a vilania. Nunca imaginei que eu teria uma vida assim, com guerras, brigas, tramas, ou que eu seria uma líder, que estaria no topo, muito menos ao lado de Klaus. O que eu passei em Mystic Falls foi brincadeira de criança. Mas, é tão bom estar aqui...


Olhei no relógio do meu pulso e vi que faltava um quarto para as 9h da manhã. Klaus me disse ontem à noite que voltaria para casa antes do horário da ceia, mas não voltou. Ele era um tremendo de um filha da puta cascateiro. Eu não sabia se ficava preocupada ou zangada. Sempre que tinha um assunto burocrático ele me levava junto, mas quando tinha alguma briga ele me mantinha de fora. Assim não tinha como eu ser vista ou respeitada como líder junto dele. Todas às vezes em que eu estava em alguma briga era porque eu ia sem avisar primeiro. E eu sempre terminava o dia xingando ele por isso. Ele não pode esperar que eu seja uma súdita que nem o resto da cidade. Eu sou do mesmo patamar que o dele agora. Eu sou uma líder não só na burocracia, mas na força também. Ou ele estava se esquecendo de que muitas das suas conquistas foram graças a mim? Foram minhas conquistas, não dele. Eu tinha todo o direito do mundo de criar e desfazer decretos também. Ou de aplicar uma represália em quem merecia.


Me levantei da bancada e peguei o meu celular para discar o número dele. Caixa postal. Argh, seriously! Eu já estava ficando puta. Ele sempre fazia isso, me deixava sem notícias, principalmente quando queria esconder alguma coisa. Aposto que deu merda na aventurinha indiscreta dele, e nem se deu ao trabalho de pedir a minha ajuda. Eu não era mais uma vampirinha indefesa e fraca de cidade pequena há muito tempo tempo. Ele sabia disso. Respirei fundo e saí da cozinha. Eu ia atrás dele. Eu não ia ficar em casa que nem uma idiota tricotando esperando ele voltar. Ele me disse que a cidade era minha também. Ele não podia me manter de fora dos assuntos, fossem eles burocráticos ou não. E mais tarde em casa teríamos uma conversinha.


Estava passando pela sala de estar, indo em direção ao corredor da entrada principal quando o filho da puta bastardo entrou na sala. Ele tinha um pouco de sangue quase indetectável a olhos humanos nos braços, na camisa e na calça. Mas, meus superpoderes escancaravam o que fosse. Eu sabia !


– Bom dia, love. Dormiu bem ? Espero que a minha ausência não tenha afetado muito o seu sono. Eu sei que você adora dormir enroscada em mim sentindo o meu calor. Você praticamente me faz de cama, mas eu gosto. Não estou reclamando – Ele disse com a cara mais cínica do mundo. Como podia ser tão descarado ?


Caroline me encarava com uma mistura de raiva e petulância, com os braços cruzados. Geralmente essa expressão dela era sinônimo de brigas, de que eu estava em apuros. Mas, até que gostava de provocar um pouquinho ela. Sempre terminava de forma interessante, com objetos quebrados voando pelo apartamento e com gemidos indiscretos no meu ouvido. Ela parecia um anjo, mesmo tentando fazer a cara do demônio. Um paradoxo delicioso de observar. Essa cara dela me excitava.


– Desculpe pelo estado – eu apontei para as minhas roupas – eu sei que você não gosta de manchar a nossa casa com a sujeira alheia. Mas, eu não tive escolha. Acho que vou comprar um lugar especialmente para esse tipo de ocasião, para que eu possa me lavar e tirar o sangue dos inimigos antes de voltar para a imaculada e límpida casa da minha mulher – eu acrescentei com um tom de humor, tentando, em vão, desmanchar aquela carranca. A minha vontade era de agarrá-la, mas eu não faria isso estando fedendo do jeito que estava.


– Você não é nem maluco de comprar uma casa escondido de mim - Me apontou o dedo acusadoramente.


- É só uma ideia - Levantei as mãos em rendição.


- Você não viu nenhuma das minhas cem ligações ? Não poderia ter a decência de me deixar, pelo menos, um recado ? – reclamei, já bem irritada. É óbvio que ele sabe se defender, ele é o Híbrido Original. E a única coisa que poderia machuca-lo de verdade não existe mais. Klaus estava intocável no momento. Mas, mesmo assim, eu gostava de saber onde ele estava, saber se ainda estava estava vivo, mesmo não podendo ser morto. Ele me enlouquecia quando decidia sair por aí fazendo merda sem nem ao mesmo me dizer onde estava. Eu fica apreensiva demais pelo medo de ele ser pego em mais uma emboscada e ser trancado de novo onde ninguém pudesse mais achá-lo. Ouvir a voz dele sempre me proporcionava alívio, mesmo que a distância. Essa cidade é instável demais. Nunca se sabe quando alguém vai inventar moda e se rebelar com eficiência. A quantidade de gente buscando um jeito de derrotar Klaus Mikaelson outra vez era imensa. E se eu não estivesse lá para salvá-lo de novo? Então, eu sempre ansiava por saber se não precisaria de mais uma força no ataque. Porque, diga-se de passagem, a minha era imbatível – Por quê você sempre me exclui dos planos ?  Não é a hora de bancar o macho alfa, Klaus. Pelo menos não comigo. Você sabe que detesto isso. Até onde eu me lembro, você disse que a cidade era minha também. Eu não deveria participar de tudo ? Você se esquece de que muita coisa existe graças ao meu excelente trabalho.


– Mas, é claro, sweetheart. Longe de mim não reconhecer os seus esforços e seus grandes feitos – Eu disse sorrindo, caminhando lentamente em direção a ela. Se você quer a presa, não deve assusta-la – Nunca foi a minha intenção não te incluir. Eu estava apenas acertando com Elijah os últimos detalhes da reunião de hoje, na qual você também vai estar. Fomos surpreendidos. Então, obviamente que não deu tempo de eu te chamar para a festa.


– Ah, mais um evento burocrático que deu em merda. Desses eu posso participar – Eu disse atacando ele, com tom satírico – Você pode me dizer em como uma simples reunião com o seu irmão se tornou um banho de sangue ? Porque eu posso ver muito bem que você tentou se limpar antes de entrar aqui, mas não fez um trabalho perfeito. Quero ver quando é que você vai me tratar como sua igual. Até onde eu sei, também lidero essa cidade com você. Estou equivalente aos Originais, Klaus, não precisa mais ter medo por mim. Ninguém pode me matar.


– Só uma correção, love. Ninguém é meu igual. Mas, sim, você também é dona dessa cidade junto comigo e todos sabem disso. E ninguém te diminui. Não somos nem malucos para fazermos isso depois do presente que a minha mãe louca te deu. Mas, você sabe, imprevistos acontecem. Só tenho que me virar na hora. Nem sempre dá tempo de te chamar, love, enquanto estou arrancado uns corações. E podem até não te matarem, mas você daria uma bela diversão para algumas pessoas. Todo cuidado é pouco - Meu maior medo de todos, Caroline ser um alvo. Até agora, conseguimos vencer a todos, suprimir todo e qualquer inimigo que atravessasse o nosso caminho. Mas, nunca se pode perder a vigilância. E eu ficava sempre em alerta a qualquer sinal de perigo em volta de Caroline. Depois de tudo o que aconteceu com ela em Mystic Falls e do que ela aprontou em New Orleans ao chegar na cidade, eu não estava seguro o bastante de que Caroline estava fora do radar de quem não devia. Eu não era o único caçado, ela também era, pois se meteu numa grande confusão com as bruxas e essas filhas da puta só não perderam a cabeça ainda devido ao acordo que estamos prestes a assinarmos, mas principalmente porque estavam quase impossíveis de serem derrotadas. E mais uma vez sendo uma filha da puta traidora, Esther entregou tudo para as ratazanas de esgoto, dando a elas poderes além da conta. Mas, se chegassem até Caroline, suas mortes eram certas. Não haveria acordo e nem poder sobrenatural nesse mundo que me impediria de proteger Caroline.


- Quero ver tentarem - Eu sorri. Ela me dava orgulho.


- Bem, eu vou tomar banho, para você não me fazer pagar caro por entrar sujo aqui. E eu tenho...nós temos muitos assuntos hoje para resolver. E eu tenho uma lista bem infinita de pessoas para eliminar. Você tem certeza de que esse é o caminho que quer proceder? Duvido que todos aceitem. Vão nos trair se pegarmos leve desse jeito – Eu disse ignorando a expressão indignada dela. Esse era um assunto para depois. Caroline me olhou de cara feia, certamente pelas merdas que eu disse. Ela não gostava quando eu batia na tecla de que ninguém é meu igual.


- É o jeito mais pacífico e correto. Se não cumprirem, vão pagar - Eu sorri para ela concordando, mesmo com a dúvida - Mas, primeiro precisamos nos utilizar da boa política para não levarmos a nossa cidade ao caos da guerra, você sabe. E assim será se os grupos não entrarem num acordo.


- Veremos, mas quem nos trair, vai perder o coração do peito.


- Quanto a isso discutiremos depois - Ela cruzou os braços em desafio. Eu sorri. Adorava esse lado mandão dela.


Sem responder nada, me aproximei dela de repente o bastante para cheirar o seu cabelo, mas sem tocá-lá. Meu corpo reagiu imediatamente com uma forte ereção, enquanto a minha pele se arrepiava toda. Meu corpo esquentou à medida que eu tentava me encostar mais em Caroline. Ela ficou parada, me encarando de perto, mas sem me dar permissão para fazer mais, pois cruzou os braços e balançou a cabeça em negativa. Dava pra ver na sua cara debochada que ela estava se divertindo com a minha agonia. Eu deveria me controlar, não atacar seu pescoço e seu belo corpo como eu queria. A fim de acabar com a minha tortura que só aumentava dentro da calça, fui em direção à nossa suíte, no terceiro andar. Dei uma última olhada nela por cima do ombro, indicando bem que ela pagaria por isso mais tarde.


Uma ducha ajudaria a aliviar o tesão. Caroline tinha esse poder sobre mim. Qualquer coisa nela me atiçava de repente. Fosse uma simples expressão carrancuda ou sua gritaria petulante contra mim.  Além do
mais, eu me sentia imundo, mesmo com pouco sangue, o que era estranho, pois eu sempre estava sujo do sangue das pessoas que eu matava. A questão era que Caroline fazia da nossa casa um santuário. Era proibido entrar aqui carregando os nossos crimes pelo corpo. De todos os lugares este era o único em que eu me sentia desconfortável por estar coberto de sangue. Então, estava desesperado para me livrar o quanto antes de qualquer vestígio dos meus crimes. E pensando neles...A noite havia sido longa. Com a ajuda de algumas bruxas, lobisomens rebeldes, que não concordavam com os outros do clã e que achavam que o acordo os deixariam em desvantagem, atacaram a mim e ao meu grupo ontem à noite. Eu juro que me controlei ao máximo para matar o mínimo possível, mas eles não estavam facilitando para mim. Eu não queria arriscar perder Caroline outra vez. Foi horrível às vezes em que ela me deixou. Passar os dias sem ela e pensando que eu nunca mais a teria novamente foi mais torturante que as minhas repetidas mortes no outono passado. Ter essa nova chance com ela era mais do que eu merecia e esperava. Então, eu tomava muito cuidado com o que fazia e dizia para não espanta-la de vez para fora da minha vida. Depois de muito tempo, depois de muitas idas e vindas,  finalmente começamos a nos entender. E quando eu digo isso significa que não passamos mais 100% do tempo brigando, só 90% dele. Soltei uma risadinha com esse pensamento. Realmente o nosso relacionamento era muito conturbado e problemático. Mas, estar com ela me deixava feliz. Eu nunca falaria isso em voz alta. Ela me deixava louco. Às vezes eu queria atirar ela pela janela. Mas, só na teoria, claro, pois na prática eu seria incapaz de tocar nela com violência. Preferiria a morte. Eu a amava e queria tê-la por perto, desde que estivesse feliz e segura do que caminho que tomava. Eu sei que eu não sou totalmente o que ela quer que eu seja. E talvez eu nunca chegue a ser. Tínhamos uma jornada bem longa ainda. Isso se ela não fosse embora antes. O que, às vezes, me fazia pensar se não era o melhor para ela. Traga-la para esse mundo violento sempre foi a única ressalva sobre mantê-la na minha vida. Mas, só a ideia de não te-lá por perto já era repulsiva. E eu e ela estávamos tão unidos nessa aventura nova que era inconcebível a ideia de vivermos um sem o outro. Eu precisava de alguém como ela para me manter são, para me dar o equilíbrio que eu estou sempre prestes a perder. Para me fazer conseguir respirar ar puro no meio desse ambiente pesado cheio de banho de sangue. Era intrigante pensar nisso, mas nossos caminhos nos trouxeram até aqui como se fosse um plano do destino. Um estratagema para se obter a vitalidade necessária à nossa sobrevivência. Como se formarmos num par fosse essencial para atingirmos nossos potenciais. De um jeito ou de outro sempre nos cruzávamos, pois as circunstâncias nos levavam de volta um para o outro. E nunca foi mais grato por algo na minha vida. Trazê-la até aqui comigo foi uma tarefa árdua. Precisei provar para ela, a cada passo que eu dava, que ela era uma prioridade pra mim. E depois de muita espera e de trabalho duro, ela era minha finalmente.


Entrei no quarto, que tinha o chão em madeira escura e paredes brancas, com vastas janelas que pegavam duas paredes inteiras. No centro, encostado na parede e de frente para uma das paredes com janelas, tinha uma enorme cama de casal com edredons grossos e cor de creme. Caroline gostava da cama macia e "fofinha", como ela dizia. Então, trouxe de Oak Alley esses cobertores que pertenceram a Luís XIV, de que ela tanto gostava. A nossa casa ainda mantinha objetos do século XVIII, minha mobília favorita, tal como as mesinhas de cabeceira nos lados da cama, que apesar de terem a tampa de vidro, ainda mantinham a base da madeira original, cada uma suportando um abajur branco. Em frente havia uma estante larga e baixa com uma gigantesca televisão 4k, que a gente nunca usava. Ao lado da porta havia uma estante com um Home Theater, e desse gostávamos bastante, especialmente num dia bom de vitórias onde dançávamos coladinhos juntos em casa, esquecendo do mundo lá fora. E esses dias sempre terminavam selvagens, pois íamos noite adentro apreciando o corpo quente um do outro, sem termos pressa para acabar. Já do outro lado, em frente à outra parede de janelas, havia alguns puffs off white, onde Caroline gostava de ficar para descansar ou para refrescar a mente após nosso habitual tumulto de intrigas no French Quarter ou para ler um livro enquanto tomava seu famoso e favorito Hot Cocoa. E uma mesa de centro de madeira branca ornamentava e finalizava o seu cantinho preferido. Apesar de velho, também gostava de objetos modernos, desde que tivessem classe e elegância. Em uma das paredes sem janela havia uma entrada em portas de correr para um closet e havia diversos quadros espalhados, muitos deles pintados por mim. A decoração foi quase toda arquitetada por Caroline. Ela não abriu mão do controle desse navio nem mesmo quando contratou alguém de uma agência para fazê-lo. No fim, ela quem comandou os decoradores e ainda teve a audácia de encaminhar notas para a empresa afirmando ser um lugar de incompententes. E eu, claro, assisti a tudo calado, mas me divertindo horrores.


Sem conter o sorriso, caminhei até o banheiro na pressa, arranquei as roupas sem cerimônia e as joguei no cesto de vime. Caroline não gostava quando eu fazia isso, preferia que eu entregasse as roupas para a lavanderia do prédio ao invés de fazer os funcionários da casa lavarem. Mas, eu não gostava que tocassem nas minhas roupas sem que seguissem estritamente as minhas instruções. Então, hipnotizei todo mundo daquela lavanderia medíocre cheia de gente que se achava o máximo para que fizessem um trabalho descente, mesmo assim sempre tinha um idiota que fazia besteira. Pelo menos os meus empregados eu podia vigiar de perto.


Lavei os cabelos sem pressa, curtindo o conforto da ducha e aliviado por estar em casa e por estar me livrando de todo aquele sangue que causava tanta repulsa em Caroline. Queria ficar ali por bastante tempo, aproveitar os momentos. Eram raras as ocasiões em que me sentia leve, sem peso nas costas. A presença de Caroline nessa fase da minha vida me fazia acreditar que finalmente muitas mudanças estavam acontecendo, me tirando desse ciclo de ódio eterno, me dando verdadeira esperança. Seria possível eu finalmente viver em paz? O sangue escorrendo na água em direção ao ralo me fazia duvidar um pouco dessa fantasia.


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Caroline


Joguei a cabeça para trás, bufando. Caminhei até um dos sofás de cor branca e me joguei nele. Fiquei ali por um longo tempo repassando mentalmente as minhas estratégias para a reunião espinhosa que teríamos em breve enquanto olhava a cidade através das janelas da sala que, assim como da cozinha, tomavam toda a extensão da parede, só que dessa vez voltadas para o Leste e para o Norte, decoradas com leves e esvoaçantes cortinas brancas escolhidas a dedos por mim. Já estava começando a ficar impaciente. Klaus estava demorando muito. Ele gostava de banhos relaxantes e intermináveis. O banho de Rei, ele falava idiotamente. Quando entrava na banheira, eu sempre tinha que arrasta-ló de lá com as minhas garras. Se eu estava com ele, então, era quase impossível obrigá-lo a sair. Melhor que estar confortável na água quente era transar dentro dela com você pela noite inteira, ouvindo seus gemidos deliciosos no meu ouvido, ele falava tanta besteira. Eu adorava, era impossível não me deixar levar quando ele vinha com aquele sotaque britânico sussurrando putaria no meu ouvido. Sorrindo, resolvi subir para apressa-lo. Na verdade, eu queria mesmo era agarra-lo. Ou pelo menos ter um tempinho privado com ele antes de darmos aos ares a nossa graça. Uma vez combinamos; sempre aproveitarmos os pequenos momentos escondidos no meio dos grandes eventos. Assim que se faz a vida valer a pena. E a nossa estava sempre ameaçada, então era mais importante ainda seguir esse mantra.


Peguei o caminho das escadas de madeira indo em direção ao nosso quarto. Meus saltos faziam bastante barulho ao ir de encontro com aquela madeira polida e maciça. Eu fazia de propósito. Para ele ouvir e saber que eu já estava impaciente e que já estava na hora de acabar com o maldito banho do rei. Cheguei no corredor, de madeira escura e paredes brancas, assim como o resto da casa, que tinham portas brancas que davam acesso à todos os quartos e caminhei até a última porta, ao lado de outra ampla janela. Entrei no quarto e falei bem alto, mesmo sendo totalmente desnecessário fazer isso


– Se afogou, Klaus ? Ainda será necessário que eu te salve de mais afogamentos nessa vida? - Lembrar desse episódio terrível não é uma boa ideia, mas mesmo assim era impossível me conter e não alfinetá-lo até ele entender do que eu sou capaz - Geralmente é você quem reclama de eu demorar muito para me arrumar – Eu disse bufando, mas com um sorriso querendo escapar. De brincadeira ou não, era sempre muito bom implicar com ele. Às vezes ele me fazia pagar caro por isso, caro e bem gostoso. Eu ouvi o som do chuveiro sendo fechado. Pelo menos não estava na banheira pensando em mais formas diferentes de fazer putaria comigo nos banhos. Ultimamente ele estava bem criativo. Mandamos reformar o banheiro e aumentar o tamanho da banheira de mármore escura só para que pudéssemos ganhar mais liberdade na execução de certas brincadeiras.


Ele abriu de repente a porta dupla e de correr do banheiro e saiu, vindo em minha direção. Eu engoli em seco. Ele estava apenas com a toalha em volta da cintura, enquanto esfregava outra toalha nos cabelos loiros e lindos. A resistência que fiz lá embaixo caiu totalmente por terra no momento que mirei seu corpo molhado. Eu o olhei dos pés à cabeça e mordi os lábios. Ter essa visão de camarote da figura dele fez meu corpo reagir intensamente. Senti um reboliço no estômago enquanto minha nuca se arrepiava. Em questão de segundos eu estava louca de tesão, sentindo minha região sensível entre as pernas latejar.


– Nervosa, love ? – Ele disse com cinismo e com os olhos um pouco escuros de desejo. Nossa atração é uma faca de dois gumes. Se eu perco a estribeiras ao vê-lo desse jeito, ele certamente ainda sofre com os efeitos do tesão reprimido ao receber uma negação direta de sexo. Eu entendi bem o recado lá embaixo e ele só não voou em cima de mim porque eu não deixei. Éramos assim, nos atracávamos pelos cantos da casa o tempo todo, especialmente após a euforia de uma boa batalha no French Quarter. Nunca perdíamos a vontade que tínhamos um pelo outro, muito menos deixávamos passar uma oportunidade de um sexo híbrido quente e gostoso.


– Não. Só achei que você não fosse tão indestrutível assim e que tivesse morrido. Já que ninguém é seu igual, o que eu faria sem você lá naquela selva do Quarter? – Respondi com petulância, não conseguindo disfarçar nem um pouco o desejo contido na minha voz.


– Morrer como um humano estúpido? Não é pra mim - Sorri para ela enquanto entrava no closet e pegava algumas roupas. Voltei com elas na mão, as deixei na cama e olhei para Caroline - Talvez pudéssemos demorar mais um pouco, já que eu não dormi em casa e não pude desfrutar da noite com a minha doce e recatada mulher. Sabe, os chefes podem se dar ao luxo de se atrasarem de vez em quando – Eu disse a ela, indicando com o meu tom de voz exatamente o que eu estava pretendendo. Passar quase um dia e uma noite inteira sem sentir Caroline de perto seria agoniante. Eu precisava tê-la, ter certeza se que ela ainda era minha. A essa altura eu já estava muito excitado. Eu podia sentir meu membro extremamente duro e necessitado, fazendo pressão contra a toalha. Minha vontade era de atacá-la sem cerimônias. Geralmente nos atracávamos pelos cantos da casa que nem dois animais. Era só a adrenalina de cada briga, interna ou externa, nos rodear que descontávamos a frustração através de muito sexo sem tempo de validade. Era muito fácil eu me sentir enebriado pelo seu cheiro, pela sua personalidade imponente e atrevida. Então, qualquer aproximação dela me fazia entrar na bolha da luxúria. Me sentei na cama e puxei ela lentamente pela cintura para mais perto do meu corpo, enquanto mantinha o olhar preso no dela. Mordisquei sua barriga por cima do pano fino da sua blusa, e isso pareceu acendê-la de vez. Para nós, não era preciso muito para o clima esquentar. A nossa atração era tão forte que era quase tangível. Em poucos estímulos nossos corpos já entravam em erupção buscando alívio de forma desesperada. Abaixei as mãos e apertei sua bunda, enquanto pressionava o seu corpo na minha boca - O que você acha? Podemos compensar apropriadamente as horas perdidas. Posso sentir que você está ansiando por isso tanto quando eu - Sem me responder nada, mas me jogando seu olhar mais safado, ela me empurrou me jogando na cama, mas não subiu em mim. Seus olhos demonstravam claramente que ela já estava no jogo comigo e essa foi a minha deixa. Eu estava completamente entregue aos comandos dela.


Ele disse enquanto caminhava lentamente até a mim, como um leão caminha em direção a sua presa. Ele sempre agia assim quando queria me devorar, gostava de flertar comigo como se ainda fôssemos aqueles dois idiotas em Mystic Falls. E assim como naquela época, eu caia que nem patinho quando ele vinha pra cima de mim. Ele me olhava com devoção e desejo. E esse eu podia sentir. E não queria esperar. Eu queria foder com ele loucamente. Passei a noite sem ele e foi muito frustrante. Estava acostumada a ter ele quase todas as noites ao meu lado me enchendo de carinho e de prazer.
Me abaixei na frente dele enquanto voltava  a sentar na cama e comecei e puxar a sua toalha. O torturava dando algumas apertadas no seu membro duro por cima do pano, enquanto puxava o tecido lentamente. Com um sorrisinho sugestivo de lado, indicando todas as minhas más intenções e reciprocidade na brincadeira que ele estava prestes a começar. Puxei de vez a toalha com a minha força sobre-humana e segurei seu pau, agora duro como uma rocha. Sorri orgulhosa de mim mesma. Essa desejo todo dele era pra mim e somente pra mim. Com movimentos lentos, comecei a acaricia-lo, envolvendo a minha mão em seu membro rígido, acariciando para cima e para baixo.
Era tão convidativo desse jeito bem na minha frente, muito ereto e lindo.
Sem me conter mais, abaixei a cabeça e envolvi meus lábios quentes no seu membro, chupando e sugando bem devagar para tortura-lo. Klaus não conseguiu reprimir, soltou um gostoso gemido, enquanto jogava a cabeça pra trás de olhos fechados e segurava meus cabelos com força. Eu adorava quando ele pegava no meu cabelo assim, me enlouquecia. Mas, o que me tirava do sério mesmo era ver essa cena, ele entregue ao sentir o prazer que eu poderia lhe dar. Abaixei uma das minhas mãos para me sentir. Mesmo por cima cima da calcinha já conseguia notar o molhado se espalhando, meu sexo quente latejando e meu corpo desesperado por algum escape. Eu estava em polvorosa tanto quanto Klaus e até agora só ele recebia o melhor tratamento. Precisava dele para me aliviar também. Continuei meu trabalho de mestre, fazendo o indomável híbrido se derrotar de tesão ao ser chupado tão gostoso enquanto esfregava suavemente meu clitóris por cima do tecido fino da calcinha. Eu sugava e chupava cada vez mais rápido, provocando seu corpo até o limite. E Klaus já estava na beira do precipício, pois seus gemidos ficaram mais altos e ofegantes e suas mãos enterradas nos meus cabelos se enroscavam neles com desespero. Fazê-lo gozar na minha boca era sempre uma delícia. Klaus ficava como um louco despejando todo o tesão, saudade, paixão quando chegava a sua hora de explodir. Eu estava pronta para recebê-lo, mas ele puxou com cuidado a minha cabeça para longe do meu lugar favorito em seu corpo.


- Não quero gozar na sua boca, quero aproveitar você todinha...- Ele murmurou com a voz carregada de desejo, enquanto vinha na minha direção para me beijar. Ele roçou seus lábios nos meus me provocando antes de segurar a minha nuca com força e puxar meus cabelos para trás para beijar e morder o meu pescoço. Isso foi demais pra mim, estava louca para senti-lo.


- Então, venha. Goze comigo. Não aguento mais esperar - Deixei escapar entre gemidos baixos.


E isso foi o bastante para ele. Ele me pegou na sua velocidade vampírica e me apertou contra a parede da entrada do closet. Enquanto me beijava ferozmente, passava uma de suas mãos pelo meu corpo e pegava uma de minhas pernas com a outra, me fazendo ficar encaixada nele. Nessa posição eu podia sentir toda a sua ereção contra mim e isso me fez gemer. Me esfreguei nele na tentativa desesperada de conseguir algum contato no meu ponto mais sensível que ansiava por alívio. Seus lábios deixaram os meus e focaram no meu pescoço, afundando sua cabeça no côncavo do meu ombro. Em resposta mordi o lóbulo da sua orelha, enquanto arranhava suas costas e puxava com força sua cabeça para trazê-lo para mais perto de mim ao máximo. Esse contato me fez ficar ainda mais excitada. E para piorar ele começou a sussurrar no meu ouvido toda a putaria que queria fazer comigo. Hoje não estava afim de preliminares. Hoje eu não queria romantismo. Queria tê-lo dentro de mim, me dominando como ele e eu gostávamos e queria logo, mas ele não estava facilitando. Resolvi dar o troco, me vingar.


Caroline começou a beijar o meu pescoço enquanto acariciava meu pau que a essa altura estava latejando prestes a explodir. Soltei um suspiro alto e um gemido rouco, me controlando para não gozar ali mesmo. Era dificultoso controlar os anseios ao sentir a sua boca quente nos meus pontos sensíveis que ela conhecia bem. Eu queria gozar dentro dela, onde era o meu lugar, enquanto eu estivesse fodendo ela do jeito que eu gostava, com força, enquanto ela perdia seu típico autocontrole bem na minha frente me implorando por mais, fazendo caras e bocas obscenas e deliciosas de se ver. Comecei a perder a paciência e arranquei a blusa e o sutiã brancos dela de uma vez só, rasgando os dois. Só de pensar no que estava por vir, minha delicadeza se evaporava. Mirei nos peitos lindos e redondos dela, de mamilos bem rosados e comecei a sugá-los, enquanto ela jogava a cabeça para trás, gemendo baixo. Coloquei a mão por de baixo da saia de pregas azul marinho dela, por dentro da calcinha e comecei a acariciar o seu clitóris devagar, para desfrutar da sua reação ao meu toque, fazendo-a gemer ainda mais. Eu mesmo já não estava aguentando. Não tinha como meu pau ficar mais duro do que já estava, mas eu adorava observar suas reações quando estávamos juntos dessa forma. Não só para acariciar meu ego, mas também para eu aprender mais como fazê-la sentir o máximo de prazer. Ela me deixava louco, me fazia perder a razão rapidamente. Nosso relacionamento era intenso, de todas as formas possíveis. Perto dela eu esquecia quem eu era e ficava a beira do precipício, sob seu total domínio. Tirei as mãos de Caroline do meu pênis, arranquei a calcinha dela e me abaixei. Queria sentir o gosto dela. Só o cheiro me deixava insano, quase perdendo o foco e fudendo ela de vez. Mas, eu precisava senti-la, era deliciosa demais. Fui direito ao ponto, chupei o clitóris dela a princípio com gentileza, para saborear aquela pele macia. Ao mesmo tempo enfiei dois dedos nela, sentindo o seu interior encharcado e quente. Só de sentir com os dedos foi demais pra aguentar a espera. Enquanto sugava o seu ponto mais sensível, socava os dedos dentro dela, fazendo ela se contorcer contra a parede. Caroline gostava assim, ela não gostava tanto de sexo com carinho, pelo menos não nos últimos meses. Éramos menos selvagens só uma vez ou outra, quando já estávamos razoavelmente satisfeitos após horas de sexo intenso. Introduzi mais um dedo, provocando ela ao máximo. A essa altura ela já estava desesperada por mim, para me sentir, pois ofegava e gemia sem pudor. Aumentei o ritmo das investidas, movimentando meus dedos com força dentro dela enquanto a chupava fazendo pressão. Ela estava terrivelmente, lindamente encharcada de maneira a lambuzar completamente a minha mão. Quando ela soltou um gemido mais forte e longo, foi a minha deixa. Eu a adorava vê-lá gozando na minha língua e enquanto eu continuava a chupar, Caroline se contorcia deliciosamente na minha boca no seu orgasmo sexy e intenso enquanto puxava e pressionava a minha cabeça contra ela. Vê-la mordendo os lábios e me olhando com desespero foi o meu limite.


Me levantei e trouxe o quadril dela na minha direção, me encaixando perfeitamente dentro dela. Meti sem delicadeza alguma. Não dava para aguentar olhando seu lindo rosto se contorcendo de prazer, era uma delícia. Sua boca aberta em um grande O enquanto ela me sentia estava quase me fazendo gozar. Encostei minha cabeça em seu pescoço, beijando sua orelha enquanto gemia baixinho no seu ouvido e ela no meu. Segurando seu cabelo com força, fazendo seu rosto ficar parado bem na direção do meu, para que eu não perdesse nada das suas reações enquanto dava muito prazer a ela. Já era incrível sentir toda a sua sensibilidade ao meu toque, ao meu chamado, com seu corpo se arrepiando e tremendo ao meu toque, mas também era algo de outro mundo assisti-la gozando comigo dentro dela. Sempre me levava até a beira da agonia e do desespero por alívio.


Era coisa de outro mundo o jeito como ele me fazia sentir. Nunca antes, nem mesmo com quem amei, senti tamanho desejo, tamanha excitação. Com poucos  toques ele me levava à loucura. Ainda mais se fossem carícias no lugar certo e Klaus sabia o quanto eu gostava do oral que ele fazia em mim. Sempre me fazia gozar deliciosamente em poucos minutos, mas ainda assim não me bastava, eu precisava mais dele, mais do seu corpo enterrado bem fundo no meu. Eu podia sentir seu corpo em cada pedacinho do meu, como se ele estivesse presente em cada célula. Senti meus pelos se eriçarem e meu canal interno arder de antecipação. Estava pronta para ele, com minhas paredes internas se abrindo elasticamente com a entrada dos seus dedos, desesperada para sentir mais dele. E sabendo exatamente o que eu queria, ele entrou em mim forte e duro, com brutalidade, exatamente do jeito que eu gostava. Ele enfiava em mim com força e rapidez, enquanto beijava meu pescoço. Eu não conseguia parar de gemer. Eu arranhava as costas dele com as minhas unhas, com firmeza, fazendo ele gemer também. Essa era uma das minhas formas favoritas de estar com ele. Desse jeito era como se fôssemos um só. Mesmo com todas as controversas, eu era dele e ele era meu. Me fazia sentir suja, mas de um jeito certo. Como se o ato sacramentasse o nosso selo de propriedade mútua. Nos movimentávamos em harmonia, como se nossas ações fossem o reflexo umas das outras, pois nos entendíamos sem precisarmos de muitas palavras, só de atitudes. E eu não queria estar em nenhum outro lugar desse mundo além de aqui, com ele. A hora do sexo eram um dos poucos momentos em que entrávamos em harmonia. Era quando a gente mais se conectava sem nem ao menos trocar uma palavra com algum nexo. Quando eu estava quase gozando ele saiu de dentro de mim, o que me fez quase xingá-lo e dar-lhe um tapa forte na cara, para ver se acordava da insanidade. Mas, num movimento rápido, ele me colocou de costas, me imprensando na parede e voltando a me penetrar, de volta ao seu lugar, com os seus movimentos frenéticos e alucinados. Ele envolveu a minha cintura com um dos braços e segurava meu pescoço com a outra mão com muita firmeza, quase com brutalidade. Quando ele era assim comigo, me tratando como a mulher safada dele que eu era, sem a sua delicadeza diária como se eu fosse uma boneca de porcelana guardada na sua caixinha de vidro, era quando eu mais adorava, ser a sua igual.


- Você gosta assim, não é? Que eu te coma com força. Sempre fica tão molhada pra mim - Ele murmurou baixinho enquanto mordiscava os lóbulo da minha orelha e apertava mais meu corpo contra o dele, fazendo seu membro duro e inchado ir mais fundo. Joguei a cabeça para trás e a descansei em seu ombro, não aguentando as ondas prazeirosas que dominavam meu corpo. Klaus apertou meus seios e esfregou os dedos no meu clitóris, me causando choques de um pré orgasmo - Você quer gozar, amor? - Não respondi, só gemi - Diga, Caroline. Me peça para te fazer gozar - Assim, ele massageou e pressionou com mais vigor o meu clitóris, enquanto metia com força em mim, fazendo bastante barulho com nossos corpos se chocando um contra a outro. E eu me contorcia e gemia de agonia não sendo mais possível aguentar esse estímulo todo. Me deixei levar, precisava de um alívio urgente.


- Klaus, por favor, não aguento mais. Preciso de você...


- Então, meu amor, goze bem gostoso para mim - Seu hálito quente no meu ouvido misturado ao seu sotaque britânico irresistível enquanto Klaus atacava meus pontos sensíveis sem piedade foi demais e me levou até o precipício. Gozei. Gozei gemendo de prazer mais alto do que antes, me contorcendo em seus braços, que me seguravam firme. Fiquei uns minutos ali parada , com ele ainda bem fundo dentro de mim, sentindo os últimos espasmos do meu orgasmo intenso, que se mantiveram mesmo depois do ápice. Só esse bastardo filho da puta conseguia me levar à loucura desse jeito. E isso não é pouca coisa, eu já dei para uma lista bem grandinha de caras. Mas, com ele cada trepada era uma aventura nova, da qual eu nunca me cansava de descobrir mais. Klaus gozou uns instantes após o meu clímax, como se ele estivesse esperando por mim. Eu ouvi o seu gemido baixo e rouco no meu ouvindo, me apertando com força contra o seu peito suado, enquanto eu sentia o seu líquido quente e denso escorrer dentro de mim. Uma das coisas boas de ser vampiro era você poder transar a vontade sem se preocupar com doenças ou gravidez. Além de ter um orgasmo super intenso, é óbvio. Ele ficou um tempo parado, respirando ofegantemente no meu pescoço, exalando seu hálito quente e úmido. Durante uns minutos fomos incapazes de nos mexermos, apenas desfrutando da presença do corpo quente e delicioso um do outro, enquanto nos recuperávamos da onda de prazer intensa que nos atingiu. Ele saiu de dentro de mim de vagar e esse movimento me fez querer mais, mas, eu sabia que não tínhamos mais tempo.


Me afastei dela não desejando sair, mas, tínhamos compromissos. Parte de comandar uma cidade era uma agenda sempre lotada. Eu não gostava de interromper os nossos momentos de luxúria porque era justamente quando a gente entrava em acordo. Muito menos gostava de doar meu tempo precioso com ela para gastar com gente insignificante. Então, perder as não muitas oportunidades de aproveitarmos a companhia um do outro, mesmo quando ficávamos de birra, não me deixava de bom humor. É verdade, de vez em quando a gente se engalfinhava um pouquinho, mas nada sério o bastante para nos afastar. Era até excitante as caras e bocas que ela fazia pra mim. Às vezes eu até esquecia o assunto é só focava em admirar seu lindo rosto, se contorcendo enquanto me xingava, balançando seus cabelos dourados de um lado para o outro. Caroline tinha um gênio muito forte e eu não tinha muita paciência. Eu havia melhorado bastante, eu sabia disso, mas ainda eu era o Klaus. Ela se virou pra mim e fiquei com o rosto próximo do dela, sentindo a sua respiração se misturando a minha. Era muito difícil não ser distraído por aqueles olhos azuis e aquela pela maravilhosa, especialmente depois do aspecto brilhoso e iluminado de pós sexo que ela adquiria. Alisei sua bochecha e acariciei seus cabelos agora charmosamente bem emaranhados. Ela jogou os braços por sobre meu ombros, se abaixou um pouco e beijou meu peito. Quando ela retornou à posição ereta, beijei o dorso do seu nariz, que era lindamente repleto de sardinhas. Esse era um hábito meu, fazer carinho com meus lábios no seu narizinho delicado. Dessa vez, fui carinhoso, segurei seu rosto com as minhas duas mãos e beijei sua boca gostosa. Nossas línguas se entrelaçaram num ritmo lento e sensual e isso foi o bastante para me reacender. Pressionei Caroline outra vez e estava mordiscando seu lóbulo da orelha quando ela me alertou.


- Melhor parar - Disse a ela  com voz rouca e a contra gosto. Eu queria mais dela, mas não tínhamos tempo de sobra.


- Não quero - Sussurrei com a cara enterrada nos seus cabelos. Mas, ela me jogou seu típico olhar de "não vamos discutir sobre isso".


Tendo que me esforçar muito para me separar dela, precisei focar nos deveres. A diversão continuaria quando voltássemos pra casa. Mas, antes que eu desse o primeiro passo, ela me empurrou.


– Bem, eu vou tomar banho. Eu não vou para uma reunião dos representantes da cidade toda fodida e cheia de gozo do meu amante – Ela disse já empinando aquele narizinho fofo e prepotente dela, enquanto pegava as roupas rasgadas do chão.


– Eu sou só seu amante? Love, estamos praticamente casados. E você acha que eu também quero ir todo sujo de Caroline ? – Eu disse com sarcasmo, pegando ela pela cintura e a beijando com vontade. Era difícil demais deixá-la ir enquanto andava nua na minha frente - Talvez os negócios devessem ficar pra depois, amor. Já estamos marcados. Vamos para um lugar cheio de sobrenaturais. Vão sentir o cheiro de sexo de longe.


– Não vão se você se lavar direito, mas sem demorar - Ela me apontou o dedo - Nem vem com esse papinho mole. À noite eu te recompenso pela espera. Então, ande logo em ficar pronto. Mas, vá tomar banho em outro lugar - empurrei ele - Não quero você comigo, senão a gente não vai chegar nunca nessa reunião – Eu disse indo em direção ao nosso banheiro – E vê se para de rasgar as minhas roupas. Você está acabando com o meu guarda roupa - Olhava indignada para as minhas lindas e delicadas peças de grife destruídas no chão. Algumas até que tínhamos comprado em outros países.


– Ora, love, você pode comprar quantas roupas você quiser, eu te dei um cartão ilimitado, se eu não me engano – eu disse enquanto caminhava até a porta. Eu havia sido expulso do meu próprio quarto.


– Acontece que eu tenho que chefiar uma cidade e não tenho mais tempo para fazer compras. Ser da máfia tem lá seus déficits.


– Isso não é problema. Eu posso te dar alguns dias de folga, se você quiser, sweetheart – eu falei levantando uma das mãos, com sarcasmo.


– Nem pensar que você vai me tirar dessa mais uma vez – Falei, bufando – Vai logo tomar banho e para de me atrapalhar – Falei e entrei no banheiro, fechando a porta na cara dele. Eu não pude de deixar de sorrir com isso, era divertido implicar com ele. Tirei o que restou da saia e entrei de baixo do chuveiro, tentando me livrar de todos os vestígios do meu sexo sujo com esse híbrido desgraçado. Não demorei muito, só o suficiente para estar limpa e apresentável, mesmo que água estivesse deliciosamente convidativa. Me enrolei na toalha e Entrei no meu enorme e luxuoso Closet e procurei por algo que me interessasse. Era uma reunião que provavelmente acabaria em porrada, mas mesmo assim eu deveria usar algo diplomático. Elijah me ensinou a sempre causar boa impressão com a vestimenta, mesmo que não fosse algo tão formal para o gosto dele. Ao menos eu deveria intimidar mostrando quem manda no pedaço. Esse último foi dica de Klaus. Eu ri baixinho e comecei a me vestir. Coloquei uma calça jeans verde escura, com uma blusa preta e uma jaqueta de couro preta. Procurei pelas minhas botas favoritas. A mais confortável era essa, preta de salto baixo e cano longo.


Quando eu desci as escadas indo para o primeiro andar, Klaus estava gritando com alguém no telefone. Para o meu alívio, ele já estava de banho tomado. De cabelos molhados e roupas trocadas e cheirosas, seu humor tinha mudado completamente. Eu respirei fundo e caminhei até ele. Mal tínhamos um tempo de sossego e lá vinha mais bomba. Percebi que ele estava falando com Diego. Dois minutos depois ele desligou o telefone, totalmente furioso.


– Qual o problema ? – Eu perguntei preocupada, me sentando do braço do sofá. Ele se virou para mim bastante mal humorado e respondeu:


– Jane Anne. Ela me desafiou ontem à noite até os limites e eu mandei matá-la – Caroline fez cara de incrédula e de desgosto para mim – Mas, Elijah poupou a vida dela só porque a pentelha da filha implorou de joelhos pela vida da mãe. Mas, isso vai acabar hoje. Eu mesmo vou acabar com aquela bruxa desmiolada. Já tive muita paciência com ela se levar em consideração todas a traições. E se a filha se meter, vai morrer também - Eu disse, cuspindo ódio.


– Eu pensei que estivéssemos na mesma página. Ou próximo disso – Eu falei, olhando indignada para ele – Pensei que tentaríamos fazer essa cidade funcionar com o mínimo de mortes possível. O caso Jane-Anne ainda está em aberto. Vamos votar hoje. Talvez por isso ela tenha surtado, tem medo do que vai sair dessa reunião cujo nome dela está na reta de fogo. E você não toma mais decisões sozinho, lembra? Sempre chegaremos ao um acordo após conversarmos, esse foi o trato. Como você manda matar Jane Anne sem me consultar? – Acrescentei falando baixo contendo a raiva, sem fôlego, enquanto me levantava e colocava o meu rosto a centímetros do dele.


– Quem se importa com duas bruxinhas infelizes, cujo maior erro foi cruzar o meu caminho? Não dá pra fazermos uma mesa redonda todas às vezes que surgir um problema, Caroline. Em alguns momentos vou precisar escolher no calor da surpresa– Eu devolvi com desprezo.


– Ao menos poderia ter me contado.


- Isso foi ontem, quando você não estava. Eu deveria te ligar na frente dos meus inimigos, pra te pedir permissão? - Ai, que filha da puta. Ele iria pagar por isso.


- Sobre isso, vamos conversar mais tarde. E você não se importa de tirar a mãe de alguém, de deixar uma garotinha órfã? É só uma criança. Eu sou responsável por eles, Klaus. Eu prometi a todos eles – Eu falei já com muito ódio - Portanto, no que tange a essas pessoas, sim, você tem que me pedir permissão.


– Que criança? Já tem 14 anos, sabe o que faz, pois já está me dando muita dor de cabeça no Quarter. E eu não me importo com laços familiares ou o que seja desse povinho imundo. Eu quero que meus planos dêem certo a qualquer custo e qualquer um que tentar interferir vai morrer. Eu apenas quero aquela vadia morta. Ela não devia ter tentado me sabotar de novo. Até quando você vai se negar a entender que o perdão para inimigos é só uma brecha para voltarem e darem mais trabalho? Não se lembra de todas às vezes em que você tentou ser boazinha e pagou a pato por isso?


Eu não queria ouvir aquilo, não precisava remoer as desgraças do meu passado que de alguma forma também foram culpa minha. Klaus sabia como eu me sentia a respeito disso e era jogo sujo jogar essas coisas na minha cara. E era uma via de mão dupla. Ele não tinha permissão para tocar em assuntos proibidos, como o desastre em Mystic Falls que se arrastou até New Orleans, assim como eu tinha que me comportar e não acusá-lo dos seus crimes dos quais ele se arrependeu, pois também ele se chateava bastante com o ideia de eu repudiar alguma das suas ações, principalmente as do passado. Não tocar nessas feridas era uma lei dentro da nossa vida atual. E para piorar, isso me fazia revisitar algo que eu jurei esquecer, para o bem do nosso relacionamento e para o bem da minha sanidade. Mas, o jeito como ele se referia àquelas bruxas me fazia sentir aquilo novamente, mais vivo como nunca


– Foi o que você pensou e sentiu quando matou a minha mãe, Klaus? Pois não liga para relações familiares? E seus irmãos achando que você estava no mínimo em paz com eles. E eu também achava. Tudo o que você tem feito e falado para os seus irmãos é mentira? – Ele me olhou incrédulo e assombrado. Ele não esperava por esse tapa. Nunca falávamos disso. Esse assunto foi determinado como proibido num acordo silencioso que fizemos. E eu disse, não conseguindo mais segurar as lágrimas que haviam surgido. Eu havia deixado isso para trás depois de ser consumida até a quase morte após minha vingança, mas depois de muito tempo eu trazia isso de volta à tona, sabendo que isso poderia ser a ruína do nosso relacionamento.


 



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Autor(a): anajadde

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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