Fanfics Brasil - Capítulo 4 - Retaliation Scarlet Dynasty - Klaroline

Fanfic: Scarlet Dynasty - Klaroline | Tema: The Vampire Diaries e The Originals


Capítulo: Capítulo 4 - Retaliation

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Klaus


– Finn! Meu precioso e insubstituível irmão! - Falei levantando o copo para ele em forma de brinde e certamente com um sorriso cínico na cara - Nunca foi a minha intenção te excluir da nossa pequena reunião de família. Apenas eu tinha certeza de que você não estaria nem um pouco inclinado a voltar aqui - Fechei a cara para ele e acrescentei - O que me leva a perguntar por que você voltou. - Kol sorria debochadamente, totalmente despreocupado. E Elijah encarava Finn com uma mistura de felicidade e desconfiança. Só ele era capaz de ficar feliz com a volta de Finn. Imbecil.


– Ora, Niklaus. Dê um voto de confiança para o nosso irmão - Kol abriu a sua maldita boca para falar - tenho certeza de que ele não nos decepcionará mais de uma vez no mesmo século.


– Certamente que ele não terá a chance - Eu disse com frieza.


– Bem, Niklaus, seus métodos para me manter calado e dormindo não funcionam mais. Além disso, ao contrário dos outros, eu não tive tantas chances assim de arruinar a sua vida, já que você me trancou num caixão por mais de 900 anos. - Finn falou me olhando com puro desprezo. E eu retribuí o olhar com a mesma intensidade.


– Acredito que ele trancaria você e a todos nós por mais 900 anos se ele ainda pudesse - Kol disse me olhando com raiva e diversão pelos ataques contra mim. Mais que família irritante e maldita. São um bando de carniceiros filhos da puta e achavam que eu estava errado por silenciar aquelas bocas infernais por séculos - O que me faz lembrar de que a sua presença não nos acrescenta nenhuma informação, já que você ficou trancado por quase toda a sua existência.


– Bem, nós não sabemos ao certo quais são os efeitos ou as regras dessa interação dos mortos com os vivos. Quem sabe as adagas ainda funcionem e eu não ponho vocês para dormirem. Mas, dessa vez não será por alguns séculos e sim por alguns milênios - Eu contra ataquei com uma cara e um tom sádico.


– Já basta. - Elijah finalmente abriu a boca. Ele continuava calmo, embora mais sério do que quando chegou aqui. - Temos problemas o suficiente. Em primeiro lugar precisamos localizar Rebekah. E Finn - ele se virou para o nosso irmão mais estúpido da sala, e olha que Kol estava partilhando do mesmo ambiente - Estou feliz por estar de volta, irmão, é uma dádiva - Ele foi até Finn e o abraçou. Embora no começo o mais velho tenha ficado sem jeito, ele retribuiu o abraço sorrindo - Independente do que tenha acontecido, não guardo rancor. Mas, precisamos da sua colaboração, não da sua traição. Somos a sua família e você nos deve a sua lealdade. Não tem por que você tentar sabotar os nossos planos. Devemos permanecer unidos. - Ai, Elijah. Diplomata como sempre. E, como sempre, se fudendo por causa da sua honra. Eu revirei os olhos e suspirei profundamente.


– Se você se meter no meu caminho, Finn, eu vou matar você 900 vezes se for preciso. Uma vez para cada ano em que você esteve dormindo - Eu simplesmente acrescentei, olhando para ele, exalando todo o meu ódio, me servindo de mais whisky. Os problemas só aumentavam e encher a cara me parecia ser uma ideia muito atraente - E isso serve para você também, Kol.


– Já estamos familiarizados com os seus métodos, Niklaus - disse Kol me olhando com raiva - Eu não tenho por que ficar no seu caminho. Também não quero ver dona Esther e Dom Mikael tentando me destruir.


– No entanto, little brother – eu retruquei - até o momento não encontramos nenhuma maneira de nos livrarmos dos sobrenaturais sem ser através do fechamento da passagem entre o "aqui" e o "Outro Lado". Isso significaria para você uma passagem só de ida para o mundo dos mortos. E eu imagino que não é isso o que você planeja para o resto da sua existência - eu acrescentei com sarcasmo.


– De fato não é o que eu quero, meu adorado irmão. - Continuou Kol - por isso eu vou ajudar você e aos nossos adorados irmãos a acharem algum jeito de nos livrarmos dos outros sem que eu tenha que ir junto. E não vai ser atacando vocês que eu vou conseguir voltar do além - Ele me disse em tom de divertimento e malícia ao mesmo tempo. Eu não acreditava em nenhuma palavra que essa besta do quinto dos infernos, literalmente, pronunciava. Eu ficaria de olho nele. E quanto a Finn, eu não estava blefando quando disse que o mataria 900 vezes se fosse necessário.


– E quanto a você, Elijah – acrescentei exalando veneno - eu posso fazer uma lista das inúmeras vezes em que você me traiu. Então, não pense que eu estou te dando carta branca só porque estamos no mesmo barco fudido contra os nossos pais.


– E também posso fazer uma lista das incontáveis vezes em que eu fiquei do seu lado e te apoiei durante todos esses séculos mesmo quando você não mereceu. Inclusive, eu decidi não te matar inúmeras vezes. Deve ser grato a isso - Falou Elijah, com todo o seu ar irritante de superioridade - Acho que por alguns instantes você pode pôr o seu egocentrismo de lado e se concentrar na sua família – Minha vontade era de atirar a garrafa de whisky na cara desse idiota, mas me contive e só o olhei com ódio.


– Nós podemos entrar num acordo? - Elijah falou. Finn foi em direção a outro sofá na sala e sentou, enquanto olhava para Elijah com puro tédio. Eu não poderia culpá-lo por isso. Não existia no mundo uma criatura mais chata do que Elijah e seus códigos de conduta. E eu sou totalmente apto para afirmar tal coisa. Viajei quase que o planeta inteiro. Kol olhava sério para ele, embora eu pudesse jurar que vi uma sombra de diversão na sua cara cínica. - Vamos todos concordar em parar com as brigas e as traições. Não temos tempo e nem paciência para perdermos com essas conversas desagradáveis e desnecessárias. E nem, tampouco, com sabotagens. Divididos, somos mais fracos. Precisamos nos unir para encontrarmos uma fenda, uma rachadura nesse feitiço.


– Eu já disse que não estou certo se quero ajudar vocês. Será que não percebem a aberração que são os vampiros e a destruição que causamos por mais de um milênio? - Finn falou e eu já estava pronto para arrancar o pé da mesa e enfiar nele quando Kol interrompeu:


– Ah, cala essa boca grande. Você não causou destruição alguma, tendo em vista que você passou quase toda a sua existência comendo pó de caixão e sonhando com a Sage. - Kol sorria maliciosamente para Finn. De vez em quando eu sentia orgulho do meu irmão mais novo - Se está querendo desertar outra vez, está fazendo o que aqui, então? Aqui é o clube do "Queremos matar nossos pais". Se não quer assinar carteirinha, se manda -
E se virando para Elijah, Kol continuou - E como você espera encontrar isso, irmãozinho? A bruxa-burra-Bennet bateu as botas com seus feitiços e eu imagino que nenhuma outra bruxa seja qualificada para o emprego - ele falou com deboche - Nenhuma outra canalizou a energia dos massacres e não são tão poderosas quanto as Bennets - Elijah, obviamente, não sabia a resposta, mas estava prestes a dar uma mesmo assim quando alguém entrou na sala como se estivesse desfilando.


– Incrível como vocês não conseguem ver o óbvio. Eu sempre soube que eu era a mais inteligente da família. Quatro cabeças duras e burras - Rebekah entrou na sala abusadamente e com toda a sua arrogância. Eu não pude deixar de sorrir com carinho para ela. Mesmo com todas as nossas brigas e desentendimentos, ela foi a minha companheira durante séculos.


– Litlle Sistah! - eu exclamei com adoração. Mas, logo mudei de cara e de humor para ela - Onde você estava? Estava fazendo o que e com quem? - Elijah sorria para ela como um pai orgulhoso de uma filha. Até mesmo Kol e Finn pareciam verdadeiramente felizes em vê-la. Rebekah olhou a nossa volta e sorriu emocionada ao ver os nossos irmãos fugitivos do "Outro Lado".


– Ah, Nik, se meta na sua vida. Não é da sua conta onde eu estava. Eu não te devo nada - Rebekah respondeu com toda a sua petulância irritante enquanto se dirigia a Finn com os olhos cheios de lágrimas e o abraçava forte. - Finn, estou muito feliz em te ver aqui, irmão. - Ela disse com a voz embargada por causa das lágrimas que teimavam em deixar seus olhos. Finn sorriu para ela, com lágrimas falsas nos olhos. Mas, Rebekah era a sua favorita disparado. Com ela ele não conseguia ser tão babaca como de costume - E você também, Kol, meu irmão. - Dessa vez ela se dirigiu ao outro e o abraçou também, enquanto ele esfregava seu cabelo de um jeito sapeca. Kol a abraçou de volta. Eles eram mais chegados também. E, mais uma vez, eu me senti excluído da minha própria família.


– Procurávamos você, Rebekah. - Resolvi quebrar o seu momento irritante de desequilíbrio emocional - Estamos com problemas e acreditamos que eles ainda vão piorar muito, especialmente para nós - Falei com tom satírico.


– Eu não me lembro de ter visto nenhuma chamada sua, Nik. Apenas de Elijah. Vocês só me ligam quando querem alguma coisa - Ela disse olhando para mim e para Elijah com mágoa nos olhos - E você, Nik - Ela falou me apontando o dedo num gesto acusador - Só me liga quando quer que eu participe dos seus joguinhos sujos e de suas tramoias. Então, eu resolvi ignorar as chamadas de Elijah. - Ao dizer isso, ela virou para encara-lo - Eu estava me mandando daqui para um passeio longo, em busca de um pouco de paz, de felicidade, quando Alexander nos atacou de novo. Pela segunda vez no mesmo dia. Olhem só a merda - Ela cuspiu com raiva e ressentimento. Obviamente puta porque o ataque impediu seus planos ridículos de darem certo. Patética – Então, eu percebi que havia algo errado. E que, provavelmente, as ligações de Elijah tinham a ver com tudo o que estava acontecendo. Acreditem, a minha vontade era de sumir e deixar vocês para trás, como muitas vezes já fizeram comigo. Pensei, que se virem dessa vez, não vou entrar em mais um ciclo de tragédia – Rebekah acrescentou com tom de mágoa e rancor. Elijah olhava para ela com carinho e com sério pedidos de desculpas. Kol estava ligeiramente sério. Finn estava indecifrável. Eu apenas não estava nem aí. Ou, talvez, não quisesse admitir para mim mesmo que doía em mim lembrar do que eu já havia feito com a minha irmã mais adorada.


– Nós? Com quem você estava, Rebekah? - Elijah perguntou delicadamente curioso. Minhal ittle sistah corou e desviou o seu olhar, confirmando as minhas suspeitas. Mas, eu não precisei abrir a boca para responder a pergunta de Elijah. Kol respondeu ele mesmo.


– Ora, irmão, ela com certeza estava com o garçom, Matt Donovan. - Kol falou exalando malícia, sorrindo debochadamente para ela. Rebekah lhe lançou um olhar mortal e Kol apenas ergueu os ombros. Enquanto Finn fazia uma cara de puro tédio e desgosto. Vá embora, então. Não é como se eu estivesse pulando de alegria por ele estar na minha casa.


– E onde está Matt Donovan neste momento, Rebekah? - Continuou Elijah, preocupado com o bem estar da mula do quarterback. Eu revirei os olhos e me servi de mais whisky - Alexander conseguiu atingi-lo?


– Não - ela respondeu tentando se recompor - Eu o deixei na casa dos Salvatore. Me pareceu mais seguro do que deixá-lo na sua própria casa. - Ela continuou - Embora lá esteja bem pior do que aqui. Eu já sei sobre Bonnie - Ela disse com o semblante meio triste. Rebekah era ruim às vezes, mas não era de todo cruel.


– Como você sabe sobre Bonnie? - Eu perguntei, sem me importar nem um pouco com a bruxinha ou em como ela soube de sua morte. Tentei parecer casual, desinteressado. Eu apenas queria saber o que estava por trás disso, se Caroline estava bem. Porque se todos já sabiam do que aconteceu com a bruxa, significava que Caroline sobreviveu para contar a história.


– Quando cheguei com Matt na casa dos Salvatore - Ela falou contendo a emoção na voz - Estavam todos chorando, com cara de enterro. Quando eu vi Alaric, Jeremy, aquela amiga vadia do Stefan e Vaugh no chão, eu apenas confirmei minhas suspeitas de que alguma merda tinha dado com o "Outro Lado". - Ela continuou - Matt perguntou o que estava havendo e Caroline correu para abraçá-lo, chorando feito uma condenada - Eu levantei a cabeça num estalo e esse movimento não passou despercebido por Rebekah e nem por Kol. Ah, fodam-se os dois. Pelo menos agora eu sabia que ela estava com todos os amigos, com toda a segurança que era possível ela ter. Por mais merda que eles fossem, eles tomariam conta dela. Pensando melhor, eles eram tão merda que não eram capazes nem mesmo de assegurarem a própria vida, muito menos a dos outros. Eu precisava ir até Caroline para checa-la pessoalmente o mais rápido possível.


– Hum. Vaugh estava lá, então. - Disse Elijah, que, para a minha sorte, não notou o meu comportamento suspeito num momento de fraqueza. Eu fingi indiferença.


– E o que você, Rebekah, dona do conhecimento absoluto e de uma inteligência incomparável, de acordo com as suas palavras, quis dizer com " vocês não conseguem ver o óbvio"? - Kol disse a ela, com cinismo na voz. Fiquei aliviado pela mudança de foco na conversa.


– Quem começou essa desgraça toda, quem nos trouxe o feitiço e convocou uma bruxa para derrubar o véu e abrir os portões do inferno? - Rebekah disse com um sorriso soberbo e debochado na cara.


– Silas - Falou Kol. E a compreensão sobre até onde ela queria chegar estampou nos olhos de cada um, menos nos de Finn, que continuava totalmente apático.


– Você está sugerindo que devemos encontrar Silas e questioná-lo sobre como acabar com isso? - Falou Elijah com um tom de dúvida. A mesma dúvida de todos nós. Confrontar Silas não era exatamente uma boa ideia. - Não acho que vá funcionar, Rebekah, ele não ajudaria o Originais.


– Eu não acho que ele nos daria de mão beijada as informações para lacrar a passagem e fazer exatamente o contrário do que ele tem planejado e trabalhado em cima há meses - Eu falei com toda a ironia que eu consegui reunir. - Ou nos diria como matar os sobrenaturais definitivamente sem levantar o véu, se é que isso é possível - Ela me olhava com cara de quem aprontava alguma coisa. Mas, então, Kol levantou o dedo, numa encenação.


– Não se entregarmos a ele algo em troca - Disse Kol abrindo um largo sorriso. O Rosto de Rebekah se iluminou e Elijah parecia estar reconsiderando. - O que vocês acham que faria Silas soltar os pontos ? - Ele disse ainda sorrindo.


– A Cura - Eu disse levantando a minha milésima dose de Borubon em um brinde digno do drama teatral. Kol e minha little sistah sorriram alegremente. Elijah parecia ainda considerar se isso fazia sentido ou não, mas deu um pequeno sorriso. E Finn ...


– Já me enchi de toda essa ladainha - Finn se levantou exalando toda chatice que só ele possuía a façanha, merecia um prêmio - Eu já disse que não estou de acordo. Não vou mancomunar com vocês para destruírem os nossos pais, os únicos que ainda podem nos eliminar da face da Terra de uma vez por todas - Tinha que ter muita coragem para falar isso na frente dos irmãos Originais, tinha que admitir. Ele nos olhava com desprezo. Kol e Rebekah o encaravam com raiva. Elijah parecia apenas ofendido. Eu não pensei duas vezes. Fui na minha velocidade vampírica e arranquei o coração dele. Eu estava puto, com a raiva subindo à minha cabeça. Ou talvez fosse apenas o álcool fazendo efeito.


– Pronto. Isso vai mantê-lo de boca fechada por algumas horas. - Eu falei enquanto os outros me olhavam estupefatos - Eu avisei que faria isso se ele se metesse no meu caminho - Lambi os dedos com desprezo enquanto jogava o coração dele num canto - Eu farei isso mais 900 vezes se for necessário - Eles se entreolharam e voltaram suas atenções pra mim cuspindo fogo pelas ventas - Bem, não sabemos exatamente com quem está a cura, mas, certamente, o dono está nesse exato momento na casa dos Salvatore – Falei, me virando para encarar meus outros irmãos, como se nada tivesse acontecido. E agora eu tinha um motivo válido para me esgueirar até Caroline sem levantar suspeitas.


– Arrancar o coração dele não era uma medida necessária, Niklaus – Disse Elijah num tom sério, que pra mim era mais do que entediante. Eu apenas sorri para ele, com deboche.


– Mas, é claro que era necessário, ele é um mala em dimensões milenares – Disse Kol rindo abertamente, se levantando e se servindo de uma dose de whisky.


– Como sempre, não é mesmo, Nik, aqui nessa família ninguém tem o direito de ser ouvido. Se descordam de você, vão direto para um caixão, com uma adaga no peito – Disse Rebekah, com o seu drama mais do que patético.


– Nesse caso, little sistah, acabaram com o coração no chão – Eu disse com sarcasmo – Não estou te entendendo, Rebekah. Você ouviu o que ele disse? Quer te matar, irmãzinha. Quando Esther tentou nos pulverizar, você ficou contra o Finn e ao meu favor, obviamente. Está reclamando do que exatamente agora? – Despejei contra ela contendo a minha raiva.


– Eu não disse que estou a favor dele, esse miserável teve o que mereceu. Estou apenas lembrando do traidor bastardo que você é – Disse Rebekah, com um ar zombeteiro. Eu apenas sorri sadicamente.


– Vamos nos concentrar no que realmente importa – Interrompeu Elijah, já alisando a testa cansado – Aparentemente, a Cura está sob o poder de alguém que está na mansão Salvatore nesse momento.


– É mais do que óbvio que os idiotas Salvatore deram a Cura para o bichinho de estimação deles, Elena Gilbert – Falou minha irmã com ressentimento. Ela queria aquela porra daquela Cura também.


– E, de fato, você está certa, querida irmã – Disse Kol enquanto tomava um gole da bebida – A cura está com a Elena Gilbert. Vagar pelo mundo dos mortos tem suas vantagens. Você fica sabendo de cada fofoca – Kol acrescentou, soltando uma gargalhada. Rebekah sorriu de volta.


– Então, acho que está na hora do meu velho amigo e parceiro de crimes, Stefan Salvatore, receber uma visita minha nada mais do que meramente social – Eu disse com ironia.


– Não podemos simplesmente chegar na casa dos outros e invadi-la para pegarmos o que queremos, Niklaus. – Disse Elijah, entendendo perfeitamente o meu tom de voz.


– Mas, é claro que podemos. Somos os Originais. É pra isso que serve ser um Original – Disse Kol, com falsa indignação e Rebekka sorriu para ele em aprovação, se sentando ao seu lado e tamando o copo de sua mão, virando o conteúdo todo de uma vez.


– Não vamos invadir, brother, vamos apenas fazer uma visita, para prestar as nossas condolências pela morte da bruxinha Bennet – E eu acrescentei tentando, mas não conseguindo, fingir me importar com aquela estúpida.


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Caroline


Bonnie havia explicado tudo para todos. Que na tentativa de trazer Jeremy de volta, ela morreu, assim ela não conseguiu concluir o feitiço e fechar a passagem. E que, além disso, ela até poderia continuar e colocar o véu de volta, mas, os espíritos das bruxas ancestrais estavam furiosos com ela e anularam seus poderes. Trazer alguém da morte de volta para a vida era magia escura, não natural. Bom, não estávamos exatamente de todo felizes com a situação. Ter os mortos andando por aí era bom porque tínhamos os nossos amigos de volta. O problema eram os nossos inimigos...


Stefan também nos explicou sobre aquela história maluca de ele ser a doppelganger do Silas. Quando a gente pensava que a nossa vida nessa cidade não poderia ser mais louca, aparece uma coisa dessas. Agora teríamos o capítulo dois de uma cópia fingindo ser outra e enganando a todos. Sem contar com a iminência de morte.


– Bem, qual o plano agora, Medusa? – Disse Damon, com sarcasmo – Adoramos ter vocês aqui, mas não podemos enfrentar inimigos que não morrem. Senão, o final serão todos nós com o pé na cova igualmente.


Agora eu estava sentada ao lado de Bonnie e Matt. A vaca Original havia trazido ele até aqui. Até pareceu comovida com a morte da Bonnie quando eu contei a Matt. Mas, bondade não era o forte daquela família. Os outros estavam espalhados pela sala, Elena estava do lado do Damon, obviamente, Jeremy estava perto de Alaric e Lexi estava junto de Stefan. E Vaugh caído no chão, no meio de nós, morto pelo Damon, pela milésima vez. Metade de nós ainda tinha vestígios do luto estampado em nossos rostos; olhos vermelhos e narizes fungando. Mas, depois de um discurso aconchegante, Bonnie conseguiu nos acalmar.


– Eu não tenho nenhum plano. Já falei que eu estou impotente - Como eu disse, muito aconchegante - Eu não faço a menor ideia de como sair dessa. Os espíritos me abandonaram – Bonnie falou exasperada.


– Ah, isso não poderia ser mais divertido e conviniente – continuou Damon, com tom zombeteiro – Temos todos os nossos inimigos à solta e para completar temos Silas desfilando com a mesma cara e o mesmo penteado de herói do meu querido irmão, Tefinho. Você é realmente uma bruxa muito competente. Bom saber que tínhamos você para nos ajudar.


– Deixa ela em paz, Damon. Não foi culpa dela – Falou Stefan – precisamos nos concentrar em descobrir uma brecha. Embora, no momento não me ocorra nenhuma – continuou ao se levantar e pegar uma dose de whisky.


– Não foi culpa dela ? – Disse Damon, incrédulo – você só pode estar brincando comigo. Se ela não tentasse bancar Jesus Cristo, com a ressuscitação dos mortos, não estaríamos nessa merda agora. Ser a Medusa não bastou para ela. Precisava ser uma profeta – Terminou Damon, sorrindo com sarcasmo para Bonnie, que olhava de volta para ele com cara de paisagem e desafio.


– Acho que estamos deixando passar alguma coisa – Alaric se manifestou – Deve ter alguma informação escrita em algum lugar que possa ser a solução, como a biblioteca do Shane.


– Ah, boa sorte com isso – disse Damon - Com certeza existe um manual ou um tutorial de sobrevivência explicando exatamente como viver num mundo após um apocalipse zumbi, causado por um bruxo/vampiro de mais de 2 mil anos e uma bruxa lunática e obsessiva com síndrome de personalidade.


– Talvez alguns dos caçadores da fraternidade The Five saiba de alguma coisa – Disse Matt, enquanto descansava a minha cabeça no seu ombro.


- Enlouqueceu? Você acha que nós aqui conseguiríamos pegar um Caçador The Five?– Damon já se alterava - Vai lá. Te desafio, garoto.


- Tem uma ideia melhor? Pois só estou te vendo derrubar as possibilidades sem nem testá-las. Rebekah e Klaus poderiam cercar um deles, se pedíssemos. Eu posso falar com ela - Matt se levantou, visivelmente chateado.


- Claro. Porque esses dois estão sempre dispostos a fazerem algo quando pedimos. Pensando bem - Damon alisou o queixo num gesto falso pensativo, me olhando de esguelha - Acho que é só Barbie pedir com jeito para o Klausito que ele vem correndo na hora. Tá aí, blonde, uma boa ideia saindo da cabeça oca do humano. Você vai mandar o lunático milenar capturar um The Five - Sem dizer nada, mostrei o dedo do meio pra ele.


- Ou Katherine - Disse Elaric - Ela sempre sabia de alguma coisa. Me surpreende que ela tenha sumido sem barganhar.


– Katherine deve estar em outro planeta a essa altura do campeonato. Ela não vai pisar em Mystic Falls com Klaus pelas redondezas. – Falou Stefan.


– Com certeza – Disse Elena – A última vez que a vimos foi quando eu e Rebekah a seguimos para tentar pegar a cura. Ela me desmaiou e depois enganou Damon e Rebekah com uma cura falsa.


– E Katherine não faz nada de graça – acrescentou Jeremy – Mesmo se ela soubesse de algo ela não contaria sem receber algo em troca.


– Eu não acho que ela saiba de alguma coisa – Disse Matt – Eu acho que onde ela estiver ela já deve ter percebido que algo deu errado. Ela é do tipo que também tem muitos inimigos. Isso quer dizer ...


– Quer dizer – interrompeu Stefan – Que se ela soubesse de algo, ela já estaria aqui tentando vender a informações apenas para se safar.


– Mas, ainda não deu tempo de ela voltar – Falou Lexi – Pode ser que ela ainda apareça para tentar entregar a cabeça de alguém para salvar a dela.


– Bem, vamos esperar Vaugh acordar e ver o que ele tem a nos oferecer – Disse Damon – O único problema é que não podemos ameaçá-lo de morte – ele disse com deboche - E se der errado, a blonde vai lá balançar os peitos para conseguir algo do psicopata Original, pode ser? - Cruzei os braços ofendida.


- Não sou sua prostituta, Damon - Não me prestaria mais a esse papel, de ser usada sempre que os outros precisavam só para manipular Klaus. Não me sentia mais a vontade de fazer isso com ele, especialmente depois de estar disposto a abrir concessões apenas para me ver feliz. E também não sou marionete de ninguém.


Quando Damon terminou de falar, todos ficamos em silêncio e alertas, pois escutamos o som de um carro estacionando à frente da casa. Nesse período em que metade da população atual de Mystic Falls queria as nossas cabeças numa estaca, qualquer acontecimento ou barulho era motivo de desconfiança. Alguns se levantaram e ficaram em posição de ataque. Uns instantes depois a campainha tocou e eu pude sentir todos enrijecendo seus corpos e aqueles que possuíam sentidos sobre-humanos com certeza estavam tentando usá-los para desvendar o mistério. Stefan, Damon e Alaric se entreolharam e o primeiro foi abrir a porta. E para a minha surpresa e, eu imagino, também para a dos outros, estava Elijah sorrindo diplomaticamente. E eu pude perceber, ao espiar pelo canto, que tinha mais gente com ele. Provavelmente Klaus. Isso só podia dar em merda.


– Boa noite – Disse Elijah para Stefan, educadamente – Desculpe a falta de educação por aparecer na porta da sua casa à essa hora e sem avisar, mas as circunstâncias falam por si. E eu imagino que você e seus convidados já devam estar a par da situação – Eu revirei os olhos – Podemos entrar? Eu lhe garanto que o que temos a dizer lhes interessará bastante – Continuou Elijah com toda a sua polidez digna de um velho da Corte. O que fazia todo sentido e era bem provável. De um jeito estranho, estavam seguindo algum código de conduta e eu suspeitava que Elijah estava obrigando os irmãos a se comportarem.


– Deixe os amigos entrarem, Tefinho – Gritou Damon, com seu típico sarcasmo – Aposto que eles devem ter uma solução mágica para os nossos problemas. Mais fudidos não podemos ficar mesmo – Elijah sorriu para Damon e olhou de volta para Stefan de maneira indagadora, esperando por uma resposta. Embora eu acredite que se ele realmente quiser entrar, não vai precisar da permissão de Stefan ou de Damon, pois já foi convidado um dia. Stefan fez um breve aceno com a cabeça e lhes abriu passagem revelando os outros visitantes. Junto de Elijah estavam Klaus, Rebekah e Kol. Argh, seriously. Originais a quarta potência.


Kol entrou assobiando, com um sorriso cínico e olhando em volta. Seus olhos pairaram em Elena e em Jeremy e eu soube o porquê. Temi pela vida dos meus amigos. Mas, Elijah sabia que eles dois tinham matado Kol. Ele não traria o irmão aqui se houvesse a remota chance de Kol se vingar, traria? Elijah não era Klaus. Eu estava contando com isso. Kol foi se sentar numa parte que o deixava bem de frente para Elena e Jeremy ao mesmo tempo. Certamente de propósito. Elena apenas trocou olhares com o irmão e com Damon. Rebekah ignorou a existência de todos exceto a de Matt e foi se sentar perto dele, lhe sorrindo de maneira amigável e calorosa. Matt retribuiu o gesto e eu revirei os olhos. Argh, idiota. E Klaus, com todo o seu egocentrismo e prepotência sorriu para nós cinicamente e foi em direção ao bar da sala, se servindo de whisky. Abusado. Elijah esperou um convite mais formal para se sentar e após isso ficou de frente para Stefan e Damon.


– Eu imagino que tenha trazido para nós o segredo da caixa de Pandora ou o pote de ouro do fim do arco-íris, porque é disso de que precisamos no momento – Disse Damon a Elijah.


– Ah, não. Melhor do que isso – Disse Klaus sorrindo.


– Vocês podem ir direto ao assunto ? – Disse Stefan - Já são quase 1h da madrugada e alguns de nós não possui um corpo sobrenatural.


– Que vão embora, então. Ninguém é obrigado a ficar – Disse Kol olhando para Matt, Alaric e, especialmente, para Jeremy.


– Ora, não seja mal educado, brother – Disse Klaus – Estamos tentando manter a paz aqui.


– Ahgh, seriously? Essa é boa – Eu disse cuspindo incredulidade – Você e paz não existem no mesmo universo - Ele me olhou carrancudo e depois sorriu, disfarçando a raiva. Eu sei, estava pegando no pé dele à toa. Mas, eu precisava disso, não iria ceder.


– Você ficaria surpresa, love, com a quantidade de coisas que podem existir no meu universo. Já tentei te incluir nele, mas você insiste em recusar – Fechei a cara para ele e bufei em descrença, cruzando os braços e encarando ele. Como se atrevia a falar isso tão descaradamente? Ele apenas sorriu e foi se sentar ao lado de Elijah.


– Pelo amor de Deus, vocês podem flertar um com o outro depois. Todo mundo aqui já sabe que você quer entrar debaixo dos lençóis com a Barbie, então não nos faça perder tempo com isso – Disse Damon sem paciência e eu o fuzilei com os olhos – desembucha logo, Dom Elijah – continuou o chato Salvatore, indicando a cabeça em direção ao Original mais velho da sala. Elijah apenas olhava com muita atenção e curiosidade para mim, o que estava me deixando desconfortável.


– Bem - disse ele, finalmente desviando seus olhos de mim – Não deve ser novidade para vocês o que está acontecendo, eu imagino.


– Véu caído, mortos vagando pela cidade, inimigos tentando nos matar, o de sempre – Falou Damon sorrindo sarcasticamente, fazendo careta e revirando os olhos.


– E, para aqueles que me conhecem mais de perto – continuou Elijah – eu valorizo e prezo muito pelo bem estar e pela felicidade da minha família – Com esse comentário, Klaus e Kol reviraram os olhos e Rebekah sorriu carinhosamente – Ter o véu derrubado é uma chance de unirmos a nossa família novamente.


– Você não está dizendo que quer que essa situação toda seja permanente, está? – Disse Stefan, quase rindo de consternação – Porque isso seria insanidade. Talvez você não tenha dado uma olhada lá fora.


– Se você pudesse deixa-lo terminar, saberia o que ele quer dizer – Disse Rebekah com tom áspero. Stefan olhou para ela e sorriu ironicamente. Eu resolvi esperar para ver no que aquilo iria dar antes de me manifestar. Além disso, não queria chamar a atenção de Elijah mais uma vez para mim.


– Como eu estava dizendo - O mais velho Original prosseguiu – isso é bom para a nossa família em alguns aspectos, mas é péssimo em outros. Não queremos os nossos inimigos tentando nos matar, especialmente alguns.


– Mamãe e Papai ? – Falou Damon cinicamente. Elijah apenas o ignorou.


– Eu realmente estou muito cansado. Gostaria de ir para a minha casa – Disse Matt, se levantando.


– Você ficou maluco? - Eu disse indignada – Você não vai para casa e ficar lá totalmente desprotegido. Você não entendeu ainda o que está acontecendo? Simplesmente se cansou e vai dormir?


– Caroline, apenas não implique. Você enche a paciência às vezes – Ele estava fora de si se pensava que eu ia deixar pra lá.


– Matt! - Segurei seu braço.


– Ela tem razão, não é nem um pouco seguro você ir para casa agora – disse Elena.


– Mas, eu estou cansado – Ele disse, totalmente destruído – Foi um dia muito longo - Ele olhou para Rebekah - Eu quase fui explodido. E que sobrenatural se importa com o que acontece comigo?


– Por que você não escolhe um dos quartos e não vai dormir ? Será melhor – Falou Stefan.


– E você, Jeremy, vá fazer companhia a ele – disse Elena.


– Mas, eu quero ficar para ouvir. Eu tenho a tatuagem dos The Five. Eu mereço estar aqui – disse Jeremy – Talvez eu possa ajudar.


– Acredite, Gilbert, não existe nada em que você possa ajudar. Você morreu e perdeu as graças de Caçador – disse Kol com acidez – A não ser que você esteja planejando matar um de nós - Jeremy olhou para ele com ódio.


– Por favor, Jeremy – disse Elena entredentes e com súplica, olhando de esguelha para Kol. Entendi, ela queria tirar o irmão da mira vingativa do Original.


– Eu vou com vocês dois, assim vocês não ficam sozinhos caso algo fora do comum aconteça – Falou Alaric.


– Defina "fora do comum" – disse Matt com deboche.


Alaric olhou para ele repreensivo – Vamos, garotos.


– Vou subir com vocês também – disse Lexi, piscando para Stefan e Alaric. Era um complô para protegê-los – Só Alaric para dar cobertura a vocês humanos é pouco. Se algo desse errado vocês não saberiam se virar, mesmo – Ela disse com tom divertido.


– Como assim? - Falou Alaric com o mesmo tom divertido – No total são dois ex caçadores e um bartender. E eu ainda tenho força sobre-humana.


– Hum, um ótimo currículo, mas não ótimo o suficiente para entrar numa briga com dezenas de sobrenaturais – Falou Lexi. Dito isso, ela piscou para nós e os quatro subiram com um Matt virando zumbi, um Jeremy carrancudo e inconformado e uma Lexi e um Alaric conversando animadamente.


– Podemos voltar ao que interessa e parar com o circo? – disse Klaus, mal humorado – Nós achamos que o único que pode ter respostas para as nossas preces seja Silas. Mas, ele não faria nada de graça para nós e achamos que seria um bom começo tentar negociar com ele – continuou ele de cara feia – E sabemos que existe algo que quer mais do que a própria vida, literalmente.


– A Cura – Disse Stefan, em aceitação.


– Antes, o nosso único medo de entregar a Cura era se os portões do inferno se abrissem e os mortos ficassem vagando por aí – disse Klaus com ironia – Vejam só, não entregamos a Cura, mas, isso aconteceu mesmo assim.


– Isso não significa que vamos entregar o ouro para o bandido – Disse Damon – Não vamos entregar a Cura. Pode esquecer.


– Vá com calma, Damon. Vamos escutar o resto – Falou Stefan.


– Não tem mais nada que eles possam dizer que vá me convencer – Falou o outro irmão Salvatore com indignação.


– Eu sinto muito em informar, mas não viemos pedir a Cura. Viemos informar que estamos levando ela – falou Klaus com cinismo – A visita calorosa foi uma exigência de Elijah, como cortesia – Eu olhei para ele com desprezo. Como ele podia ser tão baixo e sem um pingo de respeito pelos outros. Kol e Rebekah olharam maliciosamente para Damon, que já estava ficando alterado.


– Não vamos precisar chegar a esse ponto – Disse Elena – a Cura está comigo e eu não me importo de entregar. Se ninguém mais vai ter a oportunidade de tomá-la, eu não a quero – Elijah sorriu amigavelmente para ela, em aprovação.


– Isso não é justo – Eu finalmente me manifestei – Vocês não podem chegar na casa dos outros e exigir o que não é de vocês. Ainda por cima nos ameaçar, fazendo a ameaça parecer um presente para nós. Vocês se acham os donos do mundo só porque são os mais velhos e mais fortes. Acham que tem o direito de decidir quem morre e quem vive, e como vive. Do mesmo jeito que vocês prezam pelo bem estar e felicidade de vocês – continuei indignada – nós também prezamos pelo nosso. E entregar a Cura para Silas me parece uma péssima ideia para o nosso próprio bem – Klaus olhou para mim com raiva, ele sabia que esse discurso estava sendo quase que especialmente para ele.


– Em primeiro lugar, a Cura nunca foi de vocês, se eu não estou enganada – Disse Rebekah com desprezo – Vocês são um bando de egoístas e hipócritas. Antes mesmo de encontrarem a Cura, ela já estava destinada a pobre Elena. Vocês nunca deram a chance para ninguém mais possuí-la. Se vocês tem o direito de se protegerem como uma família, nós também temos – Eu olhei para ela espumando, mas sabia que ela estava certa. Ainda assim, isso não apagava a minha raiva desses egocêntricos por pensarem que poderiam nos tomar a Cura por que achavam que tinham direito.


– Senhorita, eu lhe garanto que não era minha intenção ameaçá-los – Disse Elijah amigavelmente – Eu sinto muito pelas palavras de meu irmão Niklaus e de minha irmã Rebekah. E, de antemão, já peço desculpes pelas palavras de meu irmão Kol.


– O que ? – Disse Kol, com falsa incredulidade – Mas, eu não disse nada, querido irmão.


– Por isso eu disse "de antemão" – falou Elijah calmamente – Além disso, senhorita...


- Forbes - Disse Damon, me zoando. Elijah acenou sem tirar os olhos de mim.


- ...Eu também lhe asseguro que não estou exigindo a cura de nenhuma maneira; nem por eu achar que sou dono do mundo e por isso ela é minha por direito ou por qualquer outro motivo. Eu estou, realmente, pedindo, pois eu acho que não temos mais nenhuma outra saída a não ser negociar com Silas – Depois desse discurso superior á raça humana e à vampírica, eu não tive escolha a não ser ficar calada. E isso era difícil de conseguir.


– Vamos supor que isso dê certo – Falou Bonnie quase me assustando. Ela estava tão quieta que eu já havia esquecido da presença dela – Vamos fechar as barreiras de interação entre os mortos e os vivos. E isso vai totalmente contra ao discurso que você chegou fazendo aqui.


– O que Niklaus não acrescentou – Disse Elijah - É que vamos tentar descobrir de Silas se existe alguma maneira de matar os fantasmas de forma permanente. Assim podemos continuar a ter quem amamos por perto, sem que possam partir junto a quem não queremos por aqui. Silas quer o véu abaixado. Ele não fará nada que arrisque seu plano, então não nos dirá nada que nos ajude a levantá-lo. Mas, talvez ele esteja disposto a nos dar alguma informação que nos faça cooperar com o seu plano mesmo de forma indireta. Eu acredito que todos sairemos ganhando se trabalharmos juntos – Continuou – Kol me disse que a senhorita perdeu suas habilidades com magia, mas isso não potencializa para menos a sua ajuda. É bom tê-la por perto para futuros reconhecimentos em feitiços.


- Mas, isso é só um chute. Você não sabe se existe alguma forma de fazer o que você quer - Bonnie acrescentou.


- É um risco, eu sei - um Elijah pensativo tinha o olhar devaneado.


- Um grande risco. Quase impossível de dar certo. Feitiços são mais complicados que isso. Sempre há consequências.


- Estou a par disso. Nossa mãe era uma bruxa. Uma das mais poderosas da época. E diria que até hoje. Convivemos com essas consequências muito mais vezes do que você possa imaginar, senhorita Bennet. Não estamos apenas apostando no acaso. Apenas já vi feitiços o suficiente para saber que sempre há uma brecha - E agora ele parecia mais seguro e menos gentil, soava mais como um verdadeiro Original. Talvez o terno bem passado e o sorriso amigável fossem apenas uma faixada para esconder seu verdadeiro temperamento. O mesmo dos irmãos geniosos.


– E o que nos garantem que vocês não possuem um truquezinho sujo escondido e não irão nos trair ? – Disse Damon.


– Nada, apenas a nossa palavra – Falou Elijah, sério. Eu bufei em descrença e ele olhou para mim – É tão impossível assim de acreditar na minha palavra, senhorita Forbes ?


– Ah, pelo amor de Deus, pare de me chamar assim – Eu disse já impaciente – Eu sou Caroline. E o problema não é exatamente você, são seus irmãos. Você sabe que eles não têm limites – Eu disse isso olhando diretamente para o híbrido temperamental e ele me olhava de volta, com cara de quem estava zombando de mim - E os outros, mesmo sem um pingo de decência e respeito pela vida, ainda conseguem ser menos piores que Klaus – dito isso a expressão dele mudou e ele ficou muito sério. Depois do nosso momento no bar, eu precisava desesperadamente bloqueá-lo de mim.


– Me parece que você tem sérias diferenças exclusivamente com Niklaus – Disse Elijah – O que você fez para ofender essa moça? – Ele disse olhando para o irmão, com sincera curiosidade.


– Você quer mesmo uma resposta ? – Eu disse com azedume – Não sairíamos dessa sala nessa semana.


– Ah, pelo amor de Deus – Disse Damon – Vamos acabar logo com isso para que vocês possam ir embora da minha casa de vez.


– Elena, você quer mesmo entregar a cura? – Falou Stefan – A decisão é sua.


– Ah, fala sério, isso de novo não, Stefan – Falou Damon exasperado – Nem sempre ela tem que decidir. Às vezes ela não pensa direito - Elena olhou para ele de cara feia e disse:


– Eu quero sim, não vejo por que não e não vejo outra saída a não ser negociar com Silas.


Stefan acenou para ela e Damon abriu os braços em forma de protesto. Elena foi em direção às escadas enquanto Damon ia atrás dela e Stefan se levantava para pegar mais whisky. Eu já estava explodindo de tanta coisa para um dia só. Decidi ir até a cozinha e pegar uma bolsa de sangue, eu me sentia fraca. Me levantei ignorando o olhar de curiosidade de Elijah e o olhar de rancor de Klaus sobre mim e fui em direção ao corredor de acesso ao outro compartimento da casa. Ouvi Bonnie voltar a conversar com os Originais. Cheguei lá a abri um pequeno freezer que havia num canto escondido. O objeto era protegido por senha eletrônica e só algumas pessoas sabiam. Lá em baixou havia um freezer dez vezes maior com um estoque bem grande de sangue, mas, eu estava cansada demais para ir até lá. Me conformei com o que tinha ali mesmo. Me sentei em um dos banquinhos em volta da bancada e comecei a beber, pensando em tudo o que tinha acontecido hoje. Tantas coisas, tantas reviravoltas, era muito para um único dia. Logo o dia da minha formatura. Um dos dias mais esperados por mim em toda a minha vida. Eu já estava pedindo arrego. Até aquele momento eu não havia percebido quão cansada eu estava. Queria a minha casa, a minha cama, mas eu sabia que era perigoso voltar para casa. Pensei na minha mãe, se era melhor eu estar com ela ou estar longe dela nesse momento. Resolvi mandar uma mensagem de texto para checar se estava tudo bem e avisar que eu ficaria aqui. Mandaria alguém buscá-la. Logo que recebi uma mensagem de resposta de minha mãe dizendo que estava tranquila e ao mesmo tempo insistindo em não ser necessário me encontrar aqui, tive apenas alguns segundos para respirar aliviada antes de ver Klaus entrando na cozinha.


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Klaus e Caroline


– Está tudo bem, Caroline ? – Ele disse meio sério. Eu apenas olhei para ele com o meu habitual tom silencioso de "seriously" e joguei a cabeça para o lado.


– Eu estou cansada – eu disse – Num mesmo dia eu fui atacada por um bando de bruxas na minha formatura, descobri que a minha melhor amiga morreu e que o irmão de outra amiga voltou de volta a vida, que temos um exército de inimigos esperando para nos matar e que Silas, o pivô de toda essa merda, tem a mesma cara que o Stefan.


– O que foi que você disse por último? – Eu disse, totalmente incrédulo, enquanto me sentava em um dos banquinhos ao lado dela. Não seria possível, seria? Com todos os meus mil anos eu nunca vi homens com doppelgangers, só mulheres. Mas, isso não significava que não poderiam existir. Só era muita coincidência Silas ser um.


– Exatamente o que você ouviu – Eu continuei contando para ele – Stefan é uma das Cópias de Silas – E, sendo assim, eu contei para ele tudo o que Stefan nos falou, esquecendo totalmente da nosso conflito passivo-agressivo de minutos atrás. Eu nem sabia por quê eu estava falando para ele. Não deveria confiar nele, mas eu confiava. Era fácil demais tagarelar para ele, pois era um excelente ouvinte, sempre bem disposto a ouvir todas as minhas baboseiras. Ele me passava segurança e interesse em cada palavra que eu metralhava pra fora.


– Ah, muita coisa faz sentido agora – Ele disse sorrindo genuinamente. E esse tipo de coisa me fazia esquecer que ele era um Serial Killer - Estava faltando uma dessas bizarrices no meu currículo. Mas, isso só torna Silas mais perigoso. Ela vai nos manipular a torto e à direito com a mesma cara do Stefan, posso prever.


- Eu sei. Katherine 2.0.


– Vocês não estão seguros. Você não está segura e me importo com você, Caroline. A essa altura você sabe bem disso, apensar de fazer de tudo para negar ou me afastar – ele disse, cauteloso, me olhando fundo nos olhos, me prendendo naquelas íris esverdeadas - Por que estava tão enraivecida pra cima de mim agora pouco? O que foi que eu fiz dessa vez? - Não consegui responder, só olhei para o outro lado da cozinha, pois não tinha coragem de encara-lo. Ele inspirou fundo e continuou - Penso que até essa situação acabar, nem mesmo dentro dessa casa você vai poder se esconder. São, no mínimo, doze pessoas que querem te matar. Sem contar com outros que você deve ter ajudado seus amigos a eliminarem também e que ainda não apareceram – Eu segurei seu braço, fazendo ela se voltar para mim. Olhei diretamente nos seus lindo olhos azuis, tentando mostrar que eu estava agindo de maneira preocupada e não arrogante.


– E o que eu posso fazer ? – Eu disse sacodindo os ombros, fazendo meus cabelos loiros balançarem para frente – A merda já está feita. Só o que me resta agora é apostar as minhas fichas nos planos do seu irmão – eu disse melancólica e carrancuda.


– Na verdade, a ideia foi de Rebekah – Eu disse sorrindo para ela – Ela pode ser ridícula com todo o seu drama e crise de existência, mas ela não é tão burra quanto parece. Só parece mesmo.


Eu soltei uma pequena gargalhada com gosto. O dia havia sido muito pesado e rir um pouco me fez sentir mais leve. Eu olhei para ele sorrindo com sinceridade. Era incrível como ele conseguia me fazer esquecer tão rápido quem ele era. Na maioria das vezes eu tinha que ficar sempre me lembrando, para não esquecer de vez e cair nos seus charmes. Talvez fosse por isso que eu ficava sempre na defensiva com ele. Mas, era cansativo não ceder.


– Bem, eu sei que você não pode fazer nada – continuei dizendo a ela – Mas, eu posso.


Eu olhei para ele não entendendo nada e enruguei meu rosto num gestão de indagação. Só faltava ele me dizer que iria me contratar seguranças particulares. A ideia me pareceu extremamente ridícula e eu contive a risada que queria escapar.


– O que você quer dizer com isso, Klaus?


– Bem, eu não posso mais colocar os meus híbridos para te protegerem pois, como você bem deve se lembrar, eu tive que matá-los – Eu disse tentando conter o meu ódio. Lembrar da traição do vira-lata do Tyler Lockwood me fazia ficar puto da vida. E eu não queria mostrar para Caroline o meu desejo incontrolável de acabar com ele, muito menos depois da promessa que eu fiz a ela algumas horas atrás – Mas, eu acredito que seria uma ótima ideia você se hospedar na minha casa, pelo menos até tudo acabar.


Eu sabia que lembrar da morte de seus híbridos era lembrar da traição de Tyler e do porquê de ele ter ido embora da cidade. Eu não queria pensar naquilo agora. Klaus não o mataria mais. Ele havia me prometido. E, mais uma vez, eu acreditava nele. Fiquei rígida e tensa com a menção dos híbridos, mas relaxei completamente e soltei uma longa e alta gargalhada após o último comentário dele. Ele só podia estar drogado de tanta verbena, wolfsbane, que fosse.


– Eu não vejo graça alguma, Caroline. Eu acredito que você deva ter um pingo de auto preservação ou amor pela sua vida – eu disse a ela, não entendendo o motivo da risada. Eu detestava que rissem de mim, detestava qualquer forma de me sentir ou ficar vulnerável. Mas, com Caroline era só o que eu sabia fazer, ficar parecendo um idiota – Eu acredito que sempre terá um de nós na casa e você estará sempre protegida. É melhor do que ficar aqui com esses imbecis – Eu disse, já ficando irritado.


– Eu prefiro ficar aqui, desprotegida com esses imbecis, mas que são meus amigos e realmente me querem bem a ficar protegida naquele ninho de cobras que você chama de casa, de família, onde todos querem ver uns aos outros pelas costas – Eu disse a ele com petulância. Ele era um hipócrita e eu não cairia nessa falsa vontade dele de me proteger.


– Eu sei que minha família e eu temos muitos problemas – eu disse a ela, tentando fingir que o que ela disse não me feria – Um milênio de problemas mal ou não resolvidos não é fácil, mas isso não quer dizer que nos odiamos ou que queremos nos destruir – Falei tentando conter a minha raiva.


– Não sei se os outros querem se destruir – eu confrontei ele – Elijah parece se dar muito bem com os outros. Mas, não digo o mesmo sobre você. Até onde eu me lembro, você empalou seus irmãos e os prendeu num caixão durante séculos. Isso não me parece coisa de alguém que ama a própria família – terminei olhando para ele com desprezo.


– Está fazendo suposições – Eu disse, agora disfarçando muito mal a minha raiva – Não fala sobre o que você não sabe. Você e seus amigos não são ninguém para julgar – cuspi para ela – Até onde eu também me lembro, alguns de vocês já tentaram se destruir. Damon já tentou te matar. Stefan já tentou matar Damon e Damon já tentou matar Stefan. Damon já matou Jeremy , Alaric, aquela amiga do Stefan e, provavelmente, também o quarterback. E só o que eu vejo é a doppelganger trepar com ele, não antes de ter trepado com seu irmão, Stefan. E, não vamos esquecer, de que você trepava com o Damon, enquanto queria Stefan, o namorado da sua melhor amiga. Depois passou a trepar com o quarterback, ex-namorado da sua melhor amiga. E para fechar com chave de ouro, começou a trepar com o imundo do Tyler, melhor amigo do seu ex-namorado - Sim, a minha pesquisa sobre a vida de Caroline foi colocada em prática, especialmente sobre seus relacionamentos amorosos. Era terrível jogar tudo isso na cara dela, mas a hipocrisia tem seu preço. E o ciúme também, por mais que me custasse admitir.


Eu levantei de supetão e tasquei um tapa na cara dele com toda a força que o meu ódio conseguiu reunir. Seu rosto virou, o deixando parado num breve choque, mas logo ele se levantou num salto e ficou me encarando, apenas a alguns centímetros me separando dele. Eu podia sentir a sua respiração frenética e colérica. Eu não acreditava que ele havia dito isso. Lágrimas começavam a brotar nos meus olhos, mas eu não ia ceder, não ia deixá-las cair. Só o que eu queria era esfolar a cara dele no asfalto, fazê-lo sofrer dez vezes mais o que ele já fez outras pessoas sofrerem. Eu podia ver o ódio e o triunfo se misturarem no brilho dos seus olhos verdes. Ele podia comemorar com razão, ele me atingiu em cheio. Principalmente porque metade do que ele disse era verdade, mas ainda assim soou de uma forma imperdoavelmente ofensiva. E sobre Damon...Bem, não era da conta de Klaus. Não iria me justificar, mesmo que fosse a maior injustiça do ano.


Eu estava extremamente puto com ela. Ela não conhecia a minha família, não sabia nem de um por cento do que havíamos passado juntos. Eu não odiava a minha família e nem eles me odiavam, pelo menos eu tinha a esperança de que não me odiassem. E ouvi-la dizer essas coisas me feriu, pois era o meu maior medo e Caroline parece ler a minha alma com maestria. Então, eu não me contive e disse a ela tudo o que pensava. Talvez eu tenha escolhido as palavras erradas e exagerado um pouco, mas surtiu o efeito que eu queria. Eu queria atacá-la do mesmo jeito que ela me atacou. E meu ódio só aumentou quando ela me deu um tapa. Eu era o Klaus. Eu não apanhava de ninguém. Muito menos de uma enxerida e linguaruda que nem ela. A minha vontade era de jogá-la longe. Mas, eu me contive. Sequer pensar em fazer isso com ela me pareceu errado, repulsivo, e até mesmo imperdoável. Eu sabia que eu jamais faria algo assim com ela. Nunca mais. Depois daquele dia, quando a machuquei de propósito e a mordi para mostrar que não era vulnerável a ela, me senti um completo lixo. Falhei com ela e falhei comigo e fui mais exposto que nunca. Mas, o meu maior pesar e arrependimento foi ter percebido a monstruosidade que fiz com ela e prometi a mim mesmo que faria o possível para me redimir, que jamais colocaria as mãos nela dessa forma outra vez.


– Niklaus – Elijah entrou na cozinha – Já estamos indo para casa. Você vem conosco ? – Eu percebi que isso era mais do que um pedido, era um alerta. Eu lancei a ela um último olhar de puro ódio e saí furiosamente da cozinha.


O clima estava completamente pesado. Eu fiquei parada, pensando no que havia acontecido. Eu sabia que Elijah ainda estava ali, mas, eu não queria encará-lo. Torci para que ele fosse embora logo e me deixasse em paz.


- Caroline ? – Elijah me chamou e eu virei para ele, tentando conter as minhas lágrimas, mas não conseguindo mais. Ele me olhava com ternura e compaixão – Perdoe as palavras de Niklaus. Ele apenas se sentiu ofendido com as suas. O tema "família" sempre foi a coisa mais complicada no mundo para ele. O único jeito de lidar com ele é com muita paciência.


– Eu não quero lidar com ele de nenhuma forma – Eu disse para Elijah, deixando as minhas lágrimas rolarem.


– Entendo – Ele disse abaixando os olhos, parecia decepcionado – Talvez essa seja uma resposta temporária. Vamos esperar que você mude de ideia no futuro.


– Eu duvido muito que isso vá acontecer – respondi com desprezo.


– Bem, nunca se sabe como as coisas podem acontecer – Ele continuou, com o seu tom educado, diplomático e terno – Eu mesmo já jurei odiá-lo para sempre. Já estive a ponto de matá-lo e olhe para mim hoje em dia – Ele sorriu para mim e eu o olhei com pena. Ele amava o irmão e faria qualquer coisa para ajuda-lo. Pena que era um caso perdido e eu sentia muito por ele – Bem, deixe eu ir. Já está tarde e não quero abusar mais da boa vontade dos Salvatore. Se você precisar de alguma coisa, pode me procurar. Ficarei feliz em atendê-la – Ele disse isso e se virou, indo em direção á saída. Quando ele estava na porta da cozinha, se virou para mim e disse – Ah, Caroline, acho que você deveria reconsiderar a ideia de Niklaus e ficar na nossa casa até essa situação acabar. Eu lhe garanto que você ficaria totalmente segura, eu mesmo me certificaria disso. E lhe asseguro que você seria muito bem recebida e muito bem cuidada por todos nós – Ele disse e com um último sorriso, deixou a cozinha. E eu fiquei ali, embasbacada, parada feito uma estátua, tentando assimilar e entender tudo o que aquele homem intrigante e embaixador da paz havia acabado de me dizer.



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Autor(a): anajadde

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

  Klaus Passei furioso pela sala dos Salvatore, totalmente puto da vida. Eu queria sangue derramado. Queria matar, estraçalhar, tacar o terror em alguém. Isso me faria extravasar todas as minhas frustrações do momento. E toda essa minha cólera se convergia em uma única pessoa. Patético. Eu era um ser desprezíve ...


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