Fanfics Brasil - Capítulo: 21 O Guardião

Fanfic: O Guardião | Tema: ( AyA )


Capítulo: Capítulo: 21

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       Do lado de fora do Clipper, Alfonso se apoiou na porta traseira da picape, tentando se recompor.


 


 


Alfonso: Me dê um minuto (pediu a Anahi).


Anahi: Você está bem? (Alfonso levou as mãos ao rosto e suspirou, falando por entre os dedos)


Alfonso: Sim. Só um pouco nervoso (Anahi se aproximou e puxou a camisa dele).


Anahi: Eu nunca tinha visto esse lado seu. Mas você devia saber que eu estava lidando bem com isso sozinha.


Alfonso: Deu para perceber. Mas o olhar que ele me lançou realmente me fez explodir.


Anahi: Que olhar? (Alfonso descreveu e Anahi estremeceu) Não vi isso.


Alfonso: Acho que não era para você ver. Mas acredito que tudo isso enfim tenha terminado.


 


 


         Por um longo momento, nenhum dos dois falou. Algumas pessoas tinham saído atrás deles e olhavam em sua direção. Os pensamentos de Anahi, porém, estavam em outro lugar. O que Christopher tinha dito mesmo? Que estivera trabalhando? Que tinha passado o dia inteiro na obra? Ela não prestara atenção às palavras quando ele as disse, mas agora se lembrava delas.


 


 


 


Alfonso: Isso acabou.


Anahi: Espero que sim.


Alfonso: Acabou (repetiu ele. Anahi deu um breve sorriso, mas estava distraída).


Anahi: Ele disse que não era ele que estava me observando hoje (comentou) E que não dera os telefonemas. Disse que não sabia do que eu estava falando.


Alfonso: Você não esperava que ele fosse admitir, não é?


Anahi: Não sei. Acho que não esperava que ele dissesse nada.


Alfonso: Mas ainda tem certeza de que era ele, não tem?


Anahi: Tenho, claro (Ela fez uma pausa) Pelo menos acho que tenho (Alfonso pegou a mão de Anahi).


Alfonso: Era Christopher. Vi isso no rosto dele (Anahi olhou para o chão).


Anahi: Ok (Ele apertou a mão dela).


Alfonso: Ora, vamos, Anahi. Você não quer que eu comece a me preocupar por ter batido num cara à toa, não é? Era Christopher. Acredite em mim. Se ele fizer mais alguma coisa, iremos à polícia e contaremos tudo o que aconteceu. Obteremos uma medida cautelar e o processaremos. Vamos fazer o que for preciso. Além disso, se não era ele,o que estava fazendo aqui esta noite? E por que chegou tão perto de você sem cumprimentá-la? Você estava a apenas alguns metros de distância.


 


 


 


          Anahi fechou os olhos. Alfonso está certo, pensou. Christopher não teria ido lá. Não dissera que não tinha gostado do lugar? Não, ele só fora porque os vira entrar.
          Sabia que estariam lá, pois os estava observando. E é claro que mentiria sobre isso. Se tinha sido insano a ponto de fazer tudo aquilo, por que diria a verdade? Mas por que deixara que eles o vissem dessa vez? E o que isso queria dizer? Apesar do ar quente, Anahi sentiu arrepios.


 


 


 


Anahi: Talvez eu deva ir à polícia de qualquer modo. Só para registrar a ocorrência.


Alfonso: Pode ser uma boa ideia.


Anahi: Você vai comigo?


Alfonso: É claro (Alfonso ergueu a mão e tocou no rosto dela) Então, está se sentindo melhor?


Anahi: Um pouco. Ainda assustada, mas melhor (Alfonso passou um dos dedos pela bochecha dela antes de se inclinar para beijá-la).


Alfonso: Eu disse que não deixaria que nada lhe acontecesse e não vou deixar, ok? (O toque dele fez a pele de Anahi formigar).


Anahi: Ok.


 


 


 


        No bar, Christopher finalmente conseguiu se levantar. Uma das primeiras pessoas a chegar até ele foi Maite.
        Ela tinha visto Alfonso pular do palco e abrir caminho pela multidão. O homem com quem estava dançando,outro aproveitador, reconheceu, embora a cicatriz em seu pescoço fosse sexy, pegara sua mão e dissera: “Vamos... briga.” Eles seguiram atrás de Alfonso e, embora tivessem chegado tarde demais para ver o início ou o fim da briga, Maite viu Anahi levando Alfonso pela mão para fora, enquanto Christopher usava os degraus inferiores do banco para se levantar.             Pessoas o ajudavam e ouviam os comentários das testemunhas,e Maite teve uma ideia do que havia acontecido. 


 


 


 


xxxxx: Aquele cara simplesmente o atacou... Ele estava quieto em seu canto até aquela mulher começar a gritar. Depois aquele outro homem se meteu... (disse um homem presente no local) Ele não estava fazendo nada...


 


 


 


           Maite viu o corte no rosto dele, o sangue no canto da boca e parou de mascar seu chiclete. Não podia acreditar. Nunca tinha visto Alfonso levantar a voz, muito menos atacar alguém. Podia ficar carrancudo e irritado, mas nunca se mostrara violento assim. Mas a prova estava bem ali, diante dela. Christopher estava na sua frente e, ao vê-lo se levantar cambaleando, ela imediatamente pensou: "ele está machucado! Precisa de mim!" Dispensou o homem com quem estivera dançando e praticamente disparou na direção de Christopher.


 


 


Maite: Ah, meu Deus... você está bem? (ele a olhou sem responder. Quando cambaleou mais uma vez, Maite passou seu braço pela cintura dele. "Nenhuma gordura", notou) O que aconteceu?(perguntou ela, sentindo-se corar).


Christopher: Ele veio e me bateu.


Maite: Por quê?


Christopher: Não sei (cambaleou de novo e Maite sentiu quando ele se apoiou nela. Ele passou o braço pelo ombro de Maite. "Também há músculos aqui",percebeu ela).


Maite: Você precisa se sentar um pouco. Venha... deixe-me ajudá-lo.


 


 


         Eles deram um passo vacilante e a multidão começou a se abrir. Maite gostou disso. Era quase como se eles estivessem na cena final de um filme, logo antes de subirem os créditos. Ela havia começado a piscar os olhos, para causar mais efeito, quando Joe Torto, mancando com sua prótese de perna, subitamente apareceu para ajudar Christopher.


 


Joe: Vamos (vociferou ele) Sou o dono deste lugar. Precisamos conversar.


 


 


          Ele começou a conduzir Christopher para a mesa e, quando mudou repentinamente de direção, Maite foi empurrada para o lado e forçada a soltar Christopher. Um minuto depois, Joe Torto e Christopher estavam conversando em uma pequena mesa.
          Do outro lado do bar, com seu momento arruinado, Maite os observava de mau humor. Quando o homem com quem estava voltou para seu lado, ela já havia decidido o que fazer.


 


 


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           Aquele foi um dia que Anahi preferiria esquecer. Ela havia experimentado quase todas as emoções possíveis desde que se levantara naquela manhã, e tudo parecia estar em ordem. No geral, aquele dia ocupava o primeiro lugar na categoria medo (mais assustador do que a primeira noite em que dormiu numa passagem sob uma rodovia em Daytona), o terceiro na categoria tristeza (o dia da morte e o do enterro de Rodrigo ainda ocupavam os dois primeiros) e o primeiro lugar na categoria exaustão completa.


          Somando-se a isso amor, raiva, lágrimas, riso, surpresa, alívio e preocupação ao imaginar o que viria depois, aquele definitivamente tinha sido um dia do qual ela se lembraria por muito, muito tempo. Na cozinha, Alfonso estava fazendo café descafeinado. Havia ficado quieto no carro e continuava assim. Tinha pedido aspirina assim que chegaram em casa e colocara na boca quatro comprimidos antes de encher um copo de água para engoli-los. Anahi estava sentada à mesa. Singer escolheu aquele momento para se encostar nela até que lhe desse atenção, algo que, na mente dele, andava um pouco escassa nos últimos tempos. Alfonso estava certo. Aquilo tudo devia ter sido planejado, e não só isso,Christopher previra a reação dela. Devia ter previsto. Suas respostas, suas mentiras, tudo veio de forma muito rápida, natural e fácil. E Christopher não havia entrado em nenhuma briga.
         Aquelas coisas ainda a incomodavam. Especialmente a última, concluiu. Algo não fazia muito sentido naquilo. Mesmo se Alfonso tivesse usado o elemento surpresa, não havia tanta surpresa nisso. Ela tinha visto Alfonso se aproximar e tivera tempo para sair do caminho, mas Christopher não só não havia brigado como não se mexera. Se sabia o que ela faria, também não teria previsto a reação de Alfonso? Ou pelo menos teria tido uma ideia? Então por que não havia se importado? E por que ela tinha a sensação de que ele planejara essa parte também?


 


 


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Joe: Tem certeza de que não está tonto? Está com um galo feio (Ele e Christopher estavam sentados perto da porta do Clipper. Christopher balançou a cabeça).


Christopher: Só quero ir para casa.


Joe: Ficarei feliz em chamar uma ambulância para você (ofereceu Joe. Para Christopher, ele parecia dizer:" por favor, não me processe").


Christopher: Estou bem (respondeu, cansado do velho).


 


 


 


             Ele abriu a porta e saiu para a escuridão. Examinando o estacionamento,notou que a polícia já tinha ido embora. O local também estava silencioso e ele se dirigiu para seu carro.
Ao se aproximar, percebeu que alguém estava apoiado no veículo.


 


 


Maite: Oi, Christopher (Ele hesitou antes de responder).


Christopher: Oi, Maite (Ela ergueu ligeiramente o queixo para fitá-lo).


Maite:Está se sentindo melhor? (ele deu de ombros. Maite pigarreou) Sei que isso pode parecer estranho, considerando tudo o que aconteceu esta noite, mas você se importaria de me dar uma carona para casa? (ele olhou ao redor. Mais uma vez, não viu ninguém).

 

Christopher: E seu namorado? (Ela apontou com a cabeça na direção do Clipper).

 

Maite: Ainda está lá dentro. Eu lhe disse que ia ao banheiro (ele ergueu uma das sobrancelhas, sem dizer nada. Em silêncio, Maite deu um passo na direção dele. Quando estava perto, ergueu a mão e tocou o machucado em seu rosto, sempre sustentando seu olhar) Por favor. 

 

Christopher:Que tal irmos para outro lugar? (Ela inclinou a cabeça, como se perguntasse a si mesma o que ele queria dizer. Christopher sorriu) Confie em mim.

 

 

 

 

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           Na cozinha de Anahi, a cafeteira gorgolejava. Alfonso estava sentado à mesa.

 

 

Alfonso: No que você está pensando? ("Que tudo o que aconteceu esta noite parece errado de algum modo", refletiu Anahi. Contudo, sabendo que Alfonso faria o possível para convencê-la de que ela havia interpretado aquilo mal, deu uma resposta vaga)

 

Anahi: Só estou pensando em tudo. Fico revendo isso em minha mente, sabe?

 

Alfonso: Sim, eu também.

 

 

 

 

           A cafeteira apitou e Alfonso se levantou para encher duas xícaras. Singer ergueu as orelhas e Anahi o observou indo para a sala de estar. Mais cedo, em sua pressa de sair dali, ela não havia fechado as venezianas e notou um carro vindo pela rua. Não havia muito trânsito àquela hora da noite e ela tentou reconhecer um dos vizinhos voltando para casa depois de uma noitada na cidade.
          Quando a luz começou a ficar mais forte, Singer foi para a janela. Mas em vez de tudo voltar a ficar escuro de novo com o carro passando zunindo, Anahi viu a luz dos faróis se intensificar, atraindo mariposas e insetos. Singer latiu e começou a rosnar. O brilho dos faróis permaneceu constante.
          Dava para perceber que o carro estava andando em marcha lenta e Anahi se aprumou na cadeira. Ouviu o giro do motor e subitamente os faróis se apagaram. Uma porta bateu. "Ele estava aqui", pensou Anahi. Christopher tinha ido à sua casa. Alfonso olhou na direção da janela.
          Os rosnados de Singer se tornaram mais altos e os pelos da parte posterior de seu pescoço se eriçaram.
          Alfonso pôs uma das mãos no ombro de Anahi e deu um passo hesitante em direção à porta. Singer agora latia e rosnava sem parar, enquanto Alfonso avançava.
          Singer estava furioso, e então algo inesperado aconteceu. O som era ao mesmo tempo normal e surpreendente, e Alfonso parou, como se tentasse descobrir se o que tinha ouvido era real.
          Eles ouviram o som de novo e se deram conta de que alguém estava batendo à porta. Alfonso se virou na direção de Anahi, como se perguntasse: quem será? Ele espiou pela janela e Anahi viu seus ombros relaxarem. Quando olhou novamente para ela, foi com uma expressão de alívio. Acariciou as costas de Singer e disse:

 

 

 

Alfonso: Shh, está tudo bem (O cachorro parou de latir, mas seguiu Alfonso, que estendeu a mão para a maçaneta. Um momento depois, Anahi viu dois policiais em pé na varanda).

 

 

 

      A policial Jennifer Romanello era nova na cidade e no emprego e ansiava pelo dia em que teria sua própria radiopatrulha, nem que fosse para se livrar do sujeito com quem estava trabalhando. Depois de fazer a maior parte de seu treinamento militar em Jacksonville, ela se mudara para Swansboro não tinha nem um mês. Estava trabalhando com Pete havia duas semanas e ainda o teria como parceiro por mais quatro,todos os novatos tinham que trabalhar com um policial experiente durante as seis primeiras semanas,para completar seu treinamento,mas, se o ouvisse mencionar “as regras” de novo,seria capaz de estrangulá-lo. Pete Gandy girou a chave,desligando a ignição, e a olhou de relance.

 

 

 

 

 

Pete: Deixe-me lidar com isso (disse) Você ainda está aprendendo as regras. "Realmente vou matá-lo", pensou Jennifer.

 

Jennifer: Devo esperar no carro? (Embora Jennifer tivesse dito isso em tom de brincadeira, Pete não entendeu e ela o viu flexionando o braço. Pete levava seus bíceps muito a sério. Também
gostava de olhar para si mesmo pelo retrovisor antes de entrar em ação).

 

Pete: Não. Venha. Apenas deixe que eu fale. E fique de olhos abertos, garota  (Ele disse isso como se fosse velho o suficiente para ser pai dela. Na verdade, estava na polícia havia apenas dois anos e, apesar de Swansboro não ser exatamente um grande foco de atividade criminosa, Pete tinha desenvolvido uma teoria de que a Máfia começara a se infiltrar na cidade e,obviamente, era ele quem lidaria com isso. O filme favorito de Pete era Serpico,e foi por causa dele que se tornara policial. Jennifer fechou os olhos. "Por que,entre todos os idiotas,tive que trabalhar com este?")

 

Jennifer: Como quiser.

 

Pete: Alfonso Herrera? (disse o policial Gandy).

 

 

 

 

 

           Pete Gandy tinha assumido a postura de “eu sei que o uniforme o intimida” e Jennifer sentiu vontade de lhe dar um tapa na nuca. Sabia que Pete conhecia Alfonso e Anahi havia anos. No carro, ele mencionara que cortava o cabelo no salão de Mabel e que Alfonso consertava seu carro. Nem precisou procurar o endereço de Anahi. A vida numa cidade pequena era assim, suspirou Jennifer. Para uma mulher que crescera no Bronx, esse era um mundo totalmente novo ao qual ainda estava se acostumando.

 

 

 

 

 

Alfonso: Ah, oi Pete. Em que posso ajudar?

 

Pete: Podemos entrar um minuto? Precisamos falar com você.

 

Alfonso: É claro (Eles hesitaram e Alfonso baixou os olhos para Singer) Não se preocupem com ele. Ficará bem (Os policiais entraram na sala de estar e Alfonso fez um sinal com o polegar por cima do ombro) Querem um café? Acabei de fazer.

 

Pete: Não, obrigado. Não podemos beber em serviço (Jennifer revirou os olhos, pensando: "isso só vale para bebidas alcoólicas, seu idiota").

 

 

 

 

         Àquela altura, Anahi tinha saído da cozinha e estava em pé ali perto, com os braços cruzados. Singer foi até ela e se sentou ao seu lado.

 

 

 

 

Anahi: Qual é o assunto, Pete? (O policial Pete Gandy não gostava de ser chamado de Pete quando estava de uniforme e, por um momento, não soube como reagir à familiaridade. Pigarreou).

 

Pete: Você esteve no Sailing Clipper esta noite, Alfonso?

 

Alfonso: Sim. Toquei com o Ocracoke Inlet (Pete olhou de relance para Jennifer, como se lhe mostrasse como fazer aquilo. "Ah, grande novidade. Apenas um milhão de pessoas já viram isso", Pensou ela).

 

Pete: E se envolveu numa briga com o Sr. Christopher Franklin? (Antes que Alfonso pudesse responder, Anahi entrou na sala de estar).

 

Anahi: O que está acontecendo? 

 

 

 

 

 

     Pete Gandy vivia para esses momentos. Depois de sacar sua arma, essa era de longe a melhor parte do trabalho, mesmo se estivesse fazendo isso com algum conhecido. Afinal, dever era dever e, se ele deixasse passar as pequenas coisas, antes que percebesse, Swansboro seria a capital mundial dos assassinatos.Só no último mês ele havia aplicado uma dúzia de multas em pedestres que atravessavam a rua de forma imprudente e outra dúzia por jogar lixo na rua.

 

 

 

 

 

Pete: Bem, detesto fazer isso com você, mas tenho várias testemunhas que afirmam que você atacou o Sr. Franklin sem ser provocado. Isso é agressão e vai contra a lei (Dois minutos depois, Alfonso estava sendo levado para a radiopatrulha).

 

 

 

 

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Mabel: Eles o prenderam? (perguntou sem acreditar).

 

 

 

 

        Era segunda-feira e, como Mabel tinha ido visitar o irmão em Atlanta, não soubera de nada até chegar naquela manhã. Durante os últimos dez minutos, Anahi a havia deixado a par de tudo o que acontecera. Maite estava ocupada estragando o cabelo de um homem enquanto se esforçava para ouvir. Não havia sorrido desde que Anahi começara a falar e, quanto mais ouvia, mais queria dizer que Anahi não sabia do que estava falando.
        Christopher não era perigoso! Alfonso o havia atacado. Além disso, Christopher nem estava mais interessado em Anahi. Maite tinha certeza de que ele enfim vira a luz. E o romantismo! Ele a havia levado para a praia e eles conversaram!
        Durante horas! Christopher até flertara com ela! Nenhum homem jamais a tratara com tanto respeito. E ele também era gentil. Pedira-lhe que não contasse nada a Anahi para não ferir os sentimentos dela. Isso parecia coisa de quem comete assédio? É claro que não! Embora Christopher tivesse se recusado a entrar quando finalmente a deixara em casa, Maite estava radiante desde que havia acordado na manhã do dia anterior.
        Anahi deu de ombros. Seu rosto estava abatido e pálido, como se ela não tivesse dormido muito.

 

 

 

 

Anahi: Pete Gandy o interrogou por uma hora e ele ficou lá até Henry pagar a fiança (Mabel pareceu desconcertada).

 

Mabel: Pete Gandy? O que ele estava pensando? Não ouviu o que Alfonso dizia?

 

Anahi: Acho que não. Ele ficou tentando atribuir isso a ciúme. Queria saber o verdadeiro motivo de Alfonso ter atacado Christopher.

 

Mabel: Você lhe disse o que estava acontecendo?

 

Anahi: Tentei, mas ele não achou relevante. Não para a acusação de agressão (Mabel atirou sua bolsa sobre a mesa coberta de revistas).

 

Mabel: Ele é um idiota. Sempre foi. Nunca vou entender como conseguiu entrar para a polícia.

 

Anahi: Isso pode ser verdade, mas não ajuda Alfonso. Nem a mim.

 

Mabel: O que irá acontecer com Alfonso? Vai haver um processo?

 

Anahi: Não tenho a menor ideia. Mas acho que descobriremos hoje. Ele tem hora marcada com Steve Sides, mais tarde (Steve Sides era o advogado de defesa local; Mabel conhecia a família dele havia anos).

 

Mabel: Boa escolha. Você o conhece?

 

Anahi: Não, mas Henry conhece. Espero que ele possa resolver alguma coisa com o promotor.

 

Mabel: Então o que você vai fazer? Com relação a Christopher?

 

Anahi: Vou trocar o número do meu telefone hoje. 

 

Mabel: Só isso?

 

Anahi: Não sei o que mais posso fazer. Pete não quis me ouvir, só disse que, se isso continuasse a acontecer, eu deveria registrar a ocorrência.

 

Mabel: Christopher telefonou de novo no domingo?

 

Anahi: Não. Graças a Deus.

 

Mabel: E você não o viu?

 

Anahi: Não (Do outro lado do salão, Maite franziu as sobrancelhas, pensando: "isso porque ele ainda estava pensando em mim. Agora pare de falar mal dele").

 

Mabel: Então você acha que foi tudo planejado, não é?

 

Anahi: Acho que sim, inclusive a noite de sábado. Inclusive eu. Acho que ele pensa que é tudo um jogo (Mabel a olhou nos olhos).

 

Mabel: Não é, Anahi (disse. Demorou um pouco para Anahi responder).

 

Anahi: Eu sei.

 

 

 

 

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Henry: Como ele se portou? Durante o interrogatório? (Eles estavam sentados no escritório de Henry, com a porta fechada. Alfonso suspirou, indignado).

 

Alfonso: É difícil de explicar.

 

Henry: Como assim?

 

Alfonso: É como se ele já tivesse uma ideia formada de como tudo havia acontecido e nada que eu dissesse pudesse fazê-lo mudar de opinião.

 

Henry: Ele não se preocupou com os telefonemas? Ou com o fato de Christopher ter observado vocês antes?

 

Alfonso: Não. Ele disse que parecia que Anahi estava exagerando. Que as pessoas fazem compras e cortam cabelos. Que isso não é importante.

 

Henry: E quanto à outra policial, a mulher?

 

Alfonso: Não sei. Pete não a deixou falar nada (Henry pegou o café e tomou um gole).

 

Henry: Bem, dessa vez você realmente tem culpa (disse ele) Não que eu o condene. Eu teria feito o mesmo se estivesse lá.

 

Alfonso: O que você acha que vai acontecer?

 

Henry: Bem, não acho que você será preso, se é o que quer saber.

 

Alfonso: Não, não é isso.

 

Henry:Quer dizer com Christopher? (Alfonso assentiu. Henry pôs a xícara de café de volta em sua escrivaninha) Gostaria de poder lhe dizer, maninho.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                                                  Continua...

 

 

 

Gente voltei antes, iria postar só amanhã, mas postei logo hoje...

 

 

 


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Autor(a): machadobrunaa

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 52



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  • leandroportinon Postado em 25/02/2023 - 01:32:43

    dá andamento nessa tbm pfvr

  • leandroportinon Postado em 25/02/2023 - 01:32:26

    pq sumiu dessa fic aqui?

  • leandroportinon Postado em 25/02/2023 - 01:32:12

    postaaaaaaaaaaa mais pfvr

  • leandroportinon Postado em 25/02/2023 - 01:31:57

    Pelo amor de deus não abandona a fic não. Estou muito ansioso

  • leandroportinon Postado em 22/01/2023 - 01:42:36

    Voltaaaaaaa pfvr

  • leandroportinon Postado em 22/01/2023 - 01:42:22

    '-' não vai mais postar? sumiu daqui

  • leandroportinon Postado em 15/01/2023 - 23:38:43

    Quero saber a continuação!

  • leandroportinon Postado em 15/01/2023 - 23:38:22

    voltaaaaaaa

  • leandroportinon Postado em 12/01/2023 - 15:02:14

    Volte logo

  • leandroportinon Postado em 12/01/2023 - 15:01:56

    Estou muito nervoso, ansioso pra saber o que vai acontecer.


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