Fanfics Brasil - Capítulo: 5 O Guardião

Fanfic: O Guardião | Tema: ( AyA )


Capítulo: Capítulo: 5

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      O sol da manhã proporcionava um calor típico do início da estação. A chave inglesa de Alfonso ficou presa em um parafuso de difícil acesso no motor. Ao tentar soltá-la, ele puxou com força demais e cortou as costas da mão. Depois de desinfetar e enfaixar o ferimento, tentou soltar a ferramenta pela segunda vez e obteve exatamente o mesmo resultado. Dizendo palavrões para si mesmo, afastou-se do carro, frustrado, e ficou olhando para ele com uma expressão fria, como se tentasse intimidá-lo. Durante toda a manhã Alfonso cometera um erro estúpido após outro enquanto fazia um conserto simples e agora não estava conseguindo nem soltar a droga da chave inglesa. Não que a culpa fosse toda sua, é claro. No mínimo, pensou Alfonso, era culpa de Anahi. Como ele podia se concentrar no trabalho quando não conseguia parar de pensar no encontro dela com Christopher? O bom encontro dela. O encontro divertido dela. O que tinha sido tão bom?, ele queria saber. E o que Anahi quisera dizer com nós nos divertimos? Alfonso sabia que só havia um jeito de descobrir, embora temesse sequer pensar nisso. Mas que outra escolha tinha? Anahi não lhe dissera muita coisa e ele não podia ir ao salão perguntar pessoalmente a Mabel com Anahi lá. Henry era sua única opção. Henry, seu bom e gentil irmão mais velho. "Sim, certo" pensou Alfonso. Henry podia ter lhe contado antes, mas não, ele teve que deixá-lo na expectativa. Sabia exatamente o que estava fazendo quando deixou a conversa pela metade. Queria que Alfonso fosse lhe implorar por informações. Que rastejasse. Para que ele tivesse a oportunidade de fazer alguns comentários irônicos. Bem, não desta vez, meu amigo, decidiu Alfonso, não desta vez... Alfonso se aproximou de novo do carro e começou a esticar sua mão na direção da chave inglesa. Ainda presa. Olhando por cima do ombro, ele se perguntou se uma chave de fenda serviria como alavanca para soltá-la. Decidiu tentar, mas ao colocá-la em posição, ouviu a voz de Anahi de novo e a chave de fenda escorregou de sua mão. "Foi bom, dissera Anahi. Nós nos divertimos" . Quando Alfonso tentou segurar a ferramenta, ela escorregou mais, fazendo um barulho e sumindo de vista. Ele se inclinou para a frente. Apesar de saber tudo sobre aquele motor, não tinha a menor ideia de onde ela tinha ido parar. Alfonso ficou olhando, sem acreditar. "Ótimo, pensou".  A chave inglesa está presa, a chave de fenda sumiu num buraco negro mecânico e eu não estou conseguindo fazer nada aqui. Estou trabalhando há uma hora e, se continuar assim, terei que fazer uma encomenda expressa à loja de ferramentas. Ele precisava falar com Henry. Era o único modo de superar isso. Droga... Alfonso pegou um pano e começou a limpar as mãos enquanto atravessava a oficina, odiando ter chegado a esse ponto e tentando descobrir o melhor modo de abordar o assunto com o irmão. O mais difícil seria não deixar Henry perceber por que ele estava interessado. Seria melhor se o assunto surgisse naturalmente, para Henry não esfregar isso na sua cara. Seu irmão vivia esperando momentos como esse. Devia ter passado a manhã toda ensaiando o que iria dizer. Com pessoas assim, só havia uma coisa a fazer: praticar a arte do engano. Depois de traçar seu plano, Alfonso enfiou a cabeça pela porta do escritório. Henry estava sentado à sua mesa desarrumada, fazendo uma encomenda pelo telefone. Bem na sua frente havia um pacote de rosquinhas e uma lata de Pepsi. Ele sempre tinha alguma besteira escondida na gaveta para compensar os almoços saudáveis que Emma lhe preparava. Henry fez um sinal para que o irmão entrasse e Alfonso se sentou do outro lado da escrivaninha bem na hora em que ele desligou o telefone.


Henry: Era o fornecedor em Jacksonville. Eles só terão o interruptor de que você precisa para o Volvo daqui a uma semana. Lembre-me de telefonar para Evelyn, está bem?


Alfonso: Pode deixar.


Henry: Então o que faz aqui, maninho? É claro que Henry já sabia sobre o que o irmão queria falar. O olhar em seu rosto deixava isso claro. Embora pudesse ter ido direto ao assunto e repetido o que Mabel lhe contara, não fez isso. Ver Alfonso se contorcer sempre o deixava alegre pelo resto do dia.


Alfonso: Bem,eu estava pensando...  (Ele não conseguiu continuar).


Henry: O quê?


Alfonso: Bem, eu estava pensando que talvez devesse voltar a ir à igreja com você e a família (Henry levou a mão ao queixo, pensando: Esse é um modo original de puxar conversa. Não vai adiantar de nada, mas sem dúvida é original, pensou ele).


Henry: É mesmo? ( perguntou escondendo o sorriso ).


Alfonso: Sim. Sabe como é, não vou há algum tempo... Talvez fosse bom para mim. (Henry concordou com a cabeça).


Henry: Hum... talvez você esteja certo. Quer se encontrar conosco lá ou prefere que o busquemos? ( Alfonso se remexeu na cadeira ).


Alfonso: Antes quero saber como é o novo reverendo. Quero dizer, as pessoas gostam dos sermões dele? Conversam sobre isso depois dos cultos?


Henry: Às vezes.


Alfonso: Mas as pessoas conversam. Quero dizer, depois dos cultos.


Henry: É claro. Mas você descobrirá isso neste domingo. Iremos às nove.


Alfonso: Nove, certo ( fez um sinal afirmativo com a cabeça, parando por um instante ) Bem, apenas como exemplo, o que as pessoas disseram depois do último domingo?


Henry: Ah, vamos ver...  (Henry tamborilou de leve, fingindo concentração) Tenho que pensar, realmente não sei. Eu conversei com Mabel (Bingo, pensou Alfonso, sorrindo por dentro. Bem como planejei. Sou um mestre na enganação).


Alfonso: Mabel, é? (Henry estendeu o braço para pegar uma rosquinha. Deu uma mordida, fez um aceno com a mão, se recostou na cadeira e falou, de boca cheia)


Henry: Ela costuma ir ao culto mais cedo, mas acho que se atrasou. Nós conversamos por um bom tempo e, puxa... Mabel me contou algumas coisas interessantes ( Ele olhou para o teto por um momento, começando a contar os pequenos buracos nos azulejos para causar uma tensão e depois girou sua cadeira de novo para a frente, balançando a cabeça )  Mas você não vai querer saber disso. Nós falamos sobre o encontro de Anahi e você já me disse que não está interessado. Então, podemos buscar você no domingo ou não?


 


        Percebendo que seu plano acabara de fracassar, Alfonso ficou sentado ali,tentando em vão se recuperar.


 


Alfonso: Hum... bem... ( Henry olhou na direção dele, a provocação brilhando em seus olhos ).


Henry: A menos, é claro, que você tenha mudado de ideia. ( Alfonso empalideceu ).


Alfonso: Ah... ( Henry riu. Já tinha se divertido o bastante e, por mais que gostasse disso,sabia que era hora de parar ).


Henry: Diga-me uma coisa, Alfonso ( começou, inclinando-se para a frente ) Porque você continua a fingir que não quer sair com Anahi? (Alfonso pestanejou).


Alfonso: Somos apenas amigos  (respondeu automaticamente. Henry ignorou aquilo).


Henry: É por causa dO Rodrigo? (Como Alfonso não disse nada, Henry deixou a rosquinha sobre a mesa) Rodrigo morreu há muito tempo. Não é como se você estivesse tentando roubar a mulher dele.


Alfonso: Então por que você tem agido como se eu não devesse sair com ela? Como no último verão, no barco?


Henry:  Porque ela precisava de tempo, você sabe disso. No ano passado, ou
há seis meses, ela não estava pronta para sair com ninguém. Mas agora está.
(se vendo numa situação difícil, Alfonso não sabia o que dizer. Tampouco
entendia como Henry parecia saber tanto).


Alfonso: Não é tão fácil assim.


Henry: É claro que não. Você acha que foi fácil para mim chamar Emma para sair
pela primeira vez? Havia muitos homens querendo sair com ela, mas pensei
que o pior que podia acontecer era ela dizer não.


Alfonso: Deixe disso. Emma me falou que estava de olho em você mesmo antes de
convidá-la. Vocês dois foram feitos um para o outro.


Henry: Mas na época eu não sabia disso. Sabia apenas que tinha que tentar (Alfonso encarou o irmão).


Alfonso: Mas ela não tinha sido casada com seu melhor amigo.


Henry:  Não. Não tinha. Mas nós também não éramos amigos
antes, como você e Anahi.


Alfonso: É isso que torna tudo tão difícil. E se as coisas mudassem entre nós?


Henry: Já estão mudando, maninho.


Alfonso: Na verdade, não.


Henry: É claro que estão, ou então você não precisaria me perguntar sobre o encontro, não é? A própria Anahi teria lhe contado. Ela lhe contou sobre Bob, não foi?


 


         Alfonso não tinha nenhuma resposta para isso, mas quando saiu do escritório um minuto depois, sabia que Henry estava certo...


       


 


         Singer ergueu a cabeça assim que Christopher entrou no salão e, embora tenha
rosnado, o som saiu abafado, como se ele achasse que Anahi fosse repreendê-lo de novo.


Maite: Oi,meu bem. Veio cortar o cabelo de novo? (perguntou sorrindo)


 


      Christopher estava de calças jeans e uma camisa de brim desabotoada na parte de cima que revelava apenas alguns pelos cacheados de seu peito. E aqueles olhos!


 


Maite: Acabarei este daqui a alguns minutos (acrescentou ela. Ele balançou a cabeça).


Christopher: Não, obrigado. Anahi está aí? (O sorriso de Maite desapareceu e ela fez um sinal com a cabeça na direção dos fundos do salão).


Maite: Lá dentro  (disse fazendo beicinho) Nos fundos.


 


         Mabel ouvira o sino da porta tocar e saiu de trás do biombo.


 


Mabel: Ah... Christopher, certo? Como vai?


 


         Ele a cumprimentou com um aceno, reconhecendo-a da outra noite no
restaurante. Embora Mabel tivesse uma expressão satisfeita, ele sabia que
ainda estava sendo avaliado. Já estivera em cidades pequenas e eram todas iguais.


 


Christopher: Bem, obrigado. E a senhora, como vai?


 


Mabel: Bem. Anahi virá num minuto. Ela está colocando uma cliente no secador,
mas eu lhe direi que o senhor está aqui.


Christopher: Obrigado.


 


            Embora ele não tivesse se virado na direção de Maite, sabia que ela ainda
o observava. A maioria das pessoas diria que ela é linda, mas ele não estava muito impressionado. A beleza de Maite lhe parecia artificial, como se ela fizesse muito esforço para ficar bonita. Ele gostava de mulheres com uma aparência natural, como Anahi.


 


Anahi: Christopher?  (disse um instante depois)


 


        Ela lhe sorriu, mais uma vez impressionada com a beleza dele. Singer se levantou da manta para segui-la, mas ela levantou a mão para impedi-lo. O cão ficou imóvel e parou de rosnar.


 


Christopher:  Oi. Acho que ele está se acostumando comigo, não é? (Anahi olhou para Singer)


Anahi: Ele? Ah, nós tivemos uma conversa. Acho que ele está bem agora.


Christopher: Uma conversa?


Anahi: Sim. Ele é ciumento.


Christopher: Ciumento? ((Anahi deu de ombros)


Anahi: É preciso conviver com ele para entender (Christopher ergueu uma das sobrancelhas, mas não comentou nada ) Então, o que está fazendo aqui? 


Christopher: Pensei em vir ver como você estava.


Anahi: Eu estou bem, mas um pouco ocupada agora. Trabalhei muito a manhã toda. Por que você não está trabalhando?


Christopher: Eu estou. Bem, mais ou menos. Ser consultor me dá um pouco de liberdade e decidi dar um pulo aqui.


Anahi: Só para me ver?


Christopher: Não consegui pensar em nada melhor para fazer. (Anahi sorriu e disse)


Anahi: Eu me diverti muito no sábado à noite.


Christopher: Eu também (Ele olhou para Mabel e Maite. Embora elas parecessem ocupadas com outras coisas, ele sabia que estavam ouvindo) Você acha que tem um tempinho para conversarmos lá fora? Eu telefonei antes, mas você não estava.


Anahi: Eu adoraria, mas tenho uma cliente me esperando lá atrás.


Christopher:  Não vai demorar muito (Anahi hesitou, olhando para o relógio) Eu prometo (insistiu) Sei que você está trabalhando ( Anahi fez uma avaliação rápida e decidiu que dispunha de alguns minutos).


Anahi:  Acho que posso, mas não por muito tempo. Do contrário terei que passar o resto do dia tentando consertar a cor e você vai ficar muito mal visto. Deixe-me olhar o cabelo dela um segundo, está bem?


Christopher: É claro.


 


           Anahi foi ver sua cliente, que estava com uma touca de reflexo. Os fios de cabelo que saíam dos furinhos na touca estavam cobertos por um creme lilás. Verificou a cor, pôs o secador em velocidade baixa para ganhar alguns minutos e voltou para a frente do salão.


 


Anahi: Tudo bem (disse, dirigindo-se para a porta) Vamos.


 


         Ele a seguiu até o lado de fora. A porta se fechou atrás deles, fazendo o sino soar de novo.


 


Anahi:  Então, sobre o que você queria conversar? (Ele deu de ombros)


 


Christopher: Na verdade, nada importante. Apenas queria ter você só para mim por um
minuto.


 


Anahi: Está brincando.


Christopher: Não.


Anahi: Mas por quê?


Christopher: Ah  (disse ele, bancando o inocente) Juro que não sei.


Anahi:  Encontrei o cartão que você deixou. Não precisava ter feito isso.


 


Christopher: Sei que não. Mas eu quis.


 


Anahi:  Foi por isso que telefonou para o salão esta manhã? Para ver se eu o
tinha recebido?


 


Christopher: Não, só queria ouvir sua voz. Boas lembranças, sabe?


 


Anahi: Já?


 


Christpher: Eu fiquei encantado por você (Anahi olhou para ele, pensando "lisonja é um ótimo modo de começar o dia". Um instante depois, ele começou a mexer na pulseira do relógio) Mas, para ser sincero, além de querer vê-la, há outro motivo para eu ter vindo.


 


Anahi: Ah, entendi. Agora que estou toda envaidecida, vem a verdade, não é? (Ele riu).


 


Christopher: Mais ou menos. Eu queria saber se você gostaria de sair comigo de novo, no sábado.


 


 


         


           No sábado iria jantar na casa de Emma, com Henry e Alfonso, lembrou aflita.


 


 


 


Anahi:  Eu adoraria, mas não posso. Vou jantar com um casal de amigos. Pode ser na sexta-feira? Ou em outro dia da semana? Ele balançou a cabeça.


 


Christopher: Eu bem que gostaria, mas estou de partida para Cleveland esta noite e só
voltarei no sábado. E acabei de descobrir que talvez tenha que ficar fora da cidade de novo no próximo fim de semana. Ainda não está certo, mas são grandes as chances de que eu precise viajar. ( Ele fez uma pausa)  Tem certeza de que não pode no sábado?


 


Anahi:  Não posso mesmo (respondeu Anahi, desejando não ter que dizer essas palavras) Eles são bons amigos. Não dá para cancelar o jantar assim de última hora ( Por um um instante uma expressão indecifrável cruzou o rosto do homem á sua frente, mas ela desapareceu tão rapidamente quanto havia surgido).


 


Christopher:Tudo bem.


 


Anahi: Sinto muito (falou, esperando que ele acreditasse).


 


Christopher: Não se preocupe. (O olhar dele pareceu distante antes de se concentrar de novo em Anahi)  Olhe, essas coisas acontecem. Não tem importância. Posso ligar para você daqui a algumas semanas? Quero dizer, quando eu voltar? Talvez possamos combinar alguma coisa.
 ""Algumas semanas?""


 


Anahi:  Espere. Você poderia vir ao jantar comigo.Tenho certeza de que meus amigos não se importarão. (Ele balançou a cabeça).


 


Christopher: Não, eles são seus amigos e não sou muito bom em conhecer pessoas 


novas. Nunca fui,por timidez, eu acho. E não quero que você mude seus planos (Ele sorriu antes de fazer um sinal com a cabeça na direção do salão) Você me fez prometer que não ia demorar muito e sou o tipo de homem que mantém a palavra. Também tenho que voltar ao trabalho ( Ele sorriu de novo) A propósito, você está linda.


 


 


      Quando Christopher se virou para ir embora e antes que ela pudesse pensar duas vezes, Anahi o chamou.


 


 


 


Anahi:Espere! (Ele parou).


 


Christopher: O que foi? ""Eles vão entender, não vão?, pensou ela"".


 


Anahi:  Bem, como você não estará na cidade na próxima semana, talvez eu possa remarcar com eles. Vou falar com Emma. Tenho certeza que ela não vai se importar.


 


Christopher: Não quero que você falte ao seu jantar.


 


Anahi: Não é tão importante... Saio com eles o tempo todo.


 


Christopher: Tem certeza?


 


Anahi:  Sim, tenho (Ele a olhou nos olhos como se a visse pela primeira vez).


 


Christopher: Ótimo 
 


 


     


       Antes que Anahi percebesse o que estava acontecendo, ele se inclinou e a beijou. Não com força, não por muito tempo, mas ainda assim, um beijo.


 


 


Christopher: Obrigado (murmurou ele).


 


 


         Antes de Anahi conseguir pensar em algo para dizer, Christopher se virou e começou a andar pela calçada. E tudo o que ela pôde fazer foi vê-lo se afastar


 


 


 


Alfonso: Ele simplesmente a beijou? (perguntou boquiaberto.. Ele estava no estacionamento aberto da oficina, quando vira Christopher caminhando pela rua. Observara-o entrar sozinho no salão e sair com Anahi. Henry chegara no exato momento em que Christopher  se inclinava para beijá-la)


 


henry:  Foi o que pareceu.


 


Alfonso: Eles nem se conhecem.


 


Henry: Agora se conhecem.


 


Alfonso: Obrigado, Henry. Você está fazendo eu me sentir muito melhor.


 


Henry: Você preferiria que eu mentisse?


 


Alfonso: Neste momento, acho que sim ( murmurou).


 


Henry: Está bem (disse Henry, pensativo) Aquele cara é mesmo feio. (Ao ouvir o comentário de Henry, Alfonso levou as mãos à cabeça).


 

 
             

       

             Lá dentro, Anahi voltou para sua cliente.

 

 

 

Cliente: Pensei que tivesse se esquecido de mim (queixou-se a mulher, abaixando a revista. Anahi verificou a cor de alguns fios de cabelo).

 

Anahi: Desculpe, mas eu estava atenta ao relógio. Ainda vai levar alguns minutos. A menos que queira os reflexos escuros.

 

Cliente: Acho melhor mais claros, você não acha?

 

Anahi: Acho.

 

 

           

            A mulher disse a cor exata que desejava. Embora Anahi a escutasse, não conseguia se concentrar no que ela dizia. Em vez disso, pensava em Christopher e no que havia acabado de acontecer do lado de fora da porta. Ele a beijara. É claro que isso não era muito importante, não no quadro geral. Mesmo assim, por algum motivo, não conseguia parar de pensar nisso. Não sabia como exatamente se sentia a respeito. O modo como aquilo aconteceu foi tão... o quê?
Prematuro? Surpreendente? Anahi estava indo até a pia pegar o shampoo certo, ainda tentando entender, quando Mabel se aproximou.

 

 

 

Mabel: Eu vi o que acho que vi? ( perguntou ela)  Você acabou de beijá-lo?

 

Anahi: Na verdade, foi ele que me beijou.

 

Mabel: Você não parece muito feliz com isso.

 

Anahi: Não sei se “feliz” é a palavra certa.

 

Mabel: Por quê?

 

Anahi:  Não sei. É só que pareceu... (Ela hesitou, ainda procurando a palavra adequada).

 

Mabel:  Inesperado?  (completou Mabel).

 

 

             Anahi pensou um pouco. Embora fosse prematuro, ele não tinha ido longe demais. Ela de fato o achava atraente e concordara em sair com ele, por isso talvez “surpreendente” não fosse bem a palavra. Ao mesmo tempo sabia que, se ele tivesse agido assim depois do encontro no próximo sábado, ela provavelmente não o questionaria. Talvez fosse ficar ofendida se ele não
tentasse beijá-la. Então por que tinha a sensação de que ele havia acabado de atravessar uma
barreira sem lhe pedir permissão? Anahi deu de ombros.

 

 

Anahi: Acho que é isso (Mabel a estudou por um momento).

 

Mabel: Bem, eu diria que isso significa que ele se divertiu tanto quanto você.. Embora eu não esteja muito surpresa. Ele obviamente está partindo para o ataque. (Anahi assentiu devagar).

 

Anahi: Acho que sim.

 

Mabel: Você acha?

 

Anahi: Ele também deixou um cartão na minha varanda. Eu o encontrei esta
manhã (Mabel ergueu as sobrancelhas) Você acha isso exagerado? Considerando que acabamos de nos conhecer?

 

Mabel: Não necessariamente.

 

Anahi: Mas poderia ser?

 

Mabel: Ah, não sei. Ele pode ser o tipo de homem que sabe o que quer e corre atrás do que deseja com entusiasmo. Conheci muitos assim. Eles têm seus encantos. E você é sua presa, sabia? (Anahi sorriu) Ou então... (disse Mabel encolhendo os ombros de um jeito afetado)  ele é louco.

 

Anahi: Muito obrigada.

 

Mabel: Não há de quê. Mas, seja como for, tudo o que posso dizer é bem-vinda de
volta ao mundo do namoro. Como eu sempre digo: isso nunca é entediante, é?


 


                                                                                                                  



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Autor(a): machadobrunaa

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 52



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  • leandroportinon Postado em 25/02/2023 - 01:32:43

    dá andamento nessa tbm pfvr

  • leandroportinon Postado em 25/02/2023 - 01:32:26

    pq sumiu dessa fic aqui?

  • leandroportinon Postado em 25/02/2023 - 01:32:12

    postaaaaaaaaaaa mais pfvr

  • leandroportinon Postado em 25/02/2023 - 01:31:57

    Pelo amor de deus não abandona a fic não. Estou muito ansioso

  • leandroportinon Postado em 22/01/2023 - 01:42:36

    Voltaaaaaaa pfvr

  • leandroportinon Postado em 22/01/2023 - 01:42:22

    '-' não vai mais postar? sumiu daqui

  • leandroportinon Postado em 15/01/2023 - 23:38:43

    Quero saber a continuação!

  • leandroportinon Postado em 15/01/2023 - 23:38:22

    voltaaaaaaa

  • leandroportinon Postado em 12/01/2023 - 15:02:14

    Volte logo

  • leandroportinon Postado em 12/01/2023 - 15:01:56

    Estou muito nervoso, ansioso pra saber o que vai acontecer.


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