Fanfics Brasil - Capítulo: 8 O Guardião

Fanfic: O Guardião | Tema: ( AyA )


Capítulo: Capítulo: 8

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      Maite, usando uma minissaia preta justa, sapatos de salto alto e blusa curta, havia puxado uma ponta do chiclete e agora o enrolava no dedo, entediada, enquanto Cobra bebia de um só gole sua sexta dose de tequila com suco de limão. Limpando a boca com as costas da mão, ele lhe sorriu, o dente de ouro brilhando à luz do letreiro de néon atrás deles. Cobra havia aparecido na frente do salão em sua Harley Davidson na quinta feira de manhã. Embora Maite não soubesse disso, o nome dela era mencionado diversas vezes em bares frequentados por motociclistas de Swansboro até a Louisiana. E, quando Cobra fora embora, ela já tinha lhe dado
seu número de telefone e depois passara o resto do dia desfilando pelo salão,sentindo-se muito feliz consigo mesma. Em seu entusiasmo, não havia notado os olhares de pena de Mabel nem que Cobra era, como todos os homens com quem saía, um perdedor. Cobra lhe telefonara no início daquela tarde, após tomar algumas cervejas, e a convidara para ir com ele e alguns amigos no Clipper. Embora aquilo não fosse tecnicamente um encontro,ele não tinha se oferecido para buscá-la em casa e nenhum dos dois sugerira que comessem alguma coisa antes, Maite
estava empolgada quando desligou o telefone, achando que o convite estava perto o suficiente de parecer um encontro. Passara uma hora escolhendo o que vestir (as primeiras impressões eram importantes,pensava ela.) antes de se dirigir ao Clipper.
     A primeira coisa que ele fez foi abraçá-la e pôr as mãos em sua bunda enquanto beijava seu pescoço. Isso não a havia incomodado. Afinal de contas, Cobra não era feio, ainda mais se comparado a alguns dos homens com quem tinha saído. Usando uma camiseta preta com a estampa de uma caveira ensanguentada e apliques de couro sobre calças jeans surradas, não era gordo nem peludo. E ela tinha de admitir que a tatuagem de sereia em seu braço até que era bonita perto de outras que já vira. Não gostava muito do dente de ouro, mas Cobra parecia
limpo o bastante e cheirava bem, coisas que ela julgava imprescindíveis. Contudo, Maite acabou percebendo que a noite havia sido uma total perda de tempo e que ela cometera um erro ao dar seu número de telefone a Cobra. Isso porque, depois das primeiras doses, quando as coisas estavam começando a ficar interessantes, alguns amigos haviam aparecido e um deles lhe dissera
que o nome verdadeiro de Cobra era Ed DeBoner. Foi aí que o interesse de Maite começou a diminuir, embora ela jamais fosse admitir isso para ninguém. Ao contrário de Cobra (ou Serpente, Rato e até mesmo Dean), Ed não era nome de alguém que dirigisse uma Harley, alguém um passo à frente da lei e com um estilo de vida livre. Ed não era nem mesmo nome de um homem de verdade. Pelo amor de Deus! Era nome de cavalo. Um cavalo falante. E isso para não mencionar o sobrenome. DeBoner. Ao ouvir isso, Maite quase derramou sua bebida.


 


Cobra: Você quer voltar para casa, princesa? (perguntou com a fala arrastada. Maite pôs o chiclete de volta na boca).


Maite: Não.


Cobra: Então vamos tomar outra bebida.


Maite: Você não tem dinheiro.


Cobra: Então me pague uma e eu a compensarei depois, princesa (Maite tinha gostado de ser chamada de “princesa” mais cedo, isso a fazia parecer sexy. Mas tinha sido quando ele ainda era Cobra, e não Ed DeBoner. Ela fez uma bola de chiclete e a estourou. Cobra pareceu ignorar seu desdém. Por baixo da mesa, passou a mão na coxa de Maite, que se levantou e saiu, precisando de outra bebida. Quando se aproximou do bar, reconheceu Christopher).


 


 


         


        O rosto de Anahi se iluminou quando ela viu Alfonso, Henry e Emma em uma mesa perto da pista de dança. Ela pegou a mão de Christopher.


 


 


Anahi: Venha. Acho que encontrei um lugar onde podemos nos sentar.


 


 


      Eles abriram caminho pela multidão, passando pela beira da pista de dança até chegarem à mesa.


 


Anahi: Oi, pessoal. Não esperava ver vocês aqui. Tudo bem?


Henry: Tudo.Resolvemos vir depois do jantar para ver o que estava rolando. (Christopher estava em pé atrás de Anahi e ela o puxou pela mão).


Anahi: Quero lhes apresentar uma pessoa. Christopher, estes são Henry e Emma. E
este é meu melhor amigo, Alfonso. (Henry estendeu a mão).


Henry: Olá (Christopher hesitou antes de pegá-la).


Christopher: Oi (disse simplesmente).


 


       


         Alfonso e Emma foram os próximos. Quando Anahi olhou para Alfonso, ele deu um sorriso amigável, embora isso quase o matasse. No ar quente do bar, o rosto de Anahi estava um pouco corado. Alfonso a achou particularmente bonita esta noite.


 


 


Henry:  Vocês querem se sentar? Temos algumas cadeiras sobrando.


Christopher: Não, não queremos incomodar.


Emma:Não é incômodo nenhum. Venham. Juntem-se a nós.


Anahi: Têm certeza de que não se importam? 


Emma: Não seja boba. Somos seus amigos. (Anahi sorriu e deu a volta na mesa para se sentar; Christopher a seguiu. Quando estavam acomodados, Emma se inclinou sobre a mesa) Então,Christopher, fale-nos sobre você.


 


 


        No início a conversa foi forçada, quase desconfortável, porque Christopher não disse muito mais do que lhe foi perguntado. Em alguns momentos Anahi forneceu informações adicionais sobre ele e em outros lhe deu uma cotovelada amigável, como se o incitasse a falar. Alfonso fez o possível para parecer interessado. E estava mesmo, pelo menos em benefício próprio, para conhecer seu adversário. Mas, com o passar dos minutos, começou a sentir que nadava contra a corrente. Até ele podia ver por que Anahi estava interessada em Christopher. O cara era inteligente (e sim, tinha que admitir, bonito, mas só para quem gostava de tipos rudes e atléticos) e, ao contrário de Alfonso, tinha formação universitária e era viajado. Embora não risse muito ou fizesse piadas. Nem parecia apreciar quando Emma ou Henry as faziam. Seu desconforto parecia mais timidez do que arrogância. E seus sentimentos em relação a Anahi eram
óbvios. Sempre que ela falava, Christopher não tirava os olhos dela. Parecia um marido que acordara na primeira manhã de sua lua de mel. Durante todo o tempo Alfonso ficou sorrindo, concordando com a cabeça e odiando aquele homem.. Pouco depois, enquanto Emma e Anahi falavam sobre as novidades na cidade, Christopher terminou sua bebida. Depois de perguntar se Anahi queria mais alguma coisa, pediu licença para voltar ao bar. Quando Henry lhe perguntou se ele se importaria de pegar mais algumas cervejas, Alfonso levantou e se ofereceu para acompanhá-lo.


 


Alfonso: Eu ajudo.


 


       Foram ao bar e o atendente fez um sinal indicando que os atenderia assim que pudesse. Christopher pegou sua carteira e, embora Alfonso estivesse bem ao seu lado, permaneceu em silêncio. Até que...


 


Alfonso: Ela é uma grande mulher ( observou ele. Christopher se virou e pareceu estudá-lo antes de voltar a olhar para o outro lado).


Christopher: É sim (respondeu simplesmente. Nenhum deles disse mais nada um ao outro.
Quando retornaram à mesa, Christopher convidou Anahi para dançar e, logo depois, se despediram e saíram).


Emma: Não foi tão difícil assim, foi? ( Alfonso deu de ombros, sem querer responder)


Henry: E ele pareceu bastante simpático. Um pouco quieto,mas educado. (Alfonso pegou sua cerveja).


Alfonso: Não gostei dele (declarou).


Henry: Ah, isso não é de admirar (disse sorrindo).


Alfonso: Não sei se confio nele (Henry continuou sorrindo).


Henry: Bem, já que você perdeu sua oportunidade, acho que teremos que ficar aqui por mais um tempo.


Alfonso: Que oportunidade?


Henry: Você disse que a convidaria para sair hoje à noite.


Alfonso: Cale a boca, Henry.


 

 

 

 

       Um pouco depois, Alfonso estava sentado tamborilando na mesa. Henry e Emma tinham ido cumprimentar um casal de conhecidos. Agora que estava sozinho, ele tentava descobrir do que exatamente não gostara em Christopher Franklin. Além do óbvio. Havia mais do que isso. Apesar do que Henry dissera ou do que Anahi parecia pensar, Alfonso não o achara particularmente simpático. Isso tinha ficado claro no bar. Quando lhe dissera o que pensava de Anahi, Christopher o olhara como se já soubesse dos sentimentos de Alfonso por ela e seu rosto expressou o que pensava a respeito disso: "Você perdeu, fique longe dela". O que não era exatamente coisa de um caral legal.
       Então por que Anahi parecia não ver o lado de Christopher que ele via? E Henry e Emma? Será que era tudo fruto da sua imaginação? Alfonso reviu a cena. Não, concluiu, não era fruto da sua imaginação. Sei o que vi. E não gosto dele. Ele se inclinou na cadeira, respirou fundo e estudou o ambiente. Avistou Christopher e Anahi e os observou por um momento antes de se forçar a olhar para o outro lado.
       Durante o intervalo da banda, Christopher e Anahi haviam saído da pista encontrado uma mesa menor do outro lado do bar. Desde então Alfonso os observava. Não conseguia evitar. Embora tentasse fingir que ainda estava avaliando Christopher, sabia que sua compulsão para observar tinha mais a ver com o que as pessoas sentem quando deparam com um terrível acidente. Para ser mais preciso, observá-los juntos era como ver um carro caindo de um enorme precipício, só que de um ponto privilegiado, através do para-brisa. Com o passar da noite, não pôde deixar de pensar que suas chances com Anahi estavam indo por água abaixo. Enquanto Alfonso estava sentado sozinho, Anahi e Christopher se olhavam com sorrisos estúpidos no rosto. Inclinavam-se para sussurrar e riam, obviamente apreciando a companhia um do outro. Nojento. Pelo menos era assim na última vez em que olhara, alguns segundos atrás. Mas o que estavam fazendo agora?
     De um jeito sutil o olhar de Alfonso voltou para eles. Anahi estava de costas, por isso, felizmente, não podia ver que ele a observava. Se o pegasse olhando, talvez até acenasse, fizesse um sinal com a cabeça ou sorrisse. Ou, pior ainda, poderia ignorá-lo. As duas primeiras opções o fariam se sentir um idiota, e a última partiria seu coração. Ao se virar, viu Anahi procurando alguma coisa na bolsa. Contudo, o olhar de Christopher encontrou o dele e tinha uma expressão fria, quase confiante. "Sim, Alfonso, eu sei que você está olhando". Alfonso ficou paralisado como uma criança pega no flagra ao furtar dinheiro na carteira da mãe. Quis se virar, mas não pareceu ter energia suficiente até ouvir uma voz atrás dele. Olhou por cima do ombro e viu Drew, o vocalista da banda, em pé perto da mesa.

 

 

 

Drew: Oi, Alfonso. Tem um minuto? Gostaria de conversar com você.

     

   

 

 

        Uma hora depois, quando Cobra já estava completamente bêbado, Maite se dirigiu ao banheiro. Como vinha fazendo desde que vira Christopher, examinou o ambiente à procura dele enquanto estava na fila. Ele e Anahi estavam saindo da pista de dança. Ele se inclinou para sussurrar algo em seu ouvido e depois seguiu até o banheiro masculino. Sabendo que Christopher passaria por ela, Maite deslizou rapidamente a mão pelos cabelos, ajeitou a saia e a blusa e saiu da fila, para ficar no caminho dele.

 

 

 

Maite: Oi, Christopher (disse alegre)  Como vai?

 

Christopher: Bem, obrigado (Demorou um pouco, mas ela enfim viu o reconhecimento no rosto dele)  Maite, não é?  (Ela sorriu, pensando: "Eu sabia que ele ia se lembrar").

 

Maite: Nunca o vi aqui.

 

Christopher: É a primeira vez que venho.

 

Maite: Não acha o lugar ótimo?

 

Christopher: Não muito.

 

Maite: Bem, na verdade, eu também não, mas não há muitos outros lugares por aqui. Essa é a vida nas cidades pequenas, sabe?

 

Christopher: Sei.

 

Maite: Mas geralmente as noites de sexta-feira são melhores.

 

Christopher: São?

 

Maite: Sim. É quando costumo vir. Ou melhor, venho quase sempre. (O homem encarou Maite antes de finalmente fazer um sinal com a cabeça na direção de Anahi).

 

Christopher: Olha, eu adoraria ficar e conversar, mas não posso.

 

Maite: Por causa de Anahi? (Ele deu de ombros).

 

Christopher: Estou com ela.

 

Maite: Sim, eu sei.

 

Christopher: Bem, foi bom ver você de novo.

 

Maite: Obrigada. Também gostei de ver você.

 

 

 

     

       Um momento depois Christopher empurrou a porta e a deixou fechar atrás de si. Enquanto Maite ficava olhando naquela direção, Cobra veio cambaleando por trás dela, murmurando algo grosseiro sobre necessidades fisiológicas. Assim que ele entrou no banheiro, ela decidiu que estava na hora de ir embora. Ver Cobra mais uma vez arruinaria a sensação que tivera quando seus olhos encontraram os de Christopher.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                                      Continua...

 

 

 

 

 

 

MariaMarta e LeandroPortinon: Sejam muito bem vindos, espero que gostem e que fiquem aqui comigo acompanhando essa história...

 

MariaMarta: Acho o Alfonso lerdo também kkkkkkk mas tendo em vista a situação dele ser o melhor amigo do marido falecido dela, dá até para entender o receio dele né.... Anahi passa essa imagem mesmo, de ser superficial e só pensar no que não importa,também espero que ela melhore, pq assim não dá. Eu a estou achando muito cara de pau e sem noção tbm, mas espero que isso também mude kkkkkkk

 

LeandroPortinon: Que bom Leandro, espero que goste e comente sim, vou adorar.

 

 

 



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Autor(a): machadobrunaa

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 52



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  • leandroportinon Postado em 25/02/2023 - 01:32:43

    dá andamento nessa tbm pfvr

  • leandroportinon Postado em 25/02/2023 - 01:32:26

    pq sumiu dessa fic aqui?

  • leandroportinon Postado em 25/02/2023 - 01:32:12

    postaaaaaaaaaaa mais pfvr

  • leandroportinon Postado em 25/02/2023 - 01:31:57

    Pelo amor de deus não abandona a fic não. Estou muito ansioso

  • leandroportinon Postado em 22/01/2023 - 01:42:36

    Voltaaaaaaa pfvr

  • leandroportinon Postado em 22/01/2023 - 01:42:22

    '-' não vai mais postar? sumiu daqui

  • leandroportinon Postado em 15/01/2023 - 23:38:43

    Quero saber a continuação!

  • leandroportinon Postado em 15/01/2023 - 23:38:22

    voltaaaaaaa

  • leandroportinon Postado em 12/01/2023 - 15:02:14

    Volte logo

  • leandroportinon Postado em 12/01/2023 - 15:01:56

    Estou muito nervoso, ansioso pra saber o que vai acontecer.


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