Fanfics Brasil - Capítulo 01 Before I Forget

Fanfic: Before I Forget | Tema: Black Veil Brides


Capítulo: Capítulo 01

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-Liza corre! –Bryan esbravejou enquanto eu estava apontando a arma para uma moça e o som da sirene da polícia invadia meus ouvidos, comecei a entrar em desespero e olhei para Bryan. –Corre agora! –Ele berrou novamente e eu saí correndo como nunca tinha corrido antes, eu nem ao menos reparei para onde estava indo, comecei a ouvir tiros me virei para trás ainda correndo e em um ato de autodefesa comecei a efetuar alguns disparos e foi então que senti como se algo tivesse queimando a minha perna olhei em direção a mesma e apenas vi o sangue escorrendo por ela, tentei disparar mais uma vez e para o meu azar minhas balas haviam acabado.


-Ahh que droga! –Eu berrei, já estou exausta de tanto correr, parei por alguns instantes no meio da rua com a respiração alterada, meus pulmões imploravam por ar, minha perna ardia cada vez mais. Olhei a minha volta e avistei um ônibus estacionado com as portas completamente abertas e não há ninguém por perto, corri em direção a ele enquanto podia ouvir claramente que um carro de policia se aproximava, adentrei o ônibus e subi os poucos degraus de uma escada que me levou até o andar de cima onde se encontrava algumas beliches me escondi embaixo de um deles com medo de que a polícia ou alguém me encontrasse.


Agora que eu posso respirar mais aliviada e acredito que ficarei aqui por algum tempo, posso começar a contar a minha história desde o início, mas é bom que saibam antes que o que eu vou contar pode mandar qualquer pessoa normal direto para um sanatório ou se você acredita que existe um mundo sobrenatural, direto para o inferno. 


Meu nome é Elizabeth Campbell Winz, tenho 17 anos e até algum tempo atrás morava em Ohio com meus pais adotivos, digamos que eles não são os mocinhos da história, eles não me amavam nem ao menos me davam algum tipo de carinho ou atenção, eu simplesmente era rejeitada e eu era apenas uma forma deles terem dinheiro vamos dizer assim, o governo dava uma ajuda de custo a eles para me manter na escola e ter uma vida digna eu nunca entendi muito bem como isso funcionava. No colégio eu conheci alguns amigos, Bryan de 16 anos, Katherine também de 16 anos e Trevor de 17 anos, nos identificamos logo, afinal éramos do mesmo orfanato e fomos adotados por casais imbecis que só queriam lucrar, não sabemos o que é amar tão pouco sabemos o que é carinho, crescemos rudes, agressivos e reservados como se não nos encaixássemos nesta sociedade, mais bem lá no fundo sabemos que temos esses sentimentos e estão apenas adormecidos


Por isso um belo dia nosso amigo Trevor teve a grande ideia de fugir de casa, todos juntos na calada da noite, todos nós já estávamos cansados de sofrer e concordamos com a ideia de Trevor. Nesse dia, fomos para casa como se fosse um dia normal, eu escutei meu suposto pai brigar comigo, é isso mesmo, em geral eu nem precisava fazer nada para irritá-lo apenas respirar já bastava e minha suposta mãe como sempre me batia sem motivo algum, eles apenas me odiavam e acho que bem no fundo eles desejavam a minha morte.


Depois de passar por tudo isso eu finalmente consegui subir para o meu quarto, peguei a minha mochila e esvaziei a mesma tirando todo meu material escolar, a luz do sol que entrava pela janela do quarto refletiu em um dos meus inúmeros chaveiros contidos pendurados na bolsa, esse é o meu chaveiro preferido é da minha banda preferida Black Veil Brides eles são a minha válvula de escape dessa casa, quando estou muito triste apenas as músicas deles podem me ajudar e isso acontecia constantemente. Dentro da mochila coloquei apenas o essencial, algumas poucas trocas de roupa e como não sabia o que esperar do mundo lá fora coloquei alguns pacotes de bolacha e biscoitos que encontrei na cozinha enquanto aqueles nojentos não estavam olhando e tudo estava pronto para a fuga, desci para o jantar normalmente e logo depois subi para o meu quarto, as horas se passaram e o sino da praça central deu as doze badaladas avisando que havia chegado a hora, olhei em meu relógio, meia noite em ponto, levantei da cama e rapidamente vesti a minha roupa, calça jeans, tênis e uma camisa, coloquei a mochila em minhas costas, meu celular no bolso e saí na ponta dos pés, me certifiquei de que aqueles dois imbecis estavam dormindo e logo saí da casa, assim que coloquei meus pés na rua comecei a correr na direção do local combinado mais cedo assim que todos chegaram tratamos de sair dali rapidamente, corremos para um bosque afastado da cidade, estava escuro e quase não se via nada procuramos por um local para nos abrigar, muitos caçadores tinham cabanas por ali, Bryan encontrou uma das cabanas abandonadas e ali ficamos, como todos trouxeram comida e água conseguimos passar os dias porém tudo estava acabando e nós não podíamos sair dali para trabalhar afinal estávamos fugindo, decidimos juntar toda a nossa grana e com o total poderíamos comprar uma passagem de ônibus para qualquer outro lugar, Katherine sugeriu Los Angeles, ela era louca para conhecer LA e acreditava que a vida poderia ser mais fácil por lá, como estávamos apressados para sair dali concordamos. Conseguimos ir até a rodoviária escondidos e compramos nossas passagens sem precisar de identidade nem nada porque nossa aparência já era de pessoa mais velha, entramos no ônibus e fomos parar em LA e toda aquela esperança de uma vida melhor com o passar dos dias foi sendo destruída, tudo estava igual era em Ohio, não conseguimos fazer nada, passamos fome, sede e frio. Trevor então teve uma ideia, arrumou algumas armas com alguns traficantes eu acho, ninguém sabe ao certo como ele conseguiu aquilo e então ele sugeriu que a gente roubasse, afinal vocês sabem como somos menores de idade não ficaríamos presos se fossemos pegos, apenas devolvidos aos nossos pais e como não vimos outra opção começamos com pequenos roubos e assim conseguimos sobreviver dia após dia durante meses, na TV estávamos aparecendo como procurados, tínhamos que tomar muito cuidado só que para nosso azar a polícia já estava nos vigiando e nos pegaram ou pelo menos quase e foi aqui que você chegou no momento da minha fuga e agora estou aqui escondida dentro de um ônibus que eu nem sei de quem é.


Certifiquei-me de que a barra estava limpa e saí de debaixo do beliche senti novamente a minha coxa queimar e foi então que parei para olhar o ferimento e percebi que tinha levado um tiro de raspão, fiquei de pé e peguei meu celular e para o meu azar eu estou sem bateria.


Caminhei pelo ônibus procurando algo para estancar o sangue, afinal não poderia sair dali daquele jeito eu não aguentaria andar muito, depois de muito procurar finalmente encontrei um kit de primeiros socorros, sentei em uma das camas, sempre tomando cuidado para que ninguém me pegasse ali, tirei minha calça, peguei um pano com água e limpei o ferimento em volta a cada toque do pano eu sentia arder, peguei uma faixa e a enrolei em minha coxa e colei com um esparadrapo e respirei fundo sentindo a dor, pego a minha calça de volta e a vejo toda ensanguentada e com um belo rasgo aonde a bala passou, olho em volta e vejo algumas malas, acho que ninguém vai se importar se eu pegar uma roupa emprestada. Deixo a minha calça no chão e abro as malas que ali estavam e novamente para o meu azar só havia roupas masculinas, mesmo assim tentei colocar algumas das calças mais foi em vão, nada me serviu. Respirei fundo começando a me irritar com esta situação e pensei um pouco, avistei uma tesoura e resolvi cortar a minha calça, cortei um pouco acima do rasgo e quando me dei conta cortei quase a calça toda restando agora apenas um micro short, mesmo assim eu o vesti, pois a camisa que estou usando é bem cumprida aliás amo essa camiseta já devem imaginar o porque não é mesmo? Peguei o que sobrou da calça e joguei pela janela, limpei as impressões digitais da arma e a joguei embaixo do beliche, coloquei meu tênis de volta e tudo que eu quero agora é sair daqui, comecei a andar e a cada passo sentia a dor em minha perna, quando me dei conta estava mancando, apoiei minhas mãos na parede e comecei a descer os poucos degraus, quando já estava quase no fim comecei a ouvir algumas vozes vindo do andar debaixo, parei no mesmo instante.


-Droga. –Sussurrei e fechei os olhos por um segundo respirando fundo, comecei a ouvir passos, voltei correndo e me escondi novamente embaixo do beliche, minha perna doía muito, ouvi os passos se aproximando e logo vi pernas se aproximando eu tapei minha boca mais acabei por levar um chute na minha coxa que está machucada e gritei, tapei a minha boca novamente e notei que a pessoa se assustou e logo se abaixou olhando por baixo do beliche.


Fechei os olhos e suspirei, eu tinha sido pega e o medo de ser entregue as autoridades e presa só aumentou, senti uma mão pegando em meu braço.


-Saí daí debaixo garota. –Ouvi aquela pessoa dizendo enquanto me puxava, dei outro grito sentindo a minha coxa arder.


-Calma já estou saindo não me puxa minha perna está machucada. –Eu disse saindo debaixo do beliche e levanto me apoiando na cama, quando me virei para ver quem era não acreditei no que estava vendo fiquei completamente sem reação, caramba, Andy Biersack parado na minha frente.


-Você está bem? –Ele me perguntou um pouco assustado por me ver ali e notei que seus olhos percorreram pela minha roupa. –Ahh que ótimo mais uma fã invadindo nosso ônibus. –Ele disse em um tom irritado parecendo estar cansado daquela situação se repetir constantemente, eu não conseguia responder eu estava em choque afinal era ele ali o vocalista da banda que eu mais admiro. –Ei menina, você não fala? –Ele disse no mesmo tom passando a mão em frente ao meu rosto, deu um passo para trás me esbarrando no beliche me desequilibrando um pouco e quase caí.


-E... Eu não sabia que não podia entrar aqui. –EU disse com a voz tremula tentando disfarçar.


-Como não sabia? Está estampado lá fora. –Andy continuou a falar começando a ficar nervoso e pegou em meu braço. –Você tem que sair daqui agora,, eu não sou assim com as fãs mais você passou dos limites. –Ele me puxou me levando para o andar debaixo do ônibus e eu gemi de dor e tentei me soltar.


-Me solta eu sei andar. –Eu disse fazendo uma carinha de dor.


-Sabe andar tanto que veio parar aqui dentro né? –Ele disse respirando fundo ainda me puxando indo até a porta.


-Andy o que está acontecendo? –Perguntou Ash surgindo ali rapidamente, virei meu rosto na direção da voz a reconhecendo e esqueci até da minha dor e aqui estou eu novamente fazendo cara de espanto se esta situação não fosse trágica seria cômica porque quais são as chances de alguém estar fugindo da polícia e ir parar dentro do ônibus da banda que você mais ama? Não existe nem estatísticas que comprovem isso.


-Eu peguei essa garota escondida debaixo do meu beliche, com certeza iria querer me agarrar durante a noite. –Andy disse olhando para o Ash, ao ouvir aquilo não aguentei e comecei a rir. –O que é engraçado? –Andy perguntou me olhando com cara de bravo.


-Você. –Continuei a rir e logo respirei fundo. –Cara na boa você se acha demais, você acha mesmo que eu estava lá escondida debaixo do seu beliche pra poder te agarrar? Olha meu querido me faça um favor e me poupe. –Eu disse olhando para ele com uma cara de desprezo, claro que eu queria agarrá-lo afinal quem não ia querer agarrar o Andy? Mais ele estava se achando demais alguém tinha que baixar a bola dele, jamais imaginei que Andrew Biersack fosse desta forma.


-Ah é? Então me explica o que você estava fazendo ali embaixo da minha cama? –Ele perguntou me soltando e cruzou os braços, porra Elizabeth pensa rápido garota, respirei fundo pensando e olhei para o lado vendo Ash ali parado sem entender nada e foi então que eu tive uma ideia, só precisava que ele entendesse, fui até o Ash.


-É que na verdade eu vim aqui porque eu queria ver o Ash. –Eu disse forçando um sorriso e agarrei o seu braço. –Queria era mesmo agarrar ele, eu não sabia qual era a cama do Ash então me escondi embaixo de qualquer uma, viu só as coisas não giram em torno do seu mundinho não meu querido. –Eu disse e suspirei olhando, vendo o Andy me olhar com uma carinha confusa eu estava com medo da minha história não ser convincente, senti a mão de Ash passando pela minha cintura e me senti um pouco incomodada olhei para ele e forcei novamente um sorriso, esse daí não dispensa mulher nenhuma.


-A sua perna está sangrando? –Andy perguntou confuso e apontou para minha coxa rapidamente olhei para baixo vendo o sangue escorrer da faixa.


-Ai que droga. –Soltei o Ash e me sentei ali no pequeno sofá. –Também não é com o chute de coturno que eu levei aqui tinha que estar sangrando mesmo. –Eu disse tirando a faixa da minha perna gemendo baixo de dor e logo vejo o ferimento aberto.


-Ah de certo agora vou ter que colocar sensor no meu coturno para saber se tem alguém debaixo da minha cama. –Seu tom de ironia era visível a qualquer um.


-Está bem já chega vocês dois, vocês se odeiam ok isso já ficou bem claro para todo mundo. –Disse Ash irritado com a nossa discussão eu o olhei e logo desviei meu olhar para o Ash que me olhava. –Você precisa ir em um hospital para ver isso. –


-Não está tudo bem eu só preciso de uma faixa e um pano com água. –Eu disse tentando limpar o sangue que escorria com a própria faixa.


-Tudo bem eu pego. –Ash disse e saiu à procura do que eu havia pedido logo vejo mais pessoas chegando ali Jinxx e CC se aproximando, mais agora eu estava com muita dor para sentir alguma “reação de fã”.


-O que está acontecendo aqui? Está dando pra escutar a discussão lá do fundo. –Jinxx disse olhando o Andy e logo que me viu ficou assustado. –E você quem é? –Ele se aproximou de mim junto com o CC.


-Ela estava escondida debaixo da minha cama, olha a camisa dela é uma fã. –Disse Andy que ainda continuava irritado, eu apenas os olhei ainda sentindo muita dor, Andy voltou seu olhar para mim. –Aliás, como você conseguiu um corte desses? –Ele perguntou apontando.


-E te interessa? –Eu respondi sem um pingo de educação e logo Ash voltou com algumas faixas e um pano úmido.


-Eu disse pra vocês dois pararem com isso já, deixa a moça em paz Andy, afinal ela não cometeu nenhum crime grave. –Ash disse e eu comecei a limpar meu ferimento e pensando “nenhum crime grave que vocês não saibam” eu não podia simplesmente dizer: Oi pessoal então sou uma fugitiva da polícia posso me esconder aqui? Eu definitivamente não poderia fazer isso tenho que continuar com a mentira.


-Mais fala para mim então o que aconteceu com você? –Perguntou CC que me pareceu ser muito gentil, eu o encarei e dei um leve suspiro sentindo dor.


-Eu fui pular um muro e me cortei, mais isso foi hoje de manhã. –Menti e logo enfaixei minha coxa novamente.


-Bom agora que você já terminou seu curativo vou pedir ao Harry para encostar com o ônibus e você vai para casa. –Andy disse ainda irritado comigo eu não entendo porque tanta irritação assim.


-Não! –Gritei e todos me olharam confusos, respirei fundo e tentei disfarçar e olhei pela janela para minha sorte a gente já havia deixado Los Angeles. –É que a gente já saiu de Los Angeles. –Eu disse e respirei fundo.


-OK, mais na próxima cidade você desce e vai embora pra casa. –Andy esbravejou praticamente para mim e saiu furioso e eu fiquei confusa e um pouco decepcionada porque eu jamais pensei que Andy Biersack teria essa reação comigo.


 


 


 



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Autor(a): esc.anonima

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).




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