Fanfics Brasil - Damn Jealousy. Stay with me

Fanfic: Stay with me | Tema: Gintama


Capítulo: Damn Jealousy.

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Alguns dias se passaram desde então. As noites eram como uma agulha de toca-discos percorrendo o mesmo disco várias e várias vezes, com os mesmos diálogos idiotas e diversas aventuras por baixo de um lençol.


O dia 7 em questão havia-se iniciado após as 10 da manhã, na qual o samurai não tinha nenhum serviço para o período matutino e a kunoichi tirou uns minutinhos a mais do seu serviço para ficar com ele; isso soava estranho, pois ela não era o tipo que largaria o serviço com facilidade, mas dessa vez ela abriu uma exceção para curtir um pouco mais.


Ele estava levemente inclinado em sua cama sentido o calor de seu rosto sob seu peito, passando a mão em seu cabelo dourado-bagunçado e acariciando-a enquanto era abraçado. Ela estava relaxada com um sorriso no rosto; a mesma não havia dormido o suficiente a noite passada e isso a atentava querer descansar um pouco mais, porém recusou o seu desejo e levantou-se, segurando-o em sua mandíbula e dando um selinho.


“Já está indo, docinho?” 


“Fazia tempo que você não me chamava assim... querido.”


“Digo o mesmo.” – Ambos riram pela ‘nostalgia’ que passava em suas mentes da época que se apaixonaram por conta do Aizen Kou.


“Já passou da minha hora, era para eu estar fazendo a patrulha...” – A loira levantou-se e caminhou em direção ao seu guarda roupas, pegando o seu yukata preto para vesti-lo. Ele deu uma leve desviada de olhar apoiando suas mãos para trás e observando o teto; estava pensativo demais, que acabara chamando a sua atenção. – “Aconteceu algo?”


“Não... Só estava pensando.”


“Sobre?”


“Nós.”


“Como assim?”


“Eu pensando em dar um passo a mais... Sabe?”


“Tipo um relacionamento?”


“Acertou. Parecer bobagem, mas sei lá, não me sinto preparado para isso.”


“Não é só você, não sei se é insegurança vindo da minha parte ou medo de errar com você.”


“Errar comigo?”


“Sim, eu me acabo dedicando demais ao trabalho e...” – A loira foi interrompida.


“Não vejo problema nisso.”


“Não?”


“Tsukuyo, eu te conheço o suficiente para saber como você é dedicada ao que faz.”


“Mas e se...”


“Eu não ligo.” – Ele pôde ver em seu rosto uma expressão de alívio a cada palavra que o samurai dizia.


“Humph, me sinto melhor ouvindo essas palavras... Porém... Eu ainda não tenho uma resposta pronta...”


“Não se preocupe com isso. Não quero acelerar as coisas.”


“Entendo.” – Ela caminhou em direção ao banheiro. – “Irei me preparar para o trabalho...”


“Vai lá. Eu também vou voltar para o Yorozuya.”


Ele vestiu as suas roupas e retirou-se do quarto, caminhando em direção a saída. A mesma estava pensativa, pois não sabia ao certo se estava preparada quanto a isso e sua decisão poderia impactar no relacionamento entre os dois tanto positivamente quanto negativamente; por outro lado ele parecia não se importar tanto, ou será que se importava? Essa pergunta martelava em sua mente, obrigando-a a dar uma resposta o quanto antes. Parou em frente a janela do seu quarto soltando a fumaça do seu kiseru exibindo uma leve expressão de alivio enquanto o observava de sair de casa feito um espião.


‘Um relacionamento? Não parece uma má ideia.’


-X-


Chegando ao Yorozuya, foi recepcionado pela vista de uma garota chinesa mexendo em sua geladeira e comendo o pudim que ele havia separado para mais tarde. A ruiva o avistou parado na porta, toda via continuou a provoca-lo comendo-o em sua frente sem se importar com a sua presença. Não demorou muito para o albino perceber que havia algo de errado com ela, pois não era normal ela agir dessa forma.


“Ah, é você.” – Ela dizia com o garfo em sua boca enquanto mastigava o pudim com uma cara entediada.


“Espero estar vendo errado ou você não está comendo o ‘MEU’ pudim, não é mesmo?”


“Sim, estou comendo.”


“Ei, ei... Você está querendo morrer?” – Ele a segurou pela bochecha.


“Jamais!” – A ruiva voltava a provoca-lo. – “Eu apenas fiz uma difícil escolha entre um pudim ou barras de chocolate.”


“Por que diabos você resolveu comer os meus doces? Você sabe o quão difícil foi fazer esse pudim?!”


“Eu não ligo.”


“Ah?! Chegou na puberdade e virou uma garota rebelde?!”


“Idiota, eu já passei dessa fase há milhares de anos!”


“Mas não parece.”


“Ei o que está acontecendo aqui?” – O Samurai de óculos entrava no ambiente


“Essa Majin Boo feminina está devorando o meu pudim!” – O albino respondeu.


“Cale-se desgraçado! Você esqueceu que hoje era sua vez de fazer o café da manhã!” – A Garota chinesa retrucou.


“Isso não é motivo para você comer meu delicioso pudim!”


“É sim! Desde que você começou com essa maldita rotina noturna começou a esquecer das coisas!”


“Ah é?”


“É!”


“Você poderia muito bem ter feito o ‘SEU’ café da manhã!”


“E você poderia ‘PARAR’ de fugir de casa, idiota!” – Os dois se encaravam com olhar raivosos de quem estava prestes a sair no soco.


“Ei vocês dois! Parem de brigar!” – Novamente Shinpachi tentava separar a briga e era ignorado, deixando-o irritado também. - “DA PARA PARAREM? CARAMBA!” – Os dois pararam de discutir. – “Gin-san, você deveria parar de fazer tempestade em copo d’agua, por conta de um pudim.”


“Cale-se, idiota.” – Ele respondia enquanto cutucava o nariz.


“E Kagura-chan, você deveria parar de se intrometer na vida pessoal dos outros.”


“Cale-se, idiota.” – Ela também respondia enquanto cutucava o nariz.


“DA PARA PARAR DE ME OFENDER?” – Ele dizia gritando. Ajeitou os óculos e retomou a fala. - “Vocês deveriam parar de agir feito crianças e pedir desculpas um para o outro.”


“Rum!” – Os dois diziam cruzando os braços e evitando contato visual.


“EI! Vocês estão me ouvindo?!”


“Até parece que eu iria querer fazer as pazes com um fujão!” – Novamente a chinesa voltou a provoca-lo.


“Olha quem fala, Majin Boo feminina!”


“O QUE VOCÊ DISSE DESGRAÇADO?”


“ISSO MESMO QUE VOCÊ OUVIU!”


“ORA SEU FILHO DA-”


“Aff.” – Resmungava o garoto de óculos fazendo facepalm.


Quando se imaginava que a discussão terminaria em paz, a dupla retornava com outra discussão idiota por conta do maldito pudim, ao ponto de pararem de se falar e evitar até mesmo contato visual. Por mais que fosse algo icônico, Shinpachi sabia que seria um terror vê-los brigados e que um iria provocar o outro da pior forma possível. O mesmo tentava faze-los se entender de uma maneira pacífica, fracassando miseravelmente.


No início da tarde, as crianças saíram para realizar o trabalho na hamburgueria, deixando Gintoki à espera do outro serviço de entregador. Foi questão de uma hora e alguns minutos para que o telefone tocasse e rapidamente fosse atendido por ele, na qual foi lhe informado o endereço onde seria o encontro para poder pegar a encomenda.


-X-


Tsukuyo havia iniciado o seu recrutamento para um novo esquadrão: o grupo consistia em 12 membros e uma líder selecionada a dedo pela loira, pertencente ao seu atual esquadrão, que ficariam responsáveis pelo norte da cidade. A selecionada chamava-se Sato Fumiko, na qual chamava a sua atenção por ser popular em seu esquadrão, reconhecida pelos feitos intelectuais e estratégias rápidas em batalha. Em questão de aparência, possuía cabelos castanho-claro e usava um yukata lilás com detalhes em azul e branco, também possuía uma cicatriz atravessando o seu nariz, pele morena e olhos verdes.


As meninas tanto do esquadrão atual de Tsukuyo quanto do novo esquadrão haviam concordado com a decisão, porém havia uma pequena minoria que chamava a atenção de Tsukuyo por possivelmente não aceitado a sua escolha. Algo lhe dizia para manter seus olhos aberto, pois aquele pequeno grupo não trazia uma boa sensação.


Iniciou-se a patrulha em busca de uma nova possível droga que circulava na região: haviam boatos que era uma espécie de droga-alienígena que poderia viciar logo de primeira. Uma das primeiras vítimas foi uma cortesã encontrada em um beco no noroeste de Yoshiwara, onde surgiu a teoria inicial que a droga era injetada no corpo através de agulhas e poderia causar alucinações prazerosas por longas horas.


Tsukuyo havia deixado a cortesã sob os cuidados de Hinowa enquanto corria atrás de pistas sobre o caso. Ela não tinha um ponto inicial de busca então questionou algumas outras cortesãs que trabalhavam junto da outra para achar a raiz do problema. Algumas diziam que o ultimo rapaz que recebeu seu atendimento era um ex-policial que visitava Yoshiwara com uma certa frequência enquanto outras diziam que era uma espécie de amanto com uma aparência humanizada.


Com base nessas informações iniciou-se a sua busca; ela não tinha nenhum ciclo de amizade com algum policial para buscar algo em seu banco de dados, porém sabia que Gintoki tinha uma ligação com alguns policiais que poderiam ajuda-la nesse quesito. Com isso, cogitou a possibilidade de procurar pelo amanto até a hora de Gintoki visita-la.


-X-


O rapaz albino havia chegado no local: Era uma antiga fábrica próximo a um porto com alguns navios estacionados, o mesmo jurava que a tal fabrica era desativada, mas ao acessar o local, pôde ver algumas maquinas em funcionamento e alguns amantos controlando-as. Foi recepcionado por um amanto com aparência de galinha, similar ao barman da boate em que procuraram por Kimiko e descobriram a existência da droga “Tensei Kyou”.


“Em que posso ajudá-lo?” – Dizia o amanto limpando as suas mãos em um pano sujo de graxa. – “Ei, seu rosto é familiar...”


“Eu sou do Yorozuya.” – Coçou a nuca enquanto observava o local, ignorando a sua afirmação. – “Fui chamado para um serviço de entrega.”


“Certo, siga-me.” – Conforme andavam, o samurai observava cada detalhe; aparentava ser apenas uma fábrica de peças automotivas, porém havia algumas maquinas que não fazia sentido no local. Subiu uma escadaria que levava a um container no segundo andar, contendo um escritório administrativo. O amanto bateu na porta e entrou assim que recebeu uma confirmação para acessar o local, onde anunciava a sua chegada. – “Entre.” – Assim que pisou dentro do escritório, pode notar uma cadeira virada de costas e um forte cheiro de nicotina.


“Ah... Com licença?” – Dizia o faz-tudo.


“Estava a sua espera... Yorozuya.” – Ele virou a cadeira. O Lider era um amanto de cabelos curto de cor marrom e franja cacheada, pálido, com uma grande cicatriz em formato de X em seu rosto, olhos amarelos e fumava um cigarro de formato esquisito. Usava um terno marrom claro com uma camisa branca e sapato social preto. – “Por favor sente-se.” – O albino puxou a cadeira e sentou-se em frente à mesa; logo foi servido com uma dose de saquê, na qual tomou tudo em um único gole.


“Você havia solicitado um serviço de entrega... De um produto, certo?”


“Exatamente.”


“... E para onde eu devo levar?”


“Para lugar nenhum.”


“O que?”


“O meu produto acabou de chegar.”


“Eu não estou entendendo.” – O Amanto levantou-se e caminhou em sua direção. Segurou-se em seu rosto e retornou com uma resposta.


“É por que o meu produto está aqui na minha frente, não é mesmo Yorozuya... Ou quero dizer, Shiroyasha.” – Ao ouvir essas palavras, pode ouvir algumas risadas de alguns amantos ao seu redor, ele sabia que havia sido cercado. – “Harusame irá adorar ter sua cabeça de decoração!” – Como reação, deu um tapa na mão do amanto, fazendo-o soltar o seu rosto, aproveitando a oportunidade para recuar dele e sacar a sua bokuto.


“Ei desgraçado, o que está acontecendo aqui?”


“Não se lembra de mim? Foi você que fez essa cicatriz em meu rosto e cortou o meu braço direito durante a guerra Joui.” – O alienígena tirava o blazer, mostrando o seu braço robótico.


“Para ser bem sincero, não.”


“Bom, parece que irei faze-lo relembrar...”


“Venha então!” – O grupo composto de cinco amantos invadiu o pequeno espaço que havia ali com chute na porta, o atacando com espadas em conjunto, na qual se defendia com sua bokuto.


Ele aproveitava a falta de espaço como uma vantagem já que a maioria dos amantos ultrapassavam os 2 metros de altura, onde empurrou um dos amantos com a sua bokuto de madeira, jogando-o em direção de outros dois. Utilizou essa oportunidade para poder pegar uma das espadas e fugir pela porta, atravessando a espada em um dos amantos de pé e se defendendo do outro, onde chutou-o na barriga, empurrando em direção a parede.


O Lider apenas esboçou um sorriso sentado em sua mesa, observando cada um de seus movimentos. Ao atravessar a porta, pôde ver vários outros amantos que o aguardavam na ponta da escada segurando algumas armas corpo-a-corpo e ferramentas de manutenção, emitindo sorrisos maliciosos.


“Parece que irei ter um trabalhinho a mais!” – Ele dizia de uma forma ofegante, observando cada um dos rostos dos amantos.


Correu em direção dos inimigos, fazendo movimentos rápidos e cortando quem estivesse na sua frente com o objetivo de chegar na saída o mais rápido possível e felizmente ele conseguiu com leves arranhões, porém não por muito tempo. Começou a sentir uma forte fraqueza e tontura junto de uma dificuldade de respirar, aos poucos perdia noção do que estava acontecendo e pequenos apagões atingiam sua mente.


“Finalmente fez efeito.” – Dizia o amanto-líder antes de atingi-lo com um corte em suas costas, fazendo-o desmaiar. 


-X-


À noite chegava e Tsukuyo o esperava na janela com seu kiseru sob a luz do luar como sempre fazia. Observou as horas no relógio de parede e notou que já era 3 da manhã e o albino não apareceu, fazendo-a iniciar um auto questionamento: ‘Será que se esqueceu? Não. Isso não faz o menor sentido, porque ele vem aqui direto... Ou será que pelo fato de que eu irei encontra-lo amanhã cedo ele não quis vir hoje? Mas teria ligado... Aquele idiota deveria ter me avisado. Bom, de qualquer forma amanhã irei faze-lo ouvir muitas reclamações por ter me feito de boba!’ – Ela ficou em silêncio apenas fumando o seu kiseru.


O


           o


°


“Ele realmente não veio.” – Bufou.


 



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Autor(a): Kayomii

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