Fanfics Brasil - Uma conexão especial. (Capítulo único) Uma conexão especial.

Fanfic: Uma conexão especial. | Tema: Stray Kids


Capítulo: Uma conexão especial. (Capítulo único)

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Olho pela janela e sinto a melancolia do encontro da chuva que cai intensamente lá fora com meus pensamentos cinzentos aqui dentro.


Hoje eu já não tenho motivos pra tentar alguma coisa nova nem forças para deixar de olhar para a chuva gelada.


Não tem ninguém andando na rua, o vazio é palpável.


Minha barriga roncando me faz lembrar que preciso comer alguma coisa.


Minha geladeira assim como meu coração está vazia e agora vou ter que ir lá fora para comprar alguma coisa pra comer. Será que devo ir?


Decido ir do jeito que estou mesmo a loja de conveniência aqui perto, pijama de flanela do Batman, só dei una passada de mão pelo cabelo pra abaixar.


Encaro o cinza da tarde, respiro fundo e quando quase desisto de sair o ronco da minha barriga novamente me faz lembrar o real motivo daquela loucura de sair naquela chuva.


Não me demoro a chegar na conveniência, mas acabei me molhando o suficiente para estar ainda mais triste, eu só quero voltar pra casa comer e me aquecer.


Entro na loja com pressa e escuto uma voz diferente da que estou acostumada a ouvir quando entro aqui.


Um – “Seja bem vinda!” — de forma calorosa e forte percorreu rapidamente meus ouvidos e me fez procurar quem falou. Olhei por cima da prateleira pelo corredor, mas não vi ninguém então voltei o foco para o que tinha vindo fazer aqui, mas na verdade não sabia o que comprar, olhando agora parece que tem mais opções do que eu imaginava.


-Precisa de ajuda? — Escuto bem próximo a mim, o que me faz virar de forma abrupta devido ao susto que levei. Me desequilibro, e mais rápido do que minha mente pode processar o dono daquela voz passa o braço pela minha cintura e com um sorriso impede que eu caia. —


-Opa! Diz ele sorrindo. Está tudo bem?


Estou envergonhada!  Como eu levei um susto tão grande? E por que isso tem a ver com o fato de que a voz dele me faz perder o sentido mesmo sem eu saber quem ou como ele era?


Depois dessa cena me sinto ruborizar; e sem graça me deparo de frente e muito próxima dele.


"Como ele é lindo!" É a única coisa que consigo pensar.


Ele tem traços fortes, mas os apresenta de forma delicada, olhar gentil, seus olhos castanhos estão olhando diretamente nos meus, e uma boca tão bem desenhada... seus cabelos também castanhos jogados no rosto de forma visivelmente aleatória parecem ser o penteado ideal pro formato do rosto dele.


Não muito mais alto que eu que tenho 1,71, mas com uma presença tão forte que o cinza e o frio da chuva lá fora haviam se transformado em luz e calor dentro de mim de tal forma que o mundo sumiu pelo breve instante em que ele me segurou em seus braços.


Me pego sem palavras, mas ainda consigo dizer – “me desculpe, eu me assustei.” — Como se ele não tivesse percebido.


Me afastei devagar me libertando dos braços dele e foi aí que percebi os braços e o corpo dele eram perfeitos, fortes, bem definidos e me seguravam de forma firme e gentil fazendo-me sentir completamente protegida e segura.


— Não tive a intenção de te assustar, só que você pareceu indecisa então quis tentar ajudar. Me desculpe pelo susto.


Enquanto ele falava ainda com aquele sorriso estampado como se ele estivesse em uma diversão descontraída com a situação eu sentia meu coração acelerar; tão forte eram as batidas que dei mais um passo pra trás para ele não perceber.


— Tudo bem, não se desculpe. — Soltei de forma tímida — vou levar esse aqui.


Peguei o primeiro pacote que vi pois o olhar dele estava mesmo me deixando muito constrangida, não só pela vergonha do susto que levei e quase cai, mas pelo fato de tê-lo achado tão lindo que se olhasse mais eu me denunciaria.


— Certo, então está resolvido. Disse-me sorrindo.


Ele não para de sorrir? Tem alguma coisa de errado comigo pra ele achar tanta graça?


— Sim está, vou pro caixa obrigada.


Saio rapidamente de perto dele; meu coração acelerou no que eu pensava ser a despedida pois na verdade eu ainda queria ficar olhando pra ele. “O que foi que me deu?”


Ele passa por mim andando depressa e quando vira pra dentro do balcão coloca suas duas mãos apoiadas na bancada e com um sorriso lindo que até os olhos dele diminuam em um conjunto uniforme de seu rosto que deixam suas covinhas aparentes - por que ele não para de sorrir - ele me pergunta:


— Só vai levar essa lasanha mesmo? Não quer mais nada?


Eu olho para os lados buscando outra pessoa que trabalhe na loja e nada.


Éramos só eu e ele na loja.


— Só isso mesmo — digo abaixando a cabeça.—


Lá fora a chuva ia ficando mais intensa, e dentro da loja parecia que só havia restado eu e aquele moço no mundo inteiro.


— A chuva aumentou bem, se você quiser pode usar o micro ondas daqui, e comer tranquila.


— Ah não, obrigada eu tenho que voltar. — Falo de forma ainda mais tímida que o som da minha voz quase não sai. —


— Tudo bem então, fica R$20,00.


Nesse momento ele parece mais sério, me olha com uma firmeza que estremece meu corpo todo.


— Aqui está. — Pago a ele, que ao pegar o dinheiro da minha mão toca levemente meus dedos e com isso sinto novamente seu intenso calor. Percebo enrubescer e busco olhar pra outra coisa, qualquer coisa que não fosse ele.—


Ele coloca na sacola a lasanha que comprei, — eu estava tão estonteada com aquela situação toda que nem olhei direito para o que escolhi — e me entrega sorrindo novamente.


— Tem certeza que tem que sair agora, a chuva realmente apertou, você vai ficar enxarcada mesmo com seu guarda chuvas.


— Sim tenho, preciso sair daqui! – Ai meu deus falei isso alto demais. —


— Sair daqui? – ele quase chega a gargalhar, mas porquê o que tem de errado aqui?


— Não, nada. — As palavras fogem de mim, - o que está acontecendo comigo? — é que preciso mesmo voltar pra casa, não é longe daqui, então mesmo que me molhe não ficarei molhada por muito tempo.


— Perto daqui... Interessante... – Ele fala como se eu nem estivesse ali.


Por que ele é tão atraente assim? Seu rosto com traços fortes combina perfeitamente com todo o resto do seu corpo, sua presença enche a loja que está no momento apenas com ele e comigo ali.


Eu finjo que não o ouvi, se eu continuar falando com ele não vou conseguir sair dali nunca mais.


— A propósito sou o Crhistopher Bang, pode me chamar de Bang Chan se quiser.


E novamente esse sorriso bobo. (Por que ele está me falando seu nome???...)


— Bom como você mora aqui perto acredito que nos veremos mais vezes por isso me apresentei.


(Oi? Ele ouviu meu pensamento?)


— Ah, sim, tudo bem me chamo Nabi.


— Nabi, diferente seu nome, prazer Nabi!


Neste momento ouço o silencio completo e percebo que a chuva parou repentinamente e com isso senti uma tristeza como se meu tempo com o Bang Chan estivesse acabado.


- Ah agora dá pra você ir tranquila. Não vai mais se molhar toda.


— Sim, melhor eu ir agora, obrigada.


— Eu que agradeço, teria sido chato passar pela chuva sem você. -Sorrindo novamente, com um olhar gentil que se aperta com a largura do sorriso.


Quando ele sorri pra mim eu perco a direção, o que está acontecendo comigo? Ele é realmente muito lindo, mas eu nunca havia perdido meu controle na presença de um homem bonito antes.


E assim completamente perdida em emoções me viro pra sair da loja quando sinto meu braço sendo puxado de forma firme, porém delicada.


— Me desculpa, mas não posso deixar você ir assim.


— Ãnh? O que foi? Por que não posso ir?


Estou surpresa, ele também gostou de mim e por isso não quer me deixar ir?


— Não até eu tocar o item que você pegou, notei que você o tirou dos itens que eu estava separando pois estavam vencidos e eu ia removê-los da prateleira.


(Ah, então era só por isso.)


— Ah, tudo bem, pode trocar pra mim por favor? — Digo de forma tão vazia que percebo ele se divertindo com a situação. —


Enquanto ele pega o produto para a troca ele me encara:


— Está decepcionada? Achou que eu iria querer algo mais?


Ao falar isso ele eleva o sorriso de atencioso e gentil para intenso e penetrante, o que me faz engasgar com minhas próximas palavras


— Não, eu não achei nada! – isso soou bruto


— Que pena! Pensei que você também tivesse interesse em mim.


Também... ELE DISSE TAMBÉM? Como assim “também?”


Por um tempo fica um silêncio que não entendo.


— Mas o que isso tem haver?


— Ah, se tivesse interesse em mim você estaria esperando algo mais, mas você disse que não achava nada então sei que não se interessou por mim.


— Como você pode ter certeza? – Falei, pois agora já estou envolvida demais para simplesmente deixar pra lá.


— Na verdade não tenho, mas foi o que pareceu então...


— Nem tudo que parece é Channie.


No momento em que o chamo de “Channie” meu corpo inteiro age sem que eu perceba, eu sorrio, sinto ficar irremediavelmente vermelha, e um tremor toma conta de mim com uma apreensão sobre parecer intima demais dele, mas não foi a minha reação que determinou algo sobre o momento e sim a dele.


-“Channie” nunca gostei tanto de um apelido antes... – enquanto ele dizia em baixo tom essas palavras ele me encarou com um sorriso fofo e colocou meu cabelo atrás da orelha... – Quero olhar melhor pra você – disse de forma firme e gentil.


E foi assim que eu soube, eu o quero na minha vida!


Outras pessoas entraram na loja de repente quebrando a conexão de suas mãos com meu rosto e ele como se nada estivesse acontecendo os recepcionou com um sorriso gentil.


— Boa tarde, em que posso ajuda-los?


E com isso eu resolvo ir embora, pego o pacote da mão dele e deixo o outro na prateleira mostrando pra ele que o fiz enquanto balanço o pacote correto no ar para que ele visse, e enquanto isso ia me afastando de frente pra ele que fez uma expressão quase “dolorosa” como quem pedia para que eu esperasse, que não fosse embora.


Mas eu fui. Abri a porta da conveniência e antes que ela batesse em minhas costas pude ouvir claramente:


— Obrigada pela visita, volte sempre!


Ouvir isso me fez querer olhar pra traz, mas eu não o fiz, apenas sorri de forma que ele percebesse e enquanto me afastava da loja fiquei imaginando se ele percebeu meu sorriso e sorriu de volta para mim....


Estou em casa novamente, eu simplesmente tiro meus sapatos molhados deixo minha lasanha na bancada e vou tomar um banho quente, e enquanto faço essas coisas noto que sem perceber estou fazendo tudo no automático pois a minha cabeça e pensamentos estão com ele.


Será que vou vê-lo em breve? Será que ele quer me ver de novo mesmo? Será que vai sorrir quando me vir?


Enquanto penso nessas coisas outras me vem a mente em forma de flashes e quase consigo senti-lo novamente me segurando pela cintura, tocando meus dedos no caixa e tocando meu rosto enquanto colocava meu cabelo para trás... é inacreditável como ele simplesmente me preencheu por completo em apenas instantes de um encontro.


Nosso primeiro e intenso encontro.


Eu estava envolta a tantos pensamentos sobre o Bang Chan que quase me esqueci de comer e voltando a mim preparei minha lasanha e enquanto a comia ainda soltei uns risinhos lembrando dele.


Agora já era noite, e antes de me preparar para dormir precisava concluir uns afazeres.


Por último tinha que levar o lixo pra fora e depois de recolher tudo fechei o saco peguei a minha chave e desci.


Após um dia chuvoso o ar da noite era fresco e a lua estava bem bonita.


Não tem muito movimento essa hora, então decido me apressar, coloco o lixo no lugar certo e ouço um barulho de moto se aproximando o que me faz ficar tensa por um instante.


Me viro para voltar e entrar em casa e me deparo com uma moto bem bonita parando perto de mim, fico nervosa com isso (será que vai pedir informação, ou vai querer me assaltar?) eu que agora usava um pijama do Harry Potter e estava bem descabelada não sabia o que fazer, não havia mais ninguém na rua...


Um momento de tensão, a moto para completamente ele desce da moto e de frente para mim tira o capacete.


— Então é aqui que você mora, é realmente perto da loja.


Era o Crhistopher! Um calor subiu pelo meu corpo a noite focou toda iluminada e por um breve momento eu me senti flutuar – até que a voz penetrante dele falou mais firme para me chamar a atenção:


— Nabi, você está aqui comigo?


Ele estava sorrindo... entre todas as coisas simples que ele fazia aquele sorriso dele era o que me quebrava por completo.


— Oi, você... quer dizer, sim, moro. (que desastre!)


— Eu estava indo pra casa quando reconheci seu estilo conceituado de moda, e te reconheci de longe.


(tá eu estou novamente de pijama e essa é a segunda vez que ele me vê.)


— Você mora longe daqui? — quis tirar a atenção dele da minha roupa, que vergonha...—


— Ah não muito, na verdade nem um pouco... Vê aquela casa ali?


Ele chegou muito perto, colocou seu braço em volta das minhas costas pousando sua mão sobre meu combro e apontou para o outro lado da rua com sua outra mão...


— Ali mais no final da rua aquela casa com o muro vermelho?


O peso do seu braço em meus ombros me fez pensar em como eu fiquei feliz em vê-lo novamente.


— Sim, é ali que você mora? — como assim tão perto? —


— É sim, me mudei a uma semana!


— Entendi... — eu realmente saberia se ele sempre tivesse morado ali. —


— Somos vizinhos! — ele disparou soltando meu corpo para ficar novamente de frente para mim—


Pelo que passou a seguir — minha cara de decepção por ele ter me soltado — ele entendeu que eu fiquei triste por não o ter mais me abraçando.


— Ah te soltei por que quero olhar pra você. — Ele lê pensamentos? “os meus” pensamentos? —


— Ãnh... (que resposta foi essa?) — Tá, mas então pra que a moto? (porque da mesmo pra ir e voltar andando...)


— Sim, dá..., mas não gosto muito de caminhar sozinho. Na verdade, eu sempre aproveito a hora de ir embora pra dar umas voltas de moto e sentir a noite.


Quando ele parou de falar ele me pegou pela mão e me deu o capacete:


— Vem comigo, vamos dar umas voltas, te deixo aqui depois prometo.


Ele parou em frente a mim e colocou o capacete na minha cabeça. Não pude recusar de tão rápido que ele agiu, na verdade eu não queria recusar.


— Ei espera, — eu disse em tom tranquilo —.


— O que foi? Não quer ir?


— Só espera! — Dessa vez eu que sorri, mas como estava de capacete talvez ele não tenha notado—.


Soltei da mão dele, virei de costas fui até o portão da minha casa e tranquei-o, virei novamente para ele e só consegui falar:


— Vamos!


Lá estava, aquele sorriso lindo estampado em seu rosto ainda mais lindo.


Ele subiu na moto, me olhou e soltou


— Suba, se segure firme, eu vou assumir a responsabilidade e leva-la pra qualquer lugar, apenas confie em mim.


O que eu estava fazendo? Não importa! Eu quero muito ir com ele, então apenas aceno que sim com a cabeça, subo em sua moto, passo meus braços em volta de seu corpo e todo o calor dele se mistura com minha pele fria pelo ar da noite, e nesse momento tive um “choque” uma vibração que nunca havia sentido, e por mais que fosse apenas algo comum de acontecer pude sentir o corpo dele arrepiar ao meu toque e então percebi tipo “uma conexão especial” entre nós.


— Está pronta? — a voz dele interrompeu meu devaneio —.


— Sim!


— Então vamos!


Ele acelerou a moto e eu em um instinto súbito apertei ainda mais meus braços pelo corpo dele, que por sua vez se manteve firme.


— Isso mesmo, segure-se bem, vamos pegar a estrada para o céu!


Estamos em movimento, e eu nunca havia me sentido assim antes, olho para o escuro da noite e as luzes brilhantes e penso em mim e no BangChan ele realmente é como um poste de luz que ilumina meu caminho escuro.


Rodamos por um tempo até chegarmos onde acredito seja o lugar que ele curte ir depois do trabalho.


Ele parou sua moto, e sem motivos segurou meus braços para que pudéssemos ficar por mais um tempo daquele jeito e eu simplesmente fiquei ali, em concordância com o ato dele, permaneci abraçada a ele.


Olhei em volta e o lugar era alto, tinha uma vista bonita de luzes, casas, arvores e flores lá embaixo.


Ele respirou fundo e me soltou


— Vamos sentar ali.


Uma árvore bonita próximo as grades era um lugar perfeito para sentar e observar tudo.


Fui com ele sem dizer uma única palavra. — Por que me sinto tão conectada a ele? — Não fazia sentido nenhum pra mim, principalmente por só termos nos visto uma única vez antes daquele momento, não tinha como ele sentir o mesmo por mim e pensar nisso me entristeceu.


Ele tirou a jaqueta que estava usando e colocou no chão para mim, sentamos um ao lado do outro, próximos o suficiente para sentirmos nossos corpos...


— Está gostando daqui?  — Sua pergunta fez todo o turbilhão de pensamentos em minha cabeça se dissipar— Por um momento achei que ficou triste.


Ele notou... me pergunto se eu dou tão na cara assim as coisas que penso sobre ele ou se ele é realmente muito observador.


— Sim, estou... — novamente minha voz quase não sai — é bem bonito aqui.


— Você é muito mais bonita! — Ele sorri, e novamente faz o movimento de pôr meus cabelos atras da orelha— quero olhar pra você...


Meu coração palpitou forte com cada nota da sua voz quando ele disparou aquelas palavras, eu o quero, minha mente não tem mais nada a não ser essa afirmação; quero você pra mim!


— Quero você pra mim!


Eu levo um susto tão grande quando ouço meu pensamento sair dos lábios dele que pulo para o lado mesmo sentada. Ele me segura firme e fala:


— Desculpe, fui precipitado, isso não vai se...


Eu o beijo.


Um rápido selinho, o impulso do impulso — onde que eu estou com a cabeça? — Nele! Todos os meus sentidos, pensamentos, tudo em mim estava ligado a ele, eu não sei explicar como, mas eu sabia que o queria, e ouvi-lo dizer que também me queria me pareceu a ordem natural dessa conexão entre a gente.


Me afasto rápido, estou tão envergonhada que não posso olhar pra ele. Eu nunca havia sido assim antes. Então em uma tentativa que faço de me levantar dali ele segura firme meu braço me trazendo para perto dele novamente.


Estamos atraindo um ao outro como imãs.


Seus movimentos estão pedindo minha atenção e eu quero que você preste atenção também nos meus.


E passando sua mão pela minha nuca ele me puxa para perto, olhando nos meus olhos, dá um breve sorriso e emitindo um leve som de quem não aguenta mais esperar, me beija.


Eu o sinto, ele inclina levemente seu corpo contra o meu e vamos caindo sob a grama...


O toque dos lábios dele no meu me fez sentir um leve formigamento, uma sensação inesperada como se realmente a eletricidade estivesse passando do corpo dele para o meu e vice e versa.


Por um breve momento eu entreabri meus olhos e pude ver a expressão em seu rosto, ele transbordava vontade, eu não sabia se conseguiria não olhar mais e então ele também entreabriu seus olhos.


Não paramos de nos beijar, por uma fração de segundos nos beijamos de olhos abertos olhando um para o outro e depois em sintonia voltamos para o escuro da imensidão do nosso beijo. Éramos só nós dois no nosso mundo.


E aos poucos fomos parando, meio que sem querer, nossa respiração em sincronia, pequenos beijos para os lábios continuarem se tocando, e com um sorriso ele falou baixinho.


— Eu sabia!


As palavras dele me chamou a atenção e eu perguntei também com a voz baixa:


— Sabia?


-Sim, eu tive certeza assim que te vi.


— Mas do que você está falando?


— De nós!


“De nós” as palavras dele me deixaram em estase, mas claro que eu não queria demonstrar.


— De nós... repeti em um tom ainda mais baixo que o anterior


— Sim de nós, nós dois juntos, nossa conexão, você, eu, e o certo, NÓS!


Nisso ele só me abraçou com aqueles braços fortes e “seguros”


Tudo que eu quero de agora em diante é você, posso até ser um tolo, mas eu sei que você também me quer, agora não tem volta, estamos conectados.


Eu não o respondi, apenas apertei ainda mais meus braços em volta dele enquanto as suas palavras se repetiam em minha mente... “estamos conectados.”


Nos soltamos do abraço, eu ainda não conseguia olha-lo diretamente então fui pra perto da grade olhar a cidade abaixo de nós.


— Está tudo bem? — ele realmente parecia preocupado —.


-Sim, está. — eu queria dizer mais coisas, mas eu mal conseguia pensar em outra coisa que não fosse nosso beijo —.


— Já quer ir embora?


“Não, eu nunca mais quero ir...”


— Só se você já quiser ir. Eu estou aos seus cuidados lembra? — soltei um risinho meramente para tentar imitar o ar que ele emana quase o tempo todo com seus sorrisos —.


— Nunca vou me esquecer! Mas que bom que você não é monossilábica.


E ao dizer isso ele solta uma gargalhada gostosa e beija minha testa. — ele se supera —.


— Aaaah qual é Channie. — Tento me soltar dos braços dele em vão —.


— Vem cá.


Ele me beija novamente, não com menos intensidade, mas com mais convicção de que a partir de agora teremos todo tempo do mundo para “nós”.


Eu respondo a seu beijo com a mesma firmeza e ao final do nosso segundo beijo ele encosta a testa dele na minha e ficamos assim de olhos fechados encostados apenas nos sentindo por uns instantes.


— Vamos, vou te levar para casa. — Seu tom era um pouco mais grave agora —.


Eu dei um beijo na bochecha dele e fui em direção a moto.


— Okay vamos!


E nesse gesto que tive consegui devolver o sorriso pro rosto dele.


Antes de irmos ele me sentou na moto dele e se encaixou entre minhas pernas. — a força do corpo dele perto do meu me faz quere-lo ainda mais — por que ele faz isso?


Ele tirou o celular do bolso, deu para mim e pediu que salvasse meu número ali e eu o fiz sem hesitar.


Devolvi o celular para ele, que sorrindo ao ler o meu nome de contato começou a digitar e falou baixinho...


— “Minha” Nabi.


Tirou uma foto minha pra salvar o contato sem aviso prévio o que me lembrou que eu estava de pijama e toda desarrumada.


— Hey!! Olha pra mim Channie, depois te mando uma foto melhor, não salva essa não.


— Você está perfeita!


Nisso ele saiu de entre minhas pernas e foi para trás de mim, me abraçou e tirou nossa primeira selfie.


Eu estava envergonhada, meu cabelo estava bagunçado tanto por já ter saído assim quanto pelo fato dos dedos dele ficarem passando por entre meus cabelos enquanto nos beijávamos.


Ele parecendo entender minha vergonha começou a beijar minhas bochechas intercalando entre uma e outra com breves “selinhos”.


— Você está perfeita Nabi, perfeita pra mim.


Eu talvez nunca me acostume com esse sorriso fácil dele.


— Se você diz...


— Sim eu digo! E repito! E continuarei repetindo!


— Okay, okay, eu acredito! — segurei seu rosto como se fosse beijá-lo, olhei bem nos olhos dele me aproximando— -Agora vamos?! — E foi só o que fiz —.


Ele ficou notoriamente frustrado, mas se divertiu com minha brincadeira.


— Certo, vamos!


Novamente o processo, eu o envolvo em meus braços, segurando firme, ele coloca sua mão na minha e a leva até o peito enquanto dispara:


— Sente isso? — batidas fortes, firmes e ritmizadas — Sinta a adrenalina, a aceleração só por ter você bem perto.


— Se você prestar bem atenção será que também consegue sentir o meu?


— Mesmo de longe consigo te sentir.


E com ele falando essas palavras da forma mais descontraída possível, fomos embora.


No caminho do retorno pra casa ele pareceu ir mais devagar como se não quisesse chegar, mas com um rompante ele acelerou a moto e pude sentir as vibrações do motor.


Não vamos parar agora! Vamos dirigir intensamente! Vamos fazer isso pra sempre!


Eu o ouvi, ele sabia que eu ouviria, eu amei cada palavra que ele disse. Eu o amo! E assim seguimos para nosso novo caminho com a certeza que não importa o que acontecesse, estaríamos juntos.


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 



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Autor(a): Adnoka

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