Fanfics Brasil - Capítulo 4 (PARTE 3) Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada)

Fanfic: Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 4 (PARTE 3)

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— E quem será o seu acompanhante, rapazinho?


— Não preciso de um acompanhante. Monto tão bem que chega a doer.


Os olhos de Christopher reviraram.


— Seu traseiro é que vai doer, se continuar sacolejando em cima da montaria desse jeito.


— Aqui — ofereceu-se Bradshaw, aproximando-se —, deixe-me apertar esses estribos. E quando quiser montar, Dulce, Edward e eu ficaremos felizes em acompanhá-la.


Ela percebeu a careta de Christopher, rapidamente contida.


— Sim, isso seria adorável — resmungou ele. — Homem, mulher e criança, todos cavalgando juntinhos, como percevejos. Isso não gerará rumores, é claro.


— Ora, é só prender minha cadeira em um dos cavalos — sugeriu Milly, rindo. — Eu garantirei alguma respeitabilidade.


Dulce não pôde evitar uma risada ao imaginar a cena.


— Fico grata por sua disposição em se sacrificar em nome dos bons costumes, Milly, mas estou aqui para ajudá-la, não para colocar sua vida em risco.


A despeito da risada geral, Dulce ficou surpresa com a preocupação de Dare com sua reputação. Contudo, muito provavelmente ele não queria que sua família se envolvesse com ela mais do que o necessário. Bem, não estava atrás da família dele; mesmo gostando deles, seu negócio era diretamente com o visconde.


***


No caminho de volta do Hyde Park, Christopher viu Dulce enganchar o braço no de tia Edwina, conversando, rindo e sorrindo com a família. Nos últimos anos, ela sempre parecia determinada a não se divertir, ao menos na presença dele.


Naquele dia, radiava calor e bom humor.


Christopher não conseguia entender. Na noite anterior, uma valsa. E hoje, quando achava que conseguiria encurralá-la para que revelasse alguma coisa do real propósito, toda a família havia se convidado para ir junto e arruinara seus planos.


Se Dulce estivesse apenas procurando uma maneira de se ocupar, a alta sociedade tinha várias outras senhoras idosas que precisavam de acompanhantes voluntárias. Ela não podia se sentir confortável ou feliz debaixo do teto dele;


Dulce vinha de uma das famílias mais ricas da Inglaterra, afinal de contas, enquanto a sua família ainda conseguia se manter respeitável, mas os banquetes suntuosos e os saraus extravagantes se extinguiram com a morte de seu pai.


Christopher decidiu tentar a sorte.


— Quase esqueci. O marquês de St. Aubyn me ofereceu o camarote na ópera esta noite. Tenho quatro lugares, se alguém quiser ir. Acredito que A flauta mágica seja a peça.


Andrew bufou.


— Posso entender por que Saint se rendeu, mas você indo à ópera? Voluntariamente?


— Perdeu uma aposta, ou algo assim? — perguntou Bradshaw.


Maldito Bradshaw, mencionando apostas na frente de Dulce.


— Levantem as mãos os que quiserem ir, por favor.


Como ele esperava, Bradshaw e Andrew ergueram as mãos, seguidos por Edwina e Milly. Dulce não ergueu, embora gostasse de ópera. Mas ela não era a única que podia jogar esse joguinho de blefes.


— Muito bem, os quatro irão. Apenas não se comportem demais, ou arruinarão minha reputação.


— O senhor não vai? — perguntou Dulce, a compreensão começando a clarear em seus olhos.


Christopher ergueu uma sobrancelha, regozijando-se na ideia de que triunfara dessa vez.


— Eu? Na ópera?


— Mas Milly precisará de assis...


— Andrew e eu daremos conta — afirmou Bradshaw amigavelmente. — Podemos amarrar a cadeira dela no coche.


— Ah, céus! — Milly riu novamente quando chegaram ao início da viela de entrada. — Vocês, meninos, serão a minha morte.


A despeito dos protestos de Milly, as bochechas dela estavam rosadas e os olhos cor de mel, límpidos. Era o melhor estado nas últimas semanas, e Christopher não pôde evitar um sorriso enquanto ele e Bradshaw a erguiam da cadeira no início da escada e a carregavam até o salão matinal, com Andrew e um lacaio os seguindo com a cadeira. Aquela engenhoca fora uma ótima ideia e, ao menos por esse motivo, ficava feliz por Dulce ter ido visitá-los.


Todas as mulheres se recolheram na sala de estar, e Christopher atravessou o corredor até o escritório. Odiava fazer contas, mas, na situação precária em que se encontravam, precisava se envolver em todos os aspectos financeiros.


Comprar o pônei de Edward e reembolsar Dulce pela cadeira de rodas representava a quantia total de seus fundos emergenciais para o mês inteiro — e ainda estavam no início do mês. A venda de lã ajudaria, mas não podia esperar ver a cor desse dinheiro antes do próximo trimestre, na melhor das hipóteses.


Fora idiota em oferecer o estábulo para a égua de Dulce. Já estava bancando o novo pônei de Edward, além dos quatro cavalos do caleche e da carruagem, e de sua montaria e as de seus irmãos. Um exuberante cavalo árabe comeria o dobro do que o pequeno Temporal.


— Que maravilha — murmurou, anotando o gasto estimado.


Foi por isso que deu ouvidos às tias quando sugeriram que ele procurasse por uma herdeira rica que estivesse atrás de um título. Era por isso que estava cortejando Amelia Johns, a despeito de seu desejo desesperado de fugir na direção oposta.


Christopher fez uma careta ao se afastar da mesa. Mal falara com Amelia nos últimos dias e, na última vez que o fizera, era para informá-la de que não iria, sob circunstância alguma, comparecer ao seu maldito recital de canto. Precisava ser mais atento, antes que algum conde abastado a abocanhasse e ele tivesse que recomeçar o cortejo com alguma outra moçoila, ainda mais empertigada.


Dawkins bateu de leve à porta.


— Correspondência, milorde — anunciou, estendendo uma bandeja de prata carregada de cartas.


— Obrigado.


Depois que o mordomo saiu, Christopher analisou a grande pilha de papéis. Além da enxurrada usual de cartas dos colegas de escola de Andrew, o gestor das propriedades de Dare Park enviara o relatório semanal, assim como Tomlin, em Drewsbyrne Abbey. Apenas duas contas, ambas as quais já esperava, graças a Deus, e uma carta perfumada para Dulce.


Perfumada, não; decidiu ao cheirá-la novamente, com mais atenção. Impregnada de colônia masculina. Que tipo de janota perfumaria a própria correspondência? Ele a virou, o cheiro forte fazendo-o espirrar, mas o correspondente omitira seu endereço.


Não ficou surpreso com o fato de os conhecidos de Dulce saberem que deviam enviar suas correspondências para a Residência Uckermann. Após apenas uma noite, toda a sociedade devia saber quantas peças de roupa ela trouxera e o que comera no café da manhã. Mas não esperava ter de entregar a ela cartas de seus admiradores.


— Dawkins! — O mordomo, que esperava ser chamado, enfiou a cabeça novamente pela porta. — Informe Andrew e lady Dulce que eles têm correspondência, por favor.


— É claro, milorde.


Andrew apareceu galopante primeiro, então sumiu com sua pilha de cartas. Vários minutos se passaram antes de Dulce aparecer. E quando entrou no escritório, Christopher ergueu os olhos das contas nas quais não estava conseguindo se concentrar enquanto tentava imaginar quem é que enviara uma carta a ela. Se havia uma coisa que Christopher não queria era parecer interessado, então empurrou o papel fedorento com o lápis e voltou a rabiscar números. Quando Dulce estava saindo do escritório, no entanto, ele ergueu os olhos.


— De quem é? — perguntou, tentando parecer não se importar se era uma carta do irmão dela ou do presidente das Américas.


— Não sei — respondeu Dul, sorrindo.


— Então abra.


— Abrirei.


Com isso, ela saiu.


— Maldição — grunhiu Christopher, apagando o desenho da galinha que fizera em seu livro-razão.


Do lado de fora do escritório, Dulce conteve o riso enquanto enfiava a fedorenta carta no bolso. Enviar cartas para si mesma era tão... juvenil — mas, nesse caso, funcionara.



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Autor(a): leticialsvondy

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Vai, entra para o convento! — Hamlet, Ato III, Cena I Quando a família terminou de jantar e o quarteto partiu para a ópera, Dulce estava pronta para reconsiderar suas obrigações para com as Uckermann. Não tinha compromisso algum naquela noite, visto que os afazeres perante Milly e Edwina deveriam prevalecer sobre saraus e bailes. E ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • candyle Postado em 20/03/2023 - 23:57:41

    Christopher gente como a gente cheio de dívidas kkkkkkk continua

  • candyle Postado em 19/03/2023 - 23:42:10

    Continuaaaa

  • candyle Postado em 18/03/2023 - 20:51:08

    Meu Deus, que mulher desprezível essa Amélia Continua

  • candyle Postado em 17/03/2023 - 19:45:02

    Continuaaa

  • candyle Postado em 14/03/2023 - 20:41:01

    Continuaaaaa, tô amandoooo

  • candyle Postado em 10/03/2023 - 12:11:28

    Continuaaa

  • candyle Postado em 07/03/2023 - 17:59:33

    Morri na parte do vadiar kkkkkkkkkkkk Continua, tô amando essa guerrinha nada saudável (pras leitoras) kkkk

  • candyle Postado em 04/03/2023 - 23:24:12

    Dois cabeças duras mano kkkkkkkkkkkkkk continuaa

  • candyle Postado em 03/03/2023 - 22:27:03

    Aínda bem que vc voltouuu! Tava muito ansiosa e veio logo um hot maravilhoso kkkkkkk Posta maiiiis

  • candyle Postado em 23/02/2023 - 23:29:10

    Continuaaaaa


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