Fanfic: Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada) | Tema: Vondy
— Vinte e um! — gritou Edward, pulando. — Vocês dois nunca vão ganhar se continuarem flertando a noite toda.
Robert emitiu um ruído engasgado.
— Bem — disse ela em uma voz extremamente aguda, sentindo-se ainda menos eloquente que Bit —, você me deixou sem esperanças de ganhar, Edward. Acho que vou me recolher, cavalheiros.
Os homens se levantaram quando Dulce se levantou, Christopher acenou com a cabeça rigidamente enquanto ela saía de forma digna — ou assim esperava.
Quando chegou ao corredor, juntou a saia com os punhos e correu escadaria acima.
— Dulce!
A voz grave de Christopher a deteve no patamar.
— Ora, ora. — Ela se virou, decidida a levar o comentário de Edward na brincadeira. — Aquilo foi uma surpresa, não foi?
— Ele tem apenas 8 anos — disse Dare secamente enquanto subia a escada. — E, se continuar desse jeito, não chegará aos 9. Não deixe que uma criança a aborreça.
— Eu... Eu... — pigarreou. — Como eu disse, fiquei apenas surpresa. Não estou chateada. Mesmo.
— A senhorita não está chateada — repetiu ele, fitando-a ceticamente.
— Não.
— Ótimo. — Fazendo uma careta, Christopher passou os dedos pelo cabelo escuro, um gesto que ela um dia achara muito atraente. — Porque não é verdade. Quero que a senhorita saiba disso.
Com o tom sério, Dulce se apoiou no corrimão.
— O que o senhor gostaria que eu soubesse, milorde?
— Que não estou flertando. Estou pensando em me casar, para falar a verdade.
Ahá!
— Está? Quem é ela? Enviarei minhas felicitações.
— Não faça isso — disse Christopher, rápido demais, a expressão se transformando em uma careta.
Dulce conteve um sorriso.
— Por que não?
— Eu ainda... não... a pedi em casamento.
— Ah. Bem, fico feliz por termos esclarecido tudo, de qualquer forma. Boa noite, milorde.
Enquanto continuava a subir a escada, Dulce podia sentir o olhar dele em suas costas. Pobre Amelia Johns. Um coração partido faria muito bem a Christopher Uckermann, nem que fosse somente para ensiná-lo a não brincar com os sonhos e os corações das outras pessoas.
Quando chegou ao quarto, Dulce escreveu outra carta para mandar a Anahí e anexou uma segunda, com uma letra mais bruta e escrita com outra caneta, endereçada a ela mesma. Esperava que Anahí fosse mais contida com a colônia. O aroma da primeira missiva ainda pairava no ar, e podia jurar que, quando jogara a carta na lareira, as chamas haviam ficado azuis.
***
Dulce se levantou cedo. Para a sorte de sua missão, tanto Milly quanto Edwina tendiam a dormir até mais tarde. Depois de uma noite na ópera, ela não as veria antes do meio-dia. Após chamar Mary e colocar seu vestido de montaria, desceu a escada apressadamente. O cavalariço de seu primo a esperava do lado de fora, com Sheba já selada e pronta ao seu lado.
— Bom dia, John — cumprimentou, sorrindo, enquanto ele a ajudava a montar.
— Bom dia, lady Dulce — respondeu o jovem, remontando em seu capão cinza. — Acho que Sheba está pronta para uma boa cavalgada esta manhã.
— Fico feliz em saber, porque Charlemagne também se sente assim. — Dare, montado em seu esplêndido e esguio baio, apareceu de trás da casa e parou ao lado. — E eu, também. Bom dia, John.
— Lorde Dare.
A despeito da irritação, Dulce precisava admitir que Dare estava muito atraente. Ela praticamente conseguia ver o próprio reflexo nas botas pretas dele, e com sua pele clara e os olhos castanho-claros, o casaco ferrugem lhe conferia uma grandiosidade quase medieval. As calças pretas não tinham um único amassado, e o visconde montava Charlemagne como se tivesse nascido no dorso de um cavalo. Havia rumores de que fora concebido ali mesmo.
— Levantou-se cedo esta manhã. – Maldição, Dulce queria um pouco de ar fresco para arejar a cabeça. Dare e uma cabeça arejada eram incompatíveis.
— Não conseguia dormir, então desisti. Vamos? Regent’s Park, quem sabe?
— John me escoltará. Não preciso da sua assistência.
— John me escoltará também. Não queremos que eu caia da sela e quebre meu pescoço, não é mesmo?
Dul ardia para dar uma resposta curta e grossa, mas, quanto mais tempo perdessem discutindo, menos tempo duraria a cavalgada.
— Ah, está bem. Se o senhor insiste em nos acompanhar, vamos.
Fazendo uma grande reverência de cima do cavalo, Christopher emitiu um ruído estalado para Charlemagne.
— Como eu poderia recusar um convite desses?
Partiram na direção de Regent’s Park, lado a lado, e John a alguns metros atrás. Flerte, lembrou ela. Diga algo agradável. Infelizmente, nada vinha à mente.
— Bradshaw pretende seguir com sua carreira na marinha? — perguntou finalmente.
— Ele diz que sim, mas já está ansiando por se tornar capitão do próprio navio. Se isso não acontecer logo, todos supomos que vá se tornar um pirata e roubar uma embarcação.
Dare falou aquilo em um tom tão natural que Dulce soltou uma risada antes que conseguisse se conter.
— O senhor já o informou dessa teoria?
— Edward já o fez. O Nanico quer ser primeiro-marinheiro.
— E Robert voltará para o exército?
O rosto fino e magro ficou sombrio por um momento.
— Não. Não permitirei.
Aquele tom nada característico e a escolha de palavras a deixaram sem fala.
Conciliar os dois lados de Christopher Uckermann estava se tornando confuso: ele parecia tão zeloso com relação aos irmãos e às velhas tias, mas, quando se tratava de mulheres como Amelia, comportava-se como um libertino sem coração.
Qual dos dois era o verdadeiro lorde Dare? E por que ela estava fazendo aquela pergunta, quando sabia a resposta? Ele partira seu coração e arruinara suas esperanças para o futuro. E nunca pedira desculpas por isso.
Christopher se deu conta que era um idiota. Eles estavam tendo uma conversa agradável, até a fizera rir, ora essa, e então soltara aquela resposta sobre Bit antes de conseguir fechar a boca.
Qualquer que fosse o plano de Dulce, parecia envolver ser gentil com ele, e Christopher não tinha objeção alguma a isso. Mas sabia muito bem que ela o odiava, e não conseguia pensar em nenhuma razão para ter mudado de ideia sobre aquilo.
Esse jogo seria mais fácil de decifrar se não permitisse que seu desejo enevoasse todos os pensamentos e as conversas. Seis anos não haviam apagado a sensação da pele nem o gosto da boca de Dulce de seus sentidos, e ele percebera, havia muito tempo, que nem a passagem dos anos, nem uma legião interminável de amantes, seria capaz de apagar. Aquilo era tremendamente frustrante, e tê-la dormindo sob o mesmo teto estava piorando as coisas.
— Tia Milly melhorou desde que você chegou — comentou, tentando mudar de assunto antes que seu cérebro já superaquecido o fizesse dizer algo de que se arrependeria.
Autor(a): leticialsvondy
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— Fico feliz em ou... — Dulce! Ei, lady Dul! Christopher olhou para a rua. Lorde Luxley, aquele maldito rostinho bonito cheio de si, galopou na direção deles, derrubando um carrinho de laranjas em sua pressa em alcançá-los. Se fora aquele idiota quem mandara a carta que deixou Dulce tão convencida, Christopher iria comer o seu ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 18
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candyle Postado em 20/03/2023 - 23:57:41
Christopher gente como a gente cheio de dívidas kkkkkkk continua
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candyle Postado em 19/03/2023 - 23:42:10
Continuaaaa
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candyle Postado em 18/03/2023 - 20:51:08
Meu Deus, que mulher desprezível essa Amélia Continua
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candyle Postado em 17/03/2023 - 19:45:02
Continuaaa
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candyle Postado em 14/03/2023 - 20:41:01
Continuaaaaa, tô amandoooo
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candyle Postado em 10/03/2023 - 12:11:28
Continuaaa
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candyle Postado em 07/03/2023 - 17:59:33
Morri na parte do vadiar kkkkkkkkkkkk Continua, tô amando essa guerrinha nada saudável (pras leitoras) kkkk
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candyle Postado em 04/03/2023 - 23:24:12
Dois cabeças duras mano kkkkkkkkkkkkkk continuaa
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candyle Postado em 03/03/2023 - 22:27:03
Aínda bem que vc voltouuu! Tava muito ansiosa e veio logo um hot maravilhoso kkkkkkk Posta maiiiis
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candyle Postado em 23/02/2023 - 23:29:10
Continuaaaaa