Fanfic: Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada) | Tema: Vondy
— Ame... Então é ela que o senhor está cortejando, pobrezinha. Faça como achar melhor, Dare. — Dulce se virou, seguindo na direção da escada. — Sempre o faz, de qualquer jeito.
Hummm. Aquilo fora bastante óbvio. E atípico de Dulce. Ela devia saber, àquela altura, quem ele estava cortejando; todos em Londres sabiam. Talvez estivesse tentando mantê-lo longe de Amelia. Conhecendo-a, ela consideraria sua obrigação proteger a moça dos interesses malignos dele. Por outro lado, talvez — muito talvez —, ela estivesse com ciúmes.
— Dawkins — chamou quando começou a descer a escada —, peça para prepararem o piquenique para quatro pessoas, por favor. Aqueles que se importam com essa família estarão no Hyde Park esta tarde.
— Está bem, milorde.
Passar a tarde com Amelia seria mesmo uma tortura. Um piquenique com Dulce era outro tipo de tortura, mas uma pela qual ansiava.
***
Eles saíram no coche de Dare, o único veículo que podia acomodar as tias, Christopher, ela, uma cesta de piquenique, um lacaio e a cadeira de rodas. Dulce se permitiu sentir um pouquinho de culpa pelo fato de a pobre Amelia estar presa em casa em uma tarde tão linda. Por outro lado, estava salvando a pobre garota de uma vida inteira de dor e humilhação nas mãos do impenitente visconde de Dare. Uma tarde de solidão parecia ser uma troca justa.
Não que o obstinado Christopher fosse totalmente ruim. Poderia tolerar um ou dois beijos dele, pensou Dulce, se fosse necessário para que se apaixonasse por ela.
Dul o olhou, do outro lado do coche, sentado com a cesta de tricô de Edwina no colo e conversando com as tias animadas sobre quem não comparecera ao Parlamento. Ela jamais o imaginaria daquela forma: a domesticidade e Christopher Uckermann sempre pareceram opostos. Algo naquilo era atraente, especialmente com a lembrança do beijo ainda quente em seus lábios.
— Estava querendo lhe dizer, minha querida — disse Edwina, capturando sua atenção —, que nunca a vi nesse vestido antes. É lindo.
Dulce olhou para a musseline prateada e verde.
— Vi o tecido na Willoughby’s no início da temporada, e praticamente tive que arrancá-lo das mãos de lady Dunston. Madame Perisse faz maravilhas, não faz?
— Não sei se é a costureira ou a pessoa que está usando o vestido — observou Milly. — Não concorda, Christopher?
Ele concordou com a cabeça, um sorriso lento curvando seus lábios.
— Há tempos quero um vestido de Madame Perisse — confessou Edwina com um suspiro. — Algo azul, acho.
O olhar de Dulce se fixou no de Christopher, que se inclinou para a frente.
— Azul? A senhora disse “azul”, tia Edwina?
— Bem, a amada Tigresa já se foi há um ano. E Dulce sempre está deslumbrante. Fiquei inspirada.
— “Tigresa”? — fez Dulce com a boca.
— A gata dela — murmurou Christopher em resposta.
Ela assentiu com a cabeça.
— Sabe, Edwina, a gata preta de Anahí Portilla acaba de ter filhotes. Depende da senhora, é claro, mas, se quiser, posso perguntar se ainda tem algum disponível.
Edwina ficou em silêncio por um bom tempo.
— Pensarei no assunto — decretou, por fim.
O coche parou com um sacolejo.
— Está pronta, tia Milly? — perguntou Christopher, entregando a cesta a Dulce para poder se levantar.
— Ah, céus. Está lotado demais?
O lacaio, Niles, abriu a porta e puxou a escadinha. Christopher saiu, então ajudou Edwina a descer.
— Eu pedi a Gimble que escolhesse um local isolado — respondeu ele, voltando a colocar o tronco para dentro do coche. — Apenas alguns homens a cavalo do outro lado da lagoa e uma governanta com as crianças jogando pão para os patos.
— Então acho que estou pronta.
Com Dulce a apoiando por trás e Christopher e o lacaio segurando seus braços, Milly desceu na grama.
— Segure-se, minha borboleta, vou pegar Dulce e sua bengala — instruiu Dare, estendendo a mão para Edwina.
Dulce lhe entregou a cesta e a bengala de Milly. Ao segurar na mão de Christopher e sair do coche, ele sorriu para ela. Antes que pudesse se conter, Dulce sorriu de volta.
— Espero que tudo corra bem. — Ora essa, não devia estar sorrindo acidentalmente para o visconde. — Não quero que Milly fique desencorajada.
— Ela é difícil de desencorajar — garantiu Christopher, continuando a segurar amão dela de leve.
— Lamento por tê-lo impedido de ir ao seu compromisso hoje — acrescentou Dul, puxando a mão de volta.
— Eu não lamento. Não com uma companhia tão agradável.
O calor subiu pelas bochechas femininas. Uma ou duas semanas atrás, ela teria uma resposta astuta e mordaz. Agora, não fazia ideia do que dizer. Eles estiveram brigados por tanto tempo que, quando Dare dizia algo gentil ou elogioso, Dulce se sentia como se aquele homem soubesse o que estava pensando e tramando. Ela esperava que Christopher só estivesse gracejando até o momento em que começaria a rir e diria que nunca poderia se apaixonar e que ela era tola por pensar que isso aconteceria.
— Dul?
Ela se sacudiu.
— Sim?
Christopher a estava fitando com um ar de especulação alarmante, que nunca vira antes.
— Onde a senhorita estava? — perguntou.
Ela deu de ombros, afastando-se.
— Estava apenas lembrando que tento não repetir meus erros.
— Eu também tento, Dulce. — Antes que pudesse decifrar aquilo, Christopher se virou para a tia. — Vamos, minha querida?
Com a bengala em uma mão e apoiando-se firmemente no braço do sobrinho com a outra, Milly deu um único passo hesitante na grama. Dulce e Edwina, com Niles e Gimble, vibraram, e ela deu um segundo passo, e um terceiro.
— Eu sabia que a senhora conseguiria! — exclamou Dulce, rindo.
— Fico tão feliz por você ter sugerido isso, Dul — comentou Edwina, sorrindo. — É um milagre.
Christopher lhe lançou um olhar penetrante, então voltou a guiar a tia em um amplo círculo em torno do coche. Quando Milly alegou estar exausta, pegaram a cadeira de rodas e a colocaram debaixo de uma árvore. Niles estendeu os cobertores e colocou a cesta com comida no chão enquanto Dulce cuidava de sua amiga.
— O almoço está servido, milorde — anunciou Niles, fazendo uma reverência.
Eles se acomodaram em um semicírculo em torno de Milly enquanto o lacaio lhes oferecia vinho Madeira e sanduíches. Gimble conseguira, de fato, encontrar um lugar tranquilo em um canto do parque. Dulce concluiu que era muito agradável poder se sentar, rir e conversar sem outras três ou quatro dúzias de homens tentando fazer contato visual ou montando seus cavalos da forma mais extravagante possível para chamar sua atenção.
Autor(a): leticialsvondy
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— Então, a quem a senhora reservará a primeira dança depois que se recuperar? — perguntou ela, aceitando uma laranja de Edwina. — Acho que chamarei o duque de Wellington. Considerei chamar o Príncipe George, mas não quero que ele se apaixone por mim. — Eu gostaria de um gatinho, se ainda houver um disponível ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 18
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candyle Postado em 20/03/2023 - 23:57:41
Christopher gente como a gente cheio de dívidas kkkkkkk continua
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candyle Postado em 19/03/2023 - 23:42:10
Continuaaaa
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candyle Postado em 18/03/2023 - 20:51:08
Meu Deus, que mulher desprezível essa Amélia Continua
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candyle Postado em 17/03/2023 - 19:45:02
Continuaaa
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candyle Postado em 14/03/2023 - 20:41:01
Continuaaaaa, tô amandoooo
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candyle Postado em 10/03/2023 - 12:11:28
Continuaaa
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candyle Postado em 07/03/2023 - 17:59:33
Morri na parte do vadiar kkkkkkkkkkkk Continua, tô amando essa guerrinha nada saudável (pras leitoras) kkkk
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candyle Postado em 04/03/2023 - 23:24:12
Dois cabeças duras mano kkkkkkkkkkkkkk continuaa
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candyle Postado em 03/03/2023 - 22:27:03
Aínda bem que vc voltouuu! Tava muito ansiosa e veio logo um hot maravilhoso kkkkkkk Posta maiiiis
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candyle Postado em 23/02/2023 - 23:29:10
Continuaaaaa