Fanfics Brasil - Capítulo 7 (PARTE 3) Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada)

Fanfic: Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 7 (PARTE 3)

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— Então, a quem a senhora reservará a primeira dança depois que se recuperar? — perguntou ela, aceitando uma laranja de Edwina.


— Acho que chamarei o duque de Wellington. Considerei chamar o Príncipe George, mas não quero que ele se apaixone por mim.


— Eu gostaria de um gatinho, se ainda houver um disponível — decidiu Edwina.


— Mandarei um recado a Anahí esta tarde — prometeu Dulce.


Enquanto Niles recolhia o almoço e Milly e Edwina pegavam seus bordados, Christopher se levantou.


— Se as senhoras estiverem confortáveis, pensei em esticar as pernas um pouquinho — disse, tirando uma folhinha de sua calça cinza. — Dulce, gostaria de me acompanhar?


Não pensara, infelizmente, em trazer nada para bordar ou um livro para ler, então ficaria parecendo idiota e covarde se recusasse e tivesse de permanecer sentada na grama, olhando para as próprias mãos.


— Eu adoraria — respondeu, permitindo que Christopher a ajudasse a se levantar.


Dare lhe ofereceu o braço e, após hesitar brevemente, ela envolveu a manga do casaco dele com os dedos.


— Não vamos longe — garantiu Christopher às tias, seguindo na direção da trilha da beira da lagoa.


— Espero que o senhor não se importe por eu ter comentado do gatinho com Edwina — disse Dulce antes que o visconde pudesse perguntar qual erro ela não iria repetir, ou por que, de fato, o coagira a vir a este piquenique. — Como vocês já têm um gato na residência, pensei que não se importariam com mais um.


— Com quatro irmãos mais novos, gatos são a última das minhas preocupações. Por que a senhorita sugeriu este passeio hoje? — indagou Dare, inabalável. — Foi porque queria que me desculpasse por ontem à noite?


O calor correu por suas veias.


— Mal me lembro da noite passada. Estava tarde, e nós dois estávamos cansados.


— Eu não estava cansado. Queria beijá-la. E acho que você se lembra. — Christopher tirou uma caixinha do bolso e a entregou. — Foi por isso que pensei que talvez precisasse disto aqui hoje.


Dulce abriu a caixa. O leque era ainda mais bonito que o anterior, com pequenas flores brancas salpicadas entre as varetas de marfim. Ela se perguntou se Dare sabia que os leques que ela quebrava em seus dedos nunca eram os que ele lhe dera. Esses ficavam guardados em uma gaveta, onde podia fingir ignorá-los.


— Christopher, isso tudo é muito confuso para mim — disse Dul, feliz por, ao menos dessa vez, poder falar a verdade.


E percebeu, um tanto tardiamente, que estavam escondidos das tias por uma curta fileira de olmeiros. Não havia mais ninguém à vista.


— Não precisa ser — murmurou, erguendo o queixo dela com os dedos.


Com o pânico crescendo rápido o suficiente para sufocá-la, Dulce se afastou. Podia culpar Christopher pelo primeiro beijo; um segundo seria culpa igualmente sua.


— Por favor, não.


Christopher congelou, então extinguiu o espaço entre eles com um passo lento.


— Se você se lembra da maneira como danço valsa, deve se lembrar de outras coisas também.


Aquele era o problema.


— Tem certeza de que quer me lem...


Christopher se abaixou e beijou os lábios dela com uma delicadeza tremenda, saboreando-a como se nunca tivessem se beijado antes. Dulce suspirou e deslizou os dedos pelo cabelo escuro e ondulado dele. Senhor, como sentira falta daquilo. Falta dele, da sensação dos braços fortes em torno do seu corpo e da boca curiosa e atraente. Ele intensificou o beijo. Um ruído leve escapou de dentro de seu peito.


O que estava fazendo? Dulce se afastou de novo.


— Pare! Pare, Dare!


Ele a soltou.


— Ninguém está nos vendo, Dulce. Somos apenas nós dois.


— Foi isso que você disse antes — ofegou ela, endireitando o xale e encarando-o cheia de raiva. Por mais bonito que seu novo leque fosse, estava tentada a enfiá-lo na cabeça dele.


— E você também cedeu — ponderou Christopher, dando um leve sorriso. — Não pode culpar apenas a mim. São necessárias duas pessoas para fazer aquilo, e pelo que me lembro...


Um rugido furioso explodiu do peito dela, e Dulce deu um passo a frente e empurrou o peito de Christopher.


— Maldição!


O visconde perdeu o equilíbrio e caiu de costas na lagoa.


Ao se levantar apressadamente, com a água pela cintura e a folha de um lírio d’água escorregando por um ombro, parecia bravo a ponto de cuspir fogo.


Dulce segurou a saia com os punhos e correu.


— Niles! — gritou ao chegar à comitiva. — Gimble! O visconde caiu na lagoa! Por favor, ajudem-no!


Enquanto Christopher saía da lagoa e pisava na margem enlameada, seus criados desceram a trilha correndo.


— Está bem, milorde? — perguntou Gimble, parando abruptamente e quase derrubando os três na água. — Lady Dulce disse que o senhor caiu.


Ainda resmungando palavrões, Christopher sacudiu os ombros para afastar a mão do criado.


— Estou bem — grunhiu. — Deixe-me.


Sem dúvidas, Dulce havia afogado a libido dele. Droga. Com Niles e Gimble logo atrás, Christopher marchou até o coche. Ela ficou parada, aparentemente explicando a trapalhada dele para suas tias. Mas ao vê-lo, empalideceu.


Seu primeiro pensamento foi arrastá-la até a beirada da lagoa e jogá-la ali dentro, só para que ficassem quites.


— Coloque tudo de volta no coche — ordenou. — Vamos embora.


— Christopher, você está... — perguntou Edwina.


— Estou bem. — Ele encarou Dulce, furioso. — Eu caí.


A surpresa marcou os olhos castanhos enquanto ela levava Milly até o coche. Não sabia o que aquela mulher esperava — ele não iria berrar aos quatro ventos que a beijara e Dulce o empurrara na lagoa.


Christopher parou. Qualquer outra mulher teria gostado do beijo. Então, supunha que, de certa forma, o que ela fizera era... reconfortante. Se Dulce estava planejando alguma coisa desleal, não teria arriscado irritá-lo derrubando-o na água. Dado o passado dos dois, Christopher não teria ficado surpreso se ela acertasse suas partes íntimas com o joelho. Ser empurrado na lagoa de patos era, provavelmente, a reação mais amena que poderia esperar. Céus, Dul estava se afeiçoando a ele.


— De volta para a Residência Uckermann — disse, com menos raiva, ajudando Milly a entrar no coche.


Dulce subiu as escadas sozinha enquanto ele acomodava a tia. Christopher se recostou no assento, torcendo a água do paletó cinza.


— Tem certeza de que está bem? — perguntou Edwina, fazendo um carinho em seu joelho molhado.


— Sim. Acho que mereci, afinal de contas, por ter provocado os patos. — Ele secou a água que estava em seus olhos. — Os tolinhos não perceberam que eu não queria lhes fazer mal.


Não foi nada sutil, mas a garantia pareceu funcionar. Dulce relaxou os punhos cerrados, embora tenha ficado olhando-o atentamente durante todo o trajeto até entrarem em casa.


Logo após Milly se acomodar, Christopher saiu do salão matinal para se trocar. Dulce estava parada na porta, e ele desacelerou ao passar.


— Eu compreendo a comunicação verbal — murmurou em seu ouvido. — Na próxima vez, vou perguntar.


Ela se virou, seguindo-o.


— Na próxima vez — começou, surpreendendo-o e fazendo-o parar —, talvez o senhor se lembre de que está cortejando outra pessoa. Amelia Johns, não é?


Ele a encarou.


— Esse é o seu problema? Ainda não disse nada a Amelia. Estou testando a extensão da minha paciência com o rebanho de debutantes.


— Mas e o que ela espera? Já pensou nisso, Christopher? Você pensa em alguma outra pessoa que não você mesmo?


— Penso em você, o tempo todo.


A despeito daquela abertura, Dulce não disse nada quando ele continuou subindo a escada para o quarto. Interessante. E ele lhe dera algo mais para refletir, de toda forma.


Christopher riu enquanto tirava o paletó e o valete entrava no quarto, choramingando pela destruição de sua roupa. Quem diria que ser empurrado em uma lagoa de patos poderia ser algo bom?


***


Milly andava para lá e para cá no salão matinal.


— Viu? E você disse que aquilo era romântico, quando eles saíram juntos.


Com os olhos cautelosos fixos na porta, Edwina indicou novamente que a irmã se sentasse.


— Os dois disseram que foi um acidente. Além disso, tiveram alguma briga anos atrás — lembrou. — É de se esperar que haja um ou outro percalço no caminho.


— As coisas pareciam mesmo estar progredindo. Contudo, isso definitivamente é um revés, Wina.


— Um pequeno revés. Dê-lhes um tempo.


— Ora. Estou ficando cansada de ficar sentada o dia todo.


— Milly, se você não ficar naquela cadeira, Dul não terá mais motivo algum para permanecer conosco.


Milly suspirou e desabou novamente em seu ninho cheio de almofadas.


— Eu sei, eu sei. Só espero não ter crise de gota novamente antes que isso termine. E aquelas cartas anônimas que ela tem recebido?


— Bem, teremos de descobrir a respeito disso, não é?


Milly se animou.


— Acho que teremos.



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Autor(a): leticialsvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • candyle Postado em 20/03/2023 - 23:57:41

    Christopher gente como a gente cheio de dívidas kkkkkkk continua

  • candyle Postado em 19/03/2023 - 23:42:10

    Continuaaaa

  • candyle Postado em 18/03/2023 - 20:51:08

    Meu Deus, que mulher desprezível essa Amélia Continua

  • candyle Postado em 17/03/2023 - 19:45:02

    Continuaaa

  • candyle Postado em 14/03/2023 - 20:41:01

    Continuaaaaa, tô amandoooo

  • candyle Postado em 10/03/2023 - 12:11:28

    Continuaaa

  • candyle Postado em 07/03/2023 - 17:59:33

    Morri na parte do vadiar kkkkkkkkkkkk Continua, tô amando essa guerrinha nada saudável (pras leitoras) kkkk

  • candyle Postado em 04/03/2023 - 23:24:12

    Dois cabeças duras mano kkkkkkkkkkkkkk continuaa

  • candyle Postado em 03/03/2023 - 22:27:03

    Aínda bem que vc voltouuu! Tava muito ansiosa e veio logo um hot maravilhoso kkkkkkk Posta maiiiis

  • candyle Postado em 23/02/2023 - 23:29:10

    Continuaaaaa


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