Fanfics Brasil - Capítulo 8 (PARTE 1) Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada)

Fanfic: Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 8 (PARTE 1)

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Imã de coração endurecido, sou por vós atraída


— Sonho de uma noite de verão, Ato II, Cena I


Então Christopher pensava nela. Ótimo. Essa era a intenção. Mas Dulce duvidava que ele tivesse qualquer coisa boa em mente, e se havia alguém que sabia que não devia se render aos charmes desse libertino em particular, era ela.


Talvez Christopher acreditasse que ainda não oficializara nada com Amelia Johns, mas a srta. Johns achava que ele quase o fizera. E independentemente de o visconde estar mentindo ou não sobre a seriedade de seu comprometimento, o coração da garota seria o próximo que partiria. Então, a despeito do arrepio que descia por seus braços quando pensava no beijo do demasiadamente experiente Dare, Dulce não se esqueceria do motivo pelo qual se infiltrara na Residência Uckermann. O coração nunca mais regeria a cabeça quando se tratasse de qualquer homem.


Quando a agitação do dia passou, ela se acomodou no salão matinal com Edwina e Milly. Se estivesse na Residência Hawthorne com tia Frederica, ocuparia a tarde cuidando da correspondência da duquesa viúva e respondendo às dezenas de convites que chegavam diariamente. Gastar uma ou duas horas lendo parecia deliciosamente indecente.


— Você sabe que não precisa passar o dia todo aqui, não é? — disse Milly, quebrando o silêncio.


Dulce ergueu os olhos.


— Como?


— O que quero dizer é: adoro tê-la aqui e sua companhia é um prazer, mas você deve achar eu e Edwina, dois velhos fósseis, extremamente entediantes em comparação com suas amigas.


— Besteira! Gosto de estar aqui. Acredite: ninguém consegue passar muito tempo apenas fazendo compras e dançando sem achar isso entediante. — Ela se endireitou quando um pensamento assustador lhe ocorreu. Se tivessem, de alguma forma, descoberto que era responsável pela queda de Dare na água, talvez estivessem procurando por uma maneira delicada de mandá-la embora. — A não ser que as senhoras estejam querendo me dispensar, é claro — concluiu ela, tentando soar brincalhona.


Edwina se levantou de imediato e correu até ela para pegar sua mão.


— Ah, jamais! É só que...


Ela olhou para a irmã.


— É só que o quê? — perguntou Dulce, o coração ficando ainda mais apertado.


— Bem, Christopher disse que você recebeu cartas de um cavalheiro. Com todos os irmãos na casa, pensamos... Talvez seu admirador tenha se sentido intimidado.


— Acha que ele poderia estar com medo de me visitar? — perguntou Dulce, aliviada. — Se estivesse falando sério, tenho certeza de que me visitaria de toda forma.


— É apenas um flerte, então? — quis saber Milly.


Por um instante, Dulce se perguntou se eram as tias ou Christopher que estava tentando descobrir a identidade de seu pretendente secreto. Era melhor não se arriscar até ter certeza. Suspirou.


— Sim, receio que sim.


— Quem é, querida? Talvez possamos enfiar um pouco de juízo no rapaz.


Dulce olhou de uma para a outra. Nunca poderia contar seu verdadeiro plano para Christopher; além de partir seus corações, a notícia as faria odiá-la, e Dulce gostava bastante das duas.


— Eu prefiro não discutir o assunto, se não se importam.


— Ah, é claro. É só que...


Edwina pausou.


— O quê? — questionou Dulce, a curiosidade aumentando.


— Nada. Nada, não, minha querida. Apenas um flerte. Todas gostamos de um bom flerte de vez em quando.


Subitamente, Dulce compreendeu o que as tias estavam tramando. Elas achavam que iriam unir um casal — ela e Christopher!


— Um flerte, é claro, é apenas o começo — ponderou enquanto bebericava seu chá. — Quem sabe o que pode acontecer depois?


As duas pareceram decepcionadas.


— Sim, quem sabe?


Dulce abafou uma pontada de culpa. Ao menos podia colocar toda a culpa em Dare, já que ele que começara aquilo. Tudo era culpa de Christopher. Até mesmo a maneira como, às vezes, quase gostava dele.


***


E gostou um pouquinho menos quando a grande família Uckermann sentou-se para jantar. A despeito de seu “mergulho” na lagoa de patos, a expressão no olhar dele era inconfundivelmente superior. Enquanto lhe puxava a cadeira, Dulce ficou tentada a perguntar o motivo daquele sorriso presunçoso, mas devia ter algo a ver com o beijo. Se fosse aquilo, um pouquinho de euforia silenciosa era melhor do que ele se vangloriando aos quatro ventos.


— Você devia ter me visto, Christopher — disse Edward, em meio ao riso, enquanto Dawkins e os lacaios passavam oferecendo o frango assado e as batatas. — Fiz o Temporal pular por cima de um tronco enorme! Fomos magníficos, não fomos, Shaw?


Bradshaw engoliu o que estava comendo.


— Foi só um graveto que eles saltaram, mas, fora isso, o Nanico tem razão.


— Não era um graveto! Era um... Um...


Ele olhou para Andrew com olhos suplicantes.


— Um galho de tamanho considerável — acudiu Andrew, sorrindo, com pedaços quebrados espetados para cima.


— Como um ouriço — concluiu Edward, estufando o peito.


— Isso é estupendo, Edward! — elogiou Dulce, espelhando o sorriso do garoto. — E sabe, por falar em ouriços, Christopher também viveu uma aventura no mundo selvagem esta tarde.


— Viveu?


— Por favor, conte — pediu Bradshaw.


— Dulc...


— Bem, estávamos caminhando pelo Hyde Park — começou ela, ignorando o olhar raivoso que Dare lhe lançou — e eu vi um patinho preso no junco na beira da lagoa. Seu irmão resgatou o pobrezinho...


— ... mas caiu na lagoa ao fazê-lo! — completou tia Milly.


Com exceção de Robert, toda a família explodiu em risadas.


— Você caiu em uma lagoa de patos? — perguntou Edward em meio a uma crise de riso.


Lorde Dare parou de olhar para Dulce.


— Sim, caí. E quer saber o que mais?


— O quê?


— Dul anda recebendo cartas perfumadas fedorentas de admiradores secretos.


O queixo dela caiu.


— Não faça parecer tão... tórrido — protestou ela.


— É tórrido. E muito fedido.


— Não é, não!


— Então nos conte de quem são, Dulce.


O rubor e o calor inundaram suas bochechas. Todos os cinco irmãos Uckermann estavam olhando-a, quatro com uma mistura de divertimento e curiosidade. A expressão no olhar do quinto, contudo, foi a que capturou sua atenção. O coração acelerou.


— Christopher Von Uckermann — disse tia Edwina, parecendo desejar que o sobrinho ainda fosse pequeno o suficiente para ganhar umas palmadas —, peça desculpas.


Os lábios do visconde se curvaram para cima, os olhos ainda em Dulce.


— E por que eu deveria?


— A correspondência de lady Dulce não lhe diz respeito.


O silêncio de alguns segundos deu a Dulce tempo suficiente para organizar seus pensamentos.


— Talvez devêssemos discutir a sua correspondência — sugeriu. — Ou será que o senhor está se sentindo preterido porque não recebeu nenhuma carta de amor?


— Eu estou me sentindo preterido — comentou Bradshaw, pegando um pão.


— Eu também — emendou Edward, apesar de parecer, por sua expressão, não fazer ideia do que todos estavam falando.


— Talvez seja porque mantenho meus assuntos pessoais em segredo — comentou Christopher, a expressão ficando mais severa.


— No entanto, sente a necessidade de fofocar sobre os meus — retrucou ela, empalidecendo em seguida.


Dare apenas ergueu uma sobrancelha.


— Conte-me um segredo que valha a pena guardar e o farei até a minha morte. — Dando uma olhada para a plateia extasiada, gesticulou para que Dawkins enchesse novamente sua taça de vinho. — Até então, me conformarei em discutir sua correspondência fedorenta.


Será que Christopher estava tentando garantir que podia ser confiável, ou estava tentando fazê-la falar? Dulce não se sentia pronta para arriscar a sorte ainda mais. Em vez disso, mudou de assunto e passou a falar do baile de Devonshire no final de semana, considerado o grande evento da temporada.


— As senhoras irão? — perguntou a Milly e Edwina.


— Céus, não. Com a multidão que o duque receberá, eu esmagaria os dedos de todos com minha cadeira de rodas.


— Eu ficarei em casa com Milly — disse Edwina com firmeza.


— A senhorita vai? — indagou Christopher, a perversidade se dissipando de sua expressão.




candyle: Sim kkk dizem que se odeiam mas não largam um do pé do outro kkk



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Autor(a): leticialsvondy

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— Que sandice, Dulce — arrulhou Milly. — Edwina e eu estaremos dormindo muito tempo antes de a dança sequer começar. Você precisa ir. — Bem, eu vou — declarou Bradshaw. — Estão dizendo que o contra almirante Penrose estará lá, e quero pressioná-lo... — ... sobre ter o seu própr ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • candyle Postado em 20/03/2023 - 23:57:41

    Christopher gente como a gente cheio de dívidas kkkkkkk continua

  • candyle Postado em 19/03/2023 - 23:42:10

    Continuaaaa

  • candyle Postado em 18/03/2023 - 20:51:08

    Meu Deus, que mulher desprezível essa Amélia Continua

  • candyle Postado em 17/03/2023 - 19:45:02

    Continuaaa

  • candyle Postado em 14/03/2023 - 20:41:01

    Continuaaaaa, tô amandoooo

  • candyle Postado em 10/03/2023 - 12:11:28

    Continuaaa

  • candyle Postado em 07/03/2023 - 17:59:33

    Morri na parte do vadiar kkkkkkkkkkkk Continua, tô amando essa guerrinha nada saudável (pras leitoras) kkkk

  • candyle Postado em 04/03/2023 - 23:24:12

    Dois cabeças duras mano kkkkkkkkkkkkkk continuaa

  • candyle Postado em 03/03/2023 - 22:27:03

    Aínda bem que vc voltouuu! Tava muito ansiosa e veio logo um hot maravilhoso kkkkkkk Posta maiiiis

  • candyle Postado em 23/02/2023 - 23:29:10

    Continuaaaaa


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