Fanfics Brasil - Capítulo 9 (PARTE 1) Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada)

Fanfic: Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 9 (PARTE 1)

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O mundo todo é muita coisa; preço exorbitante para um pequeno vício


— Otelo, Ato IV, Cena III


— Então eu tenho uma pergunta. Anahí se encolheu na cama de Dulce com o queixo apoiado na mão.


Parecia extremamente confortável.


Dulce invejava sua tranquilidade, embora nunca tivesse visto Anahí se estafar, nem um pouquinho, por nada. Provavelmente era resultado de ter um general brilhante e altamente disciplinado como pai, que, depois da morte da esposa, decidiu dar à filha a própria educação e a riqueza.


Quanto a ela mesma, cada terminação nervosa em seu corpo parecia estar pegando fogo. Cada barulho a fazia pular, e mesmo a seda mais macia, em contato com a pele, parecia áspera e espinhosa. É claro que ter trocado de vestido cinco vezes em vinte minutos talvez tivesse algo a ver com isso.


— Que pergunta? — indagou, virando-se para olhar as próprias costas no espelho. O azul era bonito, mas já o usara antes. Ele já o vira antes.


— Até onde vai levar isso, Dul?


Outra palpitação de nervosismo passou por seu corpo, e ela se virou para que Mary desabotoasse as costas do vestido.


— Vamos provar o novo.


— O verde, milady?


— Sim.


— Mas achei que a senhorita tivesse dito que era muito...


— Imodesto. Eu sei. Mas os outros não parecem... certos.


— Dul?


— Eu a ouvi, Annie. — Ela olhou pelo espelho para a aia, ocupada desabotoando as costas de seu vestido. Confiava em Mary, mas sua reputação custaria todo o seu futuro. — Mary, poderia ver se a sra. Goodwin tem chá de hortelã?


— É claro, milady.


Depois que a aia fechou a porta ao sair, Anahí se levantou e ajudou Dulce a tirar o vestido.


— Isso é sério, não é?


— Se a lição não for aprendida, tudo será em vão. Ele me magoou, Annie. Não permitirei que faça isso com mais ninguém.


— Isso é o máximo que você já falou sobre o assunto — observou a amiga, analisando sua expressão. — Mas ensinar uma lição a ele não significa que você precise arriscar se magoar novamente.


Dulce forçou uma risada.


— O que faz você pensar que me magoarei? Já aprendi a minha lição quando se trata de Christopher Uckermann.


— É que você não está parecendo transbordar raiva e determinação.


— Como estou parecendo, então?


— Você parece... animada.


— Animada? Não seja ridícula. Este é o sexto ano em que participo do baile de Devonshire. As festividades são sempre divertidas, e você sabe que gosto de dançar.


— Você irá com os Uckermann ou sua tia lhe enviará um coche?


— Irei com tia Frederica. Milly e Edwina não participarão e não posso aparecer acompanhada de Christopher e de Bradshaw.


— Algumas semanas atrás, você só se referia a ele como Dare. Agora o chama pelo nome de batismo de novo.


— Estou fingindo cortejá-lo, lembra-se? Ou permitir que me corteje. Preciso ser amigável.


— Qual a cor preferida de Christopher?


— Verde. O que isso tem...


Dulce olhou para baixo, para o novo vestido, enquanto Anahí abotoava as costas. A seda brilhava um tom esmeralda permeado por tons mais claros de verde; a saia e as luvas eram cobertas por uma gaze fina. O decote era o mais profundo que usava em um bom tempo, mas, ao girar em frente ao espelho, ela se sentia linda. E o novo leque amarelo e branco combinaria perfeitamente com a veste.


— Eu gosto de verde.


— É claro.


Dulce parou de girar.


— Sei o que estou fazendo, Annie. Você pode pensar que nossas listas eram apenas uma maneira boba de passar a tarde, mas toda vez que penso na pobre Amelia Johns e em quanto Dare poderia machucá-la com sua insensibilidade estúpida... Acredite em mim, estou falando muito sério.


Anahí se afastou, observando Dulce e o vestido.


— Acredito em você. Mas é para ensinar uma lição a ele, Dul, não arruinar você.


— Não deixarei que isso aconteça. Gato escaldado tem medo de água fria. — Ela sorriu, girando novamente. — Acho que é este.


— Você certamente chamará a atenção de Dare.


Por mais otimista que Anahí estivesse, Dulce ficou andando de um lado para o outro irrequieta por mais meia hora depois que a amiga foi embora.


Sozinha, era mais difícil garantir a si mesma que permanecia indiferente a Christopher. Quando tinha 18 anos, a atenção, o charme e a beleza dele foram avassaladores. Graças, em grande parte, a Christopher, ela não era mais a mesma garota.


De toda forma, a parte menos lógica disso tudo era que ainda se sentia atraída por ele. Seis anos depois, aquele homem parecia mais... consciente, mais atencioso com todos à sua volta, e mais maduro do que antes. Dulce jamais esperara o calor nítido e a afeição que ele demonstrava por sua família. E o que talvez tivesse sido a maior mudança de todas: Christopher se desculpara com ela.


Duas vezes, e quase como se compreendesse todo o estrago que causara e estivesse genuinamente arrependido — ou, pelo menos, como se quisesse que Dul pensasse isso.


Às 20h30, um lacaio bateu à porta.


— Milady, seu coche está aqui.


— Obrigada.


Respirando fundo, saiu do quarto e desceu a escada.


Bradshaw, vestindo seu mais belo traje naval azul e branco, estava parado no saguão, colocando o sobretudo. Ele ergueu os olhos quando ela chegou e congelou.


— Minha nossa... Dul, por favor, não deixe o contra-almirante Penrose vê-la antes de eu falar com ele. Penrose não vai mais prestar atenção em mimdepois que a vir.


Sentindo-se levemente reconfortada, Dulce sorriu.


— Farei meu melhor. Mas o senhor também está muito elegante.


Shaw retribuiu o sorriso, ensaiando uma saudação.


— Não é exatamente a mesma coisa, mas obrigado.


O ar se agitou atrás dela. Resistindo à vontade de alisar a saia, Dulce se virou. Dare estava usando um paletó cinza-escuro, sua calça era preta como a noite e a gravata, branquíssima em torno do pescoço, por cima do colete. Ele não usava acessório algum — mas, também, não precisava. O cabelo escuro se encaracolava na altura do colarinho, e seus olhos castanho-claros brilharam quando a observou da cabeça aos pés.




candyle: Leu morrendo de ciúmes kkkk



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Autor(a): leticialsvondy

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O calor subiu pela parte de trás de suas pernas até o couro cabeludo. Ela não esperava reagir fisicamente. Sim, ainda gostava de seus beijos, mas pensara estar imune à atraente masculinidade. Para encobrir seu desconcerto, fez uma reverência. — Boa noite. Christopher queria umedecer os lábios. Em vez disso, a cumprimentou com ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • candyle Postado em 20/03/2023 - 23:57:41

    Christopher gente como a gente cheio de dívidas kkkkkkk continua

  • candyle Postado em 19/03/2023 - 23:42:10

    Continuaaaa

  • candyle Postado em 18/03/2023 - 20:51:08

    Meu Deus, que mulher desprezível essa Amélia Continua

  • candyle Postado em 17/03/2023 - 19:45:02

    Continuaaa

  • candyle Postado em 14/03/2023 - 20:41:01

    Continuaaaaa, tô amandoooo

  • candyle Postado em 10/03/2023 - 12:11:28

    Continuaaa

  • candyle Postado em 07/03/2023 - 17:59:33

    Morri na parte do vadiar kkkkkkkkkkkk Continua, tô amando essa guerrinha nada saudável (pras leitoras) kkkk

  • candyle Postado em 04/03/2023 - 23:24:12

    Dois cabeças duras mano kkkkkkkkkkkkkk continuaa

  • candyle Postado em 03/03/2023 - 22:27:03

    Aínda bem que vc voltouuu! Tava muito ansiosa e veio logo um hot maravilhoso kkkkkkk Posta maiiiis

  • candyle Postado em 23/02/2023 - 23:29:10

    Continuaaaaa


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