Fanfics Brasil - Capítulo 11 (PARTE 1) Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada)

Fanfic: Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 11 (PARTE 1)

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Puck.


— Sonho de uma noite de verão, Ato II, Cena I


O leve aroma de lavanda estava impregnado nos lençóis e no travesseiro no qual seu rosto estava apoiado. Com os olhos fechados, Christopher inspirou profundamente — Dulce.


Seis anos foram um tempo tremendamente longo para esperar por ela, mas teria esperado mais. À medida que despertava, ainda não conseguia acreditar que fora perdoado. Queria agradecê-la novamente — várias outras vezes, para falar a verdade — antes que as pessoas acordassem e ela tivesse que deixar seu quarto.


Nem mesmo assim, permitiria que Dul escapasse dele ou de sua cama por muito tempo. Agora que ganhara outra chance, não iria arruiná-la. Ainda bem que ainda não tinha pedido Amelia em casamento. Ao menos com Dul ele teria uma esposa com quem gostava de fazer sexo.


Christopher se espreguiçou cuidadosamente, sem querer acordá-la, e então abriu os olhos. O lado dela da cama estava vazio. Franziu o cenho, sentando-se.


— Dulce?


Silêncio o respondeu.


Ao se virar, algo tocou em suas costas desnudas. Ele pôs o braço para trás e pegou o objeto. A caixa. Por um longo momento, ficou olhando-a, querendo que seu cérebro saturado voltasse a funcionar. Passando a mão pelo cabelo bagunçado, voltou sua atenção para o travesseiro onde a caixa fora depositada.


Havia uma meia disposta cuidadosamente sobre ele, com um papel dobrado debaixo.


Não queria, de jeito nenhum, ler aquele bilhete. Mas também não queria ficar sentado na cama a manhã toda olhando para ele. Então, respirando fundo, o pegou e o abriu. Na bela letra de Dulce, dizia: Agora você tem um par das minhas meias. Espero que as aprecie, pois não me terá novamente. Dulce.


Ela planejara tudo. E ele caíra com toda a ingenuidade de um garotinho sofrendo por seu primeiro amor. A raiva o rasgou por dentro, e ele amassou o bilhete com o punho, jogando-o na lareira. Uma única obscenidade explodiu de seu peito, silenciosa e veemente.


Saiu bruscamente da cama, pegando a calça e uma camisa limpa. Ninguém o fazia de idiota. Estava planejando pedidos de casamento e corpos entrelaçados, e Dulce estava apenas esperando que ele acordasse, rindo de como esperara seis anos para se vingar, mas finalmente estavam quites.


Mais intenso que a raiva que sentia, um nó de uma mágoa real se emaranhava cada vez mais dentro dele, como se alguém o tivesse chutado o estômago.


Christopher tentou afastá-lo, mas a sensação permaneceu lá, impedindo-o de respirar.


Isso era inaceitável. Não gostava de se sentir assim.


Ele desacelerou, enfiando as botas. Quando fora para a cama com Dulce seis anos atrás, não tinha sido para vencer a maldita aposta. Fora porque a queria. Não havia pensado em nada além de encontrar prazer naquele corpo feminino; não esperava passar os próximos seis se relembrando e querendo-a de novo.


Christopher marchou até o guarda-roupa, pegou um colete e um paletó e os colocou com uma raiva fria e sombria. A noite passada tinha sido diferente, até mesmo melhor que a primeira. Estava pensando além da instantaneidade dessa vez.


Fez uma careta, procurando por uma gravata limpa e engomada e amarrando-a no pescoço. Dulce também estava pensando além do imediatismo. Estava pensando em seus planos para que ficassem quites.


Quites. Estavam quites. A palavra era, de alguma forma, significativa, mas estava furioso demais para refletir sobre isso. Christopher caminhou até a porta, escancarou-a e marchou pelo corredor até a ala leste da casa. Não se deu ao trabalho de bater à porta, apenas a abriu.


— Dulc...


Ela não estava ali. Havia roupas espalhadas pelo cobre-leito e sobre o chão, mas a cama estava arrumada. As gavetas estavam semiabertas, com roupas caindo no chão em cascatas multicoloridas de seda e cetim, e metade dos itens de higiene pessoal da penteadeira não estavam mais lá.


Analisou o caos. Ela juntara algumas coisas apressadamente, sem se preocupar em esconder o fato. Isso significava que não tinha feito as malas na noite anterior, antes de seu pequeno golpe fatal.


Fazendo meia-volta, retornou ao quarto. O bilhete estava dentro da lareira, e ele o pegou, alisando-o e limpando as manchas de carvão. A letra não era tão precisa quanto de costume, a tinta estava um pouco borrada porque ela dobrara o papel antes de secar. Estava com pressa.


A pergunta era: por quê? Será que Dulce queria acabar com tudo aquilo antes que ele acordasse ou antes que perdesse a coragem? Enfiando o bilhete na gaveta de sua mesa de cabeceira com as duas meias, atravessou novamente o corredor e desceu a escadaria. Dawkins estava parado no saguão, bocejando.


— Por que você já está de pé? — indagou Christopher, as rédeas já desgastadas de sua raiva prontas para estourarem em cima da primeira pessoa que aparecesse à sua frente.


O mordomo se endireitou.


— Lady Dulce me chamou quase meia hora atrás.


— Por quê?


— Pediu que eu chamasse um coche, milorde, para ela e sua aia.


Ela levara a aia. Isso significava que não pretendia voltar. Os músculos de Christopher estavam tão contraídos de cólera e tensão que ele tremia.


— Lady Dulce disse para onde ia?


— Disse, milorde. Eu...


— Aonde? — rugiu Christopher, dando um passo adiante.


O mordomo deu um passo rápido para trás, tropeçando na chapeleira.


— Para a Residência Hawthorne, milorde.


Christopher esticou o braço e pegou o sobretudo.


— Devo pedir que Gimble sele Charlemagne para o senhor?


— Eu mesmo o farei. Saia da frente.


Engolindo em seco, Dawkins retirou-se do caminho, e Christopher escancarou a porta da frente. Desceu os degraus de dois em dois, colocando o casaco enquanto descia. O estábulo estava escuro e silencioso, visto que mal havia amanhecido.


Ficou surpreso por ver Sheba ainda ali ao lado de seu capão. Dulce não teria deixado a égua se estivesse planejando ir embora. Nem sequer a teria levado para lá, para início de conversa.


Christopher pausou enquanto apertava a cilha da sela de Chalemagne. A noite passada não havia sido um jogo. Sentira o calor e a paixão dela, e Dul ficara tão tocada quanto ele. Qualquer que tenha sido a lição que ela decidira ensiná-lo, então, fora uma ideia posterior. Ou ao menos o método o tinha sido.


Ou talvez aquilo fosse um pensamento ilusório, tentando justificar por que, mais uma vez, fora incapaz de resistir à atração pelo corpo dela, independentemente das consequências. Christopher montou na sela e guiou Charlemagne para fora do estábulo, abaixando-se no pescoço do baio ao passar pelas portas baixas.


Mesmo sendo bastante cedo, Mayfair já estava se enchendo de vendedores e carroças entregando leite, gelo e verduras frescas. Costurou por entre eles até Grosvenor Square, onde a mansão da duquesa viúva de Wycliffe ficava, em meio às residências das famílias mais antigas e ricas da Inglaterra. Nenhum cavalariço apareceu quando saltou do cavalo; os criados da duquesa provavelmente ainda estavam dormindo.


Mas alguém precisava ter aberto a porta para deixar Dulce entrar. Ele bateu. Vários longos segundos se passaram sem resposta. Bateu novamente, mais forte.


Um trinco foi destravado e a porta se abriu. O mordomo, parecendo muito mais composto que Dawkins, apareceu.


— A entrada dos serventes é... Lorde Dare. Minhas desculpas, milorde. Como posso ajudá-lo?


— Preciso falar com lady Dulce.


— Sinto muito, milorde, mas lady Dulce não está aqui.


Christopher esperou por uma fração de segundo, tentando controlar novamente seu temperamento à flor da pele.


— Sei que está aqui — disse, bem baixinho —, e preciso falar com ela. Agora.


— A... Por favor... — O mordomo deu um passo atrás no saguão. — Se o senhor puder esperar no salão matinal, vou averiguar.


— Obrigado.


Christopher marchou para dentro da casa. Ficou tentado a continuar subindo a escada e ir direto até o quarto dela, mas não tinha certeza se Dul ainda dormia no mesmo quarto de seis anos atrás — e com a raiva que estava sentindo, sabia que, se os outros percebessem que sabia em qual dos vinte quartos da casa ela dormia, isso provocaria perguntas.


Zangado demais para se sentar, ficou andando de um lado para o outro no salão matinal, com as mãos cerradas em punhos ao lado do corpo. Sua pele ainda tinha um leve aroma de lavanda. Maldição. Devia ter se dado ao trabalho de se livrar do cheiro dela, antes que aquilo o enlouquecesse.


Segundo o relógio na cornija da lareira, eram 5h48. Se Dul saíra da Residência Uckermann meia hora antes de ele acordar, em um coche alugado, provavelmente estava ali havia uns 15 minutos. Christopher levara menos de dez para atravessar Mayfair, visto que estava a cavalo e furioso.


Outra obscenidade escapou dele. Se Dulce não descesse logo, iria subir para achá-la. A fuga não seria fácil assim. Não depois do que sentiu entre eles na noite anterior. Não depois dos planos que fizera.


— Lorde Dare.


— Que diabos... — A voz sumiu quando se virou para a porta. — Sua Graça — cumprimentou, fazendo uma reverência.


— O senhor está aqui cedo — disse a duquesa viúva, os olhos verdes claros o avaliando da porta. — Gostaria de terminar sua frase?


Christopher engoliu uma resposta. Ela estava vestida e com o cabelo preso; provavelmente tinha acordado assim que Dulce retornara. Será que esperava que ele fosse até lá e arruinasse tudo? Tornando a pequena fuga dela culpa dele?




candyle: Cara, o site não estava abrindo de jeito nenhum pra mim, não sei o que houve, por isso não postei. O capítulo 10 realmente é tudoo kkkk



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Autor(a): leticialsvondy

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— Não, Sua Graça. Estou aqui para ver lady Dulce. — Foi o que Pascoe me informou. O senhor parece imensamente agitado, milorde. Sugiro que volte para casa, faça a barba, recupere o autocontrole e retorne em um horário decente para visitas. — Com todo o respeito, Sua Graça — falou enquanto andava de um lado para o o ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • candyle Postado em 20/03/2023 - 23:57:41

    Christopher gente como a gente cheio de dívidas kkkkkkk continua

  • candyle Postado em 19/03/2023 - 23:42:10

    Continuaaaa

  • candyle Postado em 18/03/2023 - 20:51:08

    Meu Deus, que mulher desprezível essa Amélia Continua

  • candyle Postado em 17/03/2023 - 19:45:02

    Continuaaa

  • candyle Postado em 14/03/2023 - 20:41:01

    Continuaaaaa, tô amandoooo

  • candyle Postado em 10/03/2023 - 12:11:28

    Continuaaa

  • candyle Postado em 07/03/2023 - 17:59:33

    Morri na parte do vadiar kkkkkkkkkkkk Continua, tô amando essa guerrinha nada saudável (pras leitoras) kkkk

  • candyle Postado em 04/03/2023 - 23:24:12

    Dois cabeças duras mano kkkkkkkkkkkkkk continuaa

  • candyle Postado em 03/03/2023 - 22:27:03

    Aínda bem que vc voltouuu! Tava muito ansiosa e veio logo um hot maravilhoso kkkkkkk Posta maiiiis

  • candyle Postado em 23/02/2023 - 23:29:10

    Continuaaaaa


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