Fanfics Brasil - Capítulo 11 (PARTE 3) Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada)

Fanfic: Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 11 (PARTE 3)

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— Não, não sei de tudo, embora minha reputação pareça ser diferente. Vá para casa. Emma provavelmente também ficou sabendo dos rumores, e não quero ter que passar por isso de novo.


— Não gosto nada disso, mas tudo bem. Por ora.


— É só o que sempre peço.


— Até parece...


Com um sorriso breve e apreensivo, Grey saiu do escritório.


Frederica debruçou-se sobre a carta novamente, e então se recostou na cadeira, suspirando. O que quer que estivesse acontecendo, era grave. Achava que Dulce tinha começado a perdoar Christopher pelo deslize igualmente misterioso que ele cometera antes. Agora, não tinha tanta certeza. Teria permitido que Greydon interviesse se Dulce fosse a única pessoa magoada dessa vez. Mas Dare também estava sofrendo. Uma dor profunda e óbvia. Então, esperaria para ver o que iria acontecer.


***


— Não estou com muita vontade de sair esta noite — confessou Dulce quando a tia chegou ao primeiro andar da mansão.


— Sei que não. É por isso que iremos jantar com Lydia e James. Será uma reunião pequena e acabará cedo.


Franzindo a testa, Dulce se juntou à duquesa na porta da frente.


— Não é porque estou com medo de vê-lo, ou algo parecido.


— Isso não é da minha conta — respondeu a tia. — Estou feliz por você estar em casa novamente.


Esse era o problema, refletiu Dul. Não estava em casa. Não tinha, exatamente, um lar. Seus pais estavam em Shropshire com suas irmãs; seu irmão estava na Escócia; Helen e o marido, Geoffrey, estavam em York; e ela era bem-vinda para ficar com tia Frederica ou até mesmo com Grey e Emma, se quisesse.


O lugar onde mais gostara de morar, contudo, tinha sido na Residência Uckermann, passando as tardes conversando com as tias de Christopher, jogando cartas com Edward e falando sobre terras distantes com Bradshaw. E, é claro, vendo Christopher.


— Dulce, você vem?


— Sim.


Apesar das garantias da tia, ela permaneceu com os nervos à flor da pele a noite toda. Se Christopher estava tão zangado quanto tia Frederica supunha, não deixaria isso barato. Ela não deixara, quando ele a magoou antes. Dulce fora terrível, dissera a ele coisas que outras pessoas provavelmente achavam divertidas, mas que Christopher entendia que significavam que o detestava e o desprezava. Será que ele faria o mesmo com ela?


Nos dois dias seguintes, Dul permaneceu perto de casa, e ele não apareceu para fazer uma visita, nem enviou um bilhete. Ela se perguntava se Christopher teria ido atrás de Amelia Johns, mas afastou tal pensamento rapidamente. Se tivesse ido, ótimo. Esse era o motivo para toda aquela confusão, afinal de contas.


Dulce devia comparecer ao sarau de Glenview com Anahí e Maite e, embora não quisesse ir, também não queria se transformar em uma ermitã. A atitude mais sábia seria retornar a Shropshire, como havia planejado no começo de tudo. Isso significaria, no entanto, que era uma completa covarde. Além disso, não tinha do que fugir. Christopher não retaliara, e ela não tinha feito nada de errado, na verdade. Bem, tinha, mas ninguém além dos dois sabia disso, e ele merecera o que havia acontecido.


— Dul — cumprimentou Anahí, atravessando o salão correndo e segurando suas mãos. — Ouvi dizer que retornou à casa de sua tia. Está tudo bem?


Dul beijou sua amiga no rosto.


— Sim, está tudo bem.


— Você conseguiu, não foi? Ensinou-lhe a lição.


Engolindo em seco, olhando para a multidão por cima do ombro de Anahí, confirmou com a cabeça.


— Sim. Como sabia?


— Você não teria ido embora da Residência Uckermann se não tivesse conseguido. Estava muito determinada.


— Acho que estava, sim.


Maite se aproximou, vindo do salão de música.


— Todos estão dizendo que você e Dare brigaram novamente.


— Sim, preciso admitir que brigamos.


No entanto, como não o encontrara havia três dias, não compreendia como alguém podia saber que brigaram. Talvez porque estavam sempre brigando.


— Bem, então você precisa saber que...


— Boa noite, senhoritas.


— Que ele está aqui — concluiu Mai em um sussurro.


Dulce congelou. Não queria, por nada no mundo, se virar. Mas não podia evitar fazê-lo. Christopher estava a apenas alguns passos, próximo o suficiente para tocá-la. Não conseguiu avaliar a expressão dele, mas o rosto estava pálido e os olhos brilhavam.


— Lorde Dare — cumprimentou, com a voz um tanto oscilante.


— Gostaria de saber se a senhorita poderia conversar com minhas tias por um momento, lady Dulce — disse ele, com a voz seca e as costas, rígidas. — Estão preocupadas.


— É claro.


Endireitando os ombros e fingindo não perceber os olhares preocupados das amigas, Dulce o acompanhou.


Dare não lhe ofereceu o braço, e ela manteve as mãos entrelaçadas nas costas.


Dulce queria correr, mas aí todos saberiam que algo acontecera entre os dois. Rumores eram uma coisa, mas se ela ou Christopher fizessem algo para confirmá-los, ela não teria escolha a não ser retornar a Shropshire.


Dul arriscou uma olhada de canto de olho para ele. O maxilar estava cerrado com firmeza, mas, fora isso, o visconde não demonstrava nenhum sinal exterior de agitação. Ela estava tremendo com o nervosismo, mas Christopher não tinha a atacado como esperava. Pelo contrário: fez exatamente o que disse que faria, parando ao lado das tias.


— Ah, Dul, querida! — exclamou Edwina, puxando-a para um abraço. — Ficamos tão preocupadas! Ir embora daquele jeito sem dizer nada!


— Sinto muito — respondeu, apertando a mão da velha senhora. — Eu... precisei ir embora, mas não devia tê-lo feito sem dizer nada. Não quis preocupá-las.


— Sua tia está bem? — perguntou Milly, adiantando-se.


— Sim, ela está... — Dulce a fitou por um momento, só percebendo tardiamente, que não precisava olhar para baixo para falar com a tia de Christopher.


— A senhora está caminhando!


— Com a ajuda da minha bengala, mas, sim. Agora, o que aconteceu com você? Christopher disse algo que a irritou novamente?


Dulce sentiu os olhos dele a fitando, mas se recusou a olhá-lo.


— Não. Eu apenas precisava ir. Mas olhe para a senhora! Nem precisa mais de mim.


— Ainda gostamos da sua companhia, minha querida.


— E eu gosto da sua. Irei visitá-las em breve. Prometo.


Christopher se mexeu.


— Venha, Dulce, vou pegar uma taça de ponche para a senhorita.


— Eu realmente não...


— Venha comigo — repetiu ele, a voz mais baixa.


Dessa vez, Christopher ofereceu o braço, e, com as tias observando, Dulce não ousou recusar. Os músculos dele estavam rijos como aço, e os dedos dela tremiam.


— Milorde, eu...


— Você tem medo de mim? — perguntou ele no mesmo tom baixo.


— Medo? N... Não. É claro que não.


Christopher a encarou.


— Por que não? Deveria ter. Eu poderia arruiná-la em menos de um segundo.


— Não tenho medo porque você mereceu.


Christopher se aproximou, o desdém curvando sua boca.


— O que, exatamente, eu mereci?


Do outro lado do salão, tia Frederica estava olhando-os, com uma expressão preocupada. Grey estava a seu lado, com o rosto fechado. Dulce voltou a olhar para Christopher.


— Não devíamos conversar sobre isso aqui.


— Você não falaria comigo em nenhum outro lugar. Responda à maldita pergunta. Foi apenas vingança?


— Vingança? Não. Foi... Eu...


— Sabe o que penso? — disse ele, ainda mais baixinho, pegando-a pela mão.


Para as pessoas que os observavam, com certeza parecia um gesto de afeição; não tinham como saber que Christopher apertava sua mão com força, e que ela não conseguiria se desvencilhar mesmo que tentasse.


— Christopher...


— Eu acho que você tem medo — sussurrou — porque gostava de estar comigo.


Ah, não.


— Não é isso. Solte-me.


O visconde obedeceu imediatamente.


— Você decidiu me magoar antes que eu pudesse magoá-la de novo.


— Bobagem. Vou sair daqui agora. Não me siga.


— Não seguirei, se você reservar uma valsa para mim.


Dulce parou. Não era para aquilo acontecer. Christopher devia estar rastejando aos pés de Amelia Johns e sendo um bom marido. Precisava se certificar de que ele compreendia que a lição que ensinara não se resumia a uma vingança. Se isso significava que precisava dançar com ele esta noite, que assim fosse.


— Está bem.


— Ótimo.



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Autor(a): leticialsvondy

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Tróilo: Privaste-me de todas as palavras, senhora. Pândaro: Palavras não pagam dividas, dai-lhe ações. — Tróilo e Créssida, Ato III, Cena II Ele esperava vanglória, insolência ou uma arrogância indiferente. Em vez disso, Dulce estava tremendo. Deixando de lado a raiva pela presunção del ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • candyle Postado em 20/03/2023 - 23:57:41

    Christopher gente como a gente cheio de dívidas kkkkkkk continua

  • candyle Postado em 19/03/2023 - 23:42:10

    Continuaaaa

  • candyle Postado em 18/03/2023 - 20:51:08

    Meu Deus, que mulher desprezível essa Amélia Continua

  • candyle Postado em 17/03/2023 - 19:45:02

    Continuaaa

  • candyle Postado em 14/03/2023 - 20:41:01

    Continuaaaaa, tô amandoooo

  • candyle Postado em 10/03/2023 - 12:11:28

    Continuaaa

  • candyle Postado em 07/03/2023 - 17:59:33

    Morri na parte do vadiar kkkkkkkkkkkk Continua, tô amando essa guerrinha nada saudável (pras leitoras) kkkk

  • candyle Postado em 04/03/2023 - 23:24:12

    Dois cabeças duras mano kkkkkkkkkkkkkk continuaa

  • candyle Postado em 03/03/2023 - 22:27:03

    Aínda bem que vc voltouuu! Tava muito ansiosa e veio logo um hot maravilhoso kkkkkkk Posta maiiiis

  • candyle Postado em 23/02/2023 - 23:29:10

    Continuaaaaa


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