Fanfics Brasil - Capítulo 14 (PARTE 2) Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada)

Fanfic: Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 14 (PARTE 2)

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— Não era o marquês, Dulce?


Ela voltou ao presente, parando de olhar para Christopher e voltando-se para a tia.


— Desculpe, o que a senhora estava dizendo?


Frederica franziu o cenho, mas logo suavizou a expressão.


— Milly estava perguntando de seus pretendentes.


— Ah. Sim, então, era o marquês. É claro.


Aquela devia ser a terceira vez desde que Christopher as buscara que tia Frederica mencionava seus pretendentes, e Dulce não gostava nada daquilo. Não ia se casar com lorde Luxley nem com nenhum dos outros que a pediam em casamento quase semanalmente. Mesmo que não tivesse nenhum motivo especial para rejeitá-los, não estava interessada. A maioria a entediava. E a ideia de que Christopher poderia estar cortejando-a com a intenção de se casar era simplesmente... absurda. Dulce o humilhara e o enfurecera, e agora ele estava tentando fazer o mesmo com ela. Christopher esperava que ela se apaixonasse por ele mais uma vez, para poder rir e ir embora vitorioso. Dul podia atravessar o rio de corações partidos que o visconde deixara para trás, mas ele não suportava provar do próprio remédio.


A maneira como Christopher arranjava desculpas para pegar em sua mão ou encostar em seu braço podia deixá-la com calor e estremecendo, mas isso era apenas desejo carnal. Seu corpo ansiava pelo dele, mas a mente era apenas sua.


E o seu coração só seguiria o trajeto que a mente mandasse.


— Dulce, pare de devanear.


Ela saltou no lugar.


— Desculpe, o que é?


— Onde você está com a cabeça esta noite? — perguntou a tia, enquanto Milly e Edwina também olhavam-na.


— Apenas pensando. O que perdi?


— As perspectivas com lorde Westbrook.


— Ora, pelo amor de Deus, tia Frederica — ralhou, levantando-se e cobrindo os ombros com o xale. — Por favor, não faça isso.


— É enaltecedor ser cortejada por tantos homens.


— Sinto-me como uma minhoca em um anzol, rodeada por trutas. Seria meu belo molejo que os atiça, ou o fato de que sou bela e gorducha?


Bradshaw gargalhou.


— Sempre pensei em mim mesmo como um linguado, e não uma truta. — Olhou para os irmãos. — Que espécie de peixe vocês são?


— Um vairão — respondeu Andrew, sorrindo.


— Tubarão — murmurou Bit, a atenção, aparentemente, ainda voltada para os fogos de artifício.


O olhar de Christopher migrou para o irmão, e Dulce não pôde deixar de admirar a paciência e a compreensão. Ele estava ali, se e quando Robert precisasse.


— Alguém gostaria de um sorvete? — perguntou Christopher, levantando-se e olhando para as tias.


— Não tomo sorvete de limão há uma eternidade — respondeu Milly, sorrindo.


— Um para mim, também — pediu Edwina.


Todos queriam um sorvete, e Christopher desceu do camarote.


— Alguém pode se voluntariar para me ajudar a carregá-los? — perguntou, olhando novamente para Dulce.


Andrew começou a se levantar, mas foi sentado abruptamente quando Robert, sem dizer uma única palavra, agarrou a aba de sua casaca e o puxou. Bradshaw pareceu entender que não estava convidado, e é claro que Milly e a duquesa não iriam. Antes que Edwina pudesse se oferecer, Dulce deu a volta na cadeira e desceu a escada. Maldição. Aparentemente, seu corpo e seu coração estavam formando uma conspiração.


— Voltaremos em breve — anunciou Christopher, oferecendo-lhe o braço.


Ela sacudiu de leve cabeça, forçando-se a retomar o controle.


— Não sem um acompanhante.


Ele resmungou algo que devia ser uma obscenidade, e então olhou para os irmãos. Andrew teria se levantado novamente, mas Robert passou apressado por ele. Olhou para Dulce, e ela achou ter vislumbrado uma pitada de divertimento em seus olhos azuis-escuros.


— Vamos.


Robert continuou andando, e ela e Christopher tiveram de se apressar para alcançá-lo.


— Não foi uma tentativa muito sutil de ficarmos a sós — disse Dul. — Especialmente quando Bit atacou Drew.


— Não sabia que ele ia fazer aquilo. Agradecerei mais tarde. Bit é um excelente acompanhante, além disso. — Olhou para Robert, uns bons dez metros à frente. — Nós o perderemos de vista em uma questão de segundos.


Dulce riu, a mão no braço de Christopher. Quem dera não gostasse tanto de tocá-lo, mas parecia incapaz de resistir.


— Não está um tanto fresco para tomarmos sorvete? — perguntou quando a mente começou a lembrar como gostava de tocar a pele desnuda dele.


— Não consegui pensar em nada que fosse soar inocente o suficiente para afastá-la da sua vigilante tia.


Dul sentiu o rosto aquecer.


— Foi você quem convidou tia Frederica.


— Porque você não teria vindo sem ela.


As trilhas dos Jardins, que costuravam os camarotes e o gazebo principal, eram escuras e protegidas com árvores, arbustos e flores subindo até a beirada das pedras e transbordando sobre elas. Robert desacelerou, virando-se para eles.


— Vou voltar à Residência Uckermann — anunciou. — Boa noite.


— Bit — chamou Dulce, percebendo de repente que, sem ele, ficariam total e completamente sozinhos. — Você está bem?


Robert pausou, olhando-os por cima do ombro.


— Sim. Pessoas demais.


Em um instante, ele desapareceu. Embora pudesse ouvir risadas e conversas dos outros camarotes próximos, não havia ninguém à vista.


Dulce engoliu em seco, olhando para o perfil de Christopher enquanto caminhavam em direção ao centro do complexo.


— Ele ficará bem?


— Na medida do possível. Eu lhe disse que Bit era um acompanhante formidável.


Dulce soltou o ar que estava prendendo. Por que não conseguia sentir esse calor sob sua pele com Luxley, Westbrook, ou qualquer uma das outras trutas que nadavam ao seu redor? Por que apenas com Christopher, o mais inadequado de seus supostos pretendentes?


— O que você vê? — murmurou ele, notando que Dulce o avaliava.


— Também gostaria de saber — respondeu ela, parando, tardiamente, de analisá-lo.


— Não uma truta, espero.


— Isso depende. Ainda estaríamos jogando se eu fosse uma pobretona?


Christopher parou, apertando o braço dela contra o próprio tronco, fazendo-a parar ao seu lado. Ele não parecia zangado, mas muito sério, notou com surpresa Dulce.


— Não sei. Eu gostaria de saber. Eu... não quero vê-la com nenhum outro homem. Nunca.


— Então é apenas ciúmes? Um cortejo preventivo, para manter todos os outros afastados?


— Não. — Christopher franziu o cenho, passando a mão pelo cabelo preto. — Estou em uma situação complicada. Não vou reclamar, mas é a realidade. E não fujo da obrigação que tenho para com minha família. O que quero, contudo, só eu é que sei. — Aproximou-se, levantando o queixo dela para que se encarassem, olhos nos olhos. — Você optaria por ser uma pobretona? Ficaria menos desconfiada das intenções de um pretendente se fosse pobre e bonita?


Christopher jamais falara com ela daquele jeito antes e a curiosidade sincera na voz era quase dolorosa.


— Eu... não sei.


— Então, não especulemos sobre circunstâncias que não são reais. Combinado?


Ele tinha razão.


— Combinado.


— Ótimo.


Olhando rapidamente para a trilha, Christopher encostou os lábios nos dela. Um desejo primitivo a inundou. Dulce enterrou os dedos no braço dele para se impedir de enrolar os braços em seu pescoço e puxá-lo para mais perto.


Ela se obrigou a permanecer inerte, imóvel como uma estátua, mas não conseguiu evitar encaixar a boca na de Christopher, dizendo com os lábios o que queria fazer com o corpo.


Alguém riu, e o som veio de muito perto. Christopher interrompeu o beijo, posicionando-a novamente ao seu lado quando um pequeno grupo de pessoas surgiu à frente.


Continuaram descendo a trilha, passando pelo outro grupo distribuindo acenos de cabeça e cumprimentos que Dulce mal conseguia se lembrar de proferir.


Alguns a fitaram com curiosidade, mas ela supunha que fosse apenas surpresa por vê-la caminhando com Dare sem derramar sangue, em vez de uma especulação de que algo mais poderia estar acontecendo.


Christopher teria parado novamente assim que ficaram sozinhos, mas ela se recusou, deixando-lhe a escolha de acompanhá-la ou ficar para trás. Não iriam acabar nus em um arbusto de azaleias. E se ele a beijasse daquele jeito mais uma vez naquela noite, isso aconteceria.


— Por que estamos correndo? — perguntou Christopher após um momento, rindo.


Ao menos alguém estava se divertindo.


— Porque, quando você está correndo, não consegue enfiar a língua na minha boca.


— Eu conseguiria, se decidisse fazê-lo.


— Não é o seu poder de decisão que me preocupa. — Dulce o encarou. — E pare de rir.


— É engraçado.


Ora, ele não precisava dizer aquilo com todas as letras.


— E você não deveria estar me beijando.



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Autor(a): leticialsvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • candyle Postado em 20/03/2023 - 23:57:41

    Christopher gente como a gente cheio de dívidas kkkkkkk continua

  • candyle Postado em 19/03/2023 - 23:42:10

    Continuaaaa

  • candyle Postado em 18/03/2023 - 20:51:08

    Meu Deus, que mulher desprezível essa Amélia Continua

  • candyle Postado em 17/03/2023 - 19:45:02

    Continuaaa

  • candyle Postado em 14/03/2023 - 20:41:01

    Continuaaaaa, tô amandoooo

  • candyle Postado em 10/03/2023 - 12:11:28

    Continuaaa

  • candyle Postado em 07/03/2023 - 17:59:33

    Morri na parte do vadiar kkkkkkkkkkkk Continua, tô amando essa guerrinha nada saudável (pras leitoras) kkkk

  • candyle Postado em 04/03/2023 - 23:24:12

    Dois cabeças duras mano kkkkkkkkkkkkkk continuaa

  • candyle Postado em 03/03/2023 - 22:27:03

    Aínda bem que vc voltouuu! Tava muito ansiosa e veio logo um hot maravilhoso kkkkkkk Posta maiiiis

  • candyle Postado em 23/02/2023 - 23:29:10

    Continuaaaaa


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