Fanfics Brasil - Capítulo 14 (PARTE 3) Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada)

Fanfic: Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 14 (PARTE 3)

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— Porque você já me ensinou minha lição?


Aquilo a fez parar.


— Você precisava aprender uma lição, Dare, antes que machucasse mais alguém.


— Eu aprendi minha lição. E agora quero tê-la novamente.


Meu Senhor. Dul voltou a andar apressadamente.


— Se tivesse aprendido a lição — retomou quando os carrinhos dos vendedores apareceram —, estaria cortejando Amelia Johns.


— Pela centésima maldita vez: não quero Amelia Johns — sussurrou Christopher, encostando o rosto no cabelo dela. — Quero você. Às favas com as outras.


— Não é assim que as coisas deveriam...


— Você não pode ditar tudo, Dul. Estamos quites, lembra-se?


Ele não deveria estar usando sua lógica contra ela mesma. Fora estúpida demais ao tentar usar a própria fraqueza para lhe ensinar uma lição. Agora era tarde demais, e ela precisava descobrir o que ele planejava antes que um desastre pior ocorresse. Até então, iria embromar.


— Por que não vai pegar os sorvetes?


Com um sorriso lento e safado, Christopher pediu os sorvetes. Entregando metade a Dulce, ele pegou o restante e retornaram à trilha. Assim era melhor.


Christopher não podia tocá-la ou beijá-la com as mãos ocupadas. Não sem que o sorvete derretesse em seu belo paletó verde de caçador e sua gravata branquíssima.


Voltaram ao camarote sem incidentes e, embora Frederica a tenha estudado atentamente, Dulce não achava que qualquer um soubesse que deixara Dare beijá-la. Precisava parar com aquilo, independentemente de quão viciantes eram os braços dele — tanto pelo bem de Amelia quanto pelo seu próprio. Porque não importava o que Christopher dissesse, ele não podia estar cortejando-a a sério.


— Onde está Robert? — perguntou Milly, olhando para além deles.


— Bit declamou uma frase completa e se retirou para se recuperar — explicou Christopher enquanto distribuía os sorvetes. — Quase disse duas frases. Acho que Dul o inspirou. — Ele se largou na cadeira ao lado enquanto Dulce cavoucava o sorvete de limão. — Espero que esteja gostando.


— Sim, muito — respondeu ela, aliviada por poder dar uma resposta direta.


— Você estava gracejando sobre Bit ter se inspirado em mim?


A expressão dele ficou mais sombria.


— Por quê?


— Está com ciúmes?


— Depende do que você está querendo dizer.


Dulce fez uma careta.


— Esqueça. Pensei que talvez pudesse ajudar, mas se vai ficar se martirizando, melhor deixar para lá.


Christopher inclinou a cabeça, fitando-a.


— Minhas desculpas. Às vezes, esqueço que você não é tão cínica quanto finge ser.


— Chris...


— Se conseguir fazê-lo falar, por favor, faça-o. Mas seja cuidadosa. Ele...


— Passou por muitas coisas — complementou ela.


— Sim. — Olhos castanho-claros a observaram saborear o sorvete frio e agridoce. — Fico feliz que você tenha decidido vir.


— Isso não significa nada.


Christopher sorriu.


— Tudo significa alguma coisa.


Dulce corou. Assim que a conversa voltava a revolver sobre eles, sua racionalidade virava um mingau.


— Bem, e que tal eu ainda não confio em você? O que isso significa?


— Você disse ainda não confio, em vez de nunca mais confiarei. O que significa que poderia confiar, um dia. — Limpou o canto da boca dela com o dedo, e então o colocou na boca. — Limão.


Tia Frederica apareceu, ocupando o assento ao lado. Pela expressão em seu olhar, ela vira o gesto de Christopher. Dulce suspirou.


Seus sentimentos estavam tão confusos. Devia odiá-lo, ou pelo menos sentir raiva por Christopher achar que aquele cortejo o levaria a algum lugar. Mas toda vez que olhava-o, a pulsação acelerava, e tudo, inclusive sua determinação, parecia irremediavelmente desconexo. Se aquela fosse a primeira vez que a cortejava, e não a segunda, ela acabaria, invariavelmente, na cama com ele.


Dulce franziu o cenho. Acabara na cama de Christopher — de novo. Algo estava definitivamente errado com ela.


— Por que a expressão amarrada? — perguntou Dare.


— Estava pensando em você — respondeu ela.


Se tivesse algum juízo, teria dado de ombros. Se havia algo de positivo no visconde, contudo, era o fato de ela raramente precisar policiar a língua afiada — exceto quando a língua estava tentando acabar na boca dele.


— O que estava pensando a meu respeito?


— Pensava em como você nunca parece perceber quando não é bem-vindo.


— Acho que são as suas habilidades perceptivas que deveriam ser postas em questão — ponderou Christopher, lambendo a última gota de sorvete de cereja do polegar. — Não as minhas.


— Hummm. Bem, você está errado.


O riso de resposta fez sua pulsação acelerar.


— Sempre quis saber por que você...


— Dulce — interrompeu a duquesa, levantando-se —, estou me sentindo bastante fatigada esta noite. Lorde Dare, acha que conseguiria alguém para nos levar para casa?


— Ficarei feliz em acompanhá-las eu mesmo, Sua Graça.


Christopher se levantou, oferecendo a mão a Dulce.


Ela aceitou, sentindo-se decepcionada. Estavam se engajando na primeira boa discussão em dias, e Dul finalmente começara a relaxar um pouco.


— Não é necessário, milorde. Tenho certeza de que o senhor gostaria de ficar aqui com o restante de sua família. Se nos emprestar seu coche, será o suficiente.


Ele concordou com a cabeça, a expressão ilegível.


— Eu as acompanharei até a carruagem, então.


Foram até o limite dos jardins, com Christopher no meio das duas e tia Frederica mantendo um fluxo bem-educado de assuntos amenos. Por mais astuto e divertido que fosse, aquilo impediu que ele sequer olhasse na direção de Dulce, muito menos que falasse com ela. O que quer que a duquesa tenha visto obviamente não a agradara.


Com um assobio de Christopher, o coche se afastou do comboio reunido do outro lado da rua e parou diante deles. Dare ajudou Frederica a entrar, e então voltou sua atenção para Dulce.


— Gostaria que você pudesse ficar — murmurou, pegando a mão dela e fazendo uma reverência.


— Minha tia está cansada.


Fazendo uma leve careta, ele se endireitou.


— Sim, eu sei. — Christopher a ajudou a subir no coche, segurando seus dedos por mais tempo do que precisava. — Tenha uma boa noite, Dulce. E ótimos sonhos.


Hunf. Ela estaria com sorte se conseguisse pregar os olhos. Dulce se recostou no banco quando o coche arrancou.


— O que foi aquilo? — perguntou à tia. — A senhora nunca fica fatigada tão cedo assim.


A duquesa estava tirando as luvas longas.


— Mandarei chamar Greydon pela manhã e pedirei que informe a lorde Dare que seu cortejo não é bem-vindo e deve ser interrompido imediatamente.


O sangue de Dulce congelou.


— Por favor, não faça isso — pediu.


— E por que não deveria? Dare obviamente está atrás do seu dinheiro, e você vive dizendo que a companhia dele a desagrada. Melhor darmos um basta a esse aborrecimento sem mais delongas.


— Não quero arruinar a amizade de Grey e Dare — alegou Dul, tentando organizar os pensamentos o suficiente para compor um argumento lógico: uma perspectiva difícil, visto que a lógica lhe dizia que tia Frederica estava certa.


— Eu, particularmente, não me importaria com isso. Dare é uma péssima influência. Tenho pena de Milly e Edwina.


— Ele se preocupa muito com as tias, e com os irmãos. — Maldição. Agora parecia que o estava defendendo. — Deixe que cuido disso sozinha. Não aceito que qualquer outra pessoa lute minhas batalhas por mim. A senhora sabe disso.


A duquesa suspirou.


— Sim, eu sei. Mas Christopher Uckermann é um libertino e viciado em jogos, e é conhecido por ser malicioso. Ele pode dizer que a está cortejando, mas duvido que sequer faça ideia de como fazê-lo adequadamente. Pelo amor de Deus, ele estava quase babando em você. Qualquer um que passasse saberia que ele está galanteando. Com certeza não é a maneira de se conduzir um cortejo apropriado.


— A senhora sabia do suposto cortejo antes desta noite — retrucou ela, desconfiada. — Por que está subitamente tão intransigente?


— Porque você estava corando, Dulce. E sorrindo.


— O quê? Estava sendo gentil!


— Com Dare?


— As tias dele estavam presentes. E eu... vou cuidar disso sozinha — declarou, afastando as próprias e crescentes dúvidas. — Por favor, prometa-me que a senhora não envolverá Grey.


Frederica ficou em silêncio por um bom tempo.


— Você e eu teremos uma séria conversa muito em breve.


— Então, a senhora concorda?


— Sim. Por ora.


Sua tia lhe oferecera uma maneira de dispensar Christopher de tal forma que não precisaria dizer coisa alguma a ele, se o recusasse. Dulce precisava é ter uma conversa séria consigo mesma.


***


Quando desceu para o térreo na manhã seguinte, após outra noite repleta de sonhos com Christopher, metade da criadagem estava aglomerada em torno da mesa do saguão, tagarelando tão alto que acordaria até os mortos.


— O que aconteceu? — perguntou.


A multidão se abriu. Um buquê com doze lírios amarelos, presos com delicados laços azuis e amarelos, ocupava o centro da mesa. Por um instante, tudo que Dulce conseguiu fazer foi ficar olhando para o arranjo. Lírios.


— Que lindos — disse, antes que os criados voltassem a falar.


— Há um cartão para a senhorita — avisou Mary, sorrindo.


Sabia de quem eram sem precisar olhar. Apenas um homem perguntara qual era sua flor preferida, e fora há muito tempo atrás. Seu coração acelerou quando pegou o cartão do meio das folhas e dos laços.


Seu nome estava rabiscado do lado de fora, com uma letra que reconhecia.


Tentando manter os dedos estáveis, abriu o pequeno cartão. Entrelaçados, era tudo o que dizia, com um C assinado embaixo.


— Ah, céus — suspirou. Isso estava, de fato, se tornando muito complicado.



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Autor(a): leticialsvondy

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • candyle Postado em 20/03/2023 - 23:57:41

    Christopher gente como a gente cheio de dívidas kkkkkkk continua

  • candyle Postado em 19/03/2023 - 23:42:10

    Continuaaaa

  • candyle Postado em 18/03/2023 - 20:51:08

    Meu Deus, que mulher desprezível essa Amélia Continua

  • candyle Postado em 17/03/2023 - 19:45:02

    Continuaaa

  • candyle Postado em 14/03/2023 - 20:41:01

    Continuaaaaa, tô amandoooo

  • candyle Postado em 10/03/2023 - 12:11:28

    Continuaaa

  • candyle Postado em 07/03/2023 - 17:59:33

    Morri na parte do vadiar kkkkkkkkkkkk Continua, tô amando essa guerrinha nada saudável (pras leitoras) kkkk

  • candyle Postado em 04/03/2023 - 23:24:12

    Dois cabeças duras mano kkkkkkkkkkkkkk continuaa

  • candyle Postado em 03/03/2023 - 22:27:03

    Aínda bem que vc voltouuu! Tava muito ansiosa e veio logo um hot maravilhoso kkkkkkk Posta maiiiis

  • candyle Postado em 23/02/2023 - 23:29:10

    Continuaaaaa


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