Fanfic: Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada) | Tema: Vondy
— Ai — murmurou ela, movendo-se novamente.
Sacudindo-se para afastar a excitação, Christopher a abraçou um pouco mais forte contra o peito, sustentando mais de seu peso nos ombros.
— Quando chegar em casa, tome um banho de banheira longo e quente. O mais longo e quente que conseguir suportar.
— Então você é um especialista em lesões relacionadas a quedas de cavalo? — perguntou Dul, com a voz mais doce.
— Eu mesmo já caí algumas vezes.
A mão dela que estava livre tocou no paletó, pouco abaixo do ombro, onde a cicatriz ficava.
— Eu lembro. — Lentamente, a mão subiu até o rosto de Christopher e se emaranhou em seu cabelo. — Você parecia tão preocupado — murmurou, puxando o rosto dele para beijá-lo.
Dulce devia estar delirando. Christopher não examinara a cabeça dela em busca de lesões. De toda forma, não conseguiu resistir a retribuir o beijo, soltando um gemido suave quando a língua atrevida escorregou por seus dentes.
Charlemagne parou, virando a cabeça para olhá-los quando Christopher relaxou as rédeas e envolveu Dulce com os braços, intensificando o contato de suas bocas.
— Milorde, lady Dulce está bem?
As costas dele ficaram rígidas, e Christopher virou a cabeça, avistando John logo atrás, trazendo Sheba.
— Sim, está bem agora. Perdeu a consciência por um instante e receei que tivesse parado de respirar.
Dulce afundou o rosto no peito masculino, seus ombros chacoalhando com a risada suprimida.
O cavalariço pareceu alarmado.
— Devo ir na frente para pedir ajuda?
— Sim, acho melhor. Eu levo Sheba.
— Não é necess...
— Fique quieta — murmurou Christopher, mantendo o rosto dela perto de seu peito.
O cavalariço entregou as rédeas cortadas de Sheba e partiu na direção da Residência Hawthorne.
— John vai apavorar a minha tia — reclamou Dulce.
— Mas eu parecerei muito impressionante, minha querida.
Ela riu de novo. Talvez o cérebro realmente estivesse aturdido. Christopher incitou Charlemagne a andar novamente, com Sheba mancando atrás.
— Ela está bem mesmo? Sinto-me tão idiota...
— Não se sinta. Prometo reexaminá-la quando chegarmos, e fazer uma compressa. Mas Sheba não está reclamando, e a pata não parece muito inchada. Ela ficará bem, meu amor.
— Espero que sim.
— Estou mais preocupado com você. Sabia que seu cotovelo está sangrando?
Ela olhou para baixo.
— Não, não sabia. Ah, tem sangue em todo o seu paletó. Descul...
— Pare com isso, Dulce. Eu a incitei a correr, e você caiu. Pare de falar e me beije de novo.
Para sua surpresa, ela o fez. Quando Christopher ergueu a cabeça para respirar, estava pronto para começar a procurar por uma clareira reclusa. O fato de Dul ter percebido sua situação embaraçosa e estar rindo de novo não ajudava.
— Você está fazendo isso de propósito — murmurou ele.
— É claro que estou.
— Bem, então pare. Seu cavalariço voltou.
John veio galopando pela trilha com três de seus colegas atrás. Christopher não sabia o que quatro criados pretendiam fazer com um único cavalo, mas não importava o que tinham em mente: não iria entregar Dulce a nenhum deles.
— Milorde — disse John, ofegando —, Bradley está aqui para ir buscar um médico, se necessário.
Christopher olhou novamente para Dulce. Ela parecia bem, mas não permitiria que ele examinasse seu traseiro, então outra pessoa precisava fazê-lo.
— Vá.
— Chris...
— Você pode ter quebrado alguma coisa. Não discuta.
Aquilo os deixava com três cavalariços os rodeando. Charlemagne começou a chacoalhar a cabeça e bater os cascos, e Christopher o forçou a se acalmar. A última coisa que queria era que Dul fosse arremessada no chão mais uma vez.
— Cuide de Sheba — ordenou, entregando as rédeas da égua de volta para John. — O restante de vocês, afastem-se!
Com um coro de “sim, milorde”, eles obedeceram. Quando chegaram à Residência Hawthorne, Christopher se sentia como o condutor de uma parada. A duquesa viúva correu até o pórtico quando chegaram, e ele teve a sensação de que as coisas ficariam ruins novamente.
— Como foi que isso aconteceu? — quis saber a duquesa, descendo a escada para agarrar um dos pés de Dulce. — Você está bem?
— Estou — respondeu Dul, virando-se para que Christopher pudesse descê-la. — Não há necessidade de histeria.
Os joelhos dela cederam assim que os pés tocaram o chão, e Dulce agarrou o estribo para não cair. Christopher saltou do cavalo e a segurou em seus braços novamente.
— Permita-me.
— Por aqui — instruiu a duquesa, afastando os criados boquiabertos do saguão.
Ele tinha certeza de que sabia em qual quarto entrar, mas permitiu que Frederica indicasse o caminho. Não havia sentido em arruinar as coisas agora, bem quando começavam a parecer remediáveis. Com cuidado, colocou Dulce na cama, reparando em como ela se encolheu quando as costas entraram em contato com o cobre-leito macio.
— Obrigada, lorde Dare — disse a duquesa. — Agora, se puder fazer a gentileza de ir embora para que eu possa cuidar da minha sobrinha...
Ao ver que o meneio de cabeça em concordância, Dulce se esticou e segurou a mão dele.
— Você prometeu cuidar de Sheba — lembrou.
Christopher sorriu.
— Eu cuidarei.
Dulce o observou sair pela porta do quarto, fechando-a com cuidado. Ele nunca lhe prometera nada antes, e algo naquela atitude parecia significativo — da mesma forma que a maneira como pareceu extremamente preocupado, e como suas mãos tremiam logo que a pegou nos braços depois da queda.
— Vamos tirar você desse vestido — falou tia Frederica, arrancando-a de seu devaneio.
— Não foi tão ruim assim. Eu só caí com certa força.
— Seu cotovelo está sangrando.
— Sim, eu sei. Arde. Eu mereço, no entanto, por apostar uma corrida contra Dare. Ninguém nunca o vence.
A tia parou de se mexer.
— Você estava apostando uma corrida com lorde Dare? Por quê?
— Porque eu quis. Não havia mais ninguém em volta, e achei que seria divertido.
Tinha sido divertido — revigorantemente divertido —, até Sheba arremessá-la no chão.
— Essa diversão foi ideia dele?
— Não, foi minha. — Dulce escorregou até a beirada da cama, encolhendo-se novamente e tentando apoiar o peso do corpo na perna esquerda para conseguir tirar os sapatos. — E acho que quase o matei do coração quando caí, então não comece a maldizê-lo.
— Não a entendo — confessou Frederica, desabotoando o vestido de cavalgada. — Você o odeia, e aí vai morar na casa dele. Foge de lá, e depois vai cavalgar com Dare.
— Ai. Nem eu mesma entendo, tia.
— Onde você se machucou?
— Meu traseiro. Christopher acha que posso ter quebrado alguma coisa.
Os dedos da tia pausaram novamente.
— Você contou a lorde Dare que machucou seu traseiro? — perguntou ela, bem devagar.
O rubor subiu pelas bochechas de Dul.
— Já era bastante óbvio.
— Ah, céus. Espero que ele não saia por aí contando para todo mundo, Dulce. Francamente, você costumava ser mais sensata.
— Christopher não contará.
Frederica continuou fitando-a com uma expressão desconcertada, mas Dulce fingiu estar tonta para não ter mais que falar até o médico chegar.
Uma coisa parecia certa: Christopher nutria mesmo certo afeto por ela. E Dul estava começando a gostar dele mais do que se sentia confortável em admitir. Se tinha certeza de uma coisa, contudo, era de que gostar de Christopher Uckermann era um caminho certeiro para um coração partido.
Por sorte, o médico decidiu que tomar um banho quente e permanecer deitada de bruços pelo próximo dia resolveria o pior das lesões. Não sabia como o doutor podia ter tanta certeza, considerando que nem sequer ergueu sua combinação para examinar o traseiro machucado, mas Christopher havia dito a mesma coisa.
Assim que o médico foi embora, ela tomou um banho de banheira, permitindo que a água quente relaxasse os músculos doloridos e limpasse a pele arranhada das costas e do cotovelo. Depois, com a ajuda de Mary, se deitou na cama e apoiou o queixo nos braços cruzados.
Foi assim que tia Frederica a encontrou quando entrou novamente no quarto.
— Ele ainda está aqui e quer vê-la.
— Por favor, peça-o para subir, então, se a senhora não se importar.
— Somente até a porta.
Droga. Iria arruinar a si mesma se não fosse mais cautelosa.
— É claro que somente até a porta.
— Eu o chamarei — murmurou Frederica, saindo.
Um instante depois, outra batia ressoou à porta.
— Dulce? — disse a voz grave de Christopher. Ele abriu a porta, mas parou antes que ela pudesse ordenar que permanecesse ali. Evidentemente, já havia sido instruído. — Eu acho que a sua tia não gosta nada de mim — admitiu, apoiando-se no batente da porta.
Autor(a): leticialsvondy
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Ela riu. — Como está Sheba? — Como eu suspeitava, é apenas uma distensão muscular. John e eu fizemos uma compressa, e ele caminhará com Sheba duas vezes por dia durante uma semana. Depois disso, poderá tentar montá-la, mas nada de galopar por mais ou menos um mês. — Não estarei pronta para galopar po ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 18
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candyle Postado em 20/03/2023 - 23:57:41
Christopher gente como a gente cheio de dívidas kkkkkkk continua
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candyle Postado em 19/03/2023 - 23:42:10
Continuaaaa
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candyle Postado em 18/03/2023 - 20:51:08
Meu Deus, que mulher desprezível essa Amélia Continua
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candyle Postado em 17/03/2023 - 19:45:02
Continuaaa
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candyle Postado em 14/03/2023 - 20:41:01
Continuaaaaa, tô amandoooo
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candyle Postado em 10/03/2023 - 12:11:28
Continuaaa
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candyle Postado em 07/03/2023 - 17:59:33
Morri na parte do vadiar kkkkkkkkkkkk Continua, tô amando essa guerrinha nada saudável (pras leitoras) kkkk
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candyle Postado em 04/03/2023 - 23:24:12
Dois cabeças duras mano kkkkkkkkkkkkkk continuaa
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candyle Postado em 03/03/2023 - 22:27:03
Aínda bem que vc voltouuu! Tava muito ansiosa e veio logo um hot maravilhoso kkkkkkk Posta maiiiis
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candyle Postado em 23/02/2023 - 23:29:10
Continuaaaaa