Fanfic: Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada) | Tema: Vondy
Christopher não disse que ela deveria confiar nele, mas era isso que estava implícito. Dulce o encarou relutantemente. Seus olhos castanhos analisaram o rosto dela com a expressão era preocupada. Christopher se incomodava tanto com o fato de ela o dispensar para sempre? Talvez ela fosse uma idiota completa, mas confiava nele. Confiava porque queria confiar, e porque sofreria demais se decidisse, de uma vez por todas, que não conseguia confiar.
Lentamente, assentiu com a cabeça.
— Eu acredito em você.
Como se tivesse sido libertado de correntes invisíveis, Christopher foi até ela a passos largos e a envolveu em seus braços, beijando sua testa, suas bochechas e sua boca.
— Eu sinto muito — sussurrou Christopher. — Sinto muito mesmo.
Dulce o beijou de volta, buscando o calor e o conforto de seu corpo quente e esguio. Se ele estava planejando uma armadilha, não era isso. E dada a reação dele, Dulce começou a pensar que, talvez, Christopher não estivesse brincando. Se ele não estava...
— Humm.
Arfando, Dul se endireitou, mas não conseguiu se afastar muito porque Christopher segurou seus braços. Bradshaw exibia uma expressão de extrema curiosidade e surpresa.
— Perdi alguma coisa no meio do caminho? — perguntou ele, cruzando os braços.
— Isso é óbvio, não é? — respondeu Christopher, sem tirar os olhos de Dulce.
Ver Bradshaw parado ali a lembrou de que ele não era o único especulando sobre ela. Dul tremeu.
— E a aposta?
— Não existe mais.
Bradshaw franziu o cenho.
— Como assim, não existe mais? Está nos registros do White’s. Por mais que odeie dizer isso, essas apostas não desaparecem, Chris.
— Essa desapareceu.
— E como você conseguiu isso?
— Eu a arranquei do livro e a destruí. — Christopher deslizou os dedos pelo rosto de Dulce. — Fui banido do White’s no processo. Isso é algo bom, agora que parei para pensar. Eu não iria querer ser membro de um clube que permite que pessoas como eu passem por suas portas.
Dulce riu, apesar do som ter saído um tanto empapado.
— Em meu nome e em nome das outras damas envolvidas, agradeço. — Olhando para Bradshaw, Dulce fez uma carranca. — E quanto a você, que vergonha!
— Eu também aprendi minha lição — garantiu Shaw. — E me lembrarei disso por um bom tempo, posso garantir. Na próxima vez que você for me agredir, tire seu maldito anel de sinete, Dare.
Christopher ainda parecia mais zangado do que conciliatório. Para não deixar outra briga acontecer, Dulce saiu dos braços dele e chamou Pascoe.
— Os cavalheiros gostariam de ficar para o almoço? — perguntou.
Bradshaw estava concordando com a cabeça, mas Christopher pareceu subitamente nervoso.
— Que horas são?
— Duas e 15, milorde — respondeu o mordomo.
— Maldição. Eu gostaria de ficar — disse ele, virando-se para a porta —, mas tenho um compromisso que já estava agendado e para o qual estou muito atrasado. — Christopher parou, olhando novamente para Dulce. — Wycliffe oferecerá um jantar esta noite. Você estará lá?
— Sim, estarei lá.
Ainda com uma expressão séria, ele fez uma reverência.
— Então eu a verei esta noite.
Bradshaw o seguiu, andando um pouco rígido. Ele tocou no ombro de Dulce ao passar.
— Nunca o vi daquele jeito. Obrigado por me perdoar.
Ela apertou os lábios.
— Se Christopher não o tivesse deixado com um olho roxo, eu teria deixado, Bradshaw.
— É justo.
As pessoas ainda especulariam sobre a aposta, especialmente agora, que Christopher a aniquilara de um jeito tão espetaculoso. Mas ele o fizera para proteger a honra dela e porque aquilo a tinha magoado. Independentemente do que acontecera nos últimos seis anos, algo estava ficando bastante claro: Christopher Uckermann tinha, de fato, aprendido sua lição.
Seu alívio quando Bradshaw explicou a aposta deixou outra coisa igualmente clara: seu coração, seus desejos e seus sonhos haviam parado de dar ouvidos a qualquer tipo de razão e lógica. Tudo que Dulce podia esperar era que, dessa vez, ela e Christopher seguissem por um outro caminho, e que não acabasse arruinada.
***
Até Christopher retornar à Residência Uckermann, fazer Bradshaw jurar manter segredo, trocar novamente de roupa, e montar em Charlemagne para ir até a casa dos Johns, já eram quase 15h. Com sorte, se conseguisse ser delicado o suficiente com Amelia, a visita da noite passada não renderia mais nada. E ele se esforçaria ao máximo para ser extremamente delicado.
O mordomo dos Johns o levou até uma sala de estar no térreo, perto da porta de entrada. Estava começando a parecer que ninguém em Londres o queria em sua casa hoje. Não se importava — depois de seu último encontro com Amelia, quanto mais perto de uma rota de fuga estivesse, mais seguro se sentiria.
Amelia apareceu alguns minutos depois, e ele fez uma reverência curta.
— Eu lhe devo um pedido de desculpas — disse Christopher, sorrindo. Seu charme costumava funcionar com as jovens.
Ela inclinou a cabeça e, pela primeira vez, Christopher não conseguiu desvendar sua expressão. Logo que se conheceram, achava que Amelia era uma mocinha ingênua e ambiciosa, pouco mais velha que uma menina e disposta a se vender por um título. Como esposa, teria sido fútil, bonita e facilmente manipulável. O que ela tentara fazer na noite passada, no entanto, exigira planejamento, coragem e determinação, o que o deixou visivelmente transtornado. Aquilo tinha sido uma casualidade, ou ele errara feio em seu julgamento da personalidade de Amelia.
— Nós almoçamos sem você — informou ela, indicando que ele se sentasse.
— Eu esperava que vocês tivessem mesmo almoçado. Novamente, peço desculpas. Surgiu algo de... extrema urgência.
Christopher se sentou no sofá, permitindo que ela ditasse a conversa por ora. Mesmo assim, os pelos de sua nuca se arrepiaram, e ele ficou de olho na porta, só para garantir que permaneceria aberta. Amelia já o pegara desprevenido uma vez; não permitiria que isso se repetisse.
— Estou muito zangada com você — disse ela, sentando-se na sua frente.
— Não tenho dúvidas. Também não estou plenamente feliz com você.
O mordomo entrou.
— Devo trazer chá, senhorita?
Amelia sorriu.
— Gostaria de chá, lorde Dare?
Ele teria preferido uísque.
— Chá está ótimo. Obrigado.
— Imediatamente, Nelson.
— Sim, senhorita.
Autor(a): leticialsvondy
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Ainda sorrindo, Amelia cruzou as mãos e as repousou no colo, a imagem perfeita de uma debutante empertigada e respeitável. Se não a tivesse visto despida em seu quarto na noite anterior, Christopher jamais acreditaria na história. E isso, ele sentia, poderia se tornar um grande problema. — Quero lhe fazer uma pergunta direta. — Por f ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 18
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candyle Postado em 20/03/2023 - 23:57:41
Christopher gente como a gente cheio de dívidas kkkkkkk continua
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candyle Postado em 19/03/2023 - 23:42:10
Continuaaaa
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candyle Postado em 18/03/2023 - 20:51:08
Meu Deus, que mulher desprezível essa Amélia Continua
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candyle Postado em 17/03/2023 - 19:45:02
Continuaaa
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candyle Postado em 14/03/2023 - 20:41:01
Continuaaaaa, tô amandoooo
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candyle Postado em 10/03/2023 - 12:11:28
Continuaaa
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candyle Postado em 07/03/2023 - 17:59:33
Morri na parte do vadiar kkkkkkkkkkkk Continua, tô amando essa guerrinha nada saudável (pras leitoras) kkkk
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candyle Postado em 04/03/2023 - 23:24:12
Dois cabeças duras mano kkkkkkkkkkkkkk continuaa
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candyle Postado em 03/03/2023 - 22:27:03
Aínda bem que vc voltouuu! Tava muito ansiosa e veio logo um hot maravilhoso kkkkkkk Posta maiiiis
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candyle Postado em 23/02/2023 - 23:29:10
Continuaaaaa