Fanfics Brasil - Capítulo 20 (PARTE 2) Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada)

Fanfic: Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 20 (PARTE 2)

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Mas três meses não pareciam suficientes para se redimir, muito menos os dois dias do ultimato de Amelia Johns. Com quatro irmãos, duas tias e um bocado de propriedades, todas ocupadas por criados que dependiam de Christopher para colocar comida na mesa e roupas em seus corpos, ele não tinha muita alternativa.


Christopher subiu para se arrumar para ir à Câmara dos Lordes. Ao passar pela porta aberta do quarto de Robert, deu uma olhada para dentro, esperando ver o irmão sentado à janela, lendo. Em vez disso, Robert estava colocando um casaco de cavalgada.


— Bit? — chamou, parando abruptamente.


O irmão olhou-o por cima do ombro e colocou um par de luvas.


— O quê?


— O que você está fazendo?


— Vestindo-me.


Continuando a fazê-lo, Bit colocou um chapéu de pele azul sobre o cabelo preto longo demais.


— Por quê?


O antigo Robert, aquele antes de Waterloo, teria feito algum comentário sobre não querer sair à rua nu em um dia tão frio. Este Bit, no entanto, passou em silêncio por ele.


— Você está bem, ao menos?


— Sim.


Aquilo tinha que bastar, embora Christopher desejasse ter tempo para seguir Robert e se certificar de que realmente estava bem. No entanto, segui-lo não levaria a lugar algum. Além de ser muito bom em não se deixar seguir, Bit precisava de ajuda, e Christopher não fazia ideia de que tipo de ajuda, ou quem seria a melhor pessoa para fornecê-la.


— Dane-se — resmungou, seguindo até o quarto.


Dulce era a única com quem Bit parecia conseguir conversar em frases inteiras, e ela estava a caminho da casa de Amelia Johns para negociar. Que porcaria de dia maravilhoso todos estavam tendo, pensou com sarcasmo.


***


— E aonde você vai?


Dulce deu um pulo, quase arrebentando o botão de sua peliça ao se virar.


— Tia Frederica, a senhora me assustou!


— Percebi.


A duquesa viúva continuou olhando-a, erguendo uma sobrancelha para a escolha de traje.


Dulce olhou para o próprio vestido. Verde-claro e bastante simples, provavelmente era o mais modesto que tinha. Parecer o mais inocente possível lhe parecera uma boa ideia.


— Tenho alguns afazeres a cumprir. — Aquilo não pareceu fazer a tia querer continuar seguindo-a pelo corredor, então ela sorriu. — Quer alguma coisa da Mendelsohns?


— Ah. Eles têm uma renda nova que quero ver. Importa-se se eu a acompanhar?


Droga. Não podia levar a tia a tiracolo à casa de Amelia para pedir suas meias de volta. Bem, era isso que merecia por tentar enganá-la.


— É claro que não. Apenas pensei que a senhora acharia tedioso.


— Besteira. Vou pegar minha bolsa.


Frederica saiu da porta bem quando Pascoe apareceu.


— Lady Dulce — disse o mordomo —, a senhorita tem uma visita. Devo informar que não está?


Ele. Uma visita poderia ser qualquer pessoa, e ela sabia que o marquês de Westbrook apareceria por lá aquela tarde. Mas é claro que seu coração disparou de toda forma, apenas com a possibilidade de ser Christopher. Sua tia tinha parado de novo e Dulce conteve um suspiro. O subterfúgio era muito mais difícil do que imaginava.


— Sim, por favor, transmita minhas desculpas, Pascoe.


— Está bem, milady.


O mordomo se encaminhou para a escada.


Praguejando para si mesma, Dulce o observou descê-las.


— Pascoe, quem é, afinal? Você não informou — gritou ela.


O mordomo parou.


— Ele não tinha um cartão, milady, senão eu o teria entregue à senhorita. É Robert Uckermann, acredito. Tudo que o cavalheiro disse é que queria lhe falar.


— Robert Uckermann? — Dulce correu escadaria abaixo. — Importa-se em esperar, tia?


— Não se preocupe, querida. Vou almoçar com lady Dorchester. Sua agenda é errática demais para mim.


— Obrigada!


Dulce sorriu ao chegar à porta da sala de visitas — e quase colidiu com Bit ao entrar correndo no recinto. Ele deu um passo atrás, evitando-a, embora parecesse estar de saída. Aquilo não a surpreendia.


— Bit, bom dia — cumprimentou, afastando-se para dar espaço a ele.


— Minhas desculpas — murmurou, como se falar o machucasse. Passou por ela apressadamente, saindo no saguão. — Foi um erro.


— Eu estava saindo para fazer uma caminhada — disse para as costas dele, jogando a bolsa para Pascoe, que a pegou e escondeu atrás do corpo sem nenhuma outra reação além de uma sobrancelha erguida. — Gostaria de me acompanhar?


Robert desacelerou, concordando com a cabeça. Ela precisava de um acompanhante. Mary estava no piso de cima remendando o vestido que ela usara na noite anterior na casa de Grey e Emma e que, misteriosamente, perdera dois botões. Uma criada do piso inferior emergiu de uma porta, com os braços cheios de toalhas de mesa.


— Josephine, por favor, largue essas toalhas e acompanhe-me em uma caminhada.


— E-eu, milady?


Pascoe se adiantou.


— Faça o que lady Dulce ordenou, Josephine. Imediatamente.


Logo estavam na rua. Robert andava tão rápido que Dulce não teve sequer tempo de pegar o bonnet ou a sombrinha.


— Robert — disse, tentando alcançá-lo sem precisar correr —, seu ritmo é um tanto vigoroso para uma caminhada.


Ele desacelerou imediatamente, permitindo que Dulce se aproximasse, mas o maxilar estava cerrado com tanta força que ela não achava que Bit teria falado qualquer coisa, mesmo que quisesse. Bem, se aprendera alguma coisa com a duquesa, era como tagarelar sobre nada até a outra pessoa se sentir confortável para também se pronunciar.


— Esqueci de dizer a Edward ontem à noite — começou — que ele devia datar e assinar seus desenhos. Quando os vir futuramente, terão mais valor se souber quando os desenhou.


— Também tenho dificuldade em me lembrar das coisas, às vezes — comentou Robert em sua voz baixa e silenciosa.


Sucesso.


— Eu também, embora dependa do que se trata — continuou Dulce, depois de dar um tempo para Robert prosseguir, se quisesse. — Sou boa com rostos, mas, quando se trata de onde ou quem disse o quê, minha mente tem maisburacos que um metro de renda.


— Duvido disso, mas obrigado por dizê-lo. — Bit respirou fundo, soltando o ar em um suspiro. — Algum dia a pedi em casamento?


— Não. Você foi um dos poucos que não pediram.


— Eu era um idiota.


Dulce riu, embora um suspiro de inquietação tenha soprado por seu corpo.


Estar envolvida com o irmão dele já era difícil o bastante, e não queria magoá-lo.


— Você era, ainda é, independente.


— Tão independente que não consigo me obrigar a sair de casa, na maioria dos dias.


— Você está aqui hoje.


Algo que se assemelhava a um sorriso tocou-lhe os lábios.


— Você gosta de Dare hoje. Não tinha certeza de que iria querer conversar comigo amanhã.


— Sempre vou conversar com você, Robert. Independentemente do que possa acontecer entre mim e Christopher.


Ele assentiu com a cabeça.


— Ótimo. E você sempre pode conversar comigo. Já me disseram que sou um bom ouvinte.


Bit olhou-a de lado por detrás dos longos cílios pretos, como que para se certificar de que Dulce entendera que a estava provocando.


— Estou vendo que você não perdeu seu senso de humor.


— Não totalmente.


Chegaram ao limite leste do Hyde Park, que estava repleto de cavaleiros e coches àquela hora da manhã. Embora Robert não tenha dito nada, Dulce podia sentir que ele estava ficando cada vez mais perturbado com a presença da multidão.


— Você já comeu os doces da Johnston’s?


— Não.


— Então comprarei um para você.


Dulce virou-se para o sul, na direção oposta à do parque.


— Não. Preciso ir.


Um músculo no maxilar dele se contraiu, o semblante era igualmente exausto e raivoso — consigo mesmo, ela imaginou. Os Uckermann eram homens orgulhosos, e Robert devia odiar o fato de que ela podia perceber sua angústia.


Retornaram pela rua Regent, caminhando lado a lado em silêncio com Josephine em seu encalço. Queria perguntar a Bit se havia uma razão em especial para ele ter decidido visitá-la hoje, ou se havia algo em específico que queria lhe dizer. Mas não queria afastá-lo ou deixá-lo tão desconfortável a ponto de não querer voltar.


Quando chegaram à Residência Hawthorne, Dul pediu a um cavalariço que buscasse o cavalo de Robert.


— Fico feliz por você ter vindo — disse. — E falo sério: sempre que quiser conversar, estarei à disposição.



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Autor(a): leticialsvondy

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Os olhos azuis intensos a fitaram por um longo momento, deixando-a com a sensação de que Robert podia ler seus pensamentos. — Você é a única pessoa que não faz com que eu me sinta como Pinch — contou ele, por fim. Dulce franziu o cenho. — Pinch? — Você sabe, de A Comédia dos Erros. “Com e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • candyle Postado em 20/03/2023 - 23:57:41

    Christopher gente como a gente cheio de dívidas kkkkkkk continua

  • candyle Postado em 19/03/2023 - 23:42:10

    Continuaaaa

  • candyle Postado em 18/03/2023 - 20:51:08

    Meu Deus, que mulher desprezível essa Amélia Continua

  • candyle Postado em 17/03/2023 - 19:45:02

    Continuaaa

  • candyle Postado em 14/03/2023 - 20:41:01

    Continuaaaaa, tô amandoooo

  • candyle Postado em 10/03/2023 - 12:11:28

    Continuaaa

  • candyle Postado em 07/03/2023 - 17:59:33

    Morri na parte do vadiar kkkkkkkkkkkk Continua, tô amando essa guerrinha nada saudável (pras leitoras) kkkk

  • candyle Postado em 04/03/2023 - 23:24:12

    Dois cabeças duras mano kkkkkkkkkkkkkk continuaa

  • candyle Postado em 03/03/2023 - 22:27:03

    Aínda bem que vc voltouuu! Tava muito ansiosa e veio logo um hot maravilhoso kkkkkkk Posta maiiiis

  • candyle Postado em 23/02/2023 - 23:29:10

    Continuaaaaa


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