Fanfics Brasil - Capítulo 2 (PARTE 2) Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada)

Fanfic: Como Se Vingar De Um Cretino(adaptada) | Tema: Vondy


Capítulo: Capítulo 2 (PARTE 2)

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— Lorde Dare — começou Dulce, soando agradável e gentil enquanto distribuía o chá e os biscoitos, apesar de não ter oferecido a ele —, tive a impressão de que o senhor não estava com a menor vontade de se juntar a nós esta manhã.


Então Dulce queria se livrar dele. Mais um motivo para Christopher permanecer ali, apesar de não ter intenção alguma de permitir que ela percebesse que tinha qualquer interesse no que quer que fosse que estava sendo fofocado por ali.


— Estava procurando por Bit e Bradshaw — improvisou. — Eles deveriam me acompanhar até o Tattersall’s agora pela manhã.


— Acho que os ouvi no salão de baile mais cedo — contou Edwina. Com suas roupas sempre pretas e sentada em um canto do salão onde o sol da manhã não batia, parecia uma das famigeradas sombras de Shakespeare com óculos. — Por algum motivo, todos os lacaios também estavam lá.


— Humm. Espero que Bradshaw não esteja tentando explodir alguma coisa novamente. Com sua licença, senhoritas.


Ao voltar para seu lugar, Dulce tentou pisar no pé dele novamente, mas Christopher estava preparado e recuou até a porta antes que ela pudesse tocá-lo.


Estava decidido a descobrir por que Dulce queria conversar com suas tias, mas teria uma chance melhor mais tarde, depois que ela fosse embora. Naquele momento, precisava informar a seus irmãos de que o acompanhariam ao mercado de cavalos.


Ao alcançar o patamar da escada que levava ao terceiro piso, onde ficavam o salão de baile e o salão de música, o som de aplausos chegou a seus ouvidos.


Isso explicava onde a criadagem estava, mas não aliviava sua ansiedade quanto ao que Bradshaw poderia estar aprontando. Escancarou as portas duplas do salão de baile sem cerimônia — e quase levou uma flechada na cabeça.


— Maldição! — berrou, abaixando-se reflexivamente.


— Jesus! Você está bem?


Largando o arco, o segundo tenente Bradshaw Uckermann, da Marinha Real de Sua Majestade, o Rei, atravessou o amplo salão vazio, afastando os criados, e segurou Christopher pelo ombro.


Dare o afastou.


— Obviamente — ralhou —, quando eu disse para não acender pólvora dentro de casa, esqueci-me de explicar que também estava proibindo o uso de armas mortais no salão de baile. — Apontou o dedo na direção da figura imóvel sentada no peitoril profundo de uma das janelas, seu irmão Bit. — E é melhor você não rir.


— Não estou rindo.


— Ótimo. — Um movimento capturou sua atenção quando os criados começaram a se dispersar pelas outras saídas. — Dawkins!


O mordomo parou abruptamente.


— Sim, milorde?


— Cuide da porta da frente. Temos uma convidada com as tias.


Ele fez uma reverência.


— Sim, milorde.


— Quem está aqui? — perguntou Bradshaw, arrancando a flecha da porta e examinando a ponta.


— Ninguém. Guarde seu novo brinquedo em algum lugar onde o Nanico não o encontre e venha comigo. Vamos ao Tattersall’s.


— Você vai me dar um cavalo?


— Não, vou dar um pônei ao Edward.


— Você não pode bancar um pônei.


— Precisamos manter as aparências. — Olhou para os fundos do salão de baile novamente. — Você vem, Bit?


Sem causar surpresa alguma, a figura de cabelo escuro meneou a cabeça.


— Tenho de tratar de algumas correspondências com Maguire.


— Pelo menos saia para dar uma caminhada com Andrew esta tarde.


— Provavelmente não.


— Ou um passeio de coche.


— Talvez.


Christopher franziu o cenho enquanto descia as escadas ao lado de Shaw.


— Como ele está?


O irmão deu de ombros.


— Você é mais próximo dele do que eu. Se não fala com você, imagine comigo...


— Fico achando que é algo que fiz, e que ele está conversando com outras pessoas.


Shaw meneou a cabeça.


— Bit é esquivo com todos, pelo que sei. Mas acredito que tenha sorrido quando quase matei você, se serve de consolo.


— É alguma coisa, suponho.


Por mais preocupado que estivesse com a reticência contínua de seu irmão do meio, a presença de Dulce Saviñon na casa era mais perturbadora. Algo estava acontecendo, e tinha a sensação de que seria melhor descobrir o quê o quanto antes.


Naquele momento, no entanto, precisava comprar um pônei para seu irmão mais novo com um dinheiro que não tinha. Mas se a família tinha uma orgulhosa tradição era a habilidade com cavalos, e ele já havia deixado o Nanico esperando por mais tempo do que gostaria.


— Então, quem está com nossas tias? — perguntou Shaw novamente.


Christopher reprimiu um suspiro. Todos descobririam, eventualmente.


— Dulce Saviñon.


— Dulc... Ah. Por quê?


— Não faço ideia. Mas, se ela pretende demolir a casa, prefiro estar em outro lugar.


Aquilo era um exagero, mas quanto menos falassem sobre ele e Dulce, melhor.


***


Apesar de, há muito tempo, ter decidido manter a maior distância possível dos Uckermann, Dulce sempre gostara de Milly e Edwina.


— Então, agora que Greydon se casou — explicou—, minha tia não tem necessidade real de uma acompanhante. Ela e a nora, Emma, estão se relacionando de forma esplêndida, e não quero atrapalhá-las.


— Mas você não pensa em voltar para Shropshire, não é, querida? Não durante a temporada.


— Ah, não. Meus pais ainda têm outras três filhas aguardando para debutar. Com certeza, não me querem por lá importunando e dando um mau exemplo. Até mesmo Helen os apoquenta, e ela é casada.


Edwina fez um carinho em seu braço.


— Você não é um mau exemplo, Dulce. Milly e eu nunca nos casamos, e nunca sofremos por não termos marido.


— Não que nos faltassem pretendentes, é claro — completou Milly. — Apenas nunca encontramos a pessoa certa. Não sinto falta alguma do casamento. Embora precise admitir que, com este meu pé ruim, sinto falta de dançar.


— É por isso que estou aqui. — Dulce se inclinou para a frente, respirando fundo. Chegara a hora; o primeiro movimento no tabuleiro de xadrez para começar o jogo. — Pensei que as senhoras talvez gostassem de ter alguém para ajudá-las a se locomover por aí, e eu gostaria de me sentir ao menos um pouquinho útil, então eu...


— Ah, sim! — interrompeu Edwina. — Ter outra mulher na casa seria maravilhoso! Com todos os meninos Uckermann em Londres até a noite de São João, seria um alívio ter alguém civilizado com quem conversar.



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Autor(a): leticialsvondy

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Dulce sorriu, segurando a mão de Milly. — Então, Milly, o que me diz? — Tenho certeza de que você tem coisas melhores a fazer do que sassaricar para lá e para cá com duas velhas solteironas. — Besteira. Ajudá-la a voltar a dançar seria minha missão — respondeu Dulce com firmeza. — E um en ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 18



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  • candyle Postado em 20/03/2023 - 23:57:41

    Christopher gente como a gente cheio de dívidas kkkkkkk continua

  • candyle Postado em 19/03/2023 - 23:42:10

    Continuaaaa

  • candyle Postado em 18/03/2023 - 20:51:08

    Meu Deus, que mulher desprezível essa Amélia Continua

  • candyle Postado em 17/03/2023 - 19:45:02

    Continuaaa

  • candyle Postado em 14/03/2023 - 20:41:01

    Continuaaaaa, tô amandoooo

  • candyle Postado em 10/03/2023 - 12:11:28

    Continuaaa

  • candyle Postado em 07/03/2023 - 17:59:33

    Morri na parte do vadiar kkkkkkkkkkkk Continua, tô amando essa guerrinha nada saudável (pras leitoras) kkkk

  • candyle Postado em 04/03/2023 - 23:24:12

    Dois cabeças duras mano kkkkkkkkkkkkkk continuaa

  • candyle Postado em 03/03/2023 - 22:27:03

    Aínda bem que vc voltouuu! Tava muito ansiosa e veio logo um hot maravilhoso kkkkkkk Posta maiiiis

  • candyle Postado em 23/02/2023 - 23:29:10

    Continuaaaaa


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