Fanfic: ENTRE TU Y YO! | Tema: VONDY

FLASHBACK

Anahí e Alfonso tinham pouco mais de 09 meses de namoro, quando Anahí na companhia de Christian havia descoberto sua gravidez.

• Não posso acreditar! É um milagre. - Anahí encarou o teste em suas mãos, em seguida levou seu olhar até Christian - Chris, eu vou ter um filho. - Aproximou-se e foi abraçada por Christian. - Eu engravidei!


• Não sabe como estou feliz por você, Annie. - Christian a abraçou fortemente.


• Jamais pensei que isso pudesse acontecer. - Apartou o abraço ainda em choque. - Não posso acreditar.


• Mas é real. - Christian sorriu. Estava feliz por Anahí. Pois o que se sabia era que Anahí jamais poderia engravidar.

Aos 12 anos quando seu pai saiu de casa, Anahí passou a ter problemas com distúrbio alimentar, o que levou a anorexia e a bulimia. Com a ajuda da mãe e de Christopher, aos 15 conseguiu recuperar-se, mas tal enfermidade ocasionou problemas em seu ciclo ovulatório que diminuíram muito suas chances de um dia engravidar. Considerando quase impossível a possibilidade.

•  E aí, vai contar pra o Poncho? - Christian perguntou.

• Não, não é o momento. Primeiro preciso me certificar que está tudo bem, que vou conseguir levar adiante.


• Tem razão. Segredo nosso, então? - Riu e Anahí assentiu. - Parabéns, tenho certeza que será uma mãe maravilhosa. E Poncho um pai incrível. Ele gosta muito de crianças, vai ficar radiante.


• Mal posso esperar para contar. - Disse empolgada.

Alguns dias depois…

 Anahí havia marcado consulta com obstetra, mal podia esperar para ouvir o coraçãozinho de seu bebê, pedia aos céus com toda sua fé e com toda suas forças para que estivesse tudo bem, aquele era seu maior sonho.

Após 15 minutos de espera. Anahí entrou no consultório de sua obstetra. Após responder algumas perguntas, a médica lhe entregou uma bata, Anahí vestiu, e pela outra porta do banheiro chegou a uma outra sala onde a doutora a esperava para realizar uma ultrassonografia, sua primeira ultrassom.

Suas mãos tremiam, não estava acreditando que estava vivendo tudo aquilo que um dia pareceu impossível.

• Olha, consegue ver? - A médica sorriu enquanto apontava a pequena sementinha no televisor. Anahí assentiu radiante. - Está se desenvolvendo muito bem. Olha só… - aproximou e fez algumas marcações em tela. - Agora vamos ouvir o coraçãozinho desse príncipe ou dessa princesa…

 Anahí assentiu empolgada e logo seu coração quase pulou para fora do peito, aquele coraçãozinho acelerado lhe pertencia, era de alguém muito especial a quem havia dado a vida. Emocionada, deixou que algumas lágrimas escorrerem por seu rosto. A médica a olhou com um sorriso, a havia entendido.

• Desculpa, doutora! - desculpou-se enquanto limpava as lágrimas - É que tive alguns problemas no passado, jamais pensei que pudesse conseguir. - Anahí explicou e a médica a olhou interessada - Eu sofri com anorexia e bulimia.


• Sinto muito. - A médica lamentou - Mas vejo que hoje está recuperada é muito forte. Mas com essa informação preciso te dizer, até que feche 03 meses, todo cuidado é pouco. - Anahí assentiu - Vou prescrever algumas medicações para você e para o bebê.

A médica encerrou a consulta. Anahí saiu do consultório e telefonou para Christian, ele era o único que sabia de tudo, e assim permaneceria, só contaria a Poncho e aos demais quando passasse o período orientado pela médica.

Daquele dia em diante. Anahí era outra pessoa. Sentia-se mais forte, mais feliz, mais disposta. Sua vida tinha um novo sentido, sentia-se a mulher mais feliz do mundo.

Mais tarde…

Alfonso assim que saiu do trabalho seguiu para a casa de Alexandra, onde Anahí ainda morava com a mãe, já que Christopher obviamente após o casamento, passou a morar no apartamento com Dulce.

• Onde esteve o dia todo? - A questionou assim que desceu do carro e aproximou-se de Anahí que o esperava na porta com um largo sorriso no rosto. - E essa carinha, hein? O que aprontou?


• Nada ué. - sorriu, sabia que ele a conhecia perfeitamente bem para entender que ela lhe escondia algo, mas Anahí era super do bem, com certeza não seria nada ruim.


• Me conta… - A envolveu pela cintura - Essa carinha é de quem aprontou.


• Essa carinha é da mulher mais feliz do mundo, que sou eu… - afastou o suficiente para olhá-lo nos olhos sorrindo - Você me faz muito feliz, sabia?


• Com uma declaração dessas, o que mais posso dizer? - Ele sorriu abobado e selou os lábios de Anahí que intensificou o beijo. - Não me provoca loirinha. - Ele pediu ofegante com seus rostos ainda colados.


• Te amo. - Ela sorriu e ele sussurrou de volta.


• Eu quem te amo, muito, muito. - A abraçou fortemente.

Anahí convidou Alfonso para entrar, Alexandra não estava em casa, aproveitaram para ficarem juntos e com mais liberdade.

Um mês e meio se passou desde que Anahí havia descoberto sua gravidez, estava entrando no terceiro mês e aquilo ainda que não quisesse estava a afligindo, era um mês decisivo, sua consulta seria na semana seguinte, mal podia esperar para rever pela terceira vez seu bebê. Consequentemente estava extremamente ansiosa, o que não estava lhe fazendo bem, mas não conseguia evitar.

Estava em casa, Alfonso havia saído para trabalhar quando Christian entrou em seu quarto.

• E aí, como está a mamãe do ano? - Christian perguntou baixinho temendo que sua tia estivesse por alí.


• Mamãe não está, pode falar que eu gosto de ouvir. - Riu.


• E aí, como se sente? - Sentou ao lado dela na cama.


• Desde a madrugada me sinto mal. - Suspirou - Estou com medo.


• O que acha de irmos a emergência? Aproveita que estou aqui. Não acredito que vá querer ir com nenhum deles ou com sua mãe, e que…


• Estou quase fazendo isso… - olhou Christian com dúvida - Acha que devo ir logo?


• Claro que sim. - Christian a incentivou e viu Anahí levantar da cama - Te espero lá fora.

Anahí assentiu e foi trocar-se enquanto Christian a esperava do lado de fora do quarto.

Alguns minutos depois estavam á caminho do hospital.

Assim que Christian ajudou Anahí a descer do carro, ela o encarou chorosa e ele parou de caminhar ao lado dela.

•  Chris, eu estou perdendo meu filho. - Lágrimas grossas escorriam por seu rosto.

• Não fala isso, Annie. - Ele tentou disfarçar sua preocupação.


• Olha aqui… - Apontou embaixo de seu vestido, uma poça “d’água” se formava no chão. - Me ajuda.


• Puta merda! - Christian olhou aquilo assustado e e a pegou no colo depressa, assim que chegaram a recepção da emergência um dos maqueiros se aproximou com uma cadeira de rodas, Christian sentou Anahi, que entrou direto para o atendimento.

 Christian ficou na recepção fazendo a ficha de Anahí, estava extremamente preocupado. Assim que assinou como responsável e identificou-se como familiar, entrou seguindo uma enfermeira que o conduziu até o terceiro andar do hospital.

•  Ela está dormindo pois foi prescrito um sedativo, mas logo doutora vem falar com você e explica tudo, pai. - A mulher disse enquanto dava passagem a Christian para entrar no quarto - O mais recomendado é que ela descanse, entrou muito agitada.

• Ok, fico no aguardo. - Christian forçou um sorriso, a enfermeira havia sido muito simpática, mas estava preocupado com Anahí. Extremamente preocupado.

Alguns minutos depois…

O médico entrou no quarto e Christian que estava sentado na poltrona ao lado da cama de Anahí, prontamente levantou-se.

• Você é José Christian? - o homem disse voltando a conferir no prontuário de Anahí - Responsável por Anahí Uckermann?


• Só Christian. - Parou em frente ao médico. - Sou primo de Anahí. - Esclareceu antes que mais alguém o confundisse com o pai do bebê.


• Bom, Christian. Eu lamento muito, mas Anahí está perdendo muito líquido. Não há mais o que fazer. Esse bebê não irá sobreviver até o fim do dia. Precisam ser fortes, e digo isso, pois ficou bastante abalada de pensar na possibilidade de não tê-lo. Vou mantê-la aqui pelas próximas 48 horas, temos que fazer alguns exames, e aguardar que o próprio corpo faça a rejeição do feto.


• Não há mais nada o que fazer? Nada, nada? - Christian perguntou com esperança, mas o médico negou. Esse bebê tem sido tudo na vida delas. Por favor, doutor. Por favor.


• Eu sinto muito… Fizemos todo o possível. - Tocou o ombro de Christian - Estou a disposição para qualquer novo esclarecimento que precisar.


• Obrigado! - Christian agradeceu e assim que viu a porta do quarto se fechar, voltou-se para Anahí.

Não conseguia imaginar como a prima ficaria quando acordasse, ficaria arrasada e ele não lhe tirava a razão. Inconsequente tirou seu celular do bolso, pensou em telefonar pra Christopher, para Alexandra, ou até mesmo para Alfonso. Mas logo recordou-se que Anahí vinha mantendo sua gestação em segredo, então, não lhe tiraria o direito, caso decidisse que queria que tudo permanecesse assim.

Então voltou a sentar e pensar em como e o que diria a sua tia pela ausência de Anahí.

Por volta das 19:00. Anahí acordou ainda sonolenta. Christian que até então estava distraído no celular, logo o deixou de lado e levantou indo até ela.

• Como se sente? - Christian acariciou os cabelos de Anahí - Está mais tranquila?


• Como posso ficar tranquila, Chris? - disse com os olhos marejando - Eu estou perdendo o que tenho de mais precioso, não tem noção do quanto fui feliz nos últimos tempos.


• Deus sabe de todas as coisas, Annie. - tentou tranquiliza-la - Eu não posso mensurar o tamanho da sua dor. Mas saiba que pode contar comigo pra tudo. Estarei sempre aqui.


• Obrigada. - Anahi agradeceu entre lágrimas - Contou pra alguém? - Christian negou - Melhor assim, não quero que ninguém saiba que eu não sirvo pra…


• Ei! Para. - Christian a interrompeu - Não foi a primeira e nem será a última, confia em Deus, já te disse. Deus sabe de todas as coisas, Annie. Você conseguiu engravidar uma vez, claro que irá conseguir outra. Eu sei que não é questão de substituir, mas, tudo no tempo de Deus.


• Eu confio muito, Chris. Isso que me alivia um pouco. Mas me sinto mal. É como se tivessem arrancado um pedaço de mim. Não sei explicar…


• Fica tranquila. Nada como o tempo e essa dor vai amenizar.

Anahí suspirou e não disse mais nada.

Mais tarde…

O telefone de Christian tocou, Anahí dormia, ele foi até o banheiro para atender. Era sua tia, mãe de Anahí.

• Calma, tia. Annie viajou comigo, ela tentou te ligar mas não conseguiu, acabou de nos distraímos tanto que depois ela esqueceu. - Christian mentiu.


• Por Deus! Estava a ponto de perder o juízo. Nunca mais façam isso, por favor. - Alexandra pediu tentando acalmar-se.


• Nos desculpe, por favor. - Ele pediu sincero.


• Ok querido. E onde ela está agora, posso falar com ela? Só para me tranquilizar.


• Er… Ela agora está dormindo, tia. Mas assim que acordar não vou esquecer de avisa-la. Pode ficar tranquila.


• Ok então, por favor não esqueça.

 Despediram-se e encerraram a ligação.

 Christian voltou para o quarto, onde passaria os próximos dias junto a Anahí.

 Fim de tarde do dia seguinte…

O próprio corpo de Anahí havia recusado o feto e durante o banho, havia saído. Christian a ajudou em tudo, tinham intimidade o suficiente, e ele era extremamente respeitoso, não existia maldade.

Christian tirou Anahí do banheiro aos prantos. A ajudou a vestir uma bata limpa, a acalmou e a colocou para deitar outra vez.

• Fica tranquila. Tanta descansar um pouco. - pediu e Anahí assentiu ainda chorando - Por favor.


• Pedem pra limparem aquilo lá. - Anahi pediu dando as costas a porta do banheiro, precisava apagar aquela imagem de sua mente. - Por favor… - sua voz fraquejava. - Pede Chris.


• Farei isso… - Christian suspirou e apertou o botão de acionamento, não custou a uma enfermeira chegar, ele explicou a situação, e logo entrou uma moça da limpeza.

Anahí não virou-se mais. Christian esteve ali até o último minuto, apoiando-a e dando-lhe toda força necessária, pedindo aos céus para que sua prima se recuperasse o mais rápido possível, dentro de suas possibilidades.

FIM DO FLASHBACK.

De volta ao presente…

 Anahí acordou de seus pensamentos quando alguém bateu a porta de sua sala, limpou as lágrimas rapidamente e pediu para que entrasse.

• Oi. - Samantha acenou sorrindo - Atrapalho?


• Não, não. Pode entrar. - Anahí forçou um sorriso e gelou quando a viu abaixar e levantar com a foto e o porta retrato quebrado em mãos. 


• Quem é? - Mostrou a foto com um sorriso, obviamente referia-se a Christopher.


• É o meu irmão. Me fez raiva, por isso quebrei. Me desculpa. - Riu sem graça - Vem aqui, senta! - Apontou a cadeira a frente.


• Ele é muito lindo! - Mostrou a foto a Anahi e voltou a olhá-lo - É solteiro?

Anahí pensou em dizer a verdade, mas… Havia encontrado uma maneira de se vingar de Dulce.

• É divorciado. Separou tem um tempo já. - Mentiu mais ainda e sorriu quando viu Samantha olhá-la interessada. - Gostou dele?


• Claro. É um gato. - disse óbvia - Precisa me apresentar. Se não tiver ciúmes claro.


• Eu? Ciúme do meu irmão? - Gargalhou - Claro que não, te apresentarei o mais rápido possível. - Disse empolgada.

Anahí ainda não sabia o que fazer, mas algo faria para apresentar os dois, por mais que Christopher não quisesse vê-la nos próximos dias. Pensaria em algo.

Acordou de seus pensamentos, pegou a foto de Samantha e a guardou em sua gaveta. Passaram a tratar apenas de trabalho.

Mais tarde…

Dulce chegou do trabalho entrou no quarto, Christopher tomava banho, algo alí lhe chamou atenção, ele aproximou-se da mesinha do canto, pegou a aliança de Christopher e foi até o banheiro.

• O que isso está fazendo jogada alí em cima? - Dulce entrou no banheiro fazendo-o se assustar. - Hein?

Christopher lavou o rosto e voltou-se para olhá-la.

• Que susto! - Ele riu - Não estava jogada, a coloquei alí porque estava me apertando. Essa semana prometo resolver isso, não se preocupa.


• Estou de olho em você. - Brincou fingindo estar desconfiada, eles riram e Dulce saiu levando a aliança de Christopher de volta para o quarto.

Christopher saiu do banho, Dulce entrou no banheiro. Ele colocou os dois filhos para dormir, e voltou para o quarto, esbarrando com ela na porta.

• Vou vê-los, já volto. - Disse ao passar por ele saindo do quarto do casal. Christopher assentiu e entrou, deitou-se ligando a tv, e logo Dulce estava a seu lado outra vez. A puxou trazendo-a para deitar em seu peito, como ficaram até pegarem no sono.