Fanfic: ENTRE TU Y YO! | Tema: VONDY

Mais tarde…

Alfonso saiu de seu escritório apressado pós um telefonema. Á pedido, não informou a Christopher ou Anahí. Chegou ao hospital, identificou-se e foi até o leito informado. Abriu a cortina e Dulce dormia.

A enfermeira se aproximou-se.

• O senhor é… Alfonso? - confirmou em sua prancheta e o olhou, ele assentiu. - Irmão?


• Isso. - Alfonso respondeu - O que aconteceu?


• Sua irmã chegou passando muito mal, realizamos alguns exames, mas precisamos de algumas confirmações pra um diagnóstico preciso. - a médica o explicava tudo pacientemente- Vou chamar o maqueiro pra levá-la pra realizar uma ultrassom, e assim que pegar o resultado volto aqui. - sorriu quando Alfonso assentiu e saiu.

01 hora e 15 minutos depois…

Dulce despertou já no quarto, o irmão assim que percebeu levantou da poltrona e foi até ela.

• Que susto, hein? - Alfonso lhe deu um beijo na cabeça - Se sente melhor? - Dulce assentiu ainda sonolenta - Dul, eu sei que não queria que ninguém soubesse, mas Christopher já me ligou umas 15 vezes. - lhe mostrou a tela de seu celular com inúmeras chamadas perdidas do cunhado.

Dulce suspirou, mas não contestou quando Alfonso disse que informaria ao cunhado que Dulce havia ficado interna. Em seguida informou a Anahí que demoraria um pouco mais que o normal para chegar em chegar em casa.

A médica retornou e se aproximou de Dulce que se mantinha acordada, o irmão levantou e se aproximou.

• Saiu o resultado dos seus exames, querida. Fique tranquila que está tudo bem. - tocou a mão de Dulce - Você já tem filhos? - Dulce assentiu mesmo sem entender a pergunta - Quantos filhos você tem?


• Dois. - Respondeu.


• Não seriam quatro? - A doutora perguntou e Dulce negou com certeza. Só tinha dois filhos e nenhum aborto.


• Não doutora, só dois. - Alfonso reforçou - Mas por quê?


• Com os exames já havia percebido que tinha alguma coisa mais, por isso pedi a ultrassom, e confirmou o que já desconfiava, uma gestação gemelar. - viu os dois se entreolharem surpresos - Isso, pelas contas da ultra-som, está por volta da décima semana. Então, meus parabéns mamãe! - a doutora sorriu para Dulce que ainda estava sem reação. Após, despediu-se e os deixou sozinhos.


• Que pontaria a do seu marido. - Alfonso a zoou, e Dulce riu ainda incrédula - Ele está chegando aí, vai contar pra ele?


• Não sei… Minha cabeça está um turbilhão, jamais imaginei engravidar de gêmeos. - Riu, sentindo-se um pouco aflita, e perguntando-se o que faria. - Será verdade?


• Dul, a médica não iria inventar. - Disse óbvio.

O celular de Alfonso tocou, era Christopher lhe perguntando o número do quarto, pediu um minuto que logo desceria.

• Preciso ir, mas Christopher está chegando. Qualquer coisa, sabe que pode contar comigo, não sabe? - ela assentiu - Parabéns, mamãe! Serão mais duas bençãos na vida de vocês. Sabe disso.


• Eu sei. - Dulce riu, ainda estava incrédula - Obrigada!

Alfonso lhe deu um beijo na cabeça e saiu.

Alguns minutos depois, Christopher entrou e foi até ela.

• Como se sente? Por quê não falou logo comigo?


• Você estava muito ocupado. - disse sem olhá-lo - Não iria te atrapalhar mais.


• Dulce… Por favor, não pensa besteira. Eu não sei o que te falaram, ou o que acha que viu, mas não é nada disso. Acredita em mim. Eu…


• Você acredita em mim?


• Fielmente. De olhos fechados. Cem por cento. - Garantiu.


• Não me diga. - ironizou - Se acreditasse em mim não teria me tratado mal por algo que nem tive culpa. - ela negou - Vamos mudar de assunto… Quem te trouxe? O Poncho? - ela negou - E o que os médicos falaram?


• Que está tudo bem. - abaixou o olhar.


• Você está mentindo. - ele riu - Nem consegue me olhar. Vai me contar, ou prefere que eu vá saber?

Dulce hesitou por um tempo até Christopher caminhar até a porta do quarto.

• Estou grávida! - o viu virar para ela e se aproximar sorrindo.


• É verdade mesmo? - ela assentiu - Mas não tem que me esconder isso, sabe que era o que mais queria, imagina Nicole como vai ficar. - Imaginou a alegria que ficaria a filha caçula. - Não está feliz


• Não quero que eles saibam agora, nem eles e nem ninguém. - pediu ignorando a pergunta do marido - Não vai ser uma gestação fácil.


• Por quê diz isso? - Christopher estranhou.

Dulce simplesmente se negou a falar, então assim que ela cochilou, Christopher foi até o atendimento médico, identificou-se e logo a médica responsável por Dulce o atendeu.

• Você sabia? - Christopher perguntou assim que Alfonso o atendeu - E por quê não me disse?


• Porque Dulce não quer que ninguém saiba, e quem tinha que te contar era ela, ué. Também não entendi nada. Só me disse que vocês dois não estavam bem, também não perguntei muito, sabe que não gosto de me meter.


• Mas e aí, pronto pra dar conta de mais dois? - Alfonso perguntou sorrindo, estava feliz pela irmã. - Que pontaria certeira, Uckermann. - Alfonso gargalhou.


• Você é muito engraçadinho. - Riu - Nicole vai ficar muito feliz. Na sua família já tem gêmeos?


• Não, na minha não. - Alfonso respondeu - Não que eu saiba. E na sua?


• Também não. - conferiu se Dulce ainda dormia e continuou ao telefone.


• Quero te pedir uma coisa. - Alfonso voltou a falar sério - Não conta pra Annie agora. Vim aqui pra rua pra te contar. Só um resumo na verdade. Segundo ela, ninguém sabia então, pode ser que você não saiba. Ela tá fazendo tratamento pra conseguir engravidar de novo.


• Annie nunca engravidou, Poncho. - Christopher disse acreditando estar certo do que dizia.


• Engravidou, cara. Mas perdeu e nem eu sabia. Mas também não a julgo, e não ia brigar com ela por uma coisa de tanto tempo atrás. Então conversamos, ela procurou um médico muito bom, e começou o tratamento.


• Hoje no almoço ela me falou algo sobre remédios, e disse que depois explicava. Mas não nos vimos, não disse mais nada. Mas fica tranquilo, não vamos contar não. - viu Dulce despertar outra vez - Depois nos falamos, ela acordou. - Encerrou a chamada com o cunhado e se aproximou. - Está melhor?


• Era sua amiga no telefone? - visivelmente enciumada.

Christopher tentou lhe mostrar o visor do celular, mas Dulce virou o rosto.

• Era o Poncho. As pessoas se preocupam você, sabia? - brincou e ainda assim ela não o olhou - Não está feliz pelos bebês?


• Estou feliz por eles. Raiva eu estou de você. - rolou os olhos.


• E por quê? - encostou na cama ao lado dela - O que eu fiz?


• Você sabe o que fez! - Dulce o olhou e ele negou.


• Não fiz nada, Dul. Já disse. - viu Dulce apontar sua bolsa - O que?


• Me trás meu celular. - ele foi até a bolsa de Dulce, tirou o celular dela de lá e a entregou. - O que é isso? - o apontou seu celular.

Christopher pegou e negou com a cabeça.

• Quem te mandou isso também deveria ter te dito que não aconteceu nada, nem lá, nem em lugar algum. - devolveu o celular pra ela - Quem te mandou isso? - referiu-se à suas fotos com Samantha no celular de Dulce.


• Não importa. - bloqueou o aparelho e o colocou de lado - Eu só acho que vocês tem intimidade demais. Há poucos dias entrei na sua sala e estava berrando com ela. Dias depois estão almoçando juntos. Eu não quero fazer papel de idiota, mas eu me recuso a acreditar.


• Eu acho ótimo que não queira acreditar. - Christopher a encarou - Eu nunca te trai, e eu nunca vou te trair, Dulce. Nunca. - Repetiu.


• E por quê vocês dois ficam nessa… - gesticulou - Não sei. Não sei o que vocês tem.


• Não temos nada. - virou-se ficando de frente pra ela - Deixa eu te falar uma coisa.

Christopher respirou fundo, mas viu necessário.

• O seu irmão a contratou. - apontou Dulce - Ele que é amigo dela, não eu. Há um tempo atrás logo quando ela chegou no escritório Anahi estava com raiva de mim porque a proibi de ir lá em casa sem que eu estivesse, e então disse a Samantha que eu era divorciado, e ela acreditou, depois que Enrico adoeceu, Anahí foi lá, então desmentiu o que tinha dito, e só.


• Percebe que tem um bom espaço de tempo da chegada dela, da mentira da sua irmã, e do dia que Enrico adoeceu, não percebe? - Christopher passou a mão no rosto pedindo aos céus paciência - Então até aqui, você ficou recebendo cantada dela e achando bonito?


• Ela nunca me cantou, Dulce. Por Deus! Eu descobri semana passada tudo isso. Sim, ela ia lá, oferecia ajuda, eu aceitava sim, mas nunca me disse nada, nunca percebi se me olhava estranho ou não, porque eu não quero outra mulher. Por quê não entende isso pelo amor de Deus?


• Tá, e hoje, já sabendo de tudo, por quê almoçava com ela? - o encarou esperando a resposta.


• Anahí me chamou pra almoçar, Poncho também estava, mas foi embora antes que eu chegasse, quando cheguei só estava Anahí, mas tinha que voltar pra o escritório, então acabei almoçando só, quando estava acabando ela chegou, pediu pra sentar e não dei importância, mas não quis ser grosseiro…


• Grosseiro é você gritar com ela como aquele dia. Inclusive, não faça mais isso. - ele assentiu.


• Não me orgulho disso, mas estava cansada de todos os problemas que as duas tem nos causado, dessa confusão generalizada que virou nosso trabalho desde que as duas começaram a se desentender. - Dulce abaixou a cabeça - Acredita em mim, por favor.


• Eu não vou aguentar se você me trair. - chorou e foi abraçada por Christopher.


• Não fala isso, isso nunca vai acontecer. Nunca! - Garantiu apertando-a - Confia em mim.


• Eu quero, mas é tudo muito confuso. - soltou-se dele - Desculpa.


• Não faz isso. - Christopher pediu - Também não gostei nada intimidade com a qual seu amigo me tratou hoje pela manhã. Não me deixou nem chegar a coordenação, se tratando de você, ele cuida, ele resolve. Não gosto disso, senti raiva, fiquei irritado, mas também não estou aqui dizendo que os bebês são deles porque ele já tem gêmeos, e na nossas famílias não.

Dulce arregalou os olhos.

• O que você está insinuando? - Arregalou os olhos surpresa - O que quer dizer com isso?


• Não estou insinuando nada, Dulce. É um exemplo, não queira complicar as coisas. É professora, olha a interpretação. - rolou os olhos - Para com isso.


• Não quero mais falar com você. - cruzou os braços - Pode ir embora. - o varreu com a mão.


• Ok então. - Christopher desencostou da cama fingindo não dar importância. - Nos vemos quando voltar pra casa. - caminhou até a porta e virou-se pra ela rindo. - Precisa ver sua cara. - Ele gargalhou e se aproximou. Dulce não teve como não rir também. - Vamos parar com isso, sim? - a segurou pelo queixo - Você é, e sempre será única!

Dulce sorriu e ele a beijou.