Fanfic: ENTRE TU Y YO! | Tema: VONDY

08 dias depois...

Alfonso e Dulce saíram juntos do prédio onde ficava o primeiro apartamento dele.

• Tem certeza que quer vir pra cá? – Alfonso perguntou enquanto caminhavam e Dulce assentiu. – Olha só, por mim tudo bem que fique aqui com as crianças, e eu também não quero me meter na briga de vocês, sem que eu sinta que precisa de uma interferência, mas preciso te dizer que não acho certo que saia de casa com Enrico e Nicole sem que ele saiba. Isso pode te trazer problemas.


• Se eu falar ele não vai me deixar vir. – Dulce suspirou – E eu realmente não quero mais ficar lá.


• Eu sei, já me disse um bilhão de vezes, Dul. – Alfonso riu a recordando – Mas não pode agir assim, seja madura, como sei que é. O chame para conversar como dois adultos que são e explique pra ele que não tem mais condições e que você se sente melhor se mudando. Assim como precisam sentar juntos com Nicole e Enrico e explicar pra eles. Não pode simplesmente tira-los de casa e dizer: olha, vamos sair, aqui é nosso novo lar e o papai não mora mais com a gente.


• Eu sei. – Dulce coçou a cabeça impaciente só de pensar – Tem razão, mas é porque eu não vejo outra solução. Não vejo. Olha o que ele está fazendo, está há dias sem ir trabalhar com medo que eu saia.


• Porque ele sente que a qualquer momento pode tomar a atitude que está querendo tomar. – disse óbvio – Entende? – Ela assentiu. – Mas bom, você que sabe. Aqui estão as chaves. – a entregou e Dulce sorriu.


• Obrigada! – o abraçou de lado.


• Mas por favor, pensa bem pra não se arrepender depois. Ok? – ela assentiu – E no que precisar, saiba que pode contar sempre comigo. E sinto muito que as coisas tenham se desencaminhado entre vocês. Eu quero acreditar que vão se resolver e repensar essa decisão. Christopher te ama muito, e tenho certeza que você o ama também.

Dulce forçou um sorriso quando o irmão falou do amor de Christopher por ela. Caminharam até o carro dele que a deixou em casa e foi embora.

Dulce entrou em casa Christopher estava sentado no tapete da sala com o notebook na mesinha centro, parecia concentrado, mas assim que ela fechou a porta, o olhar dele caiu nela.

• Está muito ocupado? – se aproximou e ele negou.

Na Christopher estava ocupado sim, mas essa era a primeira vez em que ela se aproximava dele em dias, então se ela queria conversar com ele estava à disposição.

• O que aconteceu? – Ele virou pra olha-la.


• Eu já tenho um lugar pra ficar. – Dulce viu o semblante de Christopher mudar.


• Pensei que já tivesse tirado essa ideia da cabeça. – Ele negou – Por quê ainda continua com isso? Pensei que estivéssemos bem.


• De onde você tirou que estamos bem, Christopher? – Riu sem entende-lo – Estamos de mal a pior.

Christopher voltou a encarar seu notebook, mas não conseguiu se concentrar, o colocou sobre a mesinha novamente e levantou. Dulce já ia no primeiro degrau da escada quando ele parou atrás dela.

• O que eu preciso fazer pra você me perdoar?

Dulce respirou fundo e virou pra ele.

• Eu não quero que faça nada. – Christopher tentou se aproximar e ela subiu um degrau para trás. – Ou melhor, tem uma coisa que pode fazer.


• O que? – ele a olhou esperançoso.


• Não tenta me impedir de ir embora. – Ele negou – Por favor.


• Não me pede isso, por favor. Você está grávida Dulce, como vai dar conta de duas crianças e uma gestação como a sua sozinha?


• Eu te procurei pra falar sobre e você já nem se importou. Que diferença vai fazer? – deu de ombros – Hein?

Christopher respirou fundo e a olhou.

• Você pode até ir, mas não vai levar Enrico e Nicole com você.


• E você que vai ficar com ele? – o viu assentir e riu negando com a cabeça – Christopher, não seja louco, você mal começou a ter um caso, e esqueceu das crianças. Por Deus! – Rolou os olhos e negou com a cabeça – Você já mostrou que não cuida nem de você.


• Então agora também não sou um bom pai? – a encarou.


• Isso é você quem está falando. – deu de ombros – Eu não falei isso.


• Foi o que deu a entender. Eu os esqueci sim, como também poderia ter acontecido com você.


• Por favor, não me compare. – negou – Eu não esqueço meus filhos aí, muito me entretendo com você sabe muito bem o que.


• Não fica todo tempo me passando isso na cara. Não fica falando essas coisas. – ele pediu.


• E o que você quer que eu fale? Me diz. Já te disse, eu já tenho pra onde ir, eu não quero mais ficar aqui e você não vai me impedir, muito menos de leva-los comigo.


• Enrico e Nicole não vão querer ir com você. – Christopher a garantiu – Eles têm tudo aqui, não vão querer recomeçar nada sabe lá onde.


• Os meus filhos vão estar onde eu estiver. – Apontou para si – E você não é ninguém pra decidir.


• Sou! Sou o pai deles. – Os dois se encararam olho no olho - De todos! De absolutamente todos. – Enfatizou.


• Ah, agora você acredita nisso? – O viu assentir – Que engraçado você. – Negou rindo – Acredita no que lhe convém, e quando lhe convém. Incrível.

Dulce virou-se e terminou de subir as escadas. Christopher não tinha mais cabeça para trabalhar, simplesmente fechou seu notebook, o deixou alí mesmo e subiu pra o quarto.