Fanfic: ENTRE TU Y YO! | Tema: VONDY

15 dias depois...

Sexta-feira, 19:05.

Enrico e Nicole jantavam quando a campainha tocou, Dulce abriu e sorriu quando o irmão a abraçou.

• Aconteceu alguma coisa? – Apartou o abraço e fechou a porta.


• Não, fica tranquila. – a tranquilizou – Mas preciso falar contigo.


• Sua expressão entrega que aconteceu alguma coisa. O que foi?


• Será que pode por favor deixar Christopher passar o final com as crianças? – Dulce suspirou – Eu sei que não deve ser fácil, mas sabe que ele também tem direito. Ele já não está bem...


• Dele eu não quero saber. – disse séria – Mas tudo bem, só espera eles terminarem de jantar. – Virou-se para sair, mas o irmão a segurou pela mão fazendo-a parar.


• Dul, olha só. Eu sei que não estão bem, e acredite, Christopher está pior que você, mas vocês têm dois filhos juntos, mais dois que vão nascer, então acho que isso exige muita maturidade, muita mesmo.

Dulce suspirou.

• Eu sei, eu entendo. – Coçou a cabeça impaciente – Eles podem ir sim, não tem nenhum problema.


• Já o deixei ciente que não quer vê-lo e também não disse pra ele onde estão, isso fica por sua conta. Ele já sabe que eu vou busca-los aqui e os entregar a ele, e vice-versa. – A explicou pacientemente e a irmã suspirou – Mas será que ele pode ao menos te contatar para vocês decidirem entre si sobre as crianças?

Dulce ficou em silêncio alguns minutos e por fim garantiu que sim, Christopher podia falar com ela para decidirem sobre as visitas e tudo o que fosse relacionado as crianças.

• Vou conversar com ele então. – Disse e ela assentiu.

Dulce foi até a cozinha e o irmão a seguiu. Enrico e Nicole sorriram quando Alfonso os informou que Christopher os esperava para passar o final de semana com ele, correram para o quarto e ele virou-se para Dulce.

• Eles são loucos por ele. – A viu concordar – Então não tem com o que se preocupar.

Dulce não disse mais nada. Foi para o quarto, não precisou colocar muitas coisas na mochila dos filhos, já que não havia trago muitas coisas das crianças quando saíram de casa.

Alfonso desceu com os sobrinhos, os entregou a Christopher por volta das oito e meia da noite, assim que Enrico e Nicole correram para seus respectivos quartos, chamou o então ex-cunhado para conversar.

• Ela ficou chateada? – Christopher olhou para Alfonso assim que os filhos sumiram no corredor.


• Ficou triste, chateada não. – Explicou – Ela só tem a eles agora, deve ser estranha toda essa situação. Você sabe. – Disse e Christopher assentiu, entendia muito bem. – Mas está de acordo que vocês como dois adultos que são, podem tratarem entre si sobre as questões das crianças. Mas ainda está resistente em te ver. – viu o semblante de Christopher mudar – Sinto muito por isso. Mas não se preocupa, eu vou ficar buscando e levando os dois até que as coisas se acalmem.

Christopher obviamente não estava de acordo com aquilo, queria ao menos vê-la, e sequer teria essa chance, mas seguiria dando tempo ao tempo, o que não queria era ficar longe dos filhos, que também lhe estava doendo muito.

Alfonso despediu-se e foi embora.

Christopher subiu e chamou os dois filhos para o antigo quarto do casal, pegou um balde de pipoca e deitou com os dois filhos, Enrico escolheu o filme que assistiriam, Nicole resmungou, mas não por muito tempo, pois logo apagou. Os dois assistiram ao filme até o fim.

Manhã seguinte...

Christopher anteriormente havia dispensado a empregada e a babá dos filhos acreditando que Dulce não deixaria passar o final de semana com os filhos. Os esperou acordar e os levou para tomar café da manhã na padaria.

Enquanto isso...

Dulce acordou enjoada e por isso apenas tomou banho e voltou para a cama. A campainha tocou e quase sem forças levantou para abrir.

• Por quê não me contou o que estava passando? – Maite a perguntou durante o abraço, em seguida o apartou e entrou, Dulce fechou a porta e virou-se pra ela. – Foi Anahí?


• Não, dessa vez não. – Dulce negou e a chamou para o quarto, as duas seguiram e sentaram na cama.


• E o que aconteceu? Por quê se separaram? Vocês nunca foram de estarem brigando, aguentaram Anahí como um karma e nem isso fez vocês tomarem essa atitude. Não entendo.

Maite viu Dulce abaixar a cabeça e arregalou os olhos, a analisou rapidamente e não quis acreditar em sua desconfiança, mesmo que tivesse estudado tantos anos para ter certeza do que proferiria, afinal, era psicóloga, e muito boa por sinal. 

• Christopher te traiu, não foi? – Perguntou com 99% de certeza.

Maite viu Dulce apertar os olhos para não chorar e simplesmente a abraçou.

• Dul, você não tem que se sentir culpada ou envergonhada por uma atitude errada do outro. – Ela negou – Não tem.


• Eu me sinto humilhada, enganada. – Passou as costas das mãos nos olhos a cada lágrima que insistia em sair – Christopher era minha vida, eu acreditava que nossa vida fosse perfeita, que o nosso amor fosse perfeito, e olha o baita chifre que eu levei. E eu passo dia e noite tentando puxar pela memória o que eu fiz de errado.


• Você não fez nada de errado. – Maite a cortou – Não tem de se culpar pela falta de honestidade do outro. – Disse e a viu suspirar – Poncho comentou comigo que está grávida. – Ela assentiu – São gêmeos mesmo ou foi brincadeira dele?


• São sim. Também não acreditei quando soube. – Riu.


• E como está se sentindo em relação a essa gravidez? – Perguntou preocupada – Eu sei que é difícil, mas tem que ser ainda mais forte por todos eles, por Nicole, Enrico e os dois bebês que vão nascer.


• Estou tentando, Mai. Não é nada fácil, mas estou tentando. – Sorriu para Maite que lhe sorriu de volta.


• E as crianças, dormindo ainda? – Dulce negou – Não estão com você? – A olhou assustada, mas logo Dulce a tranquilizou.


• Desde que me mudei há quase um mês que eles não viam o pai, ontem Poncho veio busca-los. Não posso proibir a convivência entre eles. – Disse e Maite concordou.


• Mas o Poncho veio buscar e quem vai traze-los? Christopher? – A viu negar.


• Christopher não sabe onde estou, e nem quero que saiba. Não queria que eu saísse de casa, passou dias sem ir trabalhar com medo de voltar e não me encontrar. Mas eu não suportava mais ficar no mesmo ambiente que ele, Mai.


• E se sentiu melhor quando chegou aqui? – Perguntou desconfiava e a viu negar – Como imaginei. Como você descobriu essa traição?

Dulce lhe contou da mensagem que pegou no celular de Christopher e que dalí em diante, não quis mais ouvi-lo, passou a evita-lo até o dia de sair de casa.

• Por isso está se sentindo assim, Dul. Vocês não conversaram da forma que deveria, por mais que doa, precisam esclarecer tudo.


• Não consigo, Mai. – Negou.


• Coisas inacabadas voltam, Dul. E se esse é um ciclo que você quer encerrar, precisa pontuar tudo, ou tudo isso vai os assombrar pelo resto de suas vidas. E não vai ter como ser assim, porque vocês já podem-se dizer que tem 04 filhos juntos. – A explicou pacientemente – Não vai conseguir ter uma conversa com ele de uma forma saudável, sem pensar em tudo que aconteceu e em algum momento, olha que ruim que vai ser.


• Eu entendo, e acredito que esse dia vá chegar. – Disse com certeza – Eu só espero que não seja breve. – viu Maite sorrir – Não vou conseguir.


• Vai sim, e é exatamente em breve que precisam conversar, porque quanto mais cedo pontuarem e acertarem essa situação, mais cedo vão conseguir a aprender lidar com tudo. – Dulce assentiu concordando.


• Agora não entendi, como depois de tudo isso, Poncho tem sido tão gentil a Christopher, pensei que fosse querer mata-lo.


• Ele não sabe de nada e nem pode saber. Porque é exatamente isso que ele vai querer fazer. Sem falar que foi ele quem fez de tudo pra ficarmos juntos, vai se sentir culpado, e não quero brigas entre os dois. De jeito nenhum.


• Só você sabe disso. Ninguém mais sabe e nem pode saber. – Viu Maite fazer um zíper na boca e sorriu.

Mais tarde...

Christopher passeava pelo shopping com os dois filhos e Anahí. Os colocaram nos brinquedos e sentaram onde os poderia ver.

• Tem falado com a mãe deles? – A irmã perguntou e ele negou – Acha que um dia ela te perdoar? – Christopher negou outra vez.


• Será que se eu falasse com ela... – Anahí foi interrompida pelo irmão.


• Você, Annie? – Ele riu e negou – Sem chance. Pelo amor de Deus. – Riu só de imaginar. – Nem pense.


• Não tem mais se encontrado com Samantha não, não é? – Ele negou – Eu espero que não mesmo, porque se você se encontrar e a Dulce descobrir, aí que ela não volta pra você mesmo. – Christopher negou.


• Você tem a visto? – Perguntou e Anahí negou.


• Mas Poncho está preocupado com ela. – Viu Christopher encara-la com o semblante preocupado – Expliquei pra ele que deve ser porque deve estar sofrendo, mas o problema é que ela tá grávida, isso que agrava.

Maite passou o dia com Dulce só indo embora após o jantar.

Dulce voltou pra o quarto e seu celular tocava, o atendeu e era Enrico.

• Oi, mamãe! – O garoto estava visivelmente empolgado – Esse é meu número de celular.


• Seu número de celular? – Dulce perguntou confusa – E desde quando você tem um celular?


• Meu pai que me deu e também deu um ipad pra Nic e também comprou um celular novo pra ele. Agora quando eu estiver com meu pai a gente vai poder conversar.


• Fico feliz, meu amor. – Dulce sorriu, não queria cortar a empolgação do filho, mas não havia gostado nada daquilo. – Seu pai está aí?


• Está no quarto de vocês, quer falar com ele? – Dulce respondeu que sim e Enrico saiu de seu quarto até o quarto que foi dos pais. – Minha mãe. – Estendeu seu celular para Christopher que o olhou surpreso e o pequeno assentiu sorrindo.

Christopher pegou o celular e o colocou no ouvido, Enrico saiu do quarto correndo.

• – Ele atendeu.


• Você deu um celular pra ele? – Dulce o questionou.


• Qual problema? – Christopher não quis ser grosso, mas não via problema naquilo


• Combinamos que ele não teria um telefone antes dos doze anos. – O recordou – Ele só tem dez anos.


• Daqui um mês ele completa onze anos, Dulce. E com tudo que está acontecendo não vi problema em ele ter um celular. Me desculpa se não gostou, mas ele está super feliz, por favor releve.


• E para quê um ipad para Nicole? Ela só tem 05 anos. Perdeu a noção? – O questionou por isso também.

Christopher não via problema em os filhos terem acesso à tecnologia como Dulce, mas não queria ir contra ela.

• Me desculpa então, só quis agrada-los. – Se explicou.


• Christopher eles te amam muito e eles ficaram felizes em ir ficar com você, então fica sabendo que não vai precisar compra-los para tê-los com você, porque eles sempre irão por vontade própria.


• Eu sei e não quis fazer isso. – Contestou.


• Tudo bem, é só pra você saber. – O deixou ciente e ficaram em silencio por alguns segundos. – Por favor, fica de olho neles com essas telas.

Christopher sabia a preocupação de Dulce com a educação do filho e nisso não iria contraria-la, então a garantiu que tomaria cuidado, ela tentou encerrar a ligação, mas ele puxou assunto...

• Como você está? – Christopher perguntou sentado na cama olhando os pés, não queria que aqueles minutos acabassem.


• Os bebês estão bem. Qualquer coisa que acontecer eu vou fazer com que chegue até você. Manda um beijo pra eles. – Pediu.

Dulce encerrou a ligação assim que Christopher a respondeu. Ele suspirou com a indiferença dela e levantou da cama, saiu do quarto para devolver o celular ao filho. Aproveitou para conversar com os dois sobre o limite do uso tanto do celular quanto do ipad.

Fim de tarde de domingo.

Alfonso chegou para buscar os sobrinhos.

• Me parece melhor. – Alfonso comentou a fisionomia de Christopher.


• Falei com a Dulce ontem. – Comentou e o cunhado, já que ainda o considerava assim o olhou surpreso. – Como isso aconteceu?


• Nada demais, ela não gostou muito porque dei um telefone pra Enrico e um ipad pra Nic, mas no final acho que entendeu e que não terá problemas.


• Supervisionando os dois não vejo problema. – Alfonso concordou – É até bom pra você se comunicar com ele quando estiver lá, ela falar com ele quando estiver aqui. – Deu de ombros – Não pareceu uma má ideia.


• E nos falarmos cada vez menos. – Negou e Alfonso riu – Sério.


• Não vejo essa separação de vocês como uma coisa definitiva. – Christopher o olhou duvidoso – Te juro. Eu estou no meio de vocês dois e vejo como você fica, como ela está. – Disse gesticulando – Vocês se gostam tanto. Tenho certeza que com o passar dos meses as coisas vão melhorar.


• Ou piorar. – Christopher rolou os olhos – Ela está grávida de gêmeos, Poncho. É hormônio dobrado.


• Eu vou leva-los. – Referiu-se aos sobrinhos ainda rindo de Christopher – Vai ficar tudo bem? – Quis garantir e Christopher assentiu.

Alfonso o encarou por alguns segundos desconfiado.

• Você quer me perguntar alguma coisa que até arrisco dizer o que é. – Alfonso disse e Christopher negou – Ah, claro. Te conheço de ontem, não é? – Christopher riu – Quer saber onde a Dulce está, não é?

Christopher hesitou por pouquíssimos segundos mas assentiu e Alfonso riu, sabia que era isso.

• Qual garantia eu tenho de que não vai atrás dela? Porque se for, ela vai me matar e eu vou matar você.


• Não vou, te dou minha palavra. – Christopher garantiu esperançoso – Onde ela está?


• No meu apartamento. – Disse e Christopher sorriu – Não no que eu e Annie moramos, no outro.


• Eu sei, me lembro. Onde era seu matadouro. – Disse e Alfonso gargalhou assentindo – Eu sei onde é.


• Ei, mas nada de aparecer por lá, hein? – Pediu ficando sério novamente e Christopher assentiu, não trairia a confiança de Poncho e também não pressionaria Dulce.

Christopher despediu-se dos filhos e voltou para dentro de casa. Alfonso subiu com os sobrinhos até o apartamento, assim que Dulce os arrumou e colocou os dois para assistirem tv no quarto voltou pra sala.

• Você e Christopher conversaram? – Alfonso a questionou prendendo o riso.


• Sobre as crianças. – Dulce o respondeu séria. – Ele te falou?


• Disse que ficou chateada com ele porque deu eletrônicos as crianças. – Dulce assentiu – Mas não seja tão rígida. Vai ser bom até pra você quando quiser saber como eles estão e não quiser falar diretamente com ele.


• Eu expliquei isso pra ele depois. – Justificou-se – Já está tudo certo.


• Ok então. Preciso ir, qualquer coisa me liga. – Disse e a irmã assentiu, o abraçou e Poncho foi embora.

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Bom dia, meus amores! Ia postar só amanhã com os outros que estou preparando, mas fiquei feliz com a interação e resolvi adiantar. Volto logo e comentem muito. Beijinhoooos ;*