Fanfic: ENTRE TU Y YO! | Tema: VONDY

15 dias depois...

O clima no escritório era outro. Anahí percebeu que tinha algo errado, mas com as desconfianças que tinha não seria ela quem iria falar nada sobre o tal assunto com o marido.

Alfonso estava em sua sala quando Samantha entrou.

• Poncho, você já conseguiu ver os projetos que deixei aqui ontem? – Ele assentiu e a entregou sem olha-la.


• Está tudo bem? – Pegou o envelope o estranhando – Está estranho.


• Estou chateado. – Disse e a mirou – Sabe quando você deposita toda sua confiança em alguém e a pessoa vai e te apunha-la pelas costas? – A viu assentir sem graça – Pois é. E daqui do escritório só uns três, na vida não quero nem parar pra pensar.


• Eu entendo. Espero que fique tudo, você é super gente boa, alto astral, não merece ficar assim por ninguém. – Abraçou o envelope – Fica de boa, tá?

Alfonso apenas assentiu e a viu se encaminhar até a porta.

• Samantha, espera! – pediu e levantou-se em seguida – Olha...


• O que? – Voltou-se para ele.


• Eu não tenho nada com a sua vida, com quem você sai ou deixa de sair, mas essa é a oportunidade que pode estar tendo de ser sincero comigo, depois de ser mais uma dentre todos que sei que estão mentindo pra mim.


• O que quer saber? – Perguntou já imaginado o que o amigo a questionaria.


• Você e Christopher. – Respirou fundo – O que vocês têm?


• Não temos nada. Ele já deixou claro que não quer nada comigo, e que quer voltar pra sua irmã, na verdade ele nunca me escondeu isso, eu quem acabei achando que seria diferentes.


• Você sabia que ele era casado e que era meu cunhado? – a viu negar.


• Anahí me disse que era divorciado. Mas depois voltou atrás e me disse que foi porque estava com raiva dele, porque ele havia a proibido de ir até a casa dele, e então me esclareceu, mas aí eu já estava muito afim dele, e acabou que um tempo depois nos envolvemos, mas não durou muito, ele ama muito a sua irmã. – Disse e Alfonso negou sarcástico – Bom, isso ele que fala. Não sei.


• Tudo bem, não precisa falar mais nada... – disse para poupa-la – Eu acho que minha lista de decepções só vai aumentar se continuar falando, então prefiro me poupar. Pode ir.

Samantha saiu e Alfonso voltou para sua mesa surpreso por Dulce saber da traição e não tê-lo contado nada. Não confiava nele, ou que? Perguntou-se.

Á noite.

Dulce guardava a roupa dos filhos, enquanto os dois terminavam o dever de casa, quando a campainha tocou, então apressou-se para abrir a porta.

• – Poncho sorriu e Dulce lhe deu espaço pra entrar – Como está?


• Na medida do possível bem. – Sorriu para o irmão ao tempo em que lhe dava passagem – Aconteceu alguma coisa?


• Queria te ver. Tá ocupada? – A viu negar – E as crianças?


• Estão no quarto. – Apontou, mas Alfonso negou – Tem certeza que está tudo bem?


• Não tenho me sentido bem, mas tudo vai passar. – Dulce forçou um sorriso, visivelmente esgotada. – Mas sei lá, dependendo do ponto de vista, pode ser que esteja. – deu de ombros.


• Do seu, está? – A viu assentir nitidamente sem nenhuma certeza – Tem certeza?

Alfonso sorriu negando, afinal era evidente que aquilo era mentira, sentou no sofá e chamou Dulce para sentar ao seu lado, assim que a viu sentar, se pronunciou...

• Pensei em respeitar o seu desejo de que eu não soubesse o porquê da sua separação, e te garanto que não é sobre isso que quero falar, porque esse assunto tem me tirado do sério, e não me julgo capaz de me meter, mas teve uma coisa que me preocupou bastante.


• Do que está falando? – Dulce o olhou confusa.


• Escutei Nic questionando a Annie o porquê de você e Christopher não morarem mais juntos, e ela estava bem mal, a cabecinha dela deve estar bem confusa e quero que você preste atenção, que converse com ela e veja uma maneira de sanar toda e qualquer dor que ela esteja sentindo, se puder, conversa com isso com o Uckermann também.


• Do que está sabendo exatamente? – Perguntou receosa.


• Não sei, eu não sei mais em quem posso confiar, não sei mais o que é verdade ou o que não é. – deu de ombros – Anahí já sabia e não me falou nada, você também não, Christopher menos e realmente espero que ele não fale comigo pelas próximas encarnações.


• Não tem que se intrigar dele por isso, são amigos e... – Dulce foi interrompida.


• Eu fui amigo dele. Eu. – Apontou para si.


• Ele gosta muito de você, Poncho. Não confunda as coisas. – Dulce pediu – Não arrume problemas com ele por mim. Não tem nada ver.


• Por quê pensa em reatar o casamento? – a viu negar sem olha-lo – Você ainda o ama? – Dulce assentiu – É isso que acaba comigo. – Alfonso levantou – Olha, de verdade, eu só peço que cuide das crianças,


• Eu não sabia de nada disso, aliás, eu nem sabia que mais gente estava sabendo de nada, nunca foi minha intenção que isso fosse exposto. – Disse um pouco irritada – Isso me magoa, me envergonha...


• Quem tem que sentir vergonha não é você. – O irmão lhe disse óbvio – É ele.


• Me sinto mal, me sinto humilhada... – suspirou tristemente – Por favor, não conta mais pra ninguém não, eu te imploro. Eu só preciso esquecer de tudo isso, só isso. – Dulce pediu – E de verdade, não te contei porque temi sua reação, não porque não te amo ou não confio em você. Você sabe o quanto o amo e o quanto quero te ver bem. Não se sinta traído por mim, só foi algo que eu não quis expor nem pra você e nem pra ninguém. E olha, em relação as crianças estou fazendo o que posso. – Disse visivelmente cansada – Vou conversar com a Nic depois, não se preocupa.


• Claro que me preocupo. E claro que sei que está fazendo tudo o que pode e até além, mas achei que precisava saber. E quanto a tudo isso, eu jamais vou querer te expor, então no que depender de mim, eu não vou falar nada pra ninguém. – Alfonso garantiu e puxou a irmã para um abraço – Te amo.


• Eu também amo você!

Á noite.

• Mamãe, o meu pai já chegou? – Nicole questionava Dulce sobre a viagem de Christopher – Eu quero muito ver ele.


• Eu não sei, meu amor. Mas eu vou procurar saber e se ele já chegou, você vai encontrar com ele, está bem? – A viu assentir – Perfeito, agora está tarde, precisa dormir.

Nicole assentiu, Dulce lhe deu um beijinho na testa e a acariciou o rosto em seguida. Olhou para o lado e Enrico já dormia, foi até ele, o cobriu e saiu do quarto deixando apenas a luz do abajur.

Caminhava respondendo algumas mensagens em seu celular, quando o interfone tocou, conferiu as horas e preocupou-se, não esperava ninguém e não era dia de Poncho buscar as crianças. Apressou-se em abrir a porta, e sentiu o chão se abrir abaixo de seus pés, era Christopher.

• O que você tá fazendo aqui?


• Eu preciso falar com você... – a olhou fixamente, mas Dulce desviou o olhar – Posso?

Dulce não disse nada, apenas deu passagem para que entrasse e fechou a porta em seguida, respirou fundo e parou de frente pra ele.

• As crianças estão dormindo, pode ir lá... – apontou o corredor em direção aos quartos e o viu negar.


• Quero vê-los, mas antes preciso falar com você. – tentou toca-la, mas Dulce esquivou-se.