Fanfic: ENTRE TU Y YO! | Tema: VONDY

• Eu não vou voltar. - Dulce se afastou.


• Não diz isso. Por favor. - Christopher desesperou-se- Não pode fazer isso comigo.


• Você fez pior comigo. E me desculpa, mas não consigo te perdoar. - Dulce mordeu o lábio quando viu Christopher desabar no choro e abraçá-la - Por favor, não fica fazendo essas coisas. Acabou, Christopher.

Ele negou.

• Sim, e não se fala mais nisso. - falou séria - Não dificulta as coisas… - parou de falar quando Nicole apareceu na sala.


• Papai? -  a pequena ainda sonolenta sorriu - Você voltou?

Nicole correu até Christopher que a pegou no colo. A pequena o abraçou forte e Christopher chorou mais ainda.

• Por quê está chorando? - Nicole afastou-se para olha-lo - Não fica triste, papai. - Acariciou o rosto do pai e o abraçou novamente.

Dulce sentiu-se mal com aquela cena, naquele momento sentiu-se culpada pelo afastamento diário dos filhos com o pai.

• Vai dormir com a gente? - Nicole perguntou empolgada.

Christopher olhou para Dulce que apenas assentiu.

• YES! - Nicole comemorou soltando-se descendo do colo do pai. - Vem, vou te mostrar nosso quarto novo.

Nicole saiu puxando Christopher até o quarto onde dormia com o irmão. Dulce suspirou, os seguiu e parou na porta do quarto os observando.

• Eu te falei que a tia Annie disse que o papai não ia procurar outra, mamãe. - Nicole disse para o irmão, Enrico repreendeu a irmã com o olhar e Christopher virou-se para Dulce que rolou os olhos e saiu.


• Fica com sua irmã. - Christopher pediu ao filho e saiu do quarto a procura de Dulce. - Ei, espera! - Ele entrou no quarto seguindo-a. - Eu nunca falei nada pra eles.


• Por quê ela falou aquilo? - Dulce o olhou com dor - Tanto que eu tentei esconder de todo mundo, agora todo mundo já sabe. E você me pergunta o porque eu não consigo te perdoar. Aí está um dos motivos. Você tem noção do quão humilhante é?


• Dulce, por Deus! - Se aproximou. - Ninguém falou nada. Muito menos eu. Você acha mesmo que eu queria que alguém soubesse de tudo isso? Muito menos os nossos filhos. Acha que não me sinto mal por tudo? Você é uma mulher incrível. O erro foi meu, e nunca neguei isso. - A tocou o rosto - Mas não pode ficar remoendo isso. Pra começar ninguém tem nada ver com a nossa vida. Se é disso que tem medo.


• Eu não tenho medo de ninguém. - garantiu - Eu tenho vergonha de ter me enganado com você.


• Não fala isso… Eu sei que eu estraguei tudo e a todo tempo estou repetindo, é minha culpa sim. Mas não precisa ficar assim. Eu te amo, e eu não te troco por nenhuma outra mulher.


• Quem mente uma vez, mente sempre. - chorou - Eu não vou querer passar por isso outra vez.


• Não haverá outra vez. - Christopher foi firme na tentativa de deixá-la segura, mas era visivelmente inútil. - Eu prometo pra você.

Dulce não disse nada, pegou um lençol e um travesseiro, entregou a ele e o varreu para fora do quarto com a mão. Christopher suspirou e foi para o quarto onde estavam os filhos.

Manhã seguinte…

Dulce preparava o café da manhã quando alguém a envolveu o braço em volta de seu ombro, assustou-se e se afastou irritada.

• Desculpa! - Sorriu aliviada e abraçou o irmão.


• Está assustada é? - Alfonso brincou quando apartaram o abraço - As crianças ainda estão dormindo? Cheguei muito cedo?


• Foram dormir super tarde, mas não vai precisar levá-los. - o irmão a olhou intrigado - O pai deles está aí.


• Como está aí? Ele dormiu com você?


• Não, ele dormiu com os filhos dele, e não vem falar assim comigo, porque segundo ele foi você quem disse onde eu estava. - Alfonso negou com indignação - Pois é.


• Tá, mas quando falei eu ainda não sabia o que ele havia aprontado, só quis tranquila-lo. Hoje, jamais teria aberto minha boca.

Dulce então percebeu o quanto o irmão estava magoado com Christopher.

• Vocês estão juntos de novo? - Poncho perguntou um pouco mais calmo.


• Não. Claro que não. E não vamos voltar. - Garantiu enquanto colocava a mesa - Nunca mais.


• Não diga isso. No fundo você o ama, e esse merda também é apaixonado por você. - puxou a cadeira e sentou - Mamãe está desconfiada que você saiu de casa.


• Você disse pra ela também? - parou o que fazia - Me fala que não.


• Claro que não, mas está todo tempo questionando porque no dia da festa estavam distante e foram embora separados. - colocou café na xícara - E os bebês?


• Estão bem, mas estou começando a cansar. - referiu-se a seu peso.


• Já se afastou do trabalho? - a viu assentir - Isso não vai te trazer problemas?


• Não, pedi uma licença por tempo indeterminado. Assim que acabar minha licença volto a trabalhar.


• São 04 crianças, Dul. Arruma uma babá para cada e tome pé da sua vida outra vez. Seu trabalho sempre foi sua propriedade e aos poucos está deixando isso de lado. E eu não te julgo, é pelas crianças. Mas vocês podem contratar alguém que possa cuidar das crianças.


• Eu sei. - coçou a nuca - Eu gosto de cuidar dos meus filhos.


• Eu sei que gosta, mas não pode viver em função disso. E sei que essa coisa também nunca se opôs em relação a custear, e agora que não pode ser diferente.


• Eu sei. Mas também não quero falar sobre isso. - sentou e começou a se servir.


• Você nunca quer, mas como disse, não vou me meter. Inclusive, já que não vou precisar levar as crianças, vou pra casa. - colocou a caneca na pia - Qualquer coisa me liga, tá? - Dulce assentiu.