Fanfic: In my dreams Vondy - Finalizada | Tema: Vondy

{Dulce María Ferreira} 🌫️

Encostei na parede da sala logo após entrar em casa, pensando em tudo que aconteceu. Meu Deus! Que loucura! De fato o homem que acabou de me deixar em frente de casa, era o mesmo dos meus sonhos. Então eu não estava ficando louca, e os meus sonhos não estavam me enganando: E sim me preparando para esse encontro. Encontro do qual tinha sido uma explosão de sentimentos internos. Pois ele foi da excitação extrema quando ele me encarou com aquela cara de safado antes de entramos em seu carro, até a hora que ele tinha chegado a lanchonete quando eu tinha deixado o copo do Milk shake cair no chão e se espatifar em vários pedaços. Sorte que ele estava vazio porque senão seria bem capaz do Jaime me matar. Então na hora que isso aconteceu, eu aproveitei que ele estava conversando com a Larissa para correr até a cozinha, pois eu estava a ponto de desfalecer ali mesmo. Já que o impacto de ter visto aquele homem tinha sido inevitável. 

Sorrindo feito uma boba, acendi a luz do meu quarto logo após ter entrado, e fiquei pensando no quanto ele era mais gentil e atencioso que nos sonhos. E por um momento eu me esqueci do que o Arthur tinha feito hoje quando não atendeu as minhas ligações, e me deixou plantada na lanchonete, já que ele tinha mandado uma mensagem a tarde dizendo que iria me buscar. 

Passei a mão sobre o cabelo, e mordi o lábio imaginando as nossas trocas de olhares intensas e o seu sorriso perfeito, que com certeza deveria encharcar muitas calcinhas por aí inclusive a minha que tinha ficado úmida quando estávamos sozinhos em seu carro. Então para afastar tais pensamentos, eu resolvi respirar fundo e me lembrar do que a Bianca tinha falado comigo hoje na cozinha o que acabou me desanimando um pouco. Já que infelizmente o o patrão gostosão era um homem casado. Mas o que eu não entendi foi que se ele realmente é casado, porque estava dando em cima de mim? Me questionei, e depois acabei fazendo o mesmo pela segunda vez, ao me perguntar se esse casamento era de fachada? E em seguida peguei o celular na intenção de mandar uma mensagem para o Arthur, já que eu queria uma explicação do porquê ele não tinha ido me buscar no serviço. 

Passando o sabonete sobre a pele logo após ter ligado o chuveiro, eu deixei a água morninha cair no meu corpo e abracei o próprio na intenção de afastar tais pensamentos, com o Christopher que era um homem lindo gentil cavaleiro e muito educado. Aí meu Deus! Por que eu não consigo parar de pensar nele? 

Depois de ter saído do banheiro, e sentado na cama, e também estar penteando o cabelo como de costume, mamãe entrou no quarto com a sua típica cara inchada. Com certeza deveria ter adormecido junto com as galinhas. 

-- Boa noite filha! Nem vi você chegar. 

Ela sentou na beirada

da cama ao meu lado. 

-- Boa noite mãe! -- Larguei a escova sobre a cama, e a abracei. 

-- Foi o Arthur que te trouxe?

-- Não. -- Me afastei, e logo em seguida ela me encarou. 

-- Então se não foi o Arthur, quem te trouxe em casa? -- Desconfiou. 

-- Vim com o meu chefe? 

-- O Jaime?! 

-- Não o patrão. 

-- Ah sim... -- Ela sorriu, e em seguida tocou no meu joelho. -- E eu posso saber o motivo dessa carinha de felicidade. Isso não é só por causa do seu patrão ter te deixado em casa, eu te conheço fala qual é o motivo dessa sua felicidade? 

-- É que hoje eu conheci uma pessoa muito especial. -- Sorri ao me lembrar dele. 

-- Ae, e essa pessoa por acaso é o mesmo que te deixou aqui em casa? 

Eu ri, já que dona Beatrice era fogo. De fato eu não conseguia esconder nada dela. 

-- A senhora é terrível mãe.. -- Continuei rindo. -- É ele sim. 

-- Ah entendi. É você é Arthur como estão? 

-- Na mesma, ele continua me evitando, fugindo de mim, e bom o que ele fez hoje foi a gota d'água. 

-- É o que ele fez? -- Perguntou com uma certa curiosidade. 

Contei tudo a ela que ficou um pouco surpresa. 

-- Nossa! Ele não deveria ter feito isso com você. 

-- Não deveria mas fez, e se não fosse pelo Christopher ter me trazido, eu teria que vim de ônibus. 

-- Então quer dizer que o nome do rapaz é Christopher? 

-- Sim. -- Sorri. -- Estava pensando aqui, que se o Arthur continuar pisando na bola comigo, eu vou terminar com ele. 

-- Olha Dul a única coisa é que eu posso te aconselhar, e que você faça o que o seu coração mandar. E outra ele já está dando sinais de que não quer mais nada com você filha. Abre o olho. Tá. Vou deixar você descansar, boa noite! -- Beijou a minha testa, e em seguida saiu. 

Depois que vi ela sair do quarto, eu deitei na cama, e abracei o meu ursinho de pelúcia do qual o Arthur tinha me dado. E por um minuto acabei pensando nas coisas que ela acabou de falar, e também vi que no ponto a própria tinha razão. No dia seguinte acordei no mesmo horário, e depois de estar pronta, peguei a maçã na fruteira, pois teria que ir às pressas para o ponto de ônibus, já que infelizmente eu não podia mais contar com o Arthur.

-- Vai comer só isso Dulce? 

-- Sim. -- Respondi dando-lhe um beijo em seu rosto. 

-- Se o seu pai tivesse em casa ele te levava. Mas infelizmente ele teve que sair bem cedo. 

-- Fazer o que, mas agora deixa eu ir lá mãezinha, porque senão eu vou chegar atrasada. 

Caminhei até a porta de entrada da casa que dava acesso a varanda. 

-- Espera Dul que eu vou acompanhá-la. -- Mamãe gritou assim que eu tinha acabado de meter a mão na maçaneta para abri-la. 

Depois que abri e caminhei até o portão, me surpreendi ao ver o carro do Christopher parar em frente de casa. Involuntariamente coloquei as mãos sobre os lábios chocada ao ver que realmente ele veio me buscar só para me levar ao colégio. 

-- Bom dia gatinha! -- Ele disse logo após os vidros do seu carro chique e bonito abaixarem de modo automático. É logo em seguida buzinou. 

-- Esse que o seu patrão? Bonito ele, agora eu entendi o motivo da sua felicidade. -- Mamãe cochichou logo após ter se aproximado. 

-- Christopher o que você está fazendo aqui? -- Perguntei logo após ter caminhado até a calçada. 

-- Eu não disse ontem que iria buscá-la. 

Meu Deus! Que homem é esse! Que além de ser lindo, educado e gentil. Também era bem prestativo. 

-- Não precisava se incomodar com isso Christopher. Eu não quero abusar de você. -- Eu disse, e depois olhei rapidamente para trás vendo mamãe escorar no portão. 

-- Não é abuso nenhum gatinha para mim será um prazer te levar ao colégio. 

Não tinha como não se apaixonar por um homem desses. Eu só posso estar no paraíso e isso. Não se empolga muito Dulce! Entrei em alerta. 

-- Entra aí vai. Não espera um pouco. -- Ele abriu a porta do carro saiu. E em seguida deu a volta só para fazer a mesma gentileza que ele tinha feito ontem. Quando abriu a porta do carro para mim. 

-- Eu não acredito que você fez isso? -- Mas uma vez eu fui pega de surpresa ao sorrir feito uma boba, enquanto também dava a volta para o outro lado. 

-- Tudo bem com você morena? -- Ele disse isso enquanto beijava o dorso da minha mão e me encarava de um jeito bem profundo eu diria. 

-- Melhor agora. 

Mesmo que esse homem a minha frente fosse casado, estava impossível resistir às suas provocações. Por isso eu logo me dei conta da burrada que eu tinha feito, e então decidi que daqui em diante, eu não iria responder às suas investidas. Pois seria melhor assim. 

-- Ae... -- Ele sorriu daquele jeito safado que acabou me deixando excitada novamente. Droga! E depois desviou o olhar do meu, me cutucando logo em seguida. -- Sua mãe está acenando para nos dois olha. 

Girei os calcanhares, e virei o corpo para encará-la, vendo Christopher fazer o mesmo. Também fiz igual, quando beijei a ponta dos meus dedos acenando para ela. 

-- Queria que você fizesse o mesmo comigo. 

Não creio que ele fez isso! Em choque novamente por ele ter sido tão direto. 

-- Isso foi uma cantada? 

-- Foi. 

Ri. 

-- Você não perde tempo né. 

-- Nunca. Agora entra no carro senão você vai chegar atrasada.

-- Ok! -- Fiz o que ele pediu, vendo-o fechar a porta do carro em seguida. E depois de rodar ele entrou no veículo. 

Durante o caminho acabei me lembrando da maçã, e por isso abri a mochila pegando ela que estava enrolada em um papel toalha. 

-- Você se importaria se eu comesse essa maçã no seu carro? 

Mesmo que ele tivesse sendo gentil o bastante, eu não podia abusar, por isso resolvi perguntar. 

-- Claro que não gatinha. Fique a vontade. -- Ele me encarou logo após ter parado no sinal. 

-- Ok! -- Dei a primeira mordida na maçã e de soslaio percebi que ele ainda me encarava. -- Que foi? -- Perguntei logo após terminar de engolir o alimento. 

-- Você tomou café da manhã Dulce? 

Mostrei a maçã a ele que riu em seguida. 

-- É isso é tomar café menina?! -- Ele olhou para o seu relógio da Apple. -- São 6:15, eu acho que dá tempo da gente passar na padaria para tomar café. 

Automaticamente arregalei os olhos logo após ter mordido outro pedaço da maçã. 

-- Não precisa disso Christopher pelo amor de Deus. -- Disse logo após engolir o pedaço que eu estava mastigando. 

-- Precisa sim, só essa maçã não vai alimentá-la. É tem mais você vai ficar até uma hora da tarde só com essa maçã no estômago. Vai acabar ficando doente. 

-- Você pareceu a mamãe agora falando desse jeito. -- Ri. 

-- Mas ela tá certa Dulce saco vazio não para em pé. Agora vamos lá na padaria tomar um cafezinho. 

Ele falou aquilo tocando o meu joelho. E aquele contato acabou me deixando excitada. E estar menstruada não ajudava em nada pois a minha bichinha estava pulsando violentamente. 

💫💫💫💫

Quando entramos em uma padaria que ficava próxima ao meu colégio, Christopher pediu um misto com um café expresso, enquanto eu aproveitei para pedir um donuts com suco de laranja, pois fazia dias que estava com desejo de comer a rosquinha frita recheada de chocolate dessa padaria. 

-- Está um pouco sujo aqui deixa eu limpar. -- Sem permissão ele limpou o canto da minha boca que estava sujo de chocolate. 

-- Obrigada! 

A única coisa que eu fiz foi agradecer, porque o resto eu nem tinha o que dizer. Estava completamente sem palavras para descrever as sensações que esse homem vinha me causando. 

-- Quer mais? -- Ele perguntou logo após termos terminado de comer. 

-- Não obrigada estou satisfeita. -- Sorri em agradecimento. 

-- Agora sim você está bem alimentada. -- Sorriu, e em seguida levantou do banquinho logo após deixar uma nota de cinquenta sobre o mármore. -- Pode ficar com o troco. -- Ele falou para o atendente, e em seguida voltou a olhar para mim. -- Vamos! -- Pronunciou, logo após esticar sua mão direita para mim. 

Aí Deus! Que homem! Segurei na sua mão levantando do banco. 

-- A sua esposa é uma mulher de muita sorte por ter um marido igual a você. 

Acabei soltando aquilo de modo espontâneo. Mas o que eu não esperava era que ele fosse me encarar de um jeito tão profundo que acabou me deixando completamente balançada. 

Meu Deus! O que eu estou fazendo?! 

-- Ual! Agora você me surpreendeu. Adorei a sua espontaneidade. 

-- Surpreendi. Não é só você que pode ser assim. 

Pisquei vendo que infelizmente o meu celular começou a vibrar. 

-- Ae... Eu gostei disso sabia. -- Ele tocou a ponta do indicador no meu nariz. -- Vamos lá porque eu tenho umas coisinhas para te explicar. 

-- Que coisas? 

Perguntei com uma certa curiosidade, enquanto eu pegava o celular no bolso e checava o próprio, vendo que Arthur tinha acabado de responder todas as mensagens das quais eu tinha mandado ontem a noite. 

-- Lá no carro eu te explico melhor ok! 

-- Aham.

Guardei o aparelho novamente no bolso e em seguida fui seguindo ele até o seu carro. 

💫💫💫💫💫

Antes de ligar o veículo, ele me explicou que estava separado da mulher há três meses, e que inclusive já tinha entrado com o pedido de divórcio que infelizmente tinha sido arquivado. Então era por isso que ele estava flertando comigo?! Aí meu Deus! Não acredito que esse homem incrivelmente gostoso, bondoso e atencioso estava solteiro. Respirei fundo, e tentei voltar a realidade, pois eu não podia sonhar tão alto. 

-- Se eu estivesse casado, eu nem ficaria em cima de você. Por mais bonita e atraente que seja, eu costumo respeitar muito a pessoa que está ao meu lado. 

Pelo menos isso. 

-- Aonde você estava esse tempo todo?

Acabei soltando aquilo de modo espontâneo fazendo ele rir.

Emocionada de novo Dulce se controle mulher. 

-- Eu e que te pergunto aonde você estava esse tempo todo?

Ele colocou uma mecha solta do meu cabelo atrás da orelha enquanto me encarava com a mesma intensidade. 

Não posso me iludir com o olhar desse homem gostoso. Não posso! 

-- Amei que você veio de cabelo solto ficou ainda mais linda. 

-- Obrigada! 

-- Não precisa agradecer você é linda mesmo. Então Dulce agora jogando as cartas na mesa, eu estou bastante interessado em você, e quero muito que nos dois fiquemos juntos. 

-- Meu Deus! Eu tô surpresa aqui. 

Acariciei o peito enquanto lhe encarava, e no fundo fiquei um pouco assustada com a sua confissão. Pois era difícil de acreditar que um homem incrivelmente bonito como ele, queria ficar com uma menina tão simples como eu. 

-- Eu não quero que fique surpresa, e sim que se acostume com o meu jeito, pois eu sempre fui assim. Sou muito direto naquilo que eu quero. E agora nesse momento eu quero você. 

Agora eu fiquei ainda mais assustada do que antes. E também procurei colocar os meus pezinhos bem firmes no chão, já que homens bonitos e ricos como ele, costumavam a flertar descaradamente com mulheres até conseguir aquilo. É depois de conseguirem simplesmente viravam uns ogros e até fingiam que nada aconteceu partindo para a próxima caça. 

-- Mas você sabe que eu tenho namorado né?! 

Fiz de propósito, só para ver até aonde ele iria chegar com esse assunto de que me queria sem ao menos me conhecer direito. 

-- Sei, e eu não vou desistir por conta disso. Ainda mais que ele, te deixou plantada ontem lá na lanchonete. Eu sei que o relacionamento de vocês não estão lá essas coisas e mentira? 

Como ele sabia disso!? Será que alguém tinha contado alguma coisa para ele?!

-- Não, nós estamos passando por uma crise. 

Porque eu fui dizer isso hein?! 

-- Viu, não precisou nem você ter me contado a história para eu saber. Pois isso é bem evidente. Todo mundo percebe. 

-- Pior que é verdade. Até a minha mãe falou sobre isso ontem a noite. 

Fecha a boca Dulce pelo amor de Deus. 

-- Vamos lá, eu não quero te atrasar para o colégio. 

Ele bateu no meu joelho novamente, e depois girou a chave na ignição ligando o carro. 

Assim que ele estacionou o veículo em frente ao meu colégio, percebi que ele queria abrir a porta do carro novamente para mim, por isso eu o impedi saindo imediatamente dele. Pois eu não queria que as meninas visse eu chegando no colégio com o nosso patrão. 

-- Muito obrigada por tudo, pela carona o café, e principalmente a conversa. 

-- Não precisa agradecer minha flor. Boa aula tá. Nos vemos mais tarde. 

Não acredito que ele soltou beijinho para mim! Se emociona menos Dulce e mantém os seus pezinhos firmes no chão. Falei comigo mesma, logo após ter virado as costas, e caminhado até a entrada do colégio. E mesmo que eu estivesse feliz e radiante por estar conhecendo um homem lindo como ele, não podia me deixar levar por essas emoções: Primeiro porque eu tinha que resolver a minha situação com Arthur que já estava deixando a desejar faz tempo. E segundo por ter um certo receio de quebrar a cara novamente. Já que eu não tinha muita sorte nesse quesito.