Fanfic: In my dreams Vondy - Finalizada | Tema: Vondy

- Então Dulce o patrão sofreu um acidente a poucos km antes de chegar ao trevo, e está sendo levado nesse momento aqui para hospital de Cachoeiro. Parece que o estado dele é bem grave. Desculpa tem que dar essa triste notícia a vocês, mas foi necessário. 

Percebi que ele queria chorar mas estava segurando só para dar a notícia. Enquanto eu desmoronei em lágrimas ali mesmo na frente de todo mundo sem me importar com nada, pois naquele momento o meu mundo tinha acabado de ser destruído. Por que Deus? Por que isso tinha que acontecer justo comigo?! 

- Amiga tenha calma vai dar tudo certo. - Bianca tentou me tranquilizar mais não adiantou muito. 

- Não, não, não é possível. Eu sabia que isso ia acontecer! Eu sabia que algo muito ruim estava prestes a acontecer. O sonho droga! Como eu não pensei nisso? Era pro meu amor era pra ele. Naaaaaaoooo! - Levantei do sofá e comecei a andar de um lado para o outro me sentindo completamente desesperada e com o coração partido em mil pedaços enquanto enfiava as mãos por dentro do cabelo e puxava ele pela raiz. 

- Dulce querida entrar em desespero não vai adiantar em nada, a única coisa que temos que fazer nesse momento é orar pra que ocorra tudo bem. - Jaime também tentou me tranquilizar, enquanto secava as lágrimas que caiam pelo canto dos seus olhos. 

- Pelo amor de Deus Jaime! Eu quero saber para qual hospital levaram o Christopher? Eu quero ir até lá quero vê-lo. Naaaaaaoooo! O Christopher não. - Gritei é logo em seguida chorei vendo Bianca juntamente com Giovanna se aproximarem de mim na intenção de me abraçar. - Ele disse que ia voltar meninas ele prometeu pra mim. Por que isso não aconteceu? Por quê? 

- Dulce a pessoa que ligou para mim, me informou que ele foi mandado para o hospital evangélico e também disse que não demorou a ser socorrido porque ele estava atrás do carro e viu todo o acidente. Aí ele ligou para emergência e logo veio a ambulância para socorrê-lo. Ele disse que os socorristas falaram que o caso dele é grave porque sofreu uma forte pancada na cabeça. Parece também que fraturou a bacia. 

Não era possível que todo o acidente estava batendo exatamente como o sonho. 

- O que você disse Jaime? Eu escutei mesmo que ele teve uma forte pancada na cabeça ou você só disse isso pra me assustar. Diz pra mim que vai ficar tudo bem, e que ele vai sobreviver a tudo isso. Por favor!

Literalmente a minha ficha ainda não tinha caído, pois de fato eu pensava estar vivendo em um pesadelo que a qualquer momento eu acordaria e veria que tudo não passou de um sonho. 

- Isso eu já não sei Dulce, a única coisa que eu posso dizer é para nós termos fé e orar pra que o patrão saia dessa. Então pessoal, mediante a essa triste notícia, eu vou fechar a lanchonete. Até porque já vai dar dez horas. Cadê a Larissa? 

Nem vi que ela estava ali, visto que essa coisa não fazia a mínima falta. 

- Oi Jaime estou aqui? O que foi? Por que está todo mundo com essa cara? 

Por falar nela, a própria apareceu ali enquanto olhava para cada um de nós como se não tivesse entendendo absolutamente nada. 

- Você não está sabendo Larissa? - Jaime a encarou totalmente sério. 

- Sabendo do quê? - Perguntou ainda parecendo totalmente alheia ao que estava acontecendo. 

- O patrão Larissa sofreu um acidente. 

- Caramba! - Exclamou espantada. - É sério mesmo? 

- Sim Larissa. Então como eu disse vou fechar o estabelecimento agora e amanhã irei ver com o Christian se abriremos a loja ou não. E também vou ver se a outra loja lá do bairro Gilberto vai funcionar. Acredito que o Guilherme já deve estar sabendo.

- Jaime você pode me deixar no hospital para onde levaram o Christopher? Eu quero saber como ele está? Eu quero vê-lo. Por favor. - Pedi em tom de súplica enquanto sentia novamente os meus olhos lacrimejarem.- É mais a família dele já está sabendo? 

- Acredito que pelo tempo que aconteceu o acidente sim. Talvez eles tenham sido avisados de primeira. - Falou não dando muito certeza daquilo. 

- Dul você não acha melhor ir para a sua casa descansar?! Aí amanhã você vai lá. 

- Não Bianca eu preciso ir pro hospital agora, para saber sobre o estado dele. O Jaime disse que que foi grave, mas eu quero saber pelo boca dos médicos. 

Entrei em desespero novamente. 

- Escuta a Bianca Dulce, não há nada que possamos fazer. Vai para sua casa descansar. Se quiser eu te dou uma carona. 

Larissa encarou ele com os braços cruzados na altura do peito. 

- É eu Jaime? Como é que fico nessa história? 

Eu estava pensando em recusar, justamente para não ter que ficar alguns minutos respirando o mesmo ar que a Larissa. 

- Você vai junto com a gente. 

- Aff! - Bateu os pés enquanto fechava a cara. - Eu mereço eu mereço. - Caminhou em direção a porta saindo do escritório. 

- Não liga pra ela Dulce. Com certeza deve estar com ciúmes. A Larissa é ciumenta que só. Então Bianca, Giovanna, João, Clarissa e Joana. Nós vamos fechar agora, mas só vou pedir que fiquem com os celulares ligados porque eu avisarei se iremos abrir amanhã ou não. Mas, desde já eu quero dizer a todos que orem pelo nosso patrão, para que ele saia dessa. 

- Pode deixar Jaime eu vou colocar ele nas minhas orações amanhã quando eu for ao culto. - Clarissa falou com olhar um pouco triste. 

- É eu colocarei ele nas orações da novena de Natal que eu estou fazendo lá na paróquia que frequento para que se recupere logo. E volte para o nosso convívio. - Agora foi a vez da Joana falar. 

- Obrigada meninas muito obrigada mesmo por todo carinho e preocupação com o Christopher. - Agradeci. 

- Não precisa agradecer Dulce, nos estaremos aqui pro que precisar viu. Entendo que esteja passando por um momento difícil. Eu também passei exatamente pela mesma coisa que você quando o meu ex marido sofreu um acidente. Mas infelizmente eu não tive sorte e fiquei viúva... - Novamente entrei em desespero, enquanto percebia Clarissa encarar Joana com um olhar repreensivo. - Mas fica tranquila que isso não vai acontecer com o Christopher, pois ele é jovem forte e rapidinho vai sair dessa. 

- Aí tomara Joana e o que eu estou mais torcendo no momento. Vê-lo bem e de volta novamente... 

- É isso vai acontecer se Deus quiser. 

- Com Certeza. - Ela me puxou para um abraço, e eu aproveitei para chorar novamente.

- Chora, chora o quanto for necessário. Pois isso irá te fazer bem. - Passou a mão nas minhas costas de forma carinhosa. 

- Bom eu acho melhor nós adiantarmos né pessoal, pois já são mais de dez horas... 

Jaime resolveu pronunciar, enquanto caminhava até a porta. Depois que todos saíram dali eu observei ele apagar a luz e em seguida fechá-la. 

💫💫💫💫

- Mamãe porque essa dor não passa? - Perguntei pela terceira vez logo após abraçar mamãe que estava me consolando assim que eu tinha acabado de entrar no quarto e sentar na cama.

Jaime tinha me deixado em casa como havia combinado. Mas assim que abri a porta da sala dei de cara com mamãe que me puxou para um forte abraço, pois ela já estava sabendo da notícia, porque Annie tinha ligado para o seu celular do qual as duas tinham trocado o número no dia da minha festa surpresa. E por falar na minha festa, eu comecei a sentir uma profunda angústia ao pensar que tudo foi ideia dele do meu Chris que agora estava entrevado em uma cama de hospital. A única coisa que eu sabia dele é que estava mal, mas amanhã mamãe e eu iríamos ao hospital para saber notícias sobre o seu estado de saúde. 

- O que você acha de tomar um banho e dormir? Você precisa descansar querida, teve um dia muito tenso.

Tenso e triste. 

- Eu vou sim mamãe pode deixar. É que eu estou sem forças para levantar e agir. Não consigo. Eu tô arrasada. - Deitei a cabeça no seu colo ainda com os olhos cheios de lágrimas. 

- Querida ficar assim não vai adiantar. Você precisa reagir, e ter forças para também não cair. Pois imagina só se você cai hum. Agora vai lá tá bom. Eu vou ficar aqui até você terminar de tomar o seu banho. E se quiser eu posso dormir com você pelo menos hoje. 

- Não precisa mãe, pode dormir no seu quarto tá bom. Não quero te atrapalhar.

- Que atrapalhar minha filha! Eu não vou deixar você dormir sozinha nesse estado toda triste e vulnerável. É o mínimo que eu posso fazer e estar ao seu lado te apoiando. 

- Obrigada mãe! Eu vou lá tomar um banho tá bom.

Levantei da cama e peguei a toalha que estava esticada na cadeira indo em direção ao corredor que ficava o banheiro. Depois da ducha que eu tomei na intenção de tirar um pouco das energias ruins que estavam pesando o meu corpo, eu deitei na cama ao lado de mamãe, e ali eu adormeci em seus braços com ela fazendo um carinho gostoso no meu cabelo como na minha infância.