Fanfic: In my dreams Vondy - Finalizada | Tema: Vondy

- Essa bruxa não conseguiu vencer dessa vez. Graças a Deus! - Anahí pronunciou enquanto andava de um lado para o outro, esboçando um sorriso largo no rosto. - Ela achou que não pagando o convênio do meu irmão como fez no mês passado, o hospital fosse transferi-lo para Guarapari. Mas engano dela, eles preferiram deixá-lo aqui para não por a saúde dele em risco. Ainda bem que Luan colocou essa bruaca contra a parede, e obrigou ela a pagar esse mês, por isso que não fizeram a cirurgia dele em dezembro. Sabe o que eu pensei Dul: com certeza a intenção dela era afastar você do Christopher. Mas ainda bem que não conseguiu. E nem vai, pois no que depender de mim isso nunca irá acontecer. Já que eu sempre estarei aqui apoiando os dois. E como foi lá no médico? - Evidenciou uma certa preocupação em seu rosto após ter parado para me encarar. 

- Foi tudo ok, só que ele passou um exame... 

Mordi os lábios para conter o nervosismo. Pois não sabia se a família dele me apoiaria caso eu estivesse realmente grávida. Sei que eles estavam me dando maior força. Inclusive Annie, que estava me ajudando com a Verônica. Para que ela não soubesse que eu vinha aqui todas as quartas ver o Christopher. Que por sinal já tinha até mexido o indicador. No dia que ela ligou contando a novidade, eu fiquei radiante e também muito esperançosa de que ele voltaria só por causa desse pequeno milagre. Milagre do qual eu estou esperando há quase um mês, mas que só foi se concretizar após a cirurgia. Será que era e um sinal de que ele está voltando? Questionei levando um pequeno susto, assim que ela estalou os dedos em frente ao meu rosto.

- Exame de quê? Me fala logo mulher? - Insistiu em saber. 

- De sangue porque ele suspeita de uma possível gravidez. - Não queria comentar o assunto, mas devido a sua insistência, eu achei melhor contar. 

- Grávida! Como assim? - Arregalou os olhos um tanto surpresa. - Ah sua danadinha, então quer dizer que você é o meu irmão faziam as coisas sem proteção. - Esboçou um sorriso malicioso. 

- Só fizemos essas coisas apenas algumas vezes. Mas o seu irmão era bem cauteloso sabe, e tomava bastante cuidado. Mas eu acho que o médico, e também a Bianca estão certos. Eu realmente posso estar grávida. 

- Ahh! Dul! - Me puxou para um abraço. Abraço do qual ela quase quebrou as minhas costelas. De fato a minha cunhada era excêntrica em tudo que fazia. Até nos abraços. - Vou ficar tão feliz se esse resultado der positivo. Pelo menos uma notícia boa em meio a esse tanto de acontecimentos ruins. Agora temos que contar para o restante do pessoal . - Sorriu genuinamente. 

- Não por enquanto e melhor mantermos em segredo. Deixa o resultado do exame sair primeiro. Aí se der positivo nos contamos. - Resolvi me afastar. - E muito obrigada por te pagado a consulta e também o exame, depois eu acerto contigo. 

- Nem pensar garotinha. - Me abraçou de lado. - Dul estou lembrando aqui, que na semana que vem é a formatura da Bel. - De relance observei seu semblante ficar triste. - O Christopher estava tão animado para ir a formatura dela, mas infelizmente não irá acontecer. Me corta o coração sabe, ver o meu irmão na cama desse hospital totalmente indefeso e sem poder fazer nada para dar um jeito naquela ordinária com cara de lacraia, que infelizmente está tomando conta de tudo que é dele. Que ódio! - Percebi que ela estava querendo segurar o choro. Por isso decidi desvencilhar-se do seu abraço e ficar em frente a ela para a seguir segurar sua mão. 

- Não segure o choro Annie, coloca tudo que está sentido aqui. - Apontei o indicador na direção do seu coração. - Para fora. - Foi só eu falar para ela me envolver em um forte abraço novamente, e encostar a cabeça no meu ombro começando a chorar. 

- Ele não merecia estar passando por isso Dul. Não merecia! - Senti meu ombro sendo molhado por suas lágrimas, que caiam incessantemente. 

- Chora Annie, vai te fazer bem. - Falei enquanto acariciava suas costas como forma de consolo.

- Desculpa Dul, estar desabafado assim na sua frente. Você também está tão na bad quanto eu né. - Novamente meu ombro foi banhado por suas lágrimas, juntamente com o seus soluços. Que acabou de alguma forma, me deixando triste. Tadinha! E por esse motivo, eu também não aguentei e comecei a chorar junto com ela. 

- Não se preocupe e normal. Você não tem que ser forte o tempo todo. - Me afastei dela secando as lágrimas do meu rosto, e reparei que ela fez a mesma coisa. - Desde o dia em que seu irmão veio para esse hospital, eu nunca te vi assim tão vulnerável. Você sempre estava de pé nos consolando e dizendo que tudo iria ficar bem. 

- Essa era única forma de não cair junto com eles Dul. Já que algum de nós tínhamos que ter voz para peitar aquela cascavel. E por falar na cobra, eu espero que ela não apareça hoje. Mas se caso acontecer, eu juro que agarro no pescoço daquela desgraçada é enstragulo ela até a morte. 

Seu olhar se transformou do nada, o que acabou me causando um certo receio de que realmente ela fizesse algo com a Verônica. 

- Annie, você não acha que eu também tenho vontade de estrangular ela: sim. Mas as coisas não funcionam dessa forma a base da violência. Pois é isso que ela quer, que nos perdemos a razão entende? Mas não devemos dar esse gostinho a ela. O melhor é ignorar. Principalmente fingir que ela não existe. - Aconselhei. 

- É difícil porque a cobra provoca. Você não entende. Tenho certeza que ela vai continuar infernizando como sempre. 

- Quem vai continuar infernizando?

Levei um susto ao escutar a voz da Belinda atrás de mim. E como estávamos no corredor em que ficava o quarto que Christopher estava internado, eu fiquei preocupada de ser a própria Verônica. Já que ela poderia aparecer aqui a qualquer momento. 

- Quem você acha que é Belinda? - Anahí perguntou enquanto cruzava os braços na altura do peito. - A bruaca da Verônica. Na boa essa mulher está passando de todos os limites. - Passou a mão no cabelo de forma exasperada. 

- É verdade, o Luan me contou o que ela fez, quando foi me buscar no estágio na segunda. Nossa a crueldade dela não tem limites! Coitado do nosso irmão. - Espantou-se. 

- Não tem mesmo. Mas vou acabar com esse tormento hoje, quando ela aparecer aqui.

Demonstrou um olhar furioso. É pelo visto a bronca dela não passaria assim tão fácil... 

- Meninas o que acham de irmos até a lanchonete comer algo? Assim nós podemos conversar um pouco. E você Dul como está? Alguma novidade? 

- Ah meu Deus! - Anahí bateu na testa, enquanto fazia careta. - E eu fiz questão de lhe encarar com uma certa seriedade. Pois se ela abrisse a boca para Belinda sem o meu consentimento, eu iria ficar bastante chateada. - Esquece. - Ficou sem graça. 

- Estou bem na medida do possível. Sabe Belinda está muito difícil seguir sem o seu irmão. Principalmente na lanchonete. A Verônica está fazendo de lá um inferno. Tem dias que eu nem tenho vontade de trabalhar.

- Sinto muito Dul. Mas não se preocupe que já já vamos resolver essa situação. E só ter mais um pouco de paciência. Luan disse que vai colocar o Christian a par das coisas que andam acontecendo nas lanchonetes. Afinal ele também é o dono e precisa saber. 

- Exato. Eu já pensei em até ver com uma de vocês o número dele para contar todas as injustiças que essa mulher está fazendo. Ela tirou os nossos lanches e está dando folga a uma das funcionárias duas vezes na semana. Se a Larissa tem direito de folgar dois dias, nós também temos. 

- Caramba! Eu não sabia dessa. É sério Dulce? Vou falar com o Luan essa semana, para resolver a situação. Ela pode ter direito por ainda esta casada com o Christopher legalmente no papel. Mas nós somos a família dele, e não podemos deixar essa cobra fazer o que quer. Agora vamos lá tomar um pouco de ar e ir até a lanchonete. Eu estava pensando aqui Annie que poderíamos ir até aquela que tem em frente ao hospital. Eu gostei tanto daquele bolinho de aipim que quero repetir a dose. - Entrelaçou o seu braço no meu e da Annie. 

- Pode ser, eu também gostei dos salgados de lá. Você vai ir conosco, ou irá para casa? - Virou o pescoço para o lado na intenção de me encarar. 

- Vou ir com vocês, aí depois irei pra casa. 

- Se quiser eu peço ao Luan para deixá-la em casa, já que ele vai passar aqui daqui a pouco para visitar o Christopher. E por falar nele como está o nosso irmão? Ele teve alguma melhora depois daquele dia? - Belinda perguntou enquanto íamos caminhando até a recepção.

- Até agora só mexeu o dedo. Mas não devemos perder a esperança de que ele vai acordar desse coma. - Anahí falou toda esperançosa. 

- Ele vai sim, se Deus quiser. Temos que ter fé acima de tudo.

- Você está mais positiva Dul. E tão bom te ouvir falando assim. Estou gostando de ver você mais forte e com a esperança de que tudo vai dar certo. - Anahí falou enquanto passava a mão de forma carinhosa no meu ombro. 

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Sentir qualquer cheiro que remetia a salgados e a qualquer tipo de lanches em geral, estava me causando muito enjoo. Só espero não continuar assim pelos próximos dias. Porque senão, como eu irei trabalhar dessa forma? Passando mal frequentemente. Infelizmente não consegui ocultar a suspeita da gravidez de Belinda. Que logo sacou, após eu colocar a mão sobre a boca e sair correndo até o banheiro da lanchonete. 

- Dul estou tão feliz com essa notícia! - Me envolveu em um abraço apertado. - Pena que o meu irmão não esteja bom para também comemorar com a gente. Uma vez ele comentou comigo, que adoraria ser pai. - Percebi que ela estava querendo chorar logo após nos duas se afastarmos. - Desculpa, e que muito difícil sabe. Por mais que ele esteja dando alguns sinais de que quer acordar do coma, eu ainda tenho muito medo dele permanecer igual. - Secou um pouco das lágrimas que havia caído em seu rosto com a ponta dos dedos. 

- E uma pena mesmo. Eu também queria tanto que ele estivesse aqui para partilhar esse momento comigo. Mas eu tenho fé que esse dia vai chegar. O dia que ele acordar e tudo voltar ao que era antes. Belinda eu só vou te pedir uma coisa: Não conta nada a ninguém. Vamos manter esse assunto em segredo por enquanto.

- Pode deixar cunha, seu segredo está a salvo comigo. - Levou os dois dedos a boca e fez uma cruz da promessa. 

- É está mesmo, porque essa aí sabe guardar segredo como ninguém. - Anahí foi em sua defesa. 

- Diferentemente de você maninha que não consegue segurar a língua na boca. - Acabei rindo da forma como ela alfinetou a irmã.

- Ei, eu aqui indo em sua defesa, e você metendo pau em mim. Não vou te defender mais sua ingrata.

Mostrou a língua para ela de forma infantil. Essas duas. 

- Vamos lá meninas. 

Belinda falou logo apos acertar a conta dos salgados que elas comeram. E depois que atravessamos a rua na intenção de voltar ao hospital, acabamos dando de cara com ela a Verônica. 

- O que essa mulher está fazendo aqui? 

Foi se aproximando aos poucos de mim, até me empurrar de uma só vez o que acabou me deixando totalmente sem reação quando eu senti minha bunda encostar no chão. 

- Ah isso não vai ficar assim. Não me segura Belinda, porque é hoje que eu vou acabar com a raça dessa desgraçada. 

Belinda me ajudou a levantar do chão, enquanto Anahí partiu pra cima dela lhe agarrando pelos cabelos. 

- Sua cascavel e hoje que eu te mato. 

- Aí! - Escutei os seus murmúrios de dor. - Solta meu cabelo seu animal! 

Percebi que ela estava tentando desvencilhar da Annie, mas aquilo foi em vão. Pois a própria lhe deu um empurrão enquanto montou no colo dela começando a encher o seu rosto de tapas. 

- Esse é por você ter empurrado a Dulce. - Primeiro tapa. - Outro por negar a pagar o convênio do meu irmão. - segundo tapa. - É o último e por fazê-lo sofrer durante todo esse tempo. - O tapa final foi tão forte que o rosto dela acabou ficando vermelho. 

- Você vai me pagar seu vespa desgraçada! - Agora foi a vez dela reagir, quando agarrou Anahí pelos cabelos, que também fez o mesmo com ela. 

- Gente parem pelo amor de Deus! Será que as duas não estão vendo que estamos em frente ao hospital. Anahí sai de cima da Verônica por favor! 

Belinda gritou desesperada, enquanto as duas se matavam propriamente dizendo. Anahí agarrando no pescoço dela enquanto cravava as unhas, e ela agarrado a pelos cabelos. 

- Olá boa tarde! Eu posso saber o que está acontecendo aqui? 

Um dos seguranças do hospital, resolveu se aproximar. E por um dado momento eu o reconheci. Nossa como esse mundo é realmente pequeno. 

- Oi Alfonso. - Cumprimentei ele com um sorriso simpático. E também fiquei surpresa por vê-lo ali trabalhando como segurança do hospital. 

- Ah oi Dulce você por aqui. - Ele pareceu surpreso. - Conhece essas duas moças? 

- Pois é. - Coçei a cabeça. Mas uma vez nos esbarrado por aí né. - Sorri pelo nariz. - Sim conheço. A de cima é a minha cunhada, e a que tá embaixo dela é a ex mulher do meu namorado. Desculpa todo esse constrangimento. E que a de baixo acabou me empurrando, e minha cunhada partiu pra cima dela na intenção de me defender.

- Que isso! Não precisa pedir desculpas. Você não tem culpa delas estarem brigando. 

- Moço que bom que você veio. -Belinda falou espalmando a mão sobre o peito. 

- Eh as duas vamos parar com essa briga. - Ele segurou Anahí pela cintura, tentando tirar ela de cima da Verônica. 

- Me solta moço! Eu vou acabar com a raça dessa mulher. 

Anahí se debateu tentando desvencilhar dos braços de Alfonso que foi forte o suficiente para tirá-la de cima da Verônica. Que por sinal estava toda cheia de arranhões. Alguns no rosto e também pescoço. E Anahí apenas com um próximo aos olhos. 

- Olha só o que essa coisa monstruosa fez comigo. - Falou após sentar e tirar um pequeno espelho da sua bolsa, e encarar seu próprio reflexo. - Todos vocês vão me pagar pode ter certeza. Principalmente você Barbie do Paraguai. - Ela levantou do chão, e tirou a poeira que estava em sua roupa para depois encarar Alfonso.

- É o segurança desse hospital não é? - Encarou ele de cima a baixo com um certo descaso. - Fique sabendo que eu vou comunicar tudo ao conselho de administração. Aonde já se viu ser agredida e o segurança não fazer nada para expulsar essas mocreias daqui. - Passou a mão no cabelo na tentativa de ajeitar alguns fios desgrenhados. 

- Nem vem sua sua ordinária, que você não é nenhuma santa. - Anahí que até então estava ao lado da Belinda que segurava um dos seus braços, resolveu rebater. 

- Anahí pelo amor de Deus chega! - Belinda a repreendeu. 

- Senhora por favor para de criar confusão. É você moça para de rebater as provocações dela. - repreendeu as duas. 

- Tudo bem senhor, eu vou parar. Mas fique sabendo que eu irei levar o caso ao conselho. Aí quero ver essas três principalmente a maníaca que me agrediu entrar aqui. - Apontou o dedo diretamente para Anahí que novamente rebateu à sua provocação. 

- Vou continuar entrando aqui a hora que eu quiser sua bruxa. Você não vai me proibir de visitar meu próprio irmão. 

- Anahí vamos parar! Por favor! - Belinda falou firme. 

- Affs não tem um pingo de classe mesmo. - A cobra levantou o rosto enquanto tirava o óculos escuros da bolsa, e colocava em sua face. - Com licença... Virou as costas caminhando em direção a recepção do hospital. 

- Olha lá tá vendo essa desgraçada ainda tem a audácia de entrar no hospital para visitar o Christopher depois de tudo que fez. - Anahí falou totalmente indignada. - Não se preocupe moço, pois no que depender de mim, eu não irei deixar essa magricela ridícula fazer nada para prejudicar o seu trabalho. Nem que para isso eu tenha que matá-la. - Novamente o seu olhar se transformou ficando totalmente obscuro e trevoso.

- Moça tenha calma. - Alfonso tentou tranquiliza lá. - Violência só piora as coisas por favor tenta ao menos ser um pouco racional e vá para casa com as suas amigas descansar. - Sugeriu. 

- Eu ir para casa?! De maneira alguma. Vá que essa cobra resolva fazer algo contra o meu irmão na minha ausência. Por isso eu não sairei daqui, até que essa bruxa vá embora. 

No fundo eu a entendia. Pois Verônica era capaz de tudo. Confesso que as vezes aquela mulher me dava um certo medo. 

- Tudo bem. Eu acho melhor vocês entrarem e tomar uma água com açúcar para acalmar os nervos.- Deu outra sugestão, da qual eu acabei gostando. 

- Boa ideia. Já que não tem outro jeito mesmo né... - Finalmente ela se rendeu após estreitar o olhar para ele. 

- Alfonso prazer... - Esboçou um sorriso amigável. 

- Anahí, mas para os íntimos somente Annie. - Piscou enquanto mostrava um sorriso tímido. 

- Essa minha irmã não perde tempo. Está vendo ela flertando com o segurança. - Belinda cutucou minha cintura enquanto nos duas observamos eles conversarem. 

- Não perde não. Se ele for solteiro beleza. O problema será se o cara for comprometido. Mas eu acho que não. Vamos ver.

- Eu também tenho certeza que não. Senão ele não estaria cheio de sorrisinho para o lado dela.