Fanfic: In my dreams Vondy - Finalizada | Tema: Vondy

{Dulce María Ferreira} 🌫️

Um mês depois 

Ficar esse tempo sem ir ao hospital para ver o Christopher, tinha me custado noites e mais noites de lágrimas. Pois resolvi me afastar durante esse período, na intenção de não sofrer mais por ele não conseguir se lembrar de mim. O que estava sendo pior, visto que a saudade é a vontade de vê-lo aumentava a cada dia. Queria contemplar seu lindo sorriso. Poder ver cada detalhe do seu rosto. É o olhar curioso que ele me dirigia, nas vezes em que ia lhe visitar. Pretendia tanto que ele se lembrasse de tudo o que vivemos: das nossas noites de amor, dos beijos apaixonados, e principalmente de como nos conhecemos. Mas essa realidade ainda estava distante. Só espero que ela não demore muito. Já que a minha vontade de compartilhar as coisas que andam acontecendo em minha vida e grande. Sobretudo a gravidez, que não estava sendo fácil. Já que Verônica fazia questão de dizer na minha cara que esse filho não era dele, e que eu estava tentando dar o golpe da barriga. E por falar na cobra, há duas semanas atrás houve um roubo no escritório de uma pulseira de ouro, que por sinal foi parar na minha bolsa. E o pior de tudo, foi ver a própria me acusar na frente de todos os funcionários, quando me chamou de ladra. E eu na inocência, tentei explicar a situação de que não tinha sido eu, mas não adiantou muito porque no mesmo dia, ela me demitiu. Mas a sorte que Luan foi em minha defesa dizendo que eu seria incapaz de fazer algo do tipo. No entanto após ele comunicar o caso ao Christian, ela teve que me reintegrar a lanchonete novamente. Talvez ele teria dado um chega pra lá na Verônica como da outra vez em que esteve aqui para alertar que era errado suspender nossos lanches, e também dar duas folgas a Larissa durante a semana. 

E agora a caminho do hospital, para ver o meu amorzinho, percebi que todas as coisas que ocorreram durante esses trinta dias, tinha me desgastado um pouco. Já que as crises de ansiedade e também o nervosismo vinham aumentando gradativamente. Não estava ignorante, mas um pouco grosseira, sem paciência. E para finalizar os meus hormônios estavam a flor da pele implorando por um contato sexual. Mas como fazer sexo com o meu namorado, no hospital em recuperação?! Por isso a forma que eu me contentava era usando um dos meus brinquedos para satisfazer. Entretanto não era a mesma coisa e não tinha aquela sensação de ter um homem dentro de mim. Aquele calor, o suor, o cheiro do sexo o toque, entre outros pormenores. 

- Gatinha, você por aqui. - Luan me abraçou assim que cheguei na ala da internação. - Finalmente resolveu ver aquele cabeçudo que não para de perguntar: cadê a moça dos cabelos castanhos? E porque ela parou de me visitar?

Não consegui evitar o sorriso, por saber que ele estava perguntando por mim. O que acabou me deixando bastante esperançosa. Será que era um sinal de que ele estava recuperando parte da memória? Espero que sim... 

- Sim, resolvi vim para ver como ele está. E aí teve alguma melhora? - Me afastei dele que acabou mostrando um semblante triste. 

- Dulce infelizmente o Christopher teve um ataque epilético alguns minutos antes de você chegar. Mas fique tranquila que os enfermeiros entraram lá dentro para tentar acalmá-lo. Falei com Dr Jarbas, e ele disse que esse ataque epiléptico foi devido a sequela que o meu irmão teve por causa do traumatismo. Infelizmente essa doença não tem cura, apenas tratamento. É com o uso de medicamentos ele poderá ter uma vida normal. 

Não pode ser! Tadinho do meu amor. Me questionei do porquê as pessoas boas sofrerem tanto, e Luan disse para que eu esperasse um pouco. Já que ele perguntaria alguma enfermeira se o Christopher poderia receber visitas. 

- Oi. - Olhei pela fresta da porta após abri-la um pouco vendo Christopher me encarar com uma certa surpresa. 

Fiquei lá fora aguardando a enfermeira chamar por quase vinte minutos. Até achei que eles não fossem liberar a visita hoje. Mas graças a Deus não aconteceu. 

- Olá. - Me encarou de cima a baixo após eu ter entrado. - A sua barriga parece maior do que da outra vez que esteve aqui. - Ele sorriu. Meu Deus! Como eu estava sentindo falta desse sorriso. - Deve ser porque está mais roliça. Pra falar a verdade você está um pouquinho diferente... Mais bonita. - Nos entreolhamos por alguns segundos. 

- Obrigada pelo elogio, eu não engordei só estou grávida. - Me aproximei da maca não escondendo a felicidade de vê-lo novamente. - É você como está? 

- Melhor agora que você veio me visitar. - Sorri. - Te peço desculpas moça por tê-la chamado de roliça. E que eu não sabia que estava grávida. - Ri. 

- Não precisa se desculpar, eu não me senti ofendida Christopher. Do contrário eu adorei ver que você usou a sua sinceridade como sempre. Saiba que foi esse pequeno detalhe que fez eu... Bom esqueci. Então é verdade que você sentiu minha falta? - Resolvi sentar na ponta da cama enquanto passava a mão no lençol. 

- É que só achei estranho você parar de me visitar. Eu tinha até me acostumado contigo vindo aqui sempre. E me perguntando seu eu lembrava de você, e quando negava tu saia correndo. E depois que voltava para me ver novamente, ficava me olhando desse jeito como está fazendo agora. Com esse olhar carinhoso, e não penoso por eu estar aqui desmemoriado e sem lembrar direito de quem eu sou. Sabe moça eu já queria te falar isso há um bom tempo, só que infelizmente você sumiu. E que há algo em você que me atrai. Mas que na verdade não sei explicar. As meninas falaram que nós dois somos namorados. Porém eu não consigo me lembrar de absolutamente nada. Eu só preciso da ajuda de alguém. Talvez você me ajude a encontrar as respostas para tentar entender o porquê de eu vim parar aqui nessa cama de hospital. Você faria isso por mim? E também não se importaria se eu te enchesse de perguntas nesse momento? 

Novamente ele me encarou daquele jeito que fazia meu coração aquecer. De fato não tinha como se apaixonar por esse homem. Mesmo ele sem memória era um ser totalmente apaixonante. 

- Não me importaria nem um pouco em te ajudar. E quanto as perguntas, você pode me perguntar o que quiser, que eu irei lhe responder. 

De relance acabei olhando as nossas mãos que estavam bem próximas. Que de uma certa forma acabou mexendo comigo. 

- Era o que imaginava. - Sorriu enquanto colocava uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. - A primeira delas, e como eu vim parar aqui? Acredito que você deva saber. 

Em meio a tantas perguntas, ele resolveu partir para qual justamente eu não tinha a permissão de responder. 

- Sinto muito Christopher, mas essa eu não vou poder te responder. Pois são ordens médicas. Me desculpe. 

- Droga! - Ficou sério enquanto entrelaçava suas mãos. - Todo mundo diz a mesma coisa. Eu não sei porque ninguém me responde essa pergunta. Custa falar como eu vim parar aqui. É bem simples. 

Percebi que ele não tinha gostado muito, pois os batimentos cardíacos que aparecia na telinha acabou sofrendo uma leve alteração. 

- Você precisa ficar calmo ok. Não fique nervoso, pois só vai piorar as coisas. Tá bom. 

Acariciei seu antebraço, e ele apenas concordou. 

- Moça você disse que está grávida certo? 

- Sim. 

- Se nós somos namorados como as pessoas andam dizendo, há uma grande probabilidade desse filho que você está esperando ser meu não é? - Estreitou os olhos. 

- Ele é o seu filho. Filho não, filha porque e uma menina. - Acariciei minha própria barriga, e ele ficou surpreso. 

- Posso tocar? - Perguntou se referindo a própria. 

- Claro. - Peguei sua mão, e coloquei em cima da parte mais alta, para ver se a Ayla mexia. 

- Será que o seu filh, quer dizer o nossa filha vai se mexer? 

- Não sei, talvez ela possa mexer ou não. Vai depender. - Sorri enquanto ele acariciava minha barriga. - Já estou no meu 5° mês de gestação. Passa muito rápido daqui a pouco a Ayla está nascendo. 

- Ayla. - Pronunciou o nome da nossa bebê pausadamente. - Bonito o nome gostei. - Esboçou um sorriso genuíno. 

- Sério que você gostou? 

Senti uma pressão abaixo do ventre ao ter suas mãos acariciando lentamente minha barriga. Céus! Eu não poderia ficar excitada justo agora. 

- Sim fez uma ótima escolha. - Piscou. - Ih eu acho que ela não quis dar um oi pra mim. - Nos rimos enquanto ele afastava sua mão. 

- Eu acho que ela não quer papo com ninguém hoje. Por isso não se mexeu. Porque ela sempre mexe quando alguém coloca a mão. Principalmente se for o papai né minha bebê. 

Falei a última frase com a voz um pouco aguda enquanto passava a mão sobre o ventre. 

- Você costuma conversar com ela? 

- Sempre né minha bebê. 

Olhei minha barriga enquanto passava a mão, e com a visão periférica, observei Christopher segurar a outra mão, que eu tinha acabado de colocar sobre o seu abdômen, e acaricia lá com o polegar. E foi nesse momento que infelizmente acabei escutando o barulho da porta. Por isso no ímpeto eu virei o rosto, para a mesma direção e olhei a pessoa tinha aberto a própria. E no mesmo instante me dei conta do ser repugnante que estava ali me encarando com uma certa raiva. 

- Eu já não avisei que era para ficar longe desse hospital! - Verônica falou com toda a sua arrogância após ter fechado a porta e dado um passo a frente. - É principalmente do "meu marido" sua golpista de quinta. 

Me encarou com um certo descaso. E eu por estar com ela entalada na minha garganta há bastante tempo, resolvi falar: 

- Ex marido. - Levantei após vê-la aproximar-se da maca e colocar a bolsa na poltrona que tinha ao lado dela. 

- Cale a boca coisinha nojenta! Você não sabe o que está falando. Vou falar somente essa vez. Se você não sair desse quarto agora, eu irei chamar os seguranças para te tirarem a força ok. - Advertiu. 

E Christopher que até o presente momento estava quieto resolveu falar: 

- Olha só Verônica o seu nome não é? Pois bem, ela não vai sair daqui porque eu não quero ok. Quem vai se retirar do recinto é você que chegou por último. Agora faça o favor sair do quarto, porque senão eu como paciente desse hospital, vou comunicar a minha família para não deixá-la entrar aqui. Lembre-se de que só venho te aturando durante esse tempo, porque eu ainda quero descobrir algumas coisas sobre o meu passado. Inclusive se realmente ainda somos casados como sempre diz. 

- O que disse para ele sua sonsa?! Responde? 

Deu alguns passos na minha direção, o que acabou deixando Christopher irritado. 

- Qual é o seu problema com ela? Será que você não ouviu o que eu disse, ou está se fingindo de surda?! Deixa ela em paz e sai agora desse quarto. Bem que Anahí me falou sobre você, e ela estava certa. Tu é uma bruxa e não presta.

Percebi que novamente a tela da qual mostrava os seus batimentos cardíacos, estava ficando alterada. 

- O garota não esqueça de que agora o Christopher é epilético. E se ele começar a ter outro ataque, a culpa será sua. - A bicha era tão ardilosa que fez questão de sussurrar próximo ao meu ouvido só para que Christopher não escutasse. - Toma cuidado comigo sua projeto vespa, porque você não me conhece e nem sabe do que sou capaz de fazer com pessoas fracas como você. 

Se afastou, e logo após pegar a bolsa que estava na poltrona, virou as costas e caminhou até a porta. Mas antes dela abrir, eu decidi que não deixaria passar essa, por isso eu me aproximei da cobra e disse:

- Eu não tenho medo de você Verônica. É muito menos das suas ameaças. Porque sei que no final de tudo o bem sempre vencerá o mal. 

- Você tem razão sua sonsa. Porque sabe que no final das contas eu serei vitoriosa. Com licença. 

Meteu a mão na maçaneta para abrir a porta, e saiu dali levando toda a sua arrogância e petulância. 

- Não gosto dessa mulher. Ela é muito autoritária chata pra falar a verdade. Ela é sempre assim ou só se comportou dessa forma porque ficou com ciúmes? Bom estou fazendo essa pergunta, porque nas outras vezes em que ela esteve aqui, a própria fazia questão de me contar um monte de histórias das quais nós dois parecíamos ser realmente casados. Agora estou confuso porque você está esperando um filho meu, sendo que ainda sou casado com ela. No caso houve uma traição da minha parte ou não? - Arqueou as sobrancelhas. Enquanto eu acabei ficando em choque com sua pergunta. 

- Óbvio que não! Dá onde você tirou essas coisas Christopher? Quando nos conhecemos você não estava mais casado com ela. - Acabei sentando na ponta da cama novamente. 

- Entendi... E respondendo a sua pergunta, eu não tirei ela de lugar algum. Eu só acabei deduzindo, porque estou tentando entender todo o contexto. Compreendi. - Apenas concordei vendo ele entrelaçar nossas mãos. - Desculpa se eu acabei me alterando um pouco. E que a minha intenção não era essa. 

- Tudo bem não se preocupe eu te entendo. E sei que você só quer recuperar a memória, por isso ficou irritado. Mas não fique assim, pois se Deus quiser você irá recuperá-la. - Esbocei um sorriso amigável. 

- Tomara. Queria tanto saber como vim parar nesse lugar, e da minha vida antes daqui. Pelo menos três coisas eu já sei: a primeira que sou empresário, a outra, que me envolvi com duas mulheres. - Riu pelo nariz. - É a terceira que eu vou ser pai. Que é a melhor de todas. Porque o resto me causa muita confusão. 

- Não se preocupe que já já essa confusão vai acabar. Porque na hora que você se lembrar de tudo, as coisas voltaram a ser como antes. 

Beijei sua mão, enquanto ele me encarou no fundo dos olhos, como se estivesse tentando me decifrar. 

- Moça me diz como as coisas eram antes de eu parar nesse lugar? 

Bem que a Annie me disse, o Christopher estava um verdadeiro indagador. Mas não julgo ele, visto que no seu lugar eu faria o mesmo. 

- Ah era tudo mais calmo. Principalmente na lanchonete que não tinha a Verônica para ficar monitorando a gente o tempo todo. E o meu pai não tinha feito o que fez com a minha mãe. - Senti meus olhos lacrimejar. - Desculpa. É que esses últimos meses foram bem complicados, e aconteceram várias coisas ao mesmo tempo como: o seu acidente, a separação dos meus pais, você não me reconhecendo. Eu chorei, sofri, gritei e cheguei até desistir de tudo. Mas essa pessoinha aqui está me dando forças sabe. - Acariciei meu ventre. - Ela que me impulsionou a continuar seguindo em frente. Porque estava difícil viu. - Secou as lágrimas do meu rosto com a ponta do indicador. 

- Olha não chora porque a partir de agora eu também estou com você. Tá bom. 

- Obrigada! - Esbocei um sorriso tímido. - Eu fico muito feliz em saber que também posso contar com sua ajuda. - Sorri. 

- Agora me diz qual é o seu nome, e como era a nossa relação antes do acidente que você mencionou? Nós brigávamos muito, ou vivíamos em plena harmonia? 

- Me chamo Dulce, e a nossa relação não era 100% perfeita, mas nós fazíamos dar certo. Saindo da rotina de vez em quando, e sempre procurando compreender um ao outro. A única coisa que saia do controle as vezes era seus ataques de ciúmes, mas tirando essa parte, tudo era bom. 

- Dulce. - Repetiu o meu nome parecendo pensativo. - Eu já escutei esse nome pela boca da Anahí algumas vezes. Quer dizer que eu era bastante ciúmento, e você não gostava?

- Exato! Mas com o tempo você decidiu se tratar. Aí melhorou noventa por cento. 

Novamente nos encaramos por alguns segundos enquanto o silêncio se fez presente no ambiente até ele resolver quebrá-lo. 

- Eu deveria ser um cara de muita sorte. Porque essa moça que está aqui na minha frente, e a coisa mais linda que já vi durante esse tempo em que estou aqui nesse lugar. E olha que eu já vi algumas enfermeiras jovens e bonitas quando alguma delas vieram aqui trocar meu soro. Mas nenhuma delas se compara a você. Você me traz uma certa calmaria, paz e algo que eu ainda não consigo decifrar. 

Espalmou a mão direita no próprio peito, após soltar sua mão da minha, e começou a acariciar meu rosto. E o contato de seus dedos roçando na minha pele, fez meu corpo todo se arrepiar. 

- Eu sei que não é o correto, mas se eu não fizer isso agora vou enlouquecer. - Inclinei o corpo para frente, e aproximei o rosto do seu grudando nossos lábios. E para minha surpresa ele abriu passagem para que o beijo iniciasse. Só senti quando sua língua foi adentrando aos poucos e os seus lábios moldaram os meus em um encaixe perfeito. Céus! Como eu estava ansiando por isso. Por esse beijo os seus lábios, o toque de suas mãos, já que ele estava acariciando meus ombros e também parte do meu braço. Enquanto aprofundava mais o beijo, e eu sentia aquelas famosas borboleta no estômago, e algo crescendo em mim, como uma excitação extrema e a vontade de fazer amor com ele. Porém ao me dar conta da besteira que estava fazendo, eu me afastei, e prontamente me pus de pé enquanto passava a mão no meu cabelo sentindo uma leve culpa por ter lhe beijado. 

- Desculpa! Eu não deveria beijá-lo. É que eu não quero colocar sua saúde em risco. É muito menos te deixar ainda mais confuso. 

Ele continuou me encarando com um certo espanto e ao mesmo tempo surpreso pela minha atitude precipitada. 

- Eu nem sei o que dizer. 

Foi a única coisa que ele disse. Talvez eu tenha o assustado. 

- Fui muito invasiva não é? Novamente eu te peço desculpas, pois não era a minha intenção. Eu acho que eu vou embora. - Peguei a minha bolsa que estava ao lado da maca, e virei as costas caminhando até a porta, mas antes de eu abri-la, ele resolveu falar:

- Não Dulce! Por favor fique. - Virei o corpo para encará-lo, vendo ele esboçar um pequeno sorriso no canto dos lábios. - Eu gostei, na verdade eu adorei, e gostaria de te beijar outra vez. Talvez esse beijo me ajude a se lembrar de você. Eu não sei isso vai funcionar, mas não custa tentar. 

Sorri, e novamente resolvi me aproximar da cama, enquanto sentava na ponta e inclinava o corpo para frente, só para beijá-lo outra vez. Mas antes de iniciarmos o beijo, escutei o barulho da porta e num impulso olhei para a enfermeira Neusa que nos encarava com uma certa curiosidade. 

- O horário de visitas já acabou moça. Ele precisa descansar. 

- Ok! Deixa eu só me despedir dele. - Ela concordou enquanto fechava a porta novamente. 

- Final de semana eu venho te ver. - Encostei os lábios na sua bochecha e em seguida me afastei. 

- Vem mesmo? Olha não some mais não tá bom. Vou te esperar. - Segurou minha mão levando ela até seus lábios. 

- Pode deixar. - Acariciei seu rosto enquanto sorria para ele que também retribui da mesma forma.