Fanfic: In my dreams Vondy - Finalizada | Tema: Vondy

Ps: Neste capítulo, Christopher se lembrará da Verônica, portanto o nosso personagem terá alguns sonhos esporádicos. Mas isso não significa o presente, e sim ele se lembrando do passado. 

༄ É só para esclarecer mesmo, é ele se lembrar dela para as coisas começarem a andar. Inclusive o divórcio. 

💫💫💫💫

A claridade do quarto estava me causando um certo incômodo. Por isso eu pedia as pessoas que vinham me visitar, para manter a cortina fechada. Porém não adiantava muito, porque aquele cabeça de vento do Luan sempre esquecia. Esfreguei os olhos na tentativa de me acostumar com a luz do sol, mas não adiantou muito. Porque minha cabeça começou a doer, e eu murmurei baixo colocando a mão na têmpora enquanto sentia a veia pulsar. Será que isso era um princípio de um ataque epilético? Espero que não. Me questionei escutando o barulho da porta, e num impulso virei o corpo para ver quem era. 

- Boa tarde rapaz! - Um senhor de cabelos grisalhos muito bem arrumado sorriu para mim após fechar a porta e dar um passo a frente. 

- Boa tarde! Quem é o senhor? Eu o conheço? - Franzi o cenho. 

- Sim, mas você não se lembra. Ainda. - Ele riu enquanto se aproximava da cama.

- Como o senhor se chama? Talvez eu me lembre de algo. - Ergui uma das sobrancelhas. 

- Antônio. 

Antônio, Antônio, Antônio. Meu inconsciente repetiu aquilo como se fosse um eco. 

- Antônio. - Repeti seu nome sentindo uma forte pontada na cabeça. 

- O que foi meu filho? - Escutei sua voz ecoar em meus ouvidos como se ele não estivesse próximo de mim, e sim distante. 

E no mesmo momento, me veio a imagem de uma mulher na cabeça. E essa mulher era ela, a que falava que somos casados. Depois tive outra visão onde nos dois estávamos entrando dentro de um carro, e logo a seguir se beijando. Então é verdade o que ela anda dizendo. 

- Ai minha cabeça! - A pontada piorou ainda mais. E a voz desse senhor ecoou em meus ouvidos quando ele chamou pela enfermeira. 

- Se afaste por favor! - Ela gritou, e aquilo piorou ainda mais a dor. Tanto que eu senti um formigamento estranho no braço esquerdo, e todos os músculos do meu corpo contraírem. Além de perder completamente os sentidos. 

💫💫💫💫

- Eu já te falei, que não era pra dar confiança a essa vagabunda! Será que não percebeu o jeito que ela fica te olhando. - Verônica cruzou os braços na altura do peito, enquanto parava na minha frente. 

Tínhamos acabado de sair do shopping após tomarmos um café expresso com pão de queijo no rei do mate. 

- Que vagabunda Verônica!? A Alicia é apenas uma amiga de faculdade. E mais ela tem namorado. Agora pare de ficar vendo coisas onde não existe. - Me irritei empurrando ela para o lado. - Vamos porque eu ainda tenho que trabalhar. 

- Trabalhar, trabalhar. Você nunca tem tempo pra mim não é Christopher. - Foi andando na frente enquanto batia os pés feito uma criança birrenta. 

******

- Christopher leva essas cubas na cozinha para a Sandra lavar. - Sr Antônio falou enquanto tirava uma chave do bolso e jogava para mim. - Depois vá a dispensa, pegar dez quilos de arroz. 

- Ok Sr Antônio. - Falei tentando segurar as duas cubas, já que elas eram um pouco grandes. 

- É pode ir descansar depois ok! 

Observei ele sair pela porta lateral do restaurante enquanto tentava segurar as duas cubas para levá-las até a cozinha. 

- É aí Christopher, não vai a faculdade hoje? - Renan o cozinheiro oficial do restaurante perguntou após eu ter deixado as cubas sobre a pia. 

- Hoje eu não tenho aula Renan. Só vou pegar dez quilos de arroz na dispensa, e depois descansar. 

Ele jogou o pano de prato em cima de mim. Contudo eu peguei devolvendo o arremesso a ele, que pegou e jogou no cesto em que ficava os outros panos de pratos sujos. 

- Vida de marajá e assim mesmo. Só trabalha alguns minutos e depois descansa. - Bateu no meu ombro após se aproximar. - Mas você merece, trabalha muito e ainda por cima estuda. Vira a noite fazendo os balanços dos lucros aqui do restaurante com Sr Antônio. Esse descanso é mais que merecido. Agora vai lá ficar com a sua gata, e aproveitar um pouco. - Piscou demonstrando uma certa malícia. 

- Tá doido! Estou desde cedo fugindo dela, e você me fala essas coisas. Só vou vou descansar, e evitar a Verônica, porque a cada dia que passa ela fica mais insuportável. Com os seus ataques de ciúmes que me irrita, e a sua incompreensão. Não aguento mais Renan. 

- Então larga ela. Simples. - Tirou algumas batatas do saco para descascar. 

- Eu não posso, porque mesmo com as suas atitudes eu a amo. - Escorei na pia enquanto observava ele começar descascar as batatas.

- Ama mesmo, ou isso é dependência emocional? Digo porque tem pessoas que ficam com outras por puro comodismo. 

Fiquei em choque com a sua opinião. 

- Claro que não Renan! Não é nada disso. Eu realmente estou com a Verônica porque gosto dela. Mesmo que me tire do sério de vez em quando. Para não dizer sempre. 

Ele meneou a cabeça. 

- Beleza então, se você diz que a ama quem sou eu para falar ao contrário. Só expus minha opinião devido ao seu relato. Eu achei que se davam bem... Mas enfim eu vi que as aparências podem enganar. Espero que dê certo de verdade. - Bateu no meu ombro. 

*****

- Christopher você não vai sair por aquela porta. Porque se fizer isso já sabe. 

Verônica fez questão de ficar na frente dela para que eu não saísse. Tínhamos saído para comemorar os oito anos do nosso casamento, e novamente ela deu maior vexame, quando uma cliente antiga do restaurante e muito amiga minha veio me cumprimentar. Na hora eu não sabia onde enfiar a cara, pois ela derramou propositadamente o resto de vinho na roupa da Marcela. E tudo por causa desse maldito ciúme doentio. 

- Você é doente Verônica! Se continuar desse jeito, eu vou me separar. Mais um deslize seu, e já sabe. 

Irritado empurrei ela para o lado e sai do nosso apartamento para refrescar a cabeça. Porque se continuasse no mesmo ambiente que ela seria capaz de matá-la. 

****

- Se você acha que vou te dar o divórcio, está muito enganado. Porque isso nunca vai acontecer Christopher. Portanto pode esperar sentado. 

Tinha acabado de chegar, de mais um daqueles dias exaustivos de trabalho com três reuniões no mesmo dia. E agora me deparo com essa mulher bem aqui na minha frente me ameaçando. 

- O que você está fazendo aqui Verônica? Eu já deixei claro que não te quero circulando neste apartamento na minha ausência. Por que insiste em uma coisa que acabou? Eu não quero mais saber de você. Te dei diversas chances e tu não aproveitou. Agora aguente as consequências. 

Tirei os sapatos após sentar no sofá. 

- Tem certeza que não quer nada comigo. Então vamos ver.

Levantou a blusa revelando o sutiã rendado azul, e eu meneei a cabeça após levantar e ficar de costas para ela. 

- Coloca a blusa Verônica por favor?! E vá embora daqui. - Ordenei. 

- Não acredito que está me rejeitando Christopher!?

Notei uma certa decepção em sua voz. Mas problema é dela. Não sou obrigado a me submeter a esse tipo de coisas por mero capricho de sua parte. 

- Estou, e não quero mais saber de você Verônica. Acabou! - Fui direto. 

- Ok! Pode virar Christopher porque já estou vestida. 

Virei o corpo vendo ela pegar a bolsa que estava pendurada na cadeira e caminhar até a porta. Mas antes de sair ela disse: 

- Você não sabe o quanto essa sua rejeição me magoou. Nunca em toda a minha vida, pensei que eu pudesse ser rejeitada por um homem. Ainda mais o homem que eu fui casada durante oito anos. Mas tudo bem. Eu não vou te dar esse divórcio mesmo. Você não vai se ver livre de mim tão cedo Christopher. Pode ter certeza. - Advertiu enquanto metia a mão na maçaneta para abrir a porta. 

💫💫💫💫

Abri os olhos, sentindo que o meu coração estava a ponto de sair pela boca. E após esfregar lentamente eles, resolvi mirar a porta para ver Sr Antônio passar por ela, e fechá-la em seguida. 

- Seu Antônio! 

Arregalou os olhos mostrando-se um tanto surpreso, e ao mesmo tempo chocado por eu me lembrar dele, e principalmente da sua filha Verônica. 

- Christopher! Não acredito que você está se lembrando de mim? - Aproximou-se da cama, mantendo a mesma expressão em seu rosto. 

- Sim Sr Antônio. Como eu não haveria de me lembrar do senhor. Fez muita coisa por mim. Se eu tornei um empresário de sucesso no ramo alimentício, foi graças ao senhor. 

Percebi que ele estava querendo chorar, mas acabou segurando. 

- Ah meu filho! - Me envolveu em um abraço. - Fico tão feliz por estar recuperando a memória. - Se afastou. - É a Verônica você se lembrou dela também? - Arqueou as sobrancelhas. 

- Sim me lembrei, e tenho que falar com o Estevão o advogado amigo meu que está a par do divórcio. Quero que ele saia o mais rápido possível. Inclusive que ela não apareça mais aqui. Desculpa Sr Antônio eu sei que é a sua filha, mas a Verônica não presta. 

- Tudo bem não precisa se desculpar pela sua sinceridade rapaz. Eu como pai sei que a Verônica é uma pessoa muito difícil de lidar. É olha que Juliana é eu, demos uma educação exemplar a ela. Nunca mimamos, e sempre repreendemos nos momentos que era necessário. Mas acho que é da índole sabe. Infelizmente ela puxou a avó Martinha. Ela era exatamente assim igual a Verônica. Petulante, arrogante e adorava se fazer de vítima. Além de achar que todas as pessoas estavam contra ela. Resumindo a avó Martinha queria ser a melhor em tudo, e se dar bem passando por cima dos outros sem se importar com os sentimentos de ninguém. E uma pena que a Verônica tenha herdado a personalidade da bisavô. Mas eu espero que um dia vida ensine ela a se tornar alguém melhor. 

Apoiou a mão no meu ombro. 

- Vai sim Sr Antônio a vida é uma escola. 

Foi só eu terminar de concluir a fala, para ela abrir a porta e olhar para Sr Antônio, totalmente surpresa. 

- Pai! O que senhor está fazendo aqui? 

Deu um passo a frente após ter fechado ela. 

- Eu e que pergunto, o que você está fazendo aqui Verônica? 

Resolvi falar antes que Sr Antônio lhe desse uma explicação. O que não seria necessário, pois ela não tinha nenhum direito de vetar quem vinha me visitar. 

- Você se lembrou de mim Christopher? 

Conhecia muito bem essa cara, e sabia exatamente que tudo era teatro. Ainda mais com seu o pai aqui. Aí mesmo que ela aproveitaria. 

- Lembrei, e a partir de hoje não quero vê-la aqui. Fui claro? 

Do nada a expressão do seu rosto modificou dando lugar a uma carranca. 

- Está me expulsando Christopher! Justo eu que fiz de tudo para que você acordasse. Que sempre vinha aqui todos os dias te ver. Sabe qual é o nome disso: Ingratidão. Aquela vagabunda, encheu sua cabeça de coisas afim de colocar você contra mim. Não foi? - Cruzou os braços na altura do peito. 

Estava cansado, desse seu vitimismo. Por isso eu daria um jeito nessa palhaçada, e seria agora. 

- Vê bem como fala dela ok. Respeite a mãe do meu filho. 

Percebi ela esboçar um sorriso debochado, o que acabou me deixando mais irritado. 

- Me poupe Christopher! Você não enxerga que essa mulher quer aplicar o golpe da barriga. No mínimo ela deve ter engravidado de um pé rapado, e agora quer um cara bem sucedido como você para bancar ela e a criança. 

- Verônica! - Seu Antônio que até o presente momento estava quieto, acabou se metendo. - Chega! Deixa o Christopher viver a vida dele com quem quiser. Saia do quarto por favor e não venha mais a esse hospital! Já não basta o tanto de transtornos que você causou na vida desse rapaz. Ainda quer causar mais. 

Amei ver o Sr Antônio dando uma bronca na filha. Que foi muito bem merecida por sinal. 

- Não acredito que o senhor está dando razão a ele papai? - Espantou-se. 

- Estou. Agora vá embora, e me espere dentro do carro ok. Porque quero ter uma conversa contigo. E tem mais, a partir de hoje tu irá caminhar com suas próprias pernas. Porque no que depender de mim, eu não irei lhe dar mais nenhum centavo. Acabou sua mamata Verônica... 

Arregalou os olhos enquanto espalmou a mão em seu peito 

- Pai! O senhor não pode parar de me ajudar! O escritório está com pouco movimento. Como vou fazer para pagar as minhas contas sem a sua ajuda?!

- Problema é seu Verônica! Se vira. Você é adulta o suficiente para se virar sem mim. 

Em anos nunca vi Sr Antônio agir com a Verônica dessa forma. Bem feito! 

- O senhor não pode me negar ajuda. - Implorou. - Eu não posso cortar os gastos. Principalmente do escritório. É o apartamento Christopher. Você precisa vendê-lo. 

Percebi que ela estava entrando em desespero. 

- Não se preocupe Verônica o apartamento será vendido, e as partes serão divididas igualmente. 

Falei vendo a expressão em seu rosto suavizar. 

- O apartamento de Guarapari? - Sr Antônio indagou. 

- Sim. - Respondi sua pergunta. 

- Esse apartamento pode ficar com você Christopher. Já que eu dei ele de presente a vocês... Você merece rapaz. 

Fiquei totalmente surpreso, por isso o agradeci. 

- Obrigado Sr Antônio! Eu nem sei que dizer. 

Novamente o desespero tomou conta do rosto dela que agora estava encarando o pai totalmente chocada. 

- Papai! O apartamento não! Como eu vou sobreviver sem dinheiro? E não tendo nenhuma ajuda sua?! 

- Vá trabalhar, você é advogada e pode muito bem ganhar dinheiro com a sua profissão. Agora retire-se Verônica, porque eu preciso conversar em particular com o Christopher. 

- Conversar o quê? - Indagou enquanto arqueava as sobrancelhas. 

- Assunto meu e dele.- Foi bem categórico. - Anda vá e faça o que eu lhe ordenei. Você pode ser adulta, mas ainda sou seu pai, e exijo que me respeite. 

Relutante ela ajeitou a alça da bolsa que estava caindo dos ombros, e abriu a porta novamente para sair. 

- Ela precisa de limites Christopher. Aliais, acho que Juliana é eu erramos nessa questão. Sempre demos de tudo a ela e esquecemos desse detalhe. Por isso a Verônica é desse jeito. - Falou após ela ter saído. 

- Talvez, mas acho que nem o senhor, e dona Juliana tem culpa. É como o senhor disse: vai muito da índole. Mas então, o que de tão importante o senhor tem a me dizer? 

Resolvi ficar sentado. Ainda bem que estava conseguindo me manter nessa posição Agora só faltava me lembrar das outras coisas, para tudo se concretizar. 

- Você pode ficar nessa posição rapaz? - Pareceu preocupado. 

- Sim, graças a Deus o médico liberou. - Respirei em alívio. Porque já estava farto de ficar deitado o tempo todo. 

- Eu imagino. - Riu. - Agora vamos ao assunto que não interessa só a mim, mas acredito que a você também. Verônica precisa ser afastada urgentemente das suas lanchonetes Christopher. Você deve estar se perguntando, o porquê de eu estar falando isso não é? - Afirmei. - Então, o Jaime me ligou ontem a noite, dizendo que não tinha dinheiro o suficiente no caixa para fazer o pagamento dos funcionários esse mês. Portanto ele acha que Verônica passou a mão na metade do dinheiro. Por isso que está faltando. 

Fiquei puto, e ao mesmo tempo sem saber o que fazer mediante a sua fala. E agora como eu faria para resolver essa questão, estando em uma cama de hospital?! E ainda por cima sem me lembrar direito da minha vida antes daqui. 

- Eu nem sei o que fazer. Mas o senhor pode me ajudar com isso? - Cocei a cabeça. 

- Com certeza rapaz! Pode ficar tranquilo, porque Jaime é eu iremos resolver essa situação. Não se preocupe. - Esboçou um sorriso amigável. 

- Muito obrigado Sr Antônio. - Agradeci vendo ele apoiar a mão na guarda da cama. - Mas então, quem é esse Jaime? É porque eu não consigo me lembrar dele? - Estreitei os olhos e ele riu. 

- Jaime e o gerente de uma das suas lanchonetes. A que Verônica tomou a frente. 

- Entendi. Por acaso, essa é a mesma lanchonete em que a Dulce trabalha? Ah eu queria tanto que o senhor a conhecesse. Ela é um amor. 

Em sua última visita, ela tinha dito que trabalhava para mim. Infelizmente após o seu relato não consegui me lembrar de nada. 

- Não faço ideia Christopher, mas vou procurar saber, aí depois eu falo contigo. - Segurou minha mão. 

- Sem problemas Sr Antônio. Vou tentar me lembrar deles, talvez eu me lembrando, fique mais fácil resolver as coisas. E para não esquecer esse outro assunto que também é de extrema importância, eu quero muito entrar em contato com o Estevão para saber do divórcio. Porém eu não tenho seu número, e muito menos um celular para falar com ele. O senhor poderia fazer esse outro favor para mim? - Apertou minha mão. 

- Claro que posso! Não se preocupe que eu vou tentar localizá-lo ok. Aí se caso conseguir eu peço que ele venha aqui conversar contigo fechado? 

Também apertei sua mão, me sentindo totalmente aliviado. Pelo menos duas coisas seriam resolvidas. 

- Nem sei como agradecê-lo por me ajudar tanto sr Antônio. 

- Já disse que não precisa agradecer Christopher. Você sabe que eu tenho um enorme carinho e afeto por ti. Além de considerá-lo como um filho. 

Não tive como conter a emoção diante das suas palavras. Literalmente seu Antônio era um anjo em minha vida. 

- Também tenho um enorme carinho e gratidão por tudo que o senhor fez e continua fazendo por mim. E mais aproveitando o momento quero pedir outro favor ao senhor não me chame de enjoado tá. - Ele riu.— Quero que a partir de hoje a Verônica não fique mais a frente da lanchonete. Resumindo é melhor deixar tudo na mão desse tal de Jaime até eu sair desse hospital e recuperar totalmente a memória. Ok?! 

Ele apenas concordou, e depois me envolveu em um abraço. 

- Fique tranquilo rapaz que eu resolverei essa situação o quanto antes. Pois bem, o papo está muito bom, mas eu vou ter que ir. Porque ainda tenho que conversar com a Verônica. E depois resolver o negócio da lanchonete com o Jaime. - Falou após ter se afastado. 

- Tudo bem Sr Antônio sem problemas. - Sorri. - Espero que dê tudo certo. E por favor não deixe de me manter informado. Ah me esqueci que não tenho celular. Mas não se preocupe que vou providenciar. Irei ver com o Luan para comprar um aparelho o mais depressa possível. 

- Vai dar sim rapaz farei o possível para manter tudo em ordem até o seu retorno. - Me encorajou com sua positividade. - Tem que pensar positivo rapaz. E quanto a Verônica não se preocupe que darei um jeito para ela não de ficar lhe atormentando mais.