Fanfic: In my dreams Vondy - Finalizada | Tema: Vondy

Estevão veio aqui no dia depois que Christian tinha ligado, e disse que Verônica queria conversar comigo, antes de dar a sua resposta que infelizmente eu já sabia qual era. Droga! Eu não sei porque essa mulher tinha que complicar as coisas?! Custava ela aceitar assinar os papéis, e me dar logo o divórcio. Seria bem mais simples, se ela não continuasse complicando tudo. Decidi sentar um pouco, já que estava cansado de ficar deitado, e levei um susto assim que a porta do quarto foi aberta e a figura da mulher que eu mais estava repudiando no momento surgir na minha frente, com sua típica pose de uma pessoa totalmente frívola e arrogante. 

- Eu já disse que não te queria aqui Verônica?! Quem autorizou sua entrada? - Questionei após ela fechar a porta e dar alguns passos na direção da cama. 

- Antes que você me expulse, eu só entrei porque insisti muito para que seu irmão deixasse falar contigo sobre o divórcio. O seu advogado me ligou na terça passada, e explicou toda a situação. Porém eu disse a ele que queria conversar com você primeiro antes de dar uma resposta. 

- Não precisava ter falado, porque estou sabendo. E também já me contaram o que andou aprontando na lanchonete durante a minha ausência. 

Arregalou os olhos demonstrando um certo espanto. Cretina! Falsa! Aonde estava com a cabeça de me casar com uma mulher, como a Verônica? 

- Vo-oocê já sabe? - A Fdp acabou gaguejando. 

- Sim de tudo. Ou você acha que as pessoas que trabalham lá não me contam as coisas? - Estreitei os olhos enquanto observava ela sentar na poltrona ao lado. 

- Bom... - Desviou o olhar para baixo mostrando o quanto estava nervosa. Pelo menos uma falha essa bicha tinha a de não saber mentir. - Eu precisava do dinheiro, por isso eu peguei. 

- Roubou você quis dizer. Pegou não porque o dinheiro não é seu, e sim da lanchonete. Vou fazer o seguinte contigo, eu não te denuncio a polícia, mas em troca, você devolve a quantia que desviou da lanchonete. 

Estralou alguns dedos demonstrando o mesmo nervosismo. Pois seus olhos estavam levemente saltados e a sua respiração ofegante. 

- Então Christopher eu também vim falar com você sobre esse assunto. Vamos fazer o seguinte: você não me denúncia a polícia e eu não te devolvo o dinheiro porque não tenho. E em troca te dou o divórcio e sumo da sua vida para sempre. Do contrário às coisas continuam da mesma forma, e nós partimos pra justiça para eu ter metade dos bens. Se fizer isso abro mão de tudo que eu tenho direito e ainda assino os papéis divórcio. Só vou fazer essa caridade, porque estou com muita pena de te ver nessa cama de hospital. E também para você ver o quanto eu não sou ruim. Mesmo que tenha sido um fdp comigo me traindo com aquela garota... 

Literalmente Verônica não jogava pra perder. Pelo menos ela me daria o divórcio contando que eu esquecesse a parte dos roubos da lanchonete e não a denunciasse a polícia. Não é uma troca justa, mas só para me livrar dela eu irei aceitar. 

- Tudo bem Verônica vou aceitar, mas com uma condição: que você assine o papel do divórcio primeiro na minha frente. Isso é uma garantia, já que eu não confio em você, e tenho receio de que apronte algo. 

- Fechado... - Ela levantou da poltrona só para me dar um aperto de mãos como prova do nosso acordo. - Pode falar com Estevão não é. - Estreitou os olhos. - Que prepare os papéis para eu assinar. Assim ficará mais fácil para você viver o seu romance de contos de fadas com a pivô da nossa separação. - Ironizou. - E para não esquecer, essa pequena troca não ficará somente nisso. Eu disse que ia assinar o papel? - Apenas afirmei. - Mas em troca vou querer dinheiro. 

- O quê? Você me rouba, e ainda quer que eu te dê dinheiro para assinar o divórcio? - Não estava acreditando. Aliais tudo que vinha dessa mulher não me impressionava mais. 

- Exatamente. Assino os papéis, e ainda abro mão dos bens que você adquiriu ao meu lado, em troca do dinheiro. 

- Ok Verônica! De quanto precisa para me deixar em paz? - Soltei o ar pela boca. 

- Cinquenta mil reais. - Disse na lata sem pensar se eu teria aquele dinheiro ou não. 

- Não acredito! - Exclamei incrédulo. - Você tá ficando maluca! Eu não tenho esse dinheiro!?

- Tem, eu tive acesso a uma das suas contas, e vi que você tinha uma boa quantia lá. Então Christopher vai negar ou pagar? 

- Você não quer sair perdendo mesmo. Erra e ainda acha que tem "algum direito". - Enfatizei. 

- Claro meu amor. Você achou que eu iria lhe dar o divórcio de mão beijada. - Negou com o indicador. - Não, vai ter que me pagar em espécie. - Fez um gesto com os dedos como se tivesse representando o dinheiro. 

- Já que não tem outra maneira de me livrar de você, eu faço qualquer negócio. Mas só vou te pagar depois que assinar o papel. - Fui bem categórico. 

- Não. - Contestou. - Tem que me pagar primeiro aí como eu terei garantia de que você não vai me enganar. - Arqueou uma das sobrancelhas. 

- Pode ficar tranquila que não eu não sou você. Assim que assinar o papel eu deposito na sua conta o dinheiro. 

- Espero que sim Christopher, porque senão eu vou atrás desse advogado e rasgo o papel em dez pedaços. Aí não vai ter divórcio amigável, e nós teremos que partir para justiça pra eu tirar tudo o que você tem. Já que por lei eu tenho direito. E cinquenta mil paga "quase tudo". - Enfatizou enquanto pegava a bolsa que ela largou no sofá. - Eu vou, mas irei retornar no final de semana para te ver benzinho. - Debochou enquanto apertava meu maxilar. 

- Vai nada, porque eu falarei com o Luan para proibirem sua entrada. Só quero vê-la aqui no dia em que Estevão trazer os papéis. 

Estiquei as pernas enquanto observava ela caminhar até a porta. Depois que Verônica saiu, eu resolvi olhar o teto do qual já estava saturado, pois não estava sendo fácil ficar em cima dessa cama como um completo inválido. Porém a parte boa era as sessões de fisioterapia que teria amanhã, já que todas as quartas Dr Gustavo me ajudava nessa parte. Tanto que na quarta passada, até arrisquei a andar, mas não consegui ter força nas pernas. O que infelizmente no meu caso era normal. No entanto Dr Gustavo disse que se eu continuar me esforçando dessa forma, será bem provável que eu deixe o hospital andando de muleta. 

- Olá. - Uma voz doce e bastante conhecida por mim, ecoou nos meus ouvidos. 

- Oi linda. Que bom que veio já estava com saudades. - Vislumbrei seu lindo rosto que agora estava mais redondo do que antes. Com certeza era por causa da gravidez. E olhando para baixo vi que sua barriga estava um pouco maior da última vez em que esteve aqui. 

- Pareço uma melancia de tão redonda. Acho que engordei uns cinco quilos nessas últimas semanas. - Pronunciou após ter fechado a porta e dado alguns passos até a cama. - É aí como está? 

- Melhor agora com você aqui. - Sorri é depois bati no colchão para que ela sentasse. 

- Eu também fico muito feliz quando consigo abrir um espaço na minha agenda que ultimamente anda bastante lotada, para vim aqui lhe ver. - Sorriu. 

- Que bom também fico muito contente em saber que tenho uma certa importância pra você. Mas é aí como está na faculdade? 

Não tinha uma única vez que ela deixava de contar algo que acontecia na faculdade nas vezes que vinha aqui. E eu adorava saber mais coisas da sua vida. Inclusive quando ela falava da nossa bebê. 

- Estou amando, mesmo que as vezes eu fique a ponto de surtar por não conseguir dar conta de tudo. - Sorriu docemente enquanto sentava na ponta da cama. 

- Estava com saudades sabia. Você demora muito para aparecer. É quando vem, fica poucas horas. Queria que ficasse mais um pouco, ou viesse mais vezes. Mas eu entendo que tem a sua vida, e não pode ficar o tempo inteiro em função de um cara doente e desmemoriado como eu. - Entrelacei nossas mãos enquanto a encarava. 

- Ei, Não fala assim Chris, você não é nenhum estorvo para mim. Ao contrário adoro vim aqui conversar contigo, contemplar esse sorriso que é uma das coisas que eu mais amo em você. - Encostou minha mão em seu lábio do mesmo jeitinho de sempre. 

- Sério? Só está dizendo essas coisas para não me chatear. Não é? - Agora foi a minha vez de encostar suas mãos nos meus lábios. 

- Claro que não! Você sabe que estou sendo sincera contigo. - Sorriu, e eu apenas balancei a cabeça em concordância. — Tenho uma pra te contar acredito que você deva saber um pouco sobre o assunto. Não sei se te contaram, mas o assunto é... 

- Sobre a lanchonete não é? - Completou após ter reclinado a cabeça no meu peito. - Eu já estou sabendo de tudo. Nossa! Essa mulher é um ser humano horrível! Como pode roubar um homem tão generoso, incrível, gentil como você?! 

- Realmente significo tudo isso pra você? - Passei a mão no seu cabelo de forma carinhosa. 

- Sim, tudo é muito mais. E uma pena que ainda não consegue se lembrar de mim. Queria tanto que isso acontecesse.- Agora ela levantou um pouco do pescoço para me encarar. 

- Também queria me lembrar de você, e de como eu plantei essa sementinha na sua barriga. - Ri, já sabendo que ela ficaria atônita com as minhas palavras. 

- Como assim você não sabe?! - Não disse. - Quer que eu te explique como foi que aconteceu. - Fez questão de beijar meu peito, e aquilo causou uma sensação estranha em mim. Era como se ondas de calor juntamente com os arrepios espalhasse no meu corpo. - Que foi? - Levantou novamente a cabeça para me olhar. 

- Para de fazer isso que me... -Não consegui completar pois lá estava ela me provocando novamente com a sua boquinha quando me beijou e em seguida chupou meu mamilo de uma forma bem erótica. 

- Que que eu pare? - Proferiu após ter afastado um pouco os lábios. E ofegante eu respondi: 

- Não, continua que está muito bom. 

Ela deu outra chupada que acabou me levando a loucura. Puta merda! Que boquinha e essa?! Já amava os beijos que demos nas quatro vezes em que ela esteve aqui. Tanto que fiquei animado e não tive como me aliviar. E o pior de tudo foi ver a cara da enfermeira que me dava banho. Na hora tive vontade de enfiar minha cabeça no buraco e sair correndo daqui só para não ter que olhar a sua cara de espanto quando viu o tamanho do meu documento. Depois que expliquei o motivo pelo qual eu tinha ficado demasiadamente animado, ela saiu do quarto feito um foguete dizendo que chamaria um enfermeiro para finalizar o serviço. 

- Tá gostando? - Ela me provocou novamente quando começou a chupar meu outro mamilo. 

- Sim. Oh Dulce, então era assim que acontecia nas vezes em que... 

- Fazíamos amor. - Ela completou enquanto trilhava um caminho de beijos até o meu pescoço. 

- Exatamente. - Completamente ofegante joguei um pouco da cabeça para trás enquanto sentia uma parte do meu corpo se animar. - Me beija vai. - Choraminguei em meio aos beijos que ela distribuía no meu pescoço. 

- Seu pedido é uma ordem. 

Mordiscou a pontinha da minha orelha que acabou me deixando  aquecido. Por isso eu pedi que ela se ajeitasse para que ficasse melhor para iniciarmos com o beijo. Então ela fez logo após eu ter virado o corpo para o lado já que eu estava deitado, para logo a seguir grudar seu lábio no meu. E eu que não era bobo aprofundei o beijo colocando a mão no seu ombro enquanto fazia leves carícias, e sentia sua boquinha deliciosa grudada na minha. Confesso que esse momento estava sendo a uma perdição pois a vontade de liberar o meu documento é fazer amor com ela aqui dentro estava cada vez maior. Tanto que eu fiz questão de segurar sua mão e levar até ele  para que ela sentisse o quanto eu estava lhe desejando no momento. Mesmo não me lembrando das coisas essa menina mulher tinha um poder indescritível sobre o meu corpo que prontamente respondia os seus toques. 

- Está vendo como eu fico todas as vezes que isso acontece. Agora posso te pedir uma coisa. - Proferi entre seus lábios. 

- Que delícia! - Exclamou enquanto mordiscava meu lábio inferior, e apalpava meu membro que estava latejando só com seu toque. 

- Deliciosa é você minha doce Dulce. Não vejo a hora de sair dessa cama de hospital para colocar tudo em prática. Dá pra fazer sexo grávida? 

Resolvi perguntar só por precaução. Pois não sabia se uma mulher no estado dela poderia fazer sexo. Já que eu não queria correr o risco de machucar a criança. Mas o que me deixou sem reação foi ver ela se afastar e começar a rir sem parar como se o que eu dissesse fosse algo extremamente engraçado. 

- Claro que dá, e inclusive eu estou doida pra ter você dentro de mim. - Senti novamente uma leve pontada na virilha 

- Que isso! Sério! Nossa como você é quente Dulce. Então quando eu sair daqui eu quero que vá para o meu apartamento ficar comigo. E já que somos namorados  podemos morar juntos. Mesmo  que ainda não consiga me lembrar de você, há algo em ti que me transmite muita confiança. Ah e outra tenho uma coisa pra te falar. 

Estava doido para contar que finalmente iria me livrar daquela mulher. Mesmo que eu tivesse que pagar por isso. E eu pagaria com muito gosto só para ela me deixar em paz. 

- Que coisa? - Ficou curiosa

- Uma coisa muito boa para mim, que acredito que também será pra você... - Resolvi ficar sentado novamente só para comunicar a boa nova... 

— Aí fala logo estou começando a ficar curiosa. - Começou a roer a ponta dos dedos. 

É eu respirei fundo começando a contar com todos os detalhes, que finalmente ficaria livre da Verônica...

- Caramba! Realmente essa mulher não tem escrúpulos. - Ficou perplexa. Mas quem não. - É você vai realmente dar esse dinheiro a ela? 

- Vou... Dulce infelizmente eu não tenho escolha. Ou eu pago para ela sumir de vez e me deixar em paz. O do contrário ela vai continuar me infernizando até tirar tudo que eu construí com esforço do meu trabalho. Foi exatamente assim que ela disse. Com outras palavras mas desse jeito. 

- Nossa que horror! Estou. chocada. Aliás eu nem fiquei chocada, porque é de se esperar um absurdo desses vindo da parte dela. - Apoiou uma das suas mãos no meu joelho. — Meu amor infelizmente eu vou ter que ir pois já deu o meu horário. Ainda tenho que voltar para lanchonete. O Christian me liberou só um pouquinho para vim te ver. - Selou novamente os nossos lábios. 

- É o Christian que está lá? - Indaguei já sentindo uma pontinha de esperança se acender em mim de que finalmente aquela mulher estava distante dos meus negócios. 

- Sim, e ele que está lá agora. E quando vai para Guarapari e o Jaime que fica no controle. 

- Graças a Deus. - Respirei aliviado. 

— Te amo! E respondendo a sua pergunta anterior de morar com você a minha resposta é sim... Eu vou morar contigo, e também cuidarei de você até que fique 100% novamente. 

— Vai mesmo!? — Fiquei impressionado por sua atitude, pois jamais imaginaria que ela fosse topar. Ainda mais por não conseguir me lembrar totalmente dela. — Eu também te amo minha doce Dulce. Muito obrigado por tudo, nem sei como retribuir. 

— Não precisa, pois você já fez tantas coisas por mim.  A única coisa que eu quero nesse momento é que você se recupere logo e volte pra mim. Aliais pra nós duas. — Encarou a barriga. 

— Eu nunca estive longe de vocês, pode ter certeza disso. — Segurei sua mão e fiz questão de levá-la até os meus lábios. Ato que a fez sorrir. — Amo esse sorriso. Desde o primeiro instante em que te vi, eu sabia que você era a mulher da minha vida. E uma pena que eu não consiga me lembrar do que vivemos antes de vim parar aqui. Mas eu vou me lembrar.  Te prometo. 

— Ei não se apresse eu espero. Já esperei por meses, o que custa esperar mais um pouco não é? — Passou a mão sobre o meu cabelo de forma carinhosa.