Fanfic: Com Amor, Marília | Tema: Murila

13 - Capítulo

“Eu não escolho a dor. Eu escolho a vida!”
The 100

- Bom dia, Murilo - ele sorri - Tudo bem? - a enfermeira cumprimenta
Eu paro, distraída, mexendo no celular.. Quando eu noto um papo meio torto..
- Dormi no sofá não é fácil né?fica como corpo todo dolorido Fica tranquilo que eu vou cuidar de você. - levanto o rosto olhando para ela, séria, dura. - Dói?
- Não.
- Vou cuidar com carinho. - ergo a sobrancelha
Mas que merda é essa! Essa vadia não está me vendo aqui não? A enfermeira é bonitinha, admito. Magra, cabelos pretos até o ombro, um rostinho de meninha.. Mas cantar de galo para cima do meu boy não, né? ELE É MEU E PONTO!
- Tenho certeza que você se recupera logo, logo. Você é forte! E um cara bonito como você não pode ficar com o corpo dolorido, vamos dar um jeito nisso. - ela pisca para ele
Pra mim foi a gota d’agua! Murilo age sério, não dá corda para a enfermeira, nem sorri, fica imóvel.. E ela dando mole na maioooor cara de pa*u. Com certeza ela não me conhece e Murilo certamente está rezando para ela calar a boca antes que eu acabe com a vida dela.
- Oh, minha filha Você não tem pacientes mais quebrados para cuidar não? - ela me olha - Pode ficar despreocupada com o Murilo que vazo ruim não quebra, logo logo ele está ótimo e longe desse hospital para sua tristeza. - ele ri e eu puxo ela pelo braço pra longe dele - Pode continuar seu trabalho em outro quarto, aqui você já o fez muito bem. Muito obrigada! - ela fica sem graça
- Desculpa. - e sai de cabeça baixa
Murilo ri e eu estou bufando ódio
- Coitada da menina, Marília. - ele debocha
- E você cala a boca. - me viro para ele, o rosto queimando em raiva
- Ciumenta ainda?
- Cala a boca! - ele ri - Você estava se divertindo, né?
- Adoro quando você mostra pro mundo que eu sou eu.
- Vai à merda, Murilo - Estou sentindo-me suando frio desde a tontura que tive mais cedo, a comida do hospital não me caiu muito bem. Fico sentada na cama, de olhos fechados e a cabeça recostada em uma almofada. Murilo volta para o quarto e eu me esforço para abrir os olhos sem ver tudo turvo. Deitada na cama, me viro pra ele..

 - Ainda passando mal?
-Enjoada.. Aquela comida caiu mal.
- Murilo, por Deus! Você está mal. Vou chamar um médico.
- Não precisa.. Vai passar eu.. - ânsia de vomito vem com tudo, eu tampo a boca e corro pro banheiro vomitar morrendo de dor
Entro no banheiro feito louca, lavanto a tampa do vazo e me ajoelho, a ânsia volta e eu vomito um pouco, continuo na mesma posição, ainda me sinto mal, quando sinto uma mão pegando meus cabelos de mau jeito e segurando-os. Levanto os olhos e vejo Murilo, segurar meu cabelo.
- Murilo - olho assutada - Como você.. Meu Deus você porque você não diss.. - a ansia volta e eu vomito, dessa vez demora..
Ele lá, segurando meus cabelos, falando coisas que eu não escuto. Ele fica do meu lado, me ajudando como consegue, quando eu coloco tudo para fora, me sento no chão, ele solta meus cabelos e se apoia na parede. Eu o olho, respiro fundo.
- Está melhor? - confirmo com a cabeça
Me levanto, pegando a toalha e me limpando.
' Com certeza foi essa comida do hospital - olho para minha blusa - Merda! Sujei a blusa!
- Minha mãe trouxa umas roupas minhas, pega uma blusa ali. -  aponto para a mala
Eu tiro minha blusa e vou até a mala, procurando uma camiseta. Ele me observa.
- Pode usar minha escova de dentes também se quiser.
- Você precisa voltar para cama! Você não pode fazer esforço, sabia?
- Vem cá. - ele pega minha mão e me puxa para perto dele - Sabe o que eu acho? - faço que não com a cabeça - Que nosso amor continua explodindo, que nada nessa vida é capaz de separar a gente.
- Me diz uma coisa, de verdade. - ele confirma - Não precisa falar nada para me agradar, não vou dar um show como fiz aquele dia, ok? Mas me diz.. O que de verdade você sente em relação a gente.
- Marília, por Deus! - ele segura meu rosto, sorrindo, olhando no fundo dos meus olhos - Eu amo você! Eu estou estúpidamente feliz! Eu estou do seu lado, nunca sai do seu lado. - eu enlaço seu pescoço e o abraço, apertado, ele me envolve a cintura e me abraça firme.
- Obrigada por estar.
- Quando se ama.. - ele suspira - Marília, eu nunca vou deixar você ir. - sorrio e beijo sua bochecha
- Agora volta para cama. Daqui a pouco você cai e piora.. - ele ri
Eu o ajudo a voltar para cama, ele tenta se fazer de forte, mas noto sua expressão de dor ao caminhar. Ele se deita e eu o cubro, visto sua camisa e escovo meus dentes. E caminho pra cama.
- Vem cá. Deita aqui.
- Não precisa, Marília .
- Deixa de ser teimosa
- Não pode deitar na sua cama.
- Vem logo.
- Não, Marília.
- Murilo, você não tem uma noite de sono decente há semanas, deve estar todo quebrado nesse sofá, vem agora deitar comigo. - eu dou uma risadinha
- Você tá mandando bem, hein. -  levantou, indo até a minha cama
- Isso mesmo.. - eu sorri
Eu chego pro lado dando espaço na cama para mim, eu me deito de costas para ele, de lado, ele não consegue me abraçar por trás.
- Só porque eu não posso te encoxar em uma conchinha você vira a bund*a para mim, que maldade. - eu rio
- Você reclama de tudo também. - me viro para ele
Ele passa o braço para eu deitar, eu me aconchego a ele, deitada em seu peito, ele beija minha testa como sempre faz, me desejando boa noite e dizendo que me ama, me fazendo sentir ali, de novo dele.. Eu beijo seu peito e adormeço.