Fanfic: Com Amor, Marília | Tema: Murila

34 - Capítulo

"Um amigo é alguém por quem você faria qualquer coisa. Você emprestaria as suas coisas legais como gibis e cards raros. E eles nunca quebram uma promessa". - Stranger Things
Estou me arrumando, quando ele para na porta do quarto, me observando.

- Que foi? – sorriso
- Eu te amo, sabia?
- Boatos dizem que sim. – ele ri – Vem cá. – ele caminha até mim
Ele para do meu lado e eu subo na cama, de joelhos, colocando minhas mãos em seu pescoço. Ele segura minha cintura com uma mão e me beija. Começo a sentir meu corpo todo dependente dele, arranho de leve sua nuca e ele me pressiona. Vou puxando ele para cama. Ele se ajoelha, caindo sobre mim, beijando meu colo, meus ombros, meu pescoço. Eu suspiro, puxando seu cabelo. Ele suspende minha perna, deslizando a mão por minha coxa. Quando começo a desabotoar sua camisa, beijando seu peitoral..
- Marília ? – bate na porta – Estão prontos? – ela abre a porta e Murilo sai de cima de mim depressa, todo sem jeito e entrando apressado no banheiro.
Minha mãe fecha a porta e eu coloco as mãos no rosto, rindo incrédula da situação. Respiro fundo, procurando ar depois disso. Me levanto rindo e vou até a porta. Minha mãe está descendo as escadas.
- Mãe. – eu solto uma risada – Vem cá. – ela fica sem graça
- Só queria avisar que você iam perder a hora. Desculpa. – eu caminho até ela, sorrindo
- Tá tudo bem. Já estávamos saindo mesmo.
- Ai, que vergonha, Marília . Desculpa. Eu bati e entrei, não deveria, desculpa.
- Tá tudo bem, mãe. Foi bom você ter entrado, íamos mesmo perder a hora. Relaxa. – ela sorri sem jeito
- Peça desculpas ao Murilo .
- Mãe, tá tudo bem. – eu a abraço – Já vamos descer. – ela sorri e desce
Eu volto para o quarto entrando sorrindo. Fecho a porta e Murilo ainda está no banheiro, com a palma da mão encostada na pia, respirando ofegante.
- Oi. – sorrio
- E sua mãe? – ele sorri com a minha cara de travessa
- Toda sem graça. Coitada. – eu vou até ele, abraçando-o – Ela ficou tão sem jeito.
- Eu que estou sem jeito.
- Ai, vocês dois. Não vejo nada demais nessa situação.
- Marília , é sua mãe.
- É minha mãe e até onde eu sei ela sabe que não sou nenhuma virgem, até filho temos. – ele ri e afaga meus cabelos.
- Vamos. Antes que cheguemos mesmo atrasados.
Ele me da a mão e descemos as escadas.
Minha mãe está sentada no sofá, de costas para escada, lendo um livro.
- Mãe, já vamos. – ela não vira para nos encarar e eu olho para Murilo rindo.
- Tudo bem. – ela vira levemente o rosto, sorrindo sem graça – Vão com Deus.
Saimos de casa e Murilo abaixa a cabeça rindo enquanto eu destravo o carro.
- Agora você ri, né.
Entramos no carro e Murilo liga o rádio. Vamos rindo e brincando até o hospital. Eu entro para consulta depois do parto e ele fico esperando na sala de espera. E me perco em meus pensamentos. Hoje de manhã éramos eu e Murilo de novo, como antes. Sei que logo vamos conseguir voltar a sermos como antes, mas eu sinto falta de momentos assim. Eu entendo os fatores, mas não quero remoer mais essa história. Quero virar a página mais uma vez e ser feliz. Quero encontrar com produtores no fim de semana e retomar os shows que eu adiei. Não quero mais remoer o que passou.. Chega, chega! Faço a consulta . Ele vem balançando os braços, sorridente. E vêm em minha direção.
- Agora sim. Melhor desse jeito.
- Não aguentava mais.
Ele me abraça e eu o beijo apaixonadamente. Ele me pede para deixa-lo no estúdio, para ele rever as músicas. Eu o deixo no estúdio e vou para casa. Quando chego minha mãe ainda está sem graça. Eu converso com ela, digo mais uma vez que está tudo bem, que não precisa se preocupar, que só estávamos namorando um pouco, não estávamos transando. Ela fica mais sem graça ainda, mas pelo que parece, assunto encerado. Vou para o quarto e preciso de ideias.. Ligo para Maraisa.
- Lula!!!
- Mai, tô com saudade. Me conta as novidades?
- Comecei a organizar o casamento. Preciso de você, AJUDA!! – ela ri – Você é minha madrinha, é óbvio, mas já estou avisando. Você e Murilo . Vamos comigo essa semana ver o vestido? Estou tão nervosa!
- Ah, Mai! Claro! Claro! Só marcar o dia. Estou tão feliz por você. Ai você aproveita e me conta como foi a turnê? Quero saber tudo.
- só perguntam de você. – rimos – Logo você vai e matar as saudades.
- Mal vejo a hora.
- E você, Murilo, como estão as coisas?
- Preciso de seus conselhos safados.
- É comigo mesmo, diga, qual o problema?
- Quero preparar um clima, algo que possamos fazer, mais intimo, para superarmos esses últimos acontecimentos, sabe? Hoje estávamos, bem, namorando, digamos assim, na cama. E minha mãe abriu a porta, nos flagrando. –Maiara gargalha – Sério. Foi engraçado. Murilo correu para o banheiro e minha mãe, coitada, ficou super sem graça.
- NÃO ACREDITO – ela gargalha – Dava tudo para ver essa cena. – ela não para de rir
- Para de rir, sua palhaça. – ela não para – MAIARA!
- Não, pera. – ela ri – Tô imaginando vocês dois flagrados igual dois adolescentes.
- Tá. Há há há, muito engraçado.
- Socorro, tô com dor de barriga.
- Me ajuda em vez fazer graça.
- Por que vocês não voltam para casa?
- Minha mãe pediu que fiquemos enquanto estávamos debilitados. Mas depois dessa se sairmos agora ela vai ficar mais sem graça. Mas ao mesmo tempo quero que nos aproximemos, sabe?
- Ah,se prepara, espera ele de lingerie, faz uma dancinha e tá tudo no paraíso outra vez. MAS VÊ SE FECHA A PORTA
- Eu não sei por que ainda ligo para você. – ela ri
- Você sabe que no final vai acabar ouvindo meus conselhos.
- Ah, Mai. Tchau. – eu rio – Vou almoçar com o Guillermo no sábado, vamos sair depois?
- Vem aqui para casa, ai conversamos sobre o casamento.
- Fechado.
- E boa sorte ai.
- Engraçadinha. – rimos – Obrigada. – E desligo
Terminamos o jantar felizes, conversando e resolvemos comer sorvete, vendo um filme.