Fanfic: Com Amor, Marília | Tema: Murila

38 - Capítulo

"Eu continuo pensando em minha esposa e como eu só quero chegar em casa com ela, sair com ela, ter certeza de que ela está bem. O que é uma loucura, porque ela está em seu pior momento agora. Quero dizer, tipo, nível de Exorcista ruim. Mas eu ainda não quero escapar dela. Ou meus futuros filhos vomitando e cheios de merda. Eu só quero mais tempo com eles. Eu quero congelar o tempo com eles, para que eu possa ter um pouco mais". - This Is Us

Eu levo Léo para casa, dou um bom banho e coloco ele para dormir, contando-lhe uma história. Minha mãe fala para eu ficar, descansar um pouco, eu de fato estou toda moída de cansaço, com olheiras e realmente preciso de uma boa noite de sono.. Mas sei que não vou ter uma boa noite de sono aqui, sabendo que será impossível com um bebe recém-nascido. Então me despeço e volto. Quando estou presa em um semáforo, Ruth me liga, perguntando se vou dormir no Murilo, ela não vai poder voltar hoje. Sem problemas, essa noite somos eu e ele.
A semana passou voando, Leo em uma pilha de nervos. Eu só penso nisso , ficava cantando a musiquinha e mexendo os braços ensaiando todo o tempo com ele. Procurei uma brechinha de intervalo entre minha rotina corrida e fui ao shopping comprar um presente, resolvi comprar algo que os dois pudessem usar, achei enfim, uma blusa de super homem do tamanho do Murilo e de Leo e comprei idênticas.
No domingo dia folga, eu sai do antes que Murilo acordasse. Quando eu liguei para avisar minha mãe que estava indo busca-lo, Léo já cordado da cama e tornou a manhã da minha mãe em um transtorno.
- Marilia, acho que seu filho é hiperativo. - eu rio
- Ah mãe.. - pego Léo no colo - Ele é só a cópia dos pais. - eu beijo sua cabeça - Vamos agitadinho? Seu pai ainda está dormindo, a gente pode acordar ele com a surpresa. Você tá pronto?
E o tempo? Ah, ele continua passando..
- Traz a papinha, Poncho!
- Tô indo! – ele traz a papinha para a sala – Quer ajuda?
- Acho que não precisa. – sorrio – Né, bebê, né amor da vida da mamai. – digo com voz de bebe – Murilo ri – Cê vai papar tudo, num vai? Vai sim, bocão.
- Vamos leva-lo ao parque?
- Ao parque? – penso na ideia – É uma boa. Ele vai gostar. Num vai bebe? – volto a fala com voz de bebe
- Por que você faz isso?
- Vai falar o que? Você também faz que eu já vi.
- Não tá mais aqui quem começou a falar. – ele ri e eu beijo sua bochecha
Nós três fomos caminhando até o parque da cidade, Murilo com Léo nos braços e eu abraçada em seu braço. É primavera e o parque está mais lindo que nunca. Murilo senta na graminha com Léo.
- Quer alguma coisa?
- Só que você sente aqui com a gente. – sorrio
- Seu desejo é ordem.
Ele se deita no chão, colocando Léo na sua barriga. Eu me deito em sua barriga também. Lêo começa a puxar meus cabelos. Eu solto um gritinho. Murilo acaricia meu rosto. Bernardo se arrasta até o rosto de Murilo, arranhando sua barba. Murilo beija o rostinho dele e eu me sento. Segurando Léo no colo.
- Você tá muito levado, garoto. – ele faz graça para mim – É, você mesmo.
Eu faço barulho na sua barriga e ele gargalha. Murilo observa tudo, sorrindo. Eu brinco com Léo de novo. Murilo se senta também, beijando as costas do bebê. Eu sorrio e o olho. Coloco Léo recostado na minha barriga, sentadinho no meu colo, segurando-o pela barriga.
- Obrigado.
- Por que?
- Por toda essa felicidade. – ele toca meu rosto – Te amo. Te amo. – ele me beija
- Estamos quites então. Você é tudo para mim. - arranho sua barba, de olhos fechados, sorrindo, mordo seus lábios e sinto Bernardo puxar meu cabelo. Olho para baixo e vejo seus olhinhos atentos em nós dois. Murilo sorri bobo – É tudo para nós dois. Entendi. Desculpa, filho. – sorrio e olho para Murilo – Tudo para nós. – ele me beija novamente
- Mas não viemos aqui para ficar sentados, né? – ele pega Léo no colo e se levantando.
Ele corre com o bebê, girando e fazendo-o rir. Eu grito que ele vai enjoar, mas quem disse que ele me escuta. Eu desisto e sorrio, correndo atrás deles também. Começo a brincar de me esconder atrás do Murilo e aparecer para Léo, fazendo ele gargalhar. Murilo lhe beija o rostinho e ele recosta em seu ombro. Eu me aproximo abraçando o Murilo de costas e beijando a testa de Léo. Sinto Murilo respirar aliviado. Como se agradece os céus por esses momentos.. Eu também sinto. Agradeço. Que momentos assim sejam eternos
O tempo passa.. Segue passando..
Estou dormindo de conchinha com Murilo, dormindo cansada devido as ultimas semanas. Eu voltei a mexer com a minha carreira, trabalhando em um novo disco. Murilo começou as gravações da novela e tem sido semanas cansativas. Bernardo está mais agitado que nunca e agora que ele está aprendendo a fazer um monte de coisas, não nos dá descanso um segundo. Escutamos seu choro.. Nos acordando.
- hmmmmm.. – murmuro
- Sua vez.
- Ah, Murilo. Quebra essa. – ele ri
- Ah, Mari..
- Ah, não.. Quero dormir
- Por que justo essa noite..
Passo a mão no rosto e me levanto, indo até o quarto. Léo está chorando sem parar. Eu pego ele no colo e Murilo entra no quarto pouquíssimo tempo depois.
- Acordou?
- Não consigo te deixar sozinha e cansada nessa. Se é para dormir mal, dormimos mal juntos. – eu sorrio e o beijo
Eu nino, nino, nino e nada. Dou de mamar, ele não pega. Vejo a fralda.. Está limpa. Meu Deus! Ele se acalma um pouco, mas choraminga. Ligo para minha mãe, ela diz que pode ser cólica, me explica a posição que tenho que deixa-lo e o que preciso fazer para aliviar. Murilo fica meio desesperado, querendo leva-lo ao hospital. Eu o acalmo, digo é normal em bebês, se piorar levamos de manhã. Léo se acalma e consegue dormir de novo. Eu levo ele para dormir em nossa cama. Quando acordo pela manhã.. Estamos em uma conchinha coletiva. Murilo abraçando nós dois. Abro os olhos e vejo a cena. Eu no meio abraçada a Léo, com o Murilo deitado atrás de mim. Meu coração se transborda de alegria e fecho os olhos novamente, voltando a dormir e curtindo mais um pouco esse momento. aproveito para fazer storie muito fofo Léo no meio de nós mamando e eu acariciando o braço do Murilo.