Fanfic: Com Amor, Marília | Tema: Murila

46 - Capítulo

"somos feitos de partículas que existem desde que o universo começou. Gosto de pensar que esses átomos viajaram 14 bilhões de anos pelo tempo e espaço para nos criar, para que pudéssemos ficar juntos e completar um ao outro.Leornard" - The Big Bang Theory

Eu volto pro hotel algumas horas depois, quando abro a porta, Murilo ainda dorme. Meu Deus! Ele acorda com o barulho de eu fechando a porta e levanta a cabeça.
- Bom dia, dorminhoco! - ele sorri
- Onde você estava?
- Fui caminhar. - dou de ombros e me aproximo, selando nossos lábios com carinho e passando as mãos delicadamente por seu rosto - Vou pedir um café para gente. - ele confirma e volta a deitar a cabeça no travesseiro - Cansado, amor? - ele ri
- Alguém me deu trabalho ontem a noite..
- Quem foi essa pessoa cruel? - ligo para recepção, pedindo o café no quarto
- Deita aqui comigo.. - ele bate ao lado dele na cama
- Notou que quase destruimos o quarto? - me aproximo, deitando ao seu lado, a cabeça em seu braço e ele acariciando meu cabelo
- Mais uns dias aqui e acabavamos com a cidade..
- Devemos voltar mais vezes..
- Com certeza, os Mexicanos já estão com saudades dos seus gritos.. - dou um tapa no seu braço e ele ri
- Idiota. - ele beija meu ombro
- Mari.. - viro para ele, ficamos frente a frente, nos encarando, exatamente como ficamos nessa cama no primeiro dia aqui em Mexico - Eu sei errei com você, sei que ainda temos coisas para resolver e sei que talvez você não confie mais tanto em mim. Mas eu quero consertar as coisas. Eu amo você mais que tudo nessa vida. Não quero mais passar outro dia sem acordar do seu lado, não quero mais passar um aniversário seu me justificando para fazer seu dia especial, não quero mais perder momentos importantes e felizes ao seu lado.. Não quero mais passar outro dia sem te chamar de minha mulher, você nunca deixou de ser. Me dá uma chance de tentar consertar isso?
- Murilo nunca nada vai conseguir nos separar e você sabe disso. Eu te amo! Estou tentando organizar minha vida e as coisas aqui dentro de mim, mas você.. - toco seu rosto com cuidado - Você é minha única certeza. Vamos consertar nossa vida, nosso relacionamento. - confirmo - Você é a minha vida, Murilo Huff. - ele sorri todo bobo e apaixonado e me beija
Tomamos café da manhã em um clima tão gostoso, estávamos leves.. Parece que todas as dúvidas e inseguranças que tinhamos quando chegamos foram deixando de ser importantes ao longo dessa viagem e agora estamos aqui, apaixonados, felizes e com esperanças que agora sim, tudo vai voltar a ser como antes. Arrumamos a mala, nos aprontamos e vamos almoçar no Promenade, ambiente tranquilo, cozinha refinada, bom papo, a melhor companhia e o jeito certo de encerrar uma viagem maravilhosa. Chegamos no aeroporto na hora marcada, eu ligo para Minha Mãe para avisar que já estamos embarcando. Ele me beija na fila do embarque, assim que eu desligo o telefone.
- Promete para mim que nada vai mudar de novo quando pisarmos no México? - fico olhando para ele silêncio, seus olhos cheios de medo - Por favor.
- Não vai. - pego a mão dele e coloco no meu coração - Nunca mudou, nunca deixou de ser você aqui dentro. - ele beija minha testa e me puxa para um abraço
- Amo você.
Embarcamos e eu logo adormeço no peito de Murilo, ele acaricia meus cabelos com devoção até pegar no sono também. Quando acordamos para comer, ainda faltam algumas longas horas para chegarmos ao Brasil, conversamos um pouco sobre o que vimos na viagem, sobre coisas do dia a dia enquanto comemos.
- Deveria ter trazido ou comprado um livro
- Por que?
- Entediada.. Odeio vôos quando eu estou sem sono.
- Você dormiu bastante já.. - ele sorri - Mas posso te distrair se você quiser.
- O que você sugere?
- Sugiro que você vá até o banheiro retorcar sua maquiagem
- Por que? - procuro um espelho na bolsa - Tá borrada? Eu nem passei muito hoje. - olho o espelho, verificando a maquiagem, ele ri
- Não, lerda. - ergo a sobrancelha, olhando para ele. Ele se aproxima e cochicha no meu ouvido - Por que eu quero fazer amor com você no banheiro. - arregalo os olhos
- Você tá louco? Claro que não. - ele ri
- Por que não?
- Porque não!
- Porque não não é resposta
- Você só pode ser doente..
- Vai dizer que você não quer.. - fico queita - Aposto que você ficou louca só com a ideia..
- Idiota! - suspiro e ele ri - Murilo eu não sou silenciosa, você sabe..
- A gente resolve isso..
Ele fala de um jeito tão safado, tão safado que eu tô quase cedendo.. E só pra deixar registrado: fiquei Louca mesmo.
- E se pegarem a gente?
- Pedimos desculpas e saimos, digo que você estava passando mal.. - ele dá de ombros - Vamos lá, Marilia. Somos bons, sabemos fazer isso.. - ele pisca
- Eu odeio você..
- Pera ai. - ele me vira para ele e me beija - Eu subornei uma aeromoça, calma.
- Você fez o que? - ele ri
- Só dei uma comissão a ela.
- Você contou que iamos transar aqui?
- Só dei a entender. - ele da de ombros
- Murilo, com que cara eu vou sair desse banheiro agora?
- Cara de quem teve um orgasmo maravilhoso enquanto os outros passageiros estão lendo ou dormindo. - rio
- Você não presta.
- Junto de você então.. - ele me beija
- Ah, Mari.. - ele tira a bolsa da minha mão - Eu amo você. - ele me puxa para seu braço e me abraça
Quando chegamos ao DF é de manhã.. Saimos do avião e eu sinto todo o peso de voltar para casa, mas como eu prometi, nada vai mudar. Vejo que tem paparazzis por aqui, logo sei que as notícias que estamos juntos outra vez vão voltar a rodar... Decido contar a verdade, assim que chegar em casa, vou ligar para ele. Murilo pega nossas malas e saimos de mãos dadas, eu ignoro os fotógrafos. Ele para no desembarque para chamar um taxi.
Quando chegamos em Goiânia é de manhã.. Saimos do avião e eu sinto todo o peso de voltar para casa, mas como eu prometi, nada vai mudar. Vejo que tem paparazzis por aqui, logo sei que as notícias da viagem outra vez vão voltar a rodar... assim que chegar em casa. Murilo pega nossas malas e saimos de mãos dadas, eu ignoro os fotógrafos. Ele para no desembarque para chamar um taxi e nos despedimos do pessoal também. Ele me deixa na porta do prédio, pede o taxista para esperar. Ele tira minha mala do carro e para na porta, segura meu rosto com carinho e passa o polegar pela minha bochecha..
- Obrigado por ter ido, por me fazer o homem mais feliz do mundo.