Fanfic: Os órfãos de Nevinny | Tema: RPG, drama adolescente, mistérios

É manhã de domingo e o relógio desperta às oito horas lhe fazendo levantar da cama.

É tão chato pensar que até no dia de domingo que seria pra ser um dia de descanso ainda teria que ir para a escola. O lado bom é que não seria para ir estudar, mas apenas para ir resolver assuntos do festival, então não teria que passar o dia todo lá. Mas mesmo assim é algo entediante para um fim de semana.

Passando pelo quarto de Lívia depois pelo de Jeremy, você os vê dormindo plenamente. Sendo assim, logo segue pra cozinha para fazer seu café da manhã e se aprontar bem rápido para ir à escola.

⌚ Uma hora depois...

Estando dentro do ônibus em direção de sua escola, você vai passando pelas ruas e notando a movimentação na manhã posterior ao evento da Purple X. Cartazes e outdoors em todos os cantos, pendurados nas paredes e prédios anunciando mais um avanço na tecnologia em comemoração ao lançamento do táxi voador. Até painéis na Avenida Rose ilustram a mesma coisa com imagens e vídeos da festa como propaganda.

⌚ Alguns minutos depois...

Enfim não demora muito para chegar no Colégio Montreal. Graças ao trânsito vazio não encontrou nenhuma dificuldade para chegar. Não perdendo tempo você segue logo em direção à sala de projetos. Porém ao passar pelos corredores, escuta um pouco a conversação dos alunos e, ao notar sobre o que falam, vê que a maioria discute sobre um mesmo assunto em comum: o evento da noite passada.

Não é de se impressionar já que realmente se trata do evento do ano como a maioria diz. Esse é o assunto do momento, ainda mais numa cidade que não é tão grande assim. Isso certamente elevaria o status trazendo notoriedade além de um marco histórico para Nevinny.

📍 Na sala de projetos...

Chegando na sala, alguns alunos já estão acomodados enquanto outros vão organizando o projeto. Dentre eles você vê Stefan que parece super animado e focado no que está fazendo, tanto que nem presta atenção na bagunça e conversação que os acomodados fazem.

— Oi, Stefan. Bom dia — você fala se aproximando dele

Porém ele nada responde.

— Stefan? Tá me ouvindo — você tenta outra vez, agora encostando no braço dele na tentativa que te note.

— Ah, oi S/N. Bom dia. Me desculpa, eu não vi você — ele diz.

— Tô vendo. Parece muito concentrado.

— E estou. Esse painel tem que ficar impecável. Requer muita atenção pra montar ele. Tudo tem que ficar no seu devido lugar pra que nada de errado aconteça.

— Eu sei, mas você tá montando isso literalmente sozinho. Descansa um pouco. Ainda nem tá no horário — você fala meio que dando uma bronca.

— É, mas quanto antes terminar isso melhor pra gente. Aliás, eu gosto de criar e montar coisas. Por isso escolhi essa atividade — ele diz dando um sorriso.

— Que bom. Vem cá, a Lavínia já chegou?

— Ainda não. Mas ela disse que já tá a caminho. Já, já ela está aí. Hoje eu dei um jeito de obrigar ela a vir, já que não veio da última vez.

— Você tá certo.

— Como você chegou em casa ontem à noite? Chegou bem? Se divertiu?

— Sim. Nós chegamos bem. Até que ontem foi legal. Posso dizer que foi um pouco mágico. Acho que nunca vivi nada parecido — você fala.

— Sério? Eu também não. Uma pena que tenha sido só uma noite — ele diz.

— É — você concorda com um pouco de desânimo.

— Ei, sobre o que os pombinhos tão falando aí? — Lavínia pergunta aparecendo de repente.

— Olha ela aí. Finalmente chegou a bela adormecida.

— Bom dia, gente. Como vocês estão? Porque eu tô muito bem. Mesmo sendo domingo de manhã, ainda mais na escola. Sério, a primeira coisa que me perguntei logo depois que acordei foi: "por que raios eu preciso ir pra escola hoje? É domingo!" Mas enfim, já que temos que vir né, que assim seja.

— Alô, Lavínia? É você mesmo? Que bom humor é esse? Você está feliz por estar na escola no domingo? Essa é nova, vai. O que foi que aconteceu? —Stefan questiona, surpreso.

— Ah, Stefanzinho. Nada melhor do que acordar de bom humor numa manhã após a noite ter sido uma noite daquelas — ela diz toda empolgada.

— E o que foi que aconteceu nessa noite? — ele pergunta.

— Vai me dizer que já esqueceu. O assunto no mundo inteiro é a mesma coisa. O glamour da noite passada penetrou em meu corpo e agora eu toô me sentindo num conto de fadas. Tá, eu sei que essa fala pode tá exagerada ainda mais vindo de mim que não ligo pra essas coisas, mas eu não tenho outras palavras pra explicar o que eu tô sentindo agora. É simplesmente incrível!

— Ah, lá vem você. Ainda tá falando daqueles garotos de ontem? — você pergunta.

— Não só deles. Eu não falo só de meninos, S/N. Mas eu falo da beleza e do glamour daquela festa. Eu simplesmente amei e eu daria tudo pra viver tudo de novo. Eu nunca tinha estado num lugar assim antes.

— É, o evento realmente foi muito incrível. Eu também gostaria de experimentar outra vez — Stefan diz.

— E aquele táxi? Eu queria ter tido a sorte de poder testar ele. Mas como o mundo é injusto, no meio de tanta gente a sortuda pra andar naquele carro foi a metida da garota da fila — Lavínia diz, reclamando.

— É, foi sortuda mesmo — você afirma em um tom baixo.

— Por acaso você conhecia aquela garota, S/N? Como é mesmo o nome dela?

— Jennifer Elliot. Era esse o nome dela, certo? — Stefan pergunta.

— Hummmm, decorou o nome dela tão rápido, né Stefan?

— Er... é que eu decoro nomes fácil. Você sabe disso.

— Sei — ela fala dando um sorriso cerrando os olhos — Mas então, S/N? É esse o nome da biscate?

— É, esse sim. O nome dela é Jennifer Elliot mesmo. Digamos que eu conheço ela sim, mas não tive muito contato — você declara.

— Tá, e de onde você a conhece? — Stefan pergunta.

— Eu a conheço eventualmente. Mas nunca amigx.

— Você tá certx de não querer ter se tornado amigx dela. Ela é mimada e atrevida — Lavínia diz.

— Você também é atrevida. Então está nos dizendo que não é uma boa amiga? — Stefan pergunta.

— Eu não disse isso. Eu sou bem diferente daquelazinha. Eu posso ser atrevida, mas eu sou legal, não é?

— Eu não sei. Se você diz...

— Você é legal sim, Lavínia. Nem se compare com Jennifer — você diz enquanto olha para Lavínia fazendo um coração com as mãos.

Nesse momento, Patrick adentra a sala logo dando um bom dia à todos. As próximas quatro horas serão apenas para revisar o projeto, na qual é o painel solar. Felizmente ele está bem adiantada mas ainda requer algumas observações e possíveis alterações também. Tudo para ficar perfeito até o dia do festival.