Fanfic: Os órfãos de Nevinny | Tema: RPG, drama adolescente, mistérios
Após adentrar a escola sem entender absolutamente nada do que está acontecendo, você começa a percorrer os corredores da escola rumo à sua sala de aula. Durante o caminho, encontra uma dupla de alunos de mãos dadas que sobem a rampa indo para uma outra direção. Sendo assim, você decide aproximar-se deles e, sem hesitar, diz:
— Oi, bom dia.
— Bom dia — ambos respondem.
— O que tá acontecendo lá fora? Por que tem policiais e jornalistas parados aqui em frente?
— Você não sabe ainda? — a garota pergunta.
— De quê?
— Do roubo ao banco. Ele aconteceu ontem à noite. Você tá sabendo, né?
— Eu ouvi no rádio hoje — você responde.
— Então, há boatos de que existe alunos dessa escola que fizeram parte desse roubo. Inclusive até um funcionário da escola — ela declara.
— Não são boatos, amiga. É isso mesmo — o rapaz diz.
— Já confirmaram, é?
— Parece que são três alunos: um do terceiro ano F da manhã, e dois do terceiro ano C da tarde. Os funcionários são uma professora do primeiro ano A da tarde e um professor do segundo G da manhã, que inclusive é pai de um dos alunos envolvidos.
— Então é mais de um funcionário, é? — a garota pergunta.
— Sim — o jovem responde.
— Ótimo! Então quer dizer que estudamos na mesma escola de alunos e professores criminosos que todos os dias passam pela gente e nem fazíamos ideia disso? — você diz ironizando a situação.
— Não fazer ideia eu não sei se pode ser dito isso já que coisas aconteceram envolvendo o nome de um dos alunos — ele afirma.
— Tipo...
— Conta, amigo — diz a garota.
— Eu não tenho cem por cento de certeza já que isso trata-se de um boato, mas parece que um dos alunos já esteve envolvido no caso de uma vez que o sistema da escola foi invadido.
— Invadido? Quando foi isso? — você pergunta.
— Há dois anos, quando ele ainda 'tava no primeiro ano. Parece que as notas dele estavam muito baixas e também tinha muitas faltas. Então ele invadiu o sistema e mudou o boletim dele e todo o resto.
— Mas depois foi descoberto e expulso da escola. Mas por alguma razão ele conseguiu voltar e tá aqui até hoje como se nada tivesse acontecido — declara a garota.
— Então ele é um hacker? — você pergunta.
— É. E agora ele foi levado pra delegacia com um dos amigos comparsas e também os dois professores que parece que ainda vão ser levados. Eles foram com os rostos cobertos e tudo mais. Eu já ia até dizer pra minha amiga aqui — ele conclui — Foi um escândalo.
— Minha nossa! Choquei agora. Você tá sempre por dentro de tudo, né meu amor? Você arrasa!
— Sempre, querida.
Dito isso, os dois gargalhando erguem suas mãos para frente e as chocam uma contra a outra entre si fazendo um cumprimento de “high five” enquanto você apenas observa tudo, surpresx.
Então, logo a supervisora de turmas aparece e, expressando uma cara de quem comeu e não gostou, ordena para que vão para suas salas ameaçando-lhes com punições, na qual acabam por obedecer imediatamente.
⌚ 09:47 a.m.
Estando reunidos no refeitório na hora do intervalo, os alunos ali presentes parecem falar somente sobre um assunto. Na verdade não tem nem como focar em outros assuntos por mais aleatórios que eles fossem, pois não dá pra negar o que está acontecendo bem debaixo dos seus narizes com toda a situação envolvendo o nome, além de funcionários e estudantes da escola.
— Como isso pôde acontecer? Eu pensava que essa escola só tinha gente de bem — comenta Micaella com uma certa indignação.
— Eu tô em choque até agora — declara Rebekah.
— O que mais me deixa triste é que têm professores envolvidos nisso. Eles eram pra ser nossos exemplos e não destruir o futuro de jovens que poderiam ter um papel importante pro futuro — opina Allison.
— Verdade. Mas eles foram porque quiseram também. Foram uns idiotas — rebate Micaella.
— Meus amigos me contaram que um dos alunos envolvidos já foi expulso dessa escola quando invadiu os computadores da escola — Max fala.
— Eu também fiquei sabendo. Esse já no primeiro ano entrou causando e no último decidiu finalizar com chave de ouro — Cris diz.
— E vai cedo. Ir assim antes do ano terminar, ainda faltando menos de três meses. Isso foi uma grande mancada — Rebekah lamenta.
— Ele vai tarde isso sim. Ele, os outros alunos e os professores. Já pensaram se isso não viesse à tona e talvez juntos eles até fizessem mais vítimas, convencendo pessoas pra irem pro lado deles pra fazerem o trabalho sujo? — Micaella pontua.
— É, olhando por esse lado...
— Mas é claro que é bom. Se o cara já tem histórico de hacker, imagina o que ele poderia ter feito com qualquer um da escola. Olha a que ponto ele chegou: ele invadiu o sistema de segurança do banco!
— Isso é bem estranho também, não é? — Rebekah indaga.
— Estranho? Isso é assustador. Uma pessoa assim eu não quero nem perto de mim — declara Micaella.
— Não, não é sobre isso que eu tô falando. O que eu quero dizer é, se a gente parar pra pensar, talvez não tenha só esses professores e esses três alunos envolvidos.
— Por que você diz isso? — você pergunta.
— Olha, vocês não acham que parece fácil demais pra esses alunos e professores sozinhos roubarem um banco? — Rebekah questiona.
— Sabe que eu 'tava pensando a mesma coisa? — Max diz.
— O que tá passando pela sua cabeça? — Allison pergunta.
— O óbvio — Rebekah responde — Com certeza tem mais gente envolvida com eles. Pela minha intuição isso foi algo feito com estratégia.
— Mas é claro que foi feito com estratégia. Roubar um banco não parece ser fácil. Tem que ter planejamento — você fala.
— Não, S/N. Não é só isso. É porque eu não posso falar isso com convicção, mas....
Nesse momento, Rebekah interrompe sua fala e olha ao redor cuidadosamente como se tivesse algo a esconder que não queria que ninguém tomasse conhecimento. Feito isso, ela se aproxima mais da mesa onde estão sentados e com um tom de voz baixo ela diz quase sussurrando:
— Eu tenho quase certeza que pessoas com grandes poderes possam estar envolvidos em toda essa história.
Ao dizer, ela se afasta um pouco mais uma vez olhando para os lados.
— Você acha isso mesmo? — Micaella pergunta.
— Acho. Mas é como eu disse, não tenho certeza.
— Mas faz total sentido. E se for assim, pode ser que o apagão tenha sido parte do crime. Pode estar tudo ligado — Allison diz — O banco da cidade é seguro e a última vez que teve isso foi há bastante tempo. De lá pra cá as coisas melhoraram bastante. Então essa é uma suposição que não dá pra descartar, não é?
— Caramba, como eu não pensei nisso antes? — Cris fala.
— Eu pensei — Max diz, convencidx.
— Um apagão causado de propósito com uma possível participação de pessoas influentes? Isso tá ficando demais pra mim. Eu prefiro acreditar que pode ter sido pura coincidência — Micaella dispara.
— Isso tá parecendo história de filme — você comenta.
Não muito tempo depois, ainda durante o intervalo, uma chamada nos alto-falantes chama a atenção dos alunos que ainda cochicham e comentam sobre o novo assunto do momento.
— “Certo. Primeiramente bom dia a todos. Aqui quem vos fala é Meredith Glover, a governanta do Colégio Montreal. Como todos já sabem, na noite passada houveram dois acontecimentos que pegaram todos de surpresa, sendo um deles o mais absurdo na qual acabou envolvendo o nome de nossa instituição. Nós, funcionários do Colégio Montreal, tratamos nossos alunos com todo respeito e os vemos como parte de uma grande família na qual sentimos a necessidade de sermos transparentes convosco e assim tomamos a iniciativa de esclarecer a situação atual” — ela inicia.
— É agora — comenta Cris com os olhos atentos para os alto-falantes.
— “Com a participação de dois professores e três alunos no roubo do banco Khanterah, o conselho do colégio entrou em um consenso após uma reunião já realizada e foi oficializada a demissão dos educadores e a expulsão dos devidos estudantes. Todos já foram encaminhados para a delegacia para prestarem maiores esclarecimentos sobre o ocorrido, exceto dois dos acusados que não compareceram a escola no dia de hoje.”
— Esses são o pai e o filho — Max comenta.
— O quê? — Micaella pergunta.
— Os acusados que não compareceram a escola hoje. Um é o professor de Filosofia do segundo ano e o filho é do terceiro. Foram eles que não vieram hoje.
— Me admiro muito um professor de Filosofia que ensina sobre ética e moral estar envolvido em uma coisa como essa — Rebekah comenta.
— Pelo visto a ética e moral desse cara ficou só no papel — Cris profere.
— Os valores de alguém são deixados pra trás quando se quer algo bem valioso — você declara.
— É, concordo. Mas só não esquece que não pode generalizar também —Max avisa.
— Eu não tô generalizando. Foi só algo que passou pela minha mente agora — você diz.
— Cara, mas uma coisa é bem estranha nessa história — Cris fala.
— O quê? — pergunta Micaella.
— Essa coisa de pai e filho se juntarem pra um crime é bem surreal. Isso também não é comum. Não que eu esteja curtindo, mas achei bem diferente essa pegada pai e filho unidos pro mal — elx completa dando uma risadinha.
— Credo! Isso é bizarro demais! Desconstrói totalmente a imagem de aluno, professor e família de uma vez só — repreende Rebekah.
— A família da pesada — Cris brinca soltando uma gargalhada.
— Credo!
— “Há mais uma coisa...
— Escutem! Meredith vai falar ainda — diz Allison chamando a atenção.
— “...Devido à tensão que está ocorrendo pelo o que eu acabei de vos informar, decidimos que as aulas encerrarão mais cedo hoje. Por isso, logo após o intervalo autorizamos que todos os alunos deixem a instituição para que possam ir para sua residências” — ela comunica.
Os alunos no refeitório animam-se comemorando entre si a informação dada por Meredith, mas logo a algazarra é interrompida quando mais uma vez ela torna ao microfone para dar mais uma fala.
— “Por último e não menos importante: na hora de suas saídas pode ocorrer que alguns dos jornalistas que se encontram no lado exterior ocasionalmente os parem para adquirirem informações internas. Eu, Meredith, e todos nós, aconselhamos que, se caso ocorrer essa abordagem por parte de qualquer um deles, por favor não dêem entrevistas ou falem qualquer coisa sobre o assunto. Evitem ao máximo de cruzarem com um deles e de responderem quaisquer perguntas que fizerem. E, se assim não puder ser feito, desconversem ou digam que não têm autorização para falarem sobre o assunto. Esses profissionais não deixam passar nada em branco, são persistentes, então, fiquem atentos. Obrigada a todos por ouvirem e tenham um bom dia.”
Assim que Meredith finaliza sua fala, os alunos iniciam um burburinho comentando sobre suas palavras. Chega a ser engraçado como um assunto em comum poderia unir tanta gente de uma só vez fazendo-os confabularem e discutirem mesmo que não tenham trocado um “oi” na vida.
— Sabe, eu admiro os jornalistas. Eles trabalham duro, levam fora e até são processados e agredidos por N motivos, mas sempre estão ali, persistindo pelo trabalho deles — Max opina dando um gole de refrigerante.
— Já eu não. Eu não os suporto e não confio neles. Como a Meredith disse, eles são persistentes, muito persistentes — Micaella diz.
— E os de fofoca, então? — Cris fala dando uma risada.
— Pra mim aquilo não são jornalistas. São pessoas que cuidam da vida alheia — Allison fala.
— Ah, gente. Mas eles só estão fazendo o trabalho deles — Rebekah diz.
— Eu espero não encarar nenhum deles quando eu sair daqui. Nunca passei por esse tipo de coisa — você fala.
— A Micaella com certeza ia adorar ser entrevistada e ter uma câmera apontada diretamente pra ela — Cris brinca dando uma risadinha.
— Ah, por favor. Não me compare a Cynthia. Isso sim é coisa dela — Micaella fala.
— Agora vai dizer que isso não é verdade? Que não gostaria nem um pouco de ser o centro das atenções?
— Tá, não é que eu não goste também. Mas só não sou obcecada pra ter toda essa atenção. Não sou que nem umas e outras que insistem a todo custo conseguir isso — ela garante.
— Você tá falando da Cynthia — diz Max.
— Eu não citei nomes.
— Só sei que enquanto tem pessoas que estão na busca incansável por atenção e fama, outras detestariam estar numa situação dessas. Lavínia que o diga — Rebekah comenta.
— É. Lavínia odeia ser o foco da atenção — Allison fala.
— Depende. Desde que não haja garotos envolvidos — Micaella dispara.
— Ei, não fala assim da nossa amiga — diz Rebekah.
— Ué, mas não é verdade?
— Gente, enquanto vocês falam aí da Lavínia, me veio algo bem engraçado na cabeça que seria a cara dela — Cris fala, sorrindo.
— O quê? — pergunta Allison.
— Se ela 'tivesse aqui e algum repórter a abordasse eu saberia direitinho que resposta ela daria.
— Eu imagino também. Ela diria “O que vocês têm a ver com isso? Vão arrumar algo de bom pra fazer e me deixem em paz!” — Rebekah diz, gargalhando.
— Seria bem engraçado. Só ela sabe dar esse tipo de resposta no jeito dela de falar — Cris fala.
— Aliás, hoje já é mais um dia o segundo dia que ela não vem à escola. Será que aconteceu alguma coisa?
— Eu não tô sabendo de nada. A última vez que falei com ela foi há três dias — declara Micaella.
— Eu mandei algumas mensagens mas até agora ela não respondeu — diz Cris.
— Alguém sabe de algo ou conseguiu falar com ela? S/N?
Em um momento você até pensa em responder, mas por algum motivo talvez desconhecido resolve não falar nada.
— Talvez ela esteja doente ou coisa assim e ainda não 'tava disposta pra falar — Max deduz.
— É, pode ser — Allison fala.
O sinal da escola toca e os alunos ali presentes começam a se levantar apressadamente para poderem pegar suas e assim irem embora. Alguns bem felizes porque não teriam mais que assistir mais aulas, já outros um tanto preocupados por causa da fala de Meredith sobre encontrar os tais jornalistas no lado de fora da escola pedindo por informações sobre os professores e alunos envolvidos no caso do roubo. Alguns de seus colegas compartilham ambas das emoções, mas não há nada que poderia ser feito a não ser enfrentar totalmente a situação seja o que for que aconteça.
— Bom, chegou a hora. Lembrem-se do que Meredith falou — diz Allison se levantando da cadeira.
— Espero não encontrar com nenhum jornalista lá fora. Tenho medo de acabar não conseguindo escapar deles — Cris comenta, sorrindo.
— Assim esperamos — você fala.
— Que eu não consiga escapar deles? Que amigx você é.
— Não, que nós não esbarremos com eles.
— Eu vou no banheiro agora e encontro vocês depois, gente — avisa Micaella.
— Já vai se arrumar pra se preparar pra uma entrevista, Micaella? — Cris pergunta.
— Ai, me deixa em paz, Cris — ela diz saindo da presença do grupo.
— Eu adoro perturbar essa garota — Cris fala.
— Deu pra perceber. Você nem treme pra fazer isso — Allison brinca.
— Vamo' logo, gente. Vamo' aproveitar que a massa toda tá saindo e saimos com eles. Assim tem menos chances de sermos parados na rua — você sugere.
— É uma boa mesmo — Rebekah concorda.
— A gente se enfia no meio da galera e depois saímos de fininho — Allison diz.
— Que situação! Até parece que estamos fugindo dos “paparazzi” — Max ri.
— Quem dera fosse. Mas de todo jeito ainda acho que seria ruim — Cris fala.
⌚️ Minutos depois...
Depois que grande parte dos alunos já tinham ido embora, você, Allison e mais alguns seguem para a parada de ônibus ali perto. Felizmente, não experimentaram nenhuma abordagem de jornalistas. Talvez tenha sido porque o plano de andar em um número grande de pessoas juntas tenha dado certo.
Já estando dentro do transporte, Allison e você não encontram tanta dificuldade para pegarem assentos disponíveis para se sentarem. Então, acabam pegando dois posicionados lado a lado para ficar melhor de conversar enquanto não chega a hora de descerem em suas paradas.
— Nossa, que coisa doida nós passamos hoje! Como que a gente ia imaginar que durante o apagão 'tava acontecendo um roubo ao banco? — Allison pergunta aparentemente ainda sem acreditar no ocorrido.
— É! Essa foi uma noite bem sombria. Literalmente falando — você diz, concordando — As coisas aconteceram rápido de ontem pra hoje.
— Verdade. E isso é apenas o começo, eu acredito. Acho que essa história envolvendo o nome da nossa escola vai render por um bom tempo.
— Não é pra menos, né? O ruim é que agora vamos ficar com má fama. Mesmo que existam estudantes e funcionários da escola que não tiveram nada a ver com os culpados, o restante vai ficar com essa “visão” só por causa dos outros.
— Não queria acreditar nisso, mas acho que você tá certx — Allison diz.
— Aliás, você conhecia os professores e os alunos? — você pergunta.
— Talvez eu tenha visto a professora, mas o professor e os alunos, não — elx responde.
— Ainda bem. Se você os conhecesse ou tivesse qualquer tipo de vínculo, com certeza iria acabar se envolvendo sem querer na história.
— É verdade. Já tinha até me esquecido. Agora com alguns dos acusados já presos e outros ainda foragidos, eles devem ir atrás das pessoas que tinham algum relacionamento com eles. Vão investigar as famílias, outros professores e até os alunos da escola que estudavam com eles.
— É. Agora Montreal vai ser manchete de casos criminais. Até que eu gostei disso — você fala com um sorriso malicioso.
— Você enlouqueceu? Isso vai ser um horror. Não vamos mais ter paz — Allison diz, espantando-se.
— Ah, um pouco de polêmica é legal. Causa uma certa movimentação na história.
— Só você pra gostar dessas coisas.
— Eu sei. Meu gosto é peculiar mesmo — você ri.
— Então, você quer falar sobre ontem? Digo, gostou mesmo de onde eu moro? — Allison pergunta.
— É. Como eu te disse ontem: eu achei diferente e único. É um ótimo lugar — você diz.
— Sim. Se um dia você quiser ir outra vez, você será muito bem-vindx.
— Eu agradeço.
— A que horas você chegou em casa? Lívia brigou com você?
— Não. Na verdade ela nem viu eu chegar. Quando eu cheguei ela 'tava esparramada no sofá roncando. Ela não gostou muito quando eu disse isso — você diz dando um sorrisinho.
— Ainda bem que ela não viu. Quando você foi embora já estava se aproximando das dez horas, lembra?
— Sim. Mas a viagem não foi tão demorada. Eu até cochilei no metrô, porque quando cheguei na estação onde eu moro só tinha eu no vagão e acabei sendo acordadx pelo maquinista praticamente me expulsando de lá.
— Sério? Que situação. Queria ter visto essa cena.
— Pra quê? Pra rir de mim? — você diz dando um leve empurrão em Allison.
— Eu 'tô brincando com você. Mas também depois do tanto que você andou comigo lá no bairro, além da correria e o resto certamente você se cansaria.
— Pois é, me cansei mesmo. Sorte que eu consegui acordar hoje sem me atrasar pra ir pra escola, porque eu sempre uso o despertador do meu celular. Mas eu não sei o que aconteceu que não consigo encontrar ele de jeito nenhum. Já procurei em tudo quanto é quanto e...
— S/N — Allison lhe chama.
— O quê? — você pergunta.
— Você já esqueceu?
— De...?
— Você não tem mais celular, lembra? Você perdeu ontem lá.
— Mas lá aonde? — você pergunta sem entender.
— Naquele lugar. No bairro onde eu moro. Nós estávamos correndo e depois caímos. Já esqueceu?
— Eu não sei do que você tá falando — você diz com uma expressão nitidamente confusa.
Allison por sua vez fica lhe olhando com uma expressão com uma mistura de estranhamento ao franzir a testa e de alguém que está prestes a dar uma risada como se quisesse dizer: “Ah, para de fingir que você não lembra”.
O que acontece é que, pela sua reação realmente não faz ideia do que Allison está falando. Mesmo tentando lembrar do ocorrido em que elx afirma que você estava presente, não consegue lembrar. Simplesmente sua mente não consegue projetar as imagens pra interpretar aquela descrição. É como se aquilo nunca tivesse existido.
Autor(a): brenno.gregorio
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
“Eu nem sei por onde começar, mas aqui vou eu: Allison me contou uma história bem estranha no dia em que fiz a visita à Miríade. No ônibus, nós estávamos conversando sobre aquela noite até que eu mencionei algo que causou a estranheza na conversa. O meu celular que eu estava procurando pela manhã havia sumid ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 2
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white_giraffe Postado em 01/04/2023 - 18:28:04
Oi, também sou nova neste site que tentou publicar outras fanfics. Estou ansiosa para o próximo capítulo, espero que continue! ⁠✿
brenno.gregorio Postado em 01/04/2023 - 23:22:56
Oi! Obrigado por gostar da minha história, fico muito feliz. O capítulo 3 já vai estar disponível em instantes. Não perde, não! :)