Fanfic: Os órfãos de Nevinny | Tema: RPG, drama adolescente, mistérios

Nat: Bom dia S/N
Nat: Como vc está?
Nat: Já acordou pra batalha de mais um dia já que não tá luxando mais na mansão?

Você: Ha-ha que engraçado
Você: Mas é verdade
Você: Não tô nos meus aposentos reais luxando como vc disse
Você: Essa hora já estou na escola esperando as aulas de matemática chegarem
Você: São logo as primeiras

Nat: Nossa que saco hein
Nat: De manhã cedo e já tem que lidar com cálculos. Boa sorte

Você: Eu vou separar. Vai dar certo

Nat: A gente tem que se falar mais. Marcar de se encontrar
Nat: Já faz um tempo que não nos falamos

Você: É verdade
Você: Tem muita coisa acontecendo mas uma hora dá certo. Eu prometo

Nat: Eu vim te falar uma coisa tbm

Você: Oq?

Nat: Na noite passada parece que alguém esteve na mansão de seus pais

Você: O quê?! Vc viu quem era?

Nat: Não. Eu apenas vi algumas luzes acesas e umas movimentações
Nat: Eu observei tudo pela janela do meu quarto
Nat: Até pensei em chamar a polícia mas desisti quando vi o carro de alguém importante

Você: Alguém importante?
Você: Como assim? Explica mais
Você: Não reconheceu de quem era o carro?

Nat: Pior que não
Nat: E não consegui ver quem era
Nat: Quando eu fui ver a pessoa já estava dentro da casa

Você: Entendi

Nat: Bom, eu só vim te desejar bom dia e saber como está
Nat: Tenho que sair agora. Já tenho meus compromissos de hoje pra comparecer

Você: Tudo bem. Vai lá então 🙂

Nat: Até outra hora, S/N. Sempre é bom falar com vc. Bom dia 😚

Você: Bom dia Nat
Você Até a próxima
Você: E valeu por avisar

Nat: 🥰


Ao reler a última mensagem de Nat, você fica pensativx a respeito do que elx falara a respeito da suposta movimentação em sua antiga mansão em Atelis. Sua preocupação crescente começa a aflorar em sua mente e, misturado a pensamentos confusos, sem querer você deixa escapar um...

— Não acredito numa coisa dessa.

— O que foi, S/N? Tá tudo bem? — Cris pergunta.

— Nada não. Sobre o que vocês estavam falando?

— Nada demais. Só jogando papo fora, falando sobre as meninas. Elas tem um plano na cabeça de se vingarem de Tommy, vê se pode — Allison comenta.

— E temos mesmo. A gente não vai deixar ele se safar assim — Rebekah comenta.

— Muito bem. Esse cara não pode se safar de mais uma coisa que ele aprontou — você diz.

— Tô contigo, S/N — Cris fala — Mas, e aí? Vocês ja sabem o que vão fazer?

— Não muito — Rebekah fala — Bem, a gente 'tava pensando em fazer algo relacionado ao time de futebol dele, sabe? Como ele gosta muito de jogar, a gente pensou que talvez seria melhor ele...


Paralelamente, quando Rebekah já estava prestes a terminar de narrar o seu plano contra Tommy, suas atenções são tomadas quando notam que os estudantes olham — a maioria — para uma mesma direção. Não sabe-se se é por conta que de repente Tommy surge aos gritos atrás de um rapaz do segundo ano ou se é por conta de alguém que do nada surge em meio a multidão.

— Caramba, vocês estão vendo o que eu tô vendo? — Allison pergunta.

— Eu acho que sim. Mas quero saber de qual das duas coisas você tá falando — Cris fala.

— O quê que o Tommy tá fazendo ali? Ele tá puxando assunto com o Miguel? — Rebekah questiona.

— Não parece que é só puxando assunto. Isso vai dar em briga — você declara.

— Concordo — Max diz.


Não demorando, Miguel, que está sentado em uma das mesas do refeitório junto à outros rapazes, levanta-se rapidamente ao receber umas cutucadas de Tommy nos ombros. Logo os dois entram num bate-boca trocando farpas e provocações até que em questão de segundos ambos partem para a agressão com direitos a empurrões e diversos socos.

Entretanto, paralelamente à isso, uma garota passa bem no meio da confusão ao lado dos rapazes indo em direção a um certo ponto, porém, na ida, Tommy e Miguel acabam indo ao chão levando a garota também. Você e seus colegas decidem ir ao encontro dela para ajudá-la a levantar, mas se surpreendem ao vê-la sobressaindo empurrando os dois e logo em sequência empurrando Miguel e indo aos tapas para cima de Tommy, gritando:

— Seu idiota! Você não cansa de ser babaca sempre atrás de confusão? Eu volto pra escola e já dou de cara com uma coisa dessa e ainda mais vinda por cima de você?!

— Olha quem voltou! — você comenta.

— Vocês parecem dois animais selvagens. Um perigo pra sociedade — ela diz se levantando limpando o uniforme e recolhendo suas coisas.

Nesse momento, Meredith, acompanhada do diretor Pascualli chegam encerrando de vez a discussão.

— Senhorita Lavínia, pode deixar por nossa conta agora. Agora vocês dois rapazes, teremos que levá-los para a direção — Meredith ordena.

— Mas eu não fiz nada! Esse idiota que começou e partiu pra cima de mim — Miguel contesta.

— Você que é um idiota! E não foi eu quem começou tudo, foi você! — Tommy dispara mais uma vez partindo para cima de Miguel até que é impedido pelo diretor Pascualli.

— Não interessa quem iniciou o quê. O importante é que temos que resolver a situação. Vocês dois estão suspensos! Direto para a minha sala agora! — Pascualli ordena.

— Senhorita Lavínia, obrigada pela sua posição. Sabemos que não toleremos violência na nossa instituição mas acreditamos que fez isso por pura...

— Legítima defesa. Esses brutos caíram por cima de mim. Eu só fiz com que eles parassem de uma vez. Não tolero violência, mas nesse caso não tive como impedir, foi necessário — Lavínia declara.

— Eu entendo — Meredith fala — Bem, em questão à isso, não se preocupe, não acontecerá nada com você e não será passado nada à sua mãe, você já ficou tempo depois afastada, então te suspender não seria uma boa decisão acatarmos. Ande, pode ir para seus amigos.

— Obrigada, dona Meredith — ela fala logo saindo indo em suas direções.

— E quanto ao restante de vocês, acredito que não têm mais nada para olharem aqui. Vão direto para as suas salas imediatamente! Cuidaremos desses dois rapazes a partir de agora — Pascualli ordena.


E assim os alunos começam a se movimentar seguindo seus rumos enquanto que Meredith e o diretor Pascualli conduzem Miguel e Tommy para a diretoria. Em questão de segundos o refeitório vai esvaziando até que fica você e seus colegas e mais alguns outros estudantes para contemplarem Lavínia que milagrosamente está de volta à escola.

— Oi gente, bom dia.

— Lavínia, não tô acreditando que você tá aqui! Você voltou! — exclama Rebekah, animada.

— É, eu voltei pra estudar. Tenho um ano pra concluir — ela diz — Como vocês estão?

— Estamos bem. Melhores agora que você voltou — Allison fala — Mas por onde você esteve? O que aconteceu todos esses dias que você esteve fora?

— Ah, motivos pessoais. Depois eu explico com mais calma? Não interessa agora.

— Como não interessa? Você simplesmente sumiu da escola. Não 'tava respondendo nem as mensagens que o pessoal te mandava — você fala com uma certa indignação.

— Eu tenho meus motivos. Mas não precisam se preocupar porque depois eu conto pra vocês. Mas me contem, o que 'tava rolando ali? Por que aqueles dois idiotas 'tavam brigando? Vocês viram a surra que eu dei no Tommy? Confesso que eu 'tava querendo fazer aquilo há um bom tempo. Pena que não podia por medo de ser expulsa.

— Se a gente viu o que você fez? Você arrebentou com ele. Mandou muito bem — Cris comenta dando um empurrãozinho nos ombros de Lavínia.

— O motivo é um pouco complicado. Na verdade nem a gente entendeu o que foi que aconteceu — Allison fala.

— Talvez a gente só tenha uma ideia. Não é difícil de saber — você diz.

— Como assim? Do que você tá falando? — Lavínia pergunta.

— Eles vão poder te falar melhor. Depois eles te explicam.

— Entendi. Agora Rebekah? O que você ainda tá fazendo aqui? Quero dizer, pelo que eu sei você é super apaixonada pelo Tommy e pelo que eu te conheço uma hora dessas você já estaria lá na sala do diretor tentando defender seu namorado. Juro que eu não entendi essa — Lavínia diz com uma expressão confusa.

— Ah, isso eles também vão ter que te explicar depois — Max dispara.

— Depois. Depois. Por que que tudo é só depois? Vocês estão escondendo muita coisa, tem muito mistério e eu não gosto nada disso. Por que não me contam logo agora?

— Porque agora a gente tem que ir pra sala de aula. Pascualli já ordenou, então ficar aqui vai ser burrice e vamos ser todos suspensos com Tommy e Miguel. É isso que vocês querem? — Allison fala.

— Não, é claro que não. Vamos logo, galera — Cris se apronta.

— Tá, mas eu quero saber tudo explicadinho em detalhes — Lavínia diz.

— Depois a gente te conta — você fala.



Duas horas depois, na hora do intervalo você e seus colegas estão sentados em uma das mesas do refeitório para colocar a conversa em dia a respeito da volta repentina de Lavínia e também sobre questões que rodeiam a cabeça da mesma.


— Mas afinal, o que aconteceu com você, Lavínia? A gente ficou muito preocupado com você. Na hora da aula você só disse que foi por questões pessoais e não era pra se preocupar. Nós estamos aqui sozinhos, só nós de novo, seus amigos. Não precisa ter medo ou seja lá o que for que te impeça de contar, pode confiar na gente — Rebekah declara quase que implorando por uma resposta.

— Ah, eu já falei pra vocês que uma hora eu conto, mas não agora. Eu prometo que vou contar. Eu acabei de chegar, preciso me situar com a escola de novo, fiquei um tempo fora e eu preciso me reconectar — ela diz, convencida.

— Tá, a gente respeita seu tempo. Ainda é cedo pra contar. E também se não quiser contar você tá no seu direito. O importante é que voltou — Allison diz.

— Mas que nós ficamos preocupados, isso nós ficamos — você fala — Foi muito estranho você ter sumido assim do nada e não dar mais notícias. Acho que muita gente até pensou que você...

— Ai, não. Nem termine essa frase. Isso já é horrível. Eu tô aqui, não tô? Já pedi desculpas a vocês por eu ter sumido assim, mas eu precisei. Só quero que apreciem a minha volta — Lavínia fala, sorridente.

— Assim que se fala — Cris vibra.

— Mas falando em reconectar com a escola e agora que a gente tem mais tempo por causa do intervalo, eu quero que vocês me digam o que foi que eu perdi. Pra começar com a hora que eu cheguei. O que foi aquela palhaçada do Miguel e do Tommy brigando bem no meio de todo mundo? Eu juro que eu devia ter batido mais no Tommy por ele ter me derrubado. Devia ter batido no Miguel também. Eu fiquei com tanta raiva!

— Bom, a gente disse que não tem certeza absoluta do motivo, mas se for o que eu tô pensando tem a ver com um plano que o Tommy 'tava planejando — você diz.

— Plano?

— O Tommy 'tava querendo descobrir quem foi a pessoa que denunciou quando fomos no Super 8 e fomos pra delegacia naquela maravilhosa noite que nunca esqueceremos. Ele tem quase certeza que foi esse tal de Miguel com quem ele não se dá bem no time de futebol dele. Talvez ele tenha descoberto alguma coisa e foi tirar satisfação com o cara — Cris declara.

— Tá, mas justamente na hora que eu 'tava passando? — Lavínia pergunta, indignada.

— Eles não te viram ali, garota. Foi só isso — Max diz.

— Eu perguntei prx Cris — Lavínia dispara.

— Nossa, continua amarga — Max comenta virando os olhos.

— O que eu fiquei surpresx foi que estavam querendo fazer um plano incluindo meu pai pra fazer uma investigação, sem ele sequer ficar sabendo disso. Muito menos eu — Allison fala.

— Uma investigação pra ver quem foi o responsável por ter denunciado? Vocês acharam mesmo que o pai de Allison ia topar perder o tempo dele por causa do Tommy? — Lavínia pergunta, rindo.

— Foi só uma ideia que ele teve. Talvez pudesse funcionar — Rebekah comenta.

— E você concordou com isso, Rebekah? Me admiro muito você pensar que isso pudesse dar certo. Logo você que é tão inteligente.

— É, foi bobagem minha. Agora eu não quero mais saber de nada do Tommy. Ele que se vire agora.

— Rebekah e Tommy brigaram. Uma coisa que ninguém pensava que ia acontecer — Cris fala.

— Esse era outro ponto que eu queria chegar. Achei muito estranho Rebekah não ter corrido pra diretoria defender ele. Eu já esperava que isso fosse acontecer um dia. E saiba de uma coisa, amiga: isso foi um livramento pra você — Lavínia declara — Mas me contem, o que foi que aconteceu?

— No dia do jogo uma amiga de S/N mostrou uma foto de Micaella e Tommy se beijando. Ela só fez isso porque a competição 'empatada, então ela quis desestabilizar o time — Rebekah diz.

— Ela fez uma montagem com vocês dois?

— Pior que não. Você acredita que os dois safados se beijaram de verdade? Não foi nada fake! — Max dispara.

— Eu sabia. É claro que era isso. Nunca confiei na Micaella. Ela sempre agia estranho às vezes, principalmente quando o Tommy 'tava por perto. Pelo menos a surra que eu dei nele não foi em vão — Lavínia fala, convicta.

— Com certeza não foi — diz Rebekah.

— Ah, então é por isso que você não tá lá na sala do diretor dando uma de advogada dele. Por isso também que a Micaella não tá aqui com a gente.

— Eu só não quero ter contato com ele e nem me envolver em qualquer tipo de confusão por causa dele e de ninguém — declara Rebekah — E a Micaella não está lá com o Tommy, se é isso que você tá pensando.

— Não, e onde ela tá agora?

— Eu... não sei — Rebekah diz olhando para os lados.

— Mas antes que você diga mais alguma coisa, Lavínia, tem outra coisa por trás. Rebekah e Micaella estão armando um plano pra se vingarem de Tommy — você diz.

— Como assim? Por que a Micaella se vingaria dele? Era pra Rebekah se vingar dos dois — Lavínia exclama.

— A Micaella me disse que foi forcada a ficar com Tommy porque ela 'tava sendo chantageada por ele por causa de algum motivo que até agora ela não me contou. Na verdade quem teve essa ideia de vingança foi ela. Disse que seríamos justiçadas em razão do que o Tommy fez com a gente — Rebekah responde, cabisbaixa.

— E é claro que você não acreditou porque isso não tem lógica nenhuma, né?

— No começo eu não acreditei nada do que ela me disse, mas o jeito que ela me contou... ela parecia tão certa do que 'tava falando...

— Ah, eu não tô acreditando que você caiu nessa, Rebekah. Você não é idiota e nem tão cega a esse ponto! — Lavínia exclama.

— Mas a Micaella é minha amiga. Eu tive que acreditar nela!

— Amiga da onça você quis dizer. Aquela garota não é verdadeira, Rebekah. Ela sempre teve uma pisa estranha. Toda vez que eu chego perto dela eu me sinto que a qualquer momento ela tá prestes a dar bote. Você que nunca enxergou isso ou nunca quis enxergar. Foi idiotice sua acreditar nela, tanto que nem aqui ela tá.

— Você tá me chamando de idiota?! Você nunca em tratou assim antes. Eu quero que você me peça desculpas — Rebekah ordena.

— Quem tem que pedir desculpas aqui não sou eu. Eu só estou apenas dizendo a verdade. Não tenho culpa que você foi cega com o seu ex-namoradinho e também com aquela cobra naja.

— Chega. Eu me cansei de ouvir isso. Não sei quanto a vocês mas eu vou pra sala de aula — Rebekah diz levantando-se rapidamente e saindo.

— Espera, Rebekah. Ela não fez por mal — diz Cris.

Porém, ela não dá ouvidos e segue seu caminho atraindo olhares dos alunos em volta. Cris que estava prestes a trazê-la de volta para a turma apenas observa Rebekah se afastando cada vez mais enquanto que elx a observa.

— Tá satisfeita, agora? — Cris pergunta.

— Mas eu não fiz nada. Só falei a verdade. Mas eu sei que isso dói, não é? — Lavínia diz cruzando os braços.

— É, mentir você não mentiu. Mas acho que o jeito que você falou foi demais pra ela — você comenta.

— Que seja. Eu sempre alertei a Rebekah em relação aos dois e essa historinha da Micaella não me convenceu nadinha.

— Você tá parecendo com a Cynthia. Chegou só pra alfinetar e causar intriga — Max comenta.

— Mas eu não fiz intriga. Só quis saber o que 'tava acontecendo e aproveitei pra expor alguns fatos.

O sinal toca e os alunos começam a se dispersar indo em direção às salas.

— Hora da gente ir, galerinha! — Cris fala.

— Cadê o Stefan que ainda não apareceu. Será que ele já sabe que eu tô aqui? — Lavínia pergunta.

— Esse é outro que 'tava preocupado com você. Vivia perguntando se eu tinha notícias — você fala.

— Eu tenho que falar com ele. Tenho que dar alguma explicação.

— É, mas não agora. A gente precisa ir pra sala. Depois vocês marcam de se encontrarem e conversam — Allison diz.

— Tá, eu vou fazer isso — ela concorda.

— Então vamos pra sala ter que aguentar mais duas horas outra vez? — Cris questiona fazendo expressão de nojo pondo os dedos na boca.

— Vamos. Depois a gente se fala — diz Max dando um beijo em Allison logo saindo apressadamente para um lado enquanto vocês seguem para o outro.