Fanfic: Os órfãos de Nevinny | Tema: RPG, drama adolescente, mistérios

Reunidos novamente no refeitório da escola, você e seus colegas falam sobre vários assuntos. Porém, há um em que atualmente está ganhando destaque entre os estudantes e merece ser discutido.

— Ansiosos pra hoje? Hoje finalmente acontece a estreia da rádio da escola. Eu já tratei de pôr meu nome na minha lista com a minha música escolhida. Agora é só esperar pra ver o que acontece — Micaella diz, animada.

— Eu também coloquei meu nome lá. E gente, vocês não vão acreditar, a lista tá imensa demais. Tem vários nomes de vários alunos de diversas turmas. Se vocês não fizeram seus pedidos ainda, corram que ainda tem espaço lá — Rebekah avisa — Quer dizer, pelo menos na vez que eu fui, tinha.

— E quais músicas vocês escolheram? — Allison pergunta.

— Eu escolhi a música “Starlights” da Hazel Melanie. Eu amo essa música, então não pude deixar de escolher — Micaella responde.

— E eu escolhi “If you leave me now” da banda Chicago. Também não pude deixar de escolher música. Me traz bons momentos — Rebekah diz dando um meigo sorriso.

— Espera, o quê? Eu não acredito que você fez isso! — Micaella exclama.

— O que foi, Micaella? O que a Rebekah fez? — você pergunta sem entender.

— A Rebekah escolheu a música de quando ela e o Tommy se conheceram, S/N! Foi isso que ela fez.

— O quê?! — você diz dando uma gargalhada.

— Micaella! — Rebekah exclama.

— Agora eu entendo porque a música te traz bons momentos — Cris comenta com um sorriso malicioso.

— Eu não acredito nisso. Você ainda tá apaixonada por esse garoto, Rebekah? Você precisa esquecer ele e rápido — Max avisa.

— Não, não é nada disso, gente — fala Rebekah — Eu só não sabia que música escolher e, por um acaso, essa começou a martelar na minha cabeça e então eu escolhi, foi isso.

— Aham, sei — Cris comenta outra vez.

— É sério! Tommy e eu não temos mais nada a ver. Acabou! Tudo o que a gente tinha pra viver, e o que não tinha também já deu, já foi. Eu não sinto mais nenhuma paixão por ele — Rebekah garante.

— Você e Tommy talvez não, mas... acho que com aqueles dois a coisa tá meio diferente — Allison diz apontando com a cabeça em uma certa direção.

— Como assim? De quem você tá falando? — Micaella questiona franzindo a testa logo mirando para a direção apontada.

Você e os outros também olham procurando saber do que se trata e, ao conduzirem seus olhares para onde Allison mostra, veem uma cena digamos surpreendente e inesperada pegando alguns dos alunos de surpresa.

— Ai, meu pai! Não acredito que isso tá acontecendo — Micaella exclama, boquiaberta.

— Muito menos eu! — Lavínia dispara.

— Era só o que me faltava — diz Max.

— É isso mesmo que estamos vendo? O Stefan e a Cynthia voltaram? O casal épico? — Rebekah questiona, surpresa.

— Bem, parece que sim. Olha só como eles estão. Aos beijos e tudo — diz Allison.

— Será que agora vai, hein? — Cris pergunta.

— Tomara que sim. Eles fazem um casal bonito — Rebekah declara.

— Verdade — Allison concorda.

— Quem não vai gostar nada disso é o Felipe que gosta da Cynthia. O coitado vive falando dela, sempre elogiando e tudo, mas a garota nunca deu tanta bola pra ele — você pontua.

— Eu não odeio a Cynthia, mas nunca vou perdoar ela por fazer isso com o nosso amigo — Rebekah afirma.

— Então é isso. Viva ao antigo novo casal do momento. Espero que eles vinguem esse relacionamento dessa vez — Allison diz erguendo seu copo de suco enquanto cruza os dedos.

E realmente os comentários fazem sentido.

Sem mais nem menos, Stefan e Cynthia surgem em um dos corredores, de mãos dadas dando uns selinhos, sorridentes e felizes da vida passando por todas as mesas do refeitório. Imagine uma cena de final de casamento, onde os noivos saem felizes, de mãos dadas, onde os convidados vão jogando arroz sobre os dois. A cena aqui é praticamente a mesma, com exceção do arroz, é claro.

— Mas como foi que isso aconteceu? Quando? — pergunta Lavínia, incomodada.

— Vai saber. Mas é estranho. Stefan sempre deixou claro que eles jamais voltariam — Cris comenta.

— É verdade. Pelo que eu sei ele disse isso mesmo. Não tinha a menor esperança que isso pudesse acontecer de novo. Agora ela... nunca desistiu — você diz.

— Essa nunca negou que ainda é apaixonada por ele. Tentou fazer a linha “superei, tô solteira, pode vir”, mas todo sempre soube com quem ela realmente queria ficar — Max profere.

— Tá, mas agora vamos mudar de assunto porque Stefan tá vindo pra cá — Allison avisa ao ver o rapaz vindo em suas direções, desacompanhado.

— Oi, pessoal! Bom dia.

— Oi, Stefan. Tudo bem? — Rebekah pergunta.

— Bom dia, Stefan — você diz.

— Tudo bem sim, Rebekah, obrigado. Acho que na verdade eu tô ótimo — ele diz dando um sorriso logo sentando-se à mesa.

— Até parece que não tá, né? Nós estávamos te vendo daqui, sorrindo que é uma beleza — Lavínia fala com uma expressão bem brava.

— Que surpresa é essa você tá aqui com a gente? Você nunca faz isso — fala Micaella.

— É, hoje é um dia diferente. Coisas aconteceram nesses últimos dias, tomei decisões que me fizeram pensar e repensar um pouco, e acho que eu fiz certo porque eu tô me sentindo bem feliz — Stefan declara, confiante.

— Tá feliz agora. Quero ver depois. Aliás, você tá bem mesmo ou tá delirando? — Lavínia pergunta.

— Desculpa, o quê?

— É. Você tá com a Cynthia de novo, então acredito que essa felicidade toda não vai durar porque...

Nesse exato momento, Rebekah rapidamente põe a mão sobre a boca de Lavínia e, dando um sorrisinho embaraçado, diz:

— Não, não liga pra ela, Stefan. Às vezes a Lavínia não sabe o que diz.

— Eu sei. Conheço muito bem o jeito dela — ele diz — Mas sim, é verdade. Cynthia e eu voltamos. Decidimos nos dar mais uma chance.

— Mas eu achei que você nunca mais voltaria pra ela. Pelo menos foi o que você disse — você fala.

— É, eu falei mesmo. Mas como eu disse: coisas aconteceram. Não sei, desde que a Lavínia sumiu eu fiquei um pouco mudado, preocupado. Um vazio começou a tomar conta de mim, comecei a sentir muita falta dela. Lavínia era como uma irmã pra mim e Cynthia era uma das poucas pessoas que me apoiavam, dizendo pra eu não se preocupar e que em algum lugar ela poderia estar bem e que logo ela ia voltar — ele explica — Nisso, acabamos nos aproximando de novo, até que um certo dia acabou acontecendo um beijo entre nós e estamos juntos outra vez agora.

— Nossa, que lindo isso! — Rebekah exclama.

— Então quer dizer que a razão pra você ter voltado pra ela foi culpa minha? Como assim eu era como uma irmã pra você? Eu ainda tô aqui. Eu já tô de volta. Se separa da Cynthia agora! — Lavínia ordena.

— Me desculpa, Lavínia. Eu tenho que pensar em mim agora. É meio difícil, quase impossível ficar com a mente em paz sabendo que sua melhor amiga sumiu assim do nada — Stefan conclui.

— Mas eu já tô aqui. A gente já conversou sobre isso. Eu já te expliquei o que rolou. Se afasta dessa garota. Ela vai te machucar outra vez.

— Deixe comigo, Lavínia. Eu sei me cuidar — Stefan diz — Mas mudando de assunto, eu preciso ir agora, então eu peço licença a vocês, pois preciso encontrar com meus amigos. A Cynthia foi pra rádio agora. Ela disse que vai fazer um enunciado — diz Stefan.

— Ok, vai lá. E vê se aparece mais vezes pra sentar aqui com a gente. Novidades de vez em quando são bem-vindas — diz Rebekah.

— Pode deixar — ele diz logo retirando-se.

— Mas Stefan... — Lavínia fala olhando para o amigo que cada vez mais se distancia — Vocês viram o que acabou de acontecer? Isso não pode estar acontecendo. Aquela garota vai acabar com ele.

— Calma, amiga. Depois vocês vão conversar. Você tá querendo proteger o seu amigo e isso é fato, é lindo de ver. Mas deixa isso pra outra hora — Rebekah aconselha.

— Como eu vou ter calma? Como que o Stefan pôde fazer isso?!

— Acalma, Lavinia. Isso também não é coisa de outro mundo, né? — você comenta.

— “Bom dia, alunos do Colégio Montreal. Aqui quem vos fala é a Cynthia e, como prometido, vim inaugurar oficialmente a rádio da escola já com um pedido. Mas, antes eu quero agradecer pelos vários pedidos de músicas que vocês fizeram e obrigada por acreditarem no nosso trabalho na qual tenho certeza que será bem promissor. Agradeço também pelas mensagens de apoio que estou recebendo por causa da volta do meu namoro com Stefan. Sim, é isso mesmo. Quem não estava sabendo, agora já está, e quero que fique bem claro que agora ele já tem dona outra vez. Eu te amo, Stefanzinho” — diz Cynthia no microfone gerando um novo burburinho entre os estudantes — Agora, sem mais interrupções, acabamos de fazer um sorteio e devo-lhes anunciar que a música escolhida foi...”

— Será que é a nossa, Micaella? — Rebekah pergunta, nervosa.

— Eu espero — MIcaella declara.

— “A primeira música escolhida pra tocar na nossa rádio foi “Thunder” da banda Imagine Dragons. Essa é uma boa escolha, hein? Esse foi um pedido do aluno Javier Koleska do terceiro ano G. Parabéns, Javier, você tem um bom gosto. Agora eu vou apertar o play e quero que aproveitem a música. Ah, e continuem mandando mais sugestões. Infelizmente a lista da manhã já está totalmente preenchida, então terão que esperar pela próxima. Quem sabe a sua música favorita possa tocar aqui? Eu sou Cynthia Delano e desejo a todos vocês um bom dia e boas aulas.”

Os alunos começam a ovacionar, aplaudindo fortemente o anúncio de Cynthia.

Após o anúncio ser feito, a música acabara de começar a tocar mais uma vez arrancando ovações dos estudantes.

— Agora é real! Nós temos uma rádio no colégio, gente! — Micaella exclama, entusiasmada.

— Isso não é demais? — diz Rebekah.

— Foi uma pena nenhuma de nossas músicas ser a primeira escolhida. Eu queria ver meu nome sendo anunciado no microfone pra todo mundo ouvir.

— Calma, meninas! Ainda vai ter mais vezes. Aliás, com essa história me deu até vontade de fazer um pedido — anuncia Cris.

— Agora vai ter que esperar porque a lista de hoje já foi preenchida — você diz.

— Eu sei. Mas quando eu for, vou escolher uma música bem daora. Um rock clássico bem pesado vai ser perfeito. Quero ver todo mundo nessa escola curtindo meu som.

— Lá vai você — diz Rebekah revirando os olhos — Por favor, tenta não escolher nada muito barulhento. Nós conhecemos suas músicas de motoqueiros da pesada e sabemos que elas não são tão apreciáveis de ouvir. Não fica chateadx, mas é a verdade.

— Isso se chama heavy metal, mas vocês não estão preparados pra essa conversa.

— Engraçado isso. Olhando você assim por fora, tão simpáticx e desinibidx nem parece que gosta desse tipo de música — você comenta.

— Ih, tá me julgando pela aparência agora, S/N? Não esperava isso de você — Cris fala franzindo as sombracelhas.

— Não, não é isso. É só que... sei lá. Parece algo inesperado. Talvez quem tiver contato com você uma única vez possa não perceber o seu estilo. Foi isso que eu quis dizer.

— Ah, entendi. Se é isso eu te perdoo.

— Os alunos que vão ter que te perdoar quando eles ouvirem essas músicas que você gosta — Lavínia brinca.

— Ah, é? Vocês vão ver quando eles estiverem subindo em cima das mesas fazendo o movimento da guitarra invísivel. Quero ver se vão continuar com a mesma opinião.

— Tá, bom. Não tá mais aqui quem falou.

— Por favor, vocês querem mudar de assunto e apreciarem a música? — Allisson fala.

— Ótimo. É melhor a gente falar sobre outra coisa mesmo. Esse assunto já tá ficando chato — Micaella diz fazendo o grupo ficar em um breve silêncio.


⌚️ Horas depois na saída da escola...


— Então como vai ser? Vocês já têm tudo preparado? Vai mesmo ser hoje à noite? — Lavínia pergunta, ansiosa.

— Eu acredito que sim. Estamos quase no fim de semana, hoje tem uma boa movimentação no Super 8. As pessoas não vão ficar com foco na gente — Allison diz.

— Mas o quê de fato a gente vai investigar? A gente não sabe nada. Não seria melhor a gente ir logo pro prédio onde S/N mora, onde vocês disseram que viram uma passagem secreta ou pro lugar onde vocês disseram que iam investigar?

— A gente não disse que vimos, foi eu que vi. Sabe, a Lavínia tá certa. Seria melhor a gente começar por onde a gente já sabe o que tem, onde a gente já conhece — você diz.

— Ótimo, vamos pro seu prédio então. Assim eu já conheço onde você mora, vejo a sua irmã outra vez. Aliás, como ela tá?

— Ela tá bem. Mas, não. É melhor não começar a investigação onde eu moro — você diz com um certo receio.

— Por que não? — pergunta Lavínia.

Você pensa numa resposta para dar à Lavínia, mas a primeira que vem em sua mente é sobre a proibição de Lívia de ter lhe ordenado que ficasse longe de Lavínia e Allison devido a desconfiança que de repente ela passou a obter. Sendo assim, você acha melhor não dizer o real motivo de não poderem visitar o prédio em que mora e tudo que consegue dizer é...

— Não vai dar pra começar a investigação por lá. A parte secreta que eu vi agora tá fechada. Parece que vão mesmo construir alguma lá. Sinto muito, mas a gente vai ter que escolher outra opção.

— Por que você não disse isso antes? — Allison pergunta.

— Eu esqueci.

— Bom, se é assim...

— O único lugar que restou pra começar a investigar vai ser justamente esse que você disse que ia deixar pra depois. Ótimo. Assim já mata minha curiosidade pra saber onde é esse lugar misterioso de vocês — Lavínia fala, animada.

— É o jeito — Allison comenta.

— Lavínia, por acaso você já visitou Miríade antes? — você pergunta.

— Não — ela responde dando uma breve pausa logo depois arregalando os olhos — Espera, esse é o lugar que vocês 'tavam falando?

— É, pode-se dizer que sim — Allison fala balançando os ombros.

— Não acredito. Eu vou visitar o bairro de Miríade? Tão temido pelos outros moradores?! — ela exclama.

— Vai, Lavínia. Vamos nós três. Vamos ver o que a gente consegue descobrir por lá — você diz.