Fanfic: Os órfãos de Nevinny | Tema: RPG, drama adolescente, mistérios

Na escola, logo cedo de manhã, você chama Lavínia para um banco no jardim a fim de fazê-la perguntas na qual você estava muito querendo saber. Trata-se de uma pessoa na qual vocês tem conhecimento em comum, mas suas dúvidas parecem querer que você se aprofunde mais a respeito dela.

— Então, o que você quer saber sobre a Mirella? Por que esse fascínio todo assim de repente por ela? — Lavínia pergunta, desconfiada e curiosa.

— Não é um fascínio. É só um curiosidade. Eu só não sabia que você e uma outra amiga que eu tenho têm a mesa enfermeira. Eu conheci ela uma vez, nos vemos acho que duas, então eu tô querendo saber mais sobre ela. Vai que eu precise dela. Seria mais fácil pra algumas coisas tendo mais amigos em comum — você diz sem gaguejar.

— Sei — Lavínia diz dando uma breve pausa — Bom, a Mirella eu conheci por acaso. Ela é auxiliar do doutor Renato. Me ajudou bastante do meu processo...enfim, você sabe. E continua me ajudando.

— Continua ajudando? Então vocês ainda estão se encontrando ou mantendo contato?

— É. A última vez que a gente se falou foi... deixa eu ver, ontem?

— Estranho — você diz.

— Por quê? — ela pergunta.

— Onde é mesmo a clínica que ela trabalha? Não é tão longe aqui da escola, não é?

— Não, não é. Fica perto.

— Eu vou pedir pra você me dar o endereço. Talvez eu precise, então é melhor se consultar com quem já é conhecido — você afirma.

— Tá, eu vou mandar pra você.

Nesse momento, Lavínia pega o celular e começa a digitar no aparelho. Eu vou perguntar pra Mirella o nome da avenida. Eu acabei esquecendo. É a primeira vez que eu vou nessa clínica.

— A avenida fica no bairro que você mora e você não sabe o nome?

— Ora, eu esqueci. Não sou de ficar decorando nome de ruas.

— Entendi — você fala.

— Pronto. Já mandei a mensagem pra Mirella. Agora só esperar ela responder. Talvez demore porque só enviou um certinho de enviado.

— Um certinho?

— É. Ela deve estar sem internet.

— É, deve ser — você diz, pensativx — Vocês são muito amigas? Sabe onde ela mora?

— Não, S/N! Por que eu saberia onde ela mora? A nossa relação é apenas profissional. Ela me consultou e pronto. Não tô entendendo onde você tá querendo chegar. Isso tá parecendo mais um interrogatório.

— Tá bom, foi mal. Eu só me empolguei.

— Isso tá muito esquisito. Por que essa fixação de repente por Mirella? Você já tá me perguntando onde ela mora! — ela exclama.

— Já disse que não é nada. Para de se preocupar! Vê se ela respondeu sua mensagem, por favor.

Ela verifica rapidamente e diz:

— Ainda não. Só um tracinho por enquanto. Mas quando ela responder eu te falo ou então se tem muita pressa é só pesquisar na internet. É Clínica Geenes o nome de lá.

— Certo. Assim fica mais fácil. Eu vou pesquisar depois — você diz.

— E então, S/N, mudando de assunto, quando será que a gente vai poder ir lá no bairro de Miríade de novo? Eu fiquei tão curiosa em saber o que se esconde depois daquele túnel gigante.

— Allison já disse antes que estão fazendo alguma coisa lá no bairro, não lembra? A gente só precisa de um sinal de autorização, mas isso só quando tudo tiver certo.

— Eu sei, é claro que eu não esqueci, mas eu queria tanto ir lá — ela diz torcendo os lábios.

Nisso, alguém se aproxima em passos pequenos bem sorridente. É Stefan que vem falar com vocês.

— Bom dia — ele diz.

— Ahh, olha quem apareceu. Resolveu dar notícias? — você diz.

— Oi, S/N. Como vai?

— Eu tô bem. E você?

— Muito bem, obrigado.

— Tá bem mesmo. Tá tão sorridente. Isso é porque a Cynthia não tá com você? Por que ela não tá aqui agora já que vocês sempre andam tão grudadinhos?

— Não começa, Lavínia. As coisas não são bem assim. Deixa desses ciúmes bobos — ele ri.

— Quem que tá com ciúmes aqui? E para de rir. Não tô achando graça nenhuma — ela diz, irritando-se.

— Vocês deveriam ser irmãos — você comenta, sorrindo.

— Ah, S/N, antes que eu me esqueça. Me pediram pra te entregar isso — Stefan fala retirando um pequeno papel de seu bolso — A senhorita Meredith disse que chegou hoje na escola e ela mesma ia te entregar, mas parece que surgiu alguma voisa urgente pra ela fazer, então ela me viu, e, como ela gosta de mim me pediu pra que eu te entregasse.

Você recebe o papel das mãos de Stefan analisando-o minuciosamente.

— Quem me mandou isso? — você pergunta.

— Eu não sei. Ela apenas me pediu pra te entregar. Também não perguntei porque.. você sabe, né? Seria mal educado de minha parte.

— Hummm, quer dizer que você tá tão íntimo assim da Meredith pra ela ficar pedindo coisas pra você, é? — Lavínia pergunta, desconfiada.

Não perdendo tempo, você já abre o pequeno envelope e começa a ler o que está escrito:


"Prezado(a) senhor(a) Montenegro, agradeço que aceitou a sua presença mediante convite que foi preparado para vossa senhoria.

Mal vejo a hora do nosso encontro amanhã."

— E então, o que é? — Lavínia pergunta, curiosa.

— É um carta de agradecimento por eu ter aceitado um convite de um jantar da minha irmã. Nada demais — você fala.

— Hum, que chique. Um mini cartão de agradecimento assim deve ser um evento vem renomado — Stefan comenta.

— Com certeza — Lavínia afirma.

— Acho que sim. Se eu pudesse eu levaria vocês comigo, assim a gente ia fazer igual no evento do Purple Vision. Mas isso é coisa da minha irmã. Ela disse que só pode levar uma pessoa como convidado, então...

— Sem problemas. Mas a gente ia adorar se tivesse um evento como aquele de novo.

— Seria legal, mas talvez fique pra uma próxima — você diz.

— É, pode ser. Mas tem uma coisa: parando aqui pra analisar tem alguma coisa que não tá fazendo sentido — Stefan dispara.

— O quê? — Lavínia pergunta.

— Como esse cartão chegou no endereço da escola? Tipo, você leu o conteúdo do cartão e ficou claro que é sobre um agradecimento por você ter aceitado ir pro jantar com sua irmã.

— Sim — você concorda.

— Mas como que esse cartão chegou até você? Como quea pessoa que fez o convite pra sua irmã mandou esse cartão com o endereço destino à escola?

— Ué, pelo jeito mais óbvio. A irmã de S/N deu o endereço? Ela sabe onde S/N estuda, né? — Lavínia diz batendo com a mão sobre a testa.

— Sim, mas... por que não mandaram isso pra casa de S/N ou a própria Lívia não entregou à S/N quando chegasse em casa?

— Ai, Stefan, você tá fazendo perguntas demais. Onde você tá querendo chegar?

— Pensem. Isso não faz muito sentido, não é?

— Pensando bem você tem razão. Vocês acham que eu pergunto à Meredith quem foi que deixou isso?

— Mas é claro — Lavínia exclama.

— Tá bom. Eu pergunto — você diz.

— Agora vamos pra aula? Ainda temos a manhã inteira pra estudar e um baile de inverno pra se preocupar. Cynthia daqui a pouco vai precisar de mim, então não posso me atrasar — Stefan fala.

— Você virou cachorrinho dela outra vez. Não te falo mais nada.

— Eu não virei cachorrinho dela. Eu sei me cuidar muito bem, obrigado. Agora será que podemos ir?

— Calma, não vão discutir agora por causa de besteira. Lavínia, deixa de ciúmes. Aceita logo essa volta de namoro do Stefan com a Cynthia que vai ficar tudo bem. Agora, vamos? — você diz empurrando Lavínia pelas costas direcionando-a para irem para suas salas.

— Eu não tô com ciúmes do Stefan e não vou acostumar nunca com essa ideia idiota que ele teve de voltar pra aquela lambisgóia azeda — ela afirma.

Você e Stefan riem da fala de Lavínia e assim, continuando em tom de humor, finalmente seguem para suas salas e assim começarem a manhã de aulas.