Fanfic: Os órfãos de Nevinny | Tema: RPG, drama adolescente, mistérios

Após um certo tempo depois do jantar ter sido servido e também após muita conversa, o senhor Feng — um dos tais homens sob à mesa — decide dar sua fala de encerramento do evento que, até então, para você, estava sendo uma eternidade de chatice...

— Este foi um belo jantar. Fico feliz que acertamos tudo e nossa proposta te interessou, senhorita Lívia. A partir de hoje você será a modelo e garota propaganda de nossa empresa. Meus parabéns.

— Muito obrigada por vocês terem depositado essa confiança. Nossa, eu fico muito grata. Garanto que escondi essa notícia muito bem, de todos, inclusive até de S/N eu escondi — Lívia fala.

— É verdade. Eu não 'tava sabendo de nada. Ela não me deu nenhuma pista sequer — você diz.

— Vejo que é uma ótima profissional então. Fez exatamente como a gente pediu. Apreciamos essa qualidade de sigilo no meio profissional.

— Agora tá explicado porque ela ficava me pedindo pra arranjar produtos de beleza no meio da noite.

— Me desculpa, S/N. Mas sim, era pra isso que eu pedia você todas aquelas coisas.

— E funcionou muito bem — o homem afirma dando um sorriso enquanto pisca o olho para sua irmã.

— Não tenho dúvidas — Lívia diz enquanto passa a mão nos cabelos.

— Se vocês me dão licença, eu vou a toilette agora, mas daqui a pouco tô de volta — você diz logo levantando-se da mesa.

— Tudo bem, S/N. Vê se não me deixa aqui sozinha muito tempo.

— Eu não vou. É rápido.

— Tudo bem. Vai logo. Você está tão lindx.

Você retribui o comentário de Lívia com um sorriso, logo saindo.

⌚ Minutos depois...

Passado um tempo andando pelo enorme hotel, enfim chega ao banheiro. A jornada teria sido mais curta se não tivesse sido tomadx pela curiosidade e andado por outros locais a fim de conhecer cada centímetro da região.

Encostadx na pia em frente a um luxuoso espelho, a primeira coisa que faz é pegar seu celular e ver alguma notícia ou qualquer outra coisa que lhe faça se distrair e esquecer um pouco aquele maçante jantar.

Lavínia: Eai, S/N? Vc vai querer que eu fale com a Mirella pra poder marcar alguma consulta com o doutor Renato?

Você: Não precisa

Você: Vou falar com Lívia primeiro depois ela me diz o que acha 

Você: Mas eu agradeço por ter me passado o nome da clínica 

Você: Já ajuda bastante 

Lavínia: Tô te enviando agora o contato dela

Lavínia: Acho que ela não vai se importar 

Lavínia: Você é cliente, né?

Lavínia: Não tem problema 

Você: Perfeito 

Você: Assim fica mais fácil de falar diretamente com ela ☺️

Lavínia: E como tá aí no jantar?

Lavínia: Deve ser tudo um luxo não é?

Você: É tudo muito bonito 

Você: Eu tive que sair agora 

Você: N tava mais aguentando aquele jantar 

Você: Fui respirar um pouco 

Lavínia: Não acredito 😮

Lavínia: Eu faria qqer coisa pra tá aí 

Lavínia: Mas com um jantar pra adultos deve ser chato mesmo 🤮

Em meio à conversa, chegam várias notificações de Lívia lhe mandando mensagens, dizendo:

Lívia: S/N, onde vc tá?

Lívia: Preciso que vc volte agora

Livia: o senhor Feng tá pedindo sua presença 

Lívia: Ele falou que tá chegando a hora da minha conversa com um grande investidor que quer me conhecer 

Você: Investidor? Mas eu tenho que ir?

Lívia: Deixa de perguntas e vem logo pra cá 

Lívia: Eu preciso de vc aqui comigo

E, de volta à conversa com Lavínia você avisa:

Você: Lavínia eu preciso ir

Você: Lívia tá me chamando pra uma conversa com um investidor

Você: Ela faz questão que eu vá 

Lavínia: Uma conversa com um investidor?

Lavínia: Esse jantar ta sendo melhor do que eu imaginava

Lavínia: Mas tudo bem. Vai lá 

Você: Eu só quero que essa noite acabe logo 😵

Sendo assim, momentos depois já de volta ao jantar, o senhor Feng chama você e Lívia para um canto mais afastado e diz:

— Eu agradeço demais a presença de vocês neste jantar esta noite, mas eu preciso te antecipar que tem mais um estágio antes de terminarmos essa noite. Lívia, tem um investidor nosso muito importante pros nossos negócios e ele quer muito te conhecer e falar pessoalmente com você. Não vou nem perguntar se você aceita ter essa conversa hoje, porque convenhamos, não ia pegar bem, né? — Feng finaliza dando uma curta risada.

— Não se preocupe, senhor Feng. É claro que eu vou. Como que eu vou recusar a falar com um homem importante desse? Onde que ele tá?

— Ele está esperando numa sala reservada. A senhorita gostaria de me acompanhar agora? — ele pergunta.

— Calma, calma. Eu sei que me olhei demais no espelho, mua nunca é demais, né? Espera aí.

E então, Lívia posiciona um espelho bem em frente do seu rosto e começa a se arrumar apressadamente olhando cada detalhe.

— Pronto, eu já tô pronta — ela diz  — Tô preparada pra me encontrar com esse investidor.

— A senhorita está belíssima — Feng afirma.

— Muito obrigada.

— Então podemos ir? — Feng pergunta.

— Vamos.

E assim vocês iniciam a andança caminhando novamente pelos luxuosos corredores do hotel. Porém o percurso não é demoradoà medida que finamente chegam num largo e extenso corredor com um tapete vermelho estendidos sobre o chão.

— É esse o endereço. O investidor está esperando na terceira porta do lado direito — o senhor Feng diz.

— E você não vai levar a gente até lá? — sua irmã pergunta.

— Não. Ele me exigiu que vos deixasse até aqui.

— Que coisa doida. E qual o nome dele? — você pergunta.

— Eu gostaria de poder dizer para você, mas ele me pediu que isso seja confidencial até o momento que ele autorizar.

— Tá, tudo bem. Vamos, S/N. Não vejo a hora de conhecer o patrão que tá por detrás de tudo isso.

Assim que começam a andar em direção à dita sala, o senhor Feng de imediato se retira. Você e Lívia, enfim, chegam na porta da sala e, assim, sua irmã, após dar umas batidas, não ouvindo a resposta de ninguém, então, decide entrar.

— O que é isso? — pergunta Lívia.

— Eu acho que nosso amigo Feng errou de sala. Não tem ninguém aqui — você diz olhando em volta.

— Errado! Há alguém aqui nessa sala — diz uma voz ecoando não tão distante.

— Quem disse isso? Cadê as luzes desse lugar? Por que elas estão apagadas?— Lívia questiona.

— Eu esperei por dias que esse momento chegasse e não teria oportunidade melhor que essa pra assim fazê-lo.

— Espera. Essa voz... Eu conheço essa voz — você dispara.

— Ora, ora, Lívia. Pode ser que eu não seja quem você está esperando, mas eu tenho certeza de que outra pessoa aqui nessa sala quer muito me ver novamente.

Nesse exato momento, uma pequena escadaria surge na lateral esquerda do grande salão onde se encontram, à medida que pontos de luzes brancas começam a surgir da base até topo de forma gradual. Conforme isso acontece, as luzes do teto do local também vão se acendendo por partes em determinados cantos. Desse modo, uma figura humana vai se formando na escada, mas ainda sem poder ver o rosto do dono da voz. Por hora, a primeira coisa que dá pra ver é nada mais que um preto e brilhoso sapato, cujo vai descendo os degraus.

As luzes continuam a elevar-se e mais da figura vai sendo evidenciada. Primeiro sua calça é revelada, depois o terno preto. Aos poucos vai chegando até pescoço, até chegar a cabeça. E é então que é finalmente revelada a face do homem de preto cuja sua voz não está se deixando enganar desde a primeira palavra.

— Boa noite, Lívia. S/N —  ele diz acenando com a cabeça em sinal de cortesia —  É com muito carinho e satisfação que eu lhes preparei o jantar para essa noite. Hoje é dia de celebrar, viver recordações, refrescar memórias e falar sobre acontecimentos. Enfim, nós temos muito pra conversar. E nada melhor do que vossa companhia, não acham?

Ao deparar-se com o dito cujo apenas uma palavra é possibilitada de ser pronunciada por sua boca. E tudo — e somente — o que consegue dizer é...

— Pai?!