Fanfic: A Dama de Vermelho (Vondy) | Tema: RBD

 

 

O homem atravessou a pequena distância que os separava, sem desviar o olhar do dela, com o coração acelerado a mulher experimentou aquele frio na barriga mais uma vez. Ele se aproximou em passos firmes, um nervosismo a consumiu. Assim que o rapaz parou de andar, o espaço entre eles pareceu encolher, de uma forma que a atmosfera insinuava uni-los. O tempo desacelerou, como se quisesse prolongar o presente, permitindo que seus mundos entrelaçassem em uma única realidade.

Christopher segurou a mão da dama de vermelho com ternura, seus dedos sentiram o calor e a suavidade do contato. Em um gesto delicado, ele encostou os lábios na pele dela, depositando um singelo beijo de despedida. A moça fechou os olhos apreciando o carinho, no entanto, um turbilhão de sensações pulsava dentro dela, despertando um anseio por algo mais ousado e intenso. Lentamente, a mulher abriu os olhos, revelando um olhar brilhante cheio de desejo. Os dois identificaram uma faísca inegável entre eles. Em meio a essa aura de magnetismo, a necessidade de um beijo mais profundo se tornou irresistível. A paixão e a atração clamavam por uma carícia física que transcendesse as palavras.

O investigador colocou suas mãos no rosto dela, com os polegares afagou sua bochecha em um movimento delicado, então um sorriso afetuoso surgiu nos lábios da dama de vermelho. Eles permaneceram somente alguns segundos trocando olhares, já que suas bocas se aproximaram, uma em direção à outra. O contato ocorreu de uma forma gentil e apaixonada. À medida que ela permitiu que o rapaz aprofundasse o beijo, uma onda de eletricidade percorreu seus corpos como um relâmpago em uma noite de tempestade. A língua dele encontrou a sua de uma forma envolvente, desencadeando uma explosão de choques elétricos. Cada toque criando uma descarga de prazer incontrolável, acendendo uma labareda em seus corações. O homem não pôde resistir à tentação que o dominava, movido por um impulso, segurou com firmeza na cintura da moça, puxando-a para mais perto de seu tronco. Um grunhido involuntário escapou dos lábios dele. O calor avassalador que emanava das peles de ambos parecia desafiar todo o seu autocontrole. Conduziu a mulher pelo aposento, sem saber ao certo qual rumo seguir, até que, por acaso, sua perna esbarrou em algo maciço. Deparando-se com a beirada da cama dela.

― Senhor Uckermann... ― a mulher misteriosa disse no mesmo instante em que lutava para recuperar o fôlego, assim que se restabeleceu voltou a esclarecer. ― Creio que seja melhor pararmos por aqui. ― Ela inspirou profundamente o ar, seus olhos transmitiam uma combinação de desejo e apreensão.

Christopher também estava ofegante, impactado pelo beijo ardente que haviam trocado. Por um momento, ele ficou sem reação, surpreso com a conexão que acabara de experimentar. Em seus planos, não pretendia chegar tão longe.

― A senhorita tem toda razão. ― Ele se recompôs. ― Já está tarde, não é mesmo? ― O investigador resolveu se antecipar, prevendo a resposta da dama de vermelho.

A moça cogitou retrucar exatamente isso, entretanto, antes que pudesse pronunciar uma palavra, um relâmpago irrompeu no céu, interrompendo qualquer pensamento em sua mente. O quarto foi iluminado por um breve período, causando um pequeno espanto nos dois, visto que perderam toda a noção do que acontecia ao redor, tão imersos um no outro. Logo depois, a chuva, que já caía há algumas horas, engrossou e desabou em um aguaceiro. O som das gotas pesadas batia no telhado, criando uma sinfonia natural, enquanto eles permaneceram ali, sem saber como agir.

― O senhor está todo molhado. ― A mulher misteriosa arregalou os olhos, notando só agora como o casaco marrom dele se ensopou, sorte a dele que a peça era grossa e resistente à água. ― Não posso deixá-lo sair nesse temporal, capaz de pegar um resfriado com essa chuva forte.

O investigador reparou a dama de vermelho com curiosidade.

― E o que a senhorita sugere?

― O senhor fica, mas com uma condição. ― Ela endireitou a postura para encará-lo seriamente. ― Se ultrapassar o seu lado na cama, corro com o senhor no mesmo instante. ― Arqueou a sobrancelha para enfatizar a sua fala.

― Prometo. ― Uckermann sorriu, achando engraçado o jeito dela. ― Nós somos maiores de idade, podemos nos comportar de maneira respeitosa ― ele pronunciou assim que a moça estreitou o olhar em sua direção.

― Nesse caso, temos um acordo. ― A moça acenou com a cabeça.

Mas, imediatamente, a mulher misteriosa refletiu por alguns segundos: será que essa ideia era a correta? Já que cumprir promessas não parecia ser o forte dele. Enquanto o homem pendurava o seu casaco molhado no cabideiro atrás da porta, a dama de vermelho ponderou que talvez ele poderia tornar‑se uma boa companhia nessa noite fria e chuvosa. Maldição! Que absurdo estava pensando? Incapacitada de raciocinar com clareza, em boa parte por causa desse investigador... tão charmoso que mexia com seus sentimentos. No momento em que avistou o rapaz retirar o seu sobretudo, prendeu a respiração por um instante. Ele vestia por baixo uma camiseta de mangas compridas branca que delineava seus braços fortes, ressaltando sua musculatura, ela se questionou mais uma vez se tinha tomado a decisão certa ao convidá-lo para pernoitar.

Desconcertada, a dama de vermelho rapidamente decidiu pegar duas cobertas no armário, seu coração se agitou dentro do peito ao observar o rapaz de soslaio que caminhava em sua direção. Determinada a não deixar o constrangimento dominá-la, ela manteve-se focada em encontrar uma maneira de lidar com a presença dele. Logo que a moça entregou a manta para ele, os dois deitaram-se na cama, cada um no seu espaço, ficando frente a frente. Curiosa sobre os pensamentos que preenchiam a mente do senhor Uckermann, já que seus olhos castanhos a fitavam de uma forma intrigante. Ela relaxou os ombros e uma calmaria suave invadiu seu ser, como se um abraço a contornasse protegida do mundo. Fez um esforço para recordar a última vez em que se sentiu tão segura quanto naquele segundo. Não conseguiu resgatar nenhuma lembrança. Para o espanto de Christopher, a mulher adormeceu em seguida, exibindo uma fisionomia serena. Isso só aumentou sua motivação em desvendar os mistérios que a envolviam, quais segredos ela guardava em seu sono profundo?

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Os dias que se sucederam transformaram a dama de vermelho completamente, a companhia constante do homem trouxe uma nova dimensão para a sua vida. Todas as noites eles compartilhavam refeições agradáveis, desfrutando dos momentos de conexão. A atmosfera era leve e descontraída, já que ele não tocava mais naquele assunto que tanto escondia. Trocavam alguns beijos que pareciam faíscas, incendiando seus corações com paixão e desejo. E, então, o investigador permanecia ao seu lado, do mesmo modo que ocorreu no dia da tempestade. Exceto uma coisa, ela se aninhava nos braços dele até o cansaço chegar. Despreocupada, cercada pelo seu calor reconfortante, assim como um escudo que afastava qualquer temor ou inquietação para longe. Encontrou uma paz interior que há muito tempo tinha perdido. Em uma dessas noites, a moça tomou uma decisão corajosa: abriria as portas do seu mundo para ele. Libertaria as correntes que a aprisionavam de suas inseguranças, tormentas e angústias, pronta para receber os toques de amor que ele oferecia. A mulher não queria pensar nos motivos que a levaram para esse instante, apenas no senhor Uckermann.

Após o jantar, os dois resolveram beber um cálice de vinho, Christopher reparou que hoje ela estava agindo diferente em comparação aos outros dias. Ele espiou a dama de vermelho ingerir todo o líquido em um único gole.

― Aconteceu algo, senhorita? ― Ela negou com a cabeça, entretanto, o rapaz pôde notar um pequeno tremor em suas mãos, desconfiando de sua negativa. Seus olhos irradiavam um brilho incomum, provocando ainda mais sua curiosidade.

Quando a moça se aproximou dele, o investigador se desencostou da parede, demonstrando um interesse pelo o que ela faria. Ele questionou se a sua tática de deixá-la mais à vontade, evitando perguntas pessoais, havia funcionado. Ela retirou o cálice de suas mãos e o depositou na mesa, para logo depois retornar para perto do homem. Seu peito subiu e desceu, evidenciando uma apreensão.

― Eu sinto que posso confiar no senhor ― sussurrou ao encarar o chão.

― E pode confiar, eu desejo ajudá-la. ― O homem gentilmente levantou o queixo dela com o dedo, buscando um contato visual.

Como diria para ele que o queria por inteiro? A mulher procurou as palavras certas para expressar seus sentimentos mais profundos, porém elas escaparam de sua mente feito fumaça. Frustrada, suspirou, o silêncio entre os dois pesava o ar, parecia carregado de expectativas. Christopher acariciou a bochecha dela, apreciando cada traço de seu rosto.

― Às vezes, não sei se os seus olhos me querem ou me negam. ― Confessou o rapaz.

― Eles te querem ― ela respondeu tomada pela emoção.

 A dama de vermelho deu um passo à frente, decidida a baixar sua guarda e se entregar ao momento. Quando seus lábios tocaram os do investigador, ele correspondeu de um modo diferente do que o habitual. Envolvendo-a em uma carícia intensa, ardente, mas ao mesmo tempo carinhosa. O homem distribuiu alguns beijos no pescoço dela, causando um arrepio no corpo inteiro da moça, estremecendo-a de prazer, incapaz de resistir ao desejo que pulsava em seu íntimo. Enquanto as mãos habilidosas dele desabotoavam o espartilho, afrouxou o vestido, revelando um pouco mais de sua pele macia e delicada. Ela inclinou a cabeça para trás, aproveitando o afago. Assim que ele a encostou na parede do quarto, seus olhos se fecharam meio trêmulos, nervosa por presumir o que viria a seguir. O som suave da respiração de Christopher a acalmou, pois indicava que ele não perderia o controle da situação a qualquer instante. A mulher misteriosa abriu os olhos ao notar que houve uma interrupção, o rapaz estava com um braço apoiado na madeira ao lado do seu rosto. Ele a analisava fixamente, dando a impressão que queria ter certeza que ela estava confortável e não havia mudado de ideia. Mas como poderia? Questionou-se, já que identificou algo no semblante dele que não era acostumada a ver: um amparo. A dama de vermelho observou o homem se afastar, imaginando que ele iria embora para não extrapolar os limites. No entanto, ela não almejava a partida dele, pelo contrário, essa noite gostaria de se render à paixão que existia entre eles. Ansiava que cada parte do seu corpo fosse descoberta, para que pudesse experimentar sensações nunca antes exploradas. Segurou na mão do investigador, impedindo-o de andar, de uma maneira que parecia suplicar para que ele ficasse. Com a outra mão puxou a fita carmim do espartilho, soltando pouco a pouco as peças do seu vestido que caíram no chão. Logo que a roupa aterrissou no soalho, a moça se aproximou dele. Christopher permaneceu parado, surpreso pela atitude dela, entretanto ele ainda se espantaria muito mais no decorrer das horas. Então, ela retirou o sobretudo marrom do rapaz, em um movimento delicado levantou a blusa branca dele até tirá-la por completo. Percorreu com as pontas dos dedos o peito desnudo do investigador, possuía uma curiosidade, de explorar um território desconhecido. Não conseguiu resistir à tentação de descobrir mais. Seguiu a carícia para o rosto dele, em um gesto gentil, tocou sua barba bem aparada, registrando cada detalhe do homem. Segundos depois, a mulher ergueu o olhar e encontrou Christopher a encarando atônito. Ela almejou saber o que se passava em sua mente, porém não precisou perguntá-lo, pois a resposta veio sem demora. Como um ímã, os lábios do rapaz uniram-se aos dela em um beijo afetuoso. A dama de vermelho sentiu uma onda de calor em todo o seu corpo, acompanhado de um pequeno choque elétrico, os pelos eriçaram de uma forma desgovernada, algo que nunca havia vivenciado antes. Ao mesmo tempo que ele a conduzia pelo cômodo, uma vontade de tê-lo em sua essência mais profunda cresceu dentro dela. Quando chegaram próximo à cama, o investigador a deitou com cuidado, despertando na moça um sentimento estranho de que não era apenas desejada, mas também amada. O homem levou a mão dela para o seu rosto, como se compreendesse exatamente o que ela necessitava naquele momento. A paixão entre eles era igual a uma tempestade que se aproximava no horizonte: intensa, imprevisível e avassaladora. Cada toque, a cada olhar, a conexão crescia deixando os dois vulneráveis, imersos em uma emoção devastadora. O contato de ambos imitava um relâmpago que iluminava todo o ambiente, o beijo, um estrondo que ecoava em seus corações. Enfrentando juntos as rajadas dos ventos fortes, sem controle, as gotas de chuva que caíam tórridas, enlaçando-os em um só ser, como peças perfeitamente encaixadas. Seus corpos se fundiram em um encontro apaixonado, desprovidos de amarras. Nessa noite, a mulher misteriosa possuía somente uma coisa para fazer: esquecer seus fantasmas.

 

Ai, ai finalmente!! Se entregaram!! Dul tava precisando mesmo baixar a guarda né. Agora vamos ver isso vai durar... hehehe Vejo vocês no próximo capítulo ;*