Fanfic: Outono em Abril | Tema: Stray Kids

Lee Know

Com toda a vontade reprimida das últimas horas, beijei Hyunjin com ferocidade, puxando a gola de sua camiseta e obrigando o seu rosto a vir a meu encontro, para que eu não tivesse que perder o equilíbrio tentando alcançar a sua altura na ponta dos pés.

Ele não recuou nem por um segundo, correspondeu imediatamente e foi me levando para trás na direção da porta, mas eu consegui inverter nossas posições durante o beijo, fazendo com que Hwang fosse enquadrado contra a parede no meu lugar.

Encurralando o seu corpo ali, desci minhas mãos com agilidade até o final de sua camiseta e comecei a puxar ela para cima, rompendo o beijo apenas para jogá-la ao chão.

Ofeguei com a breve visão do seu corpo e retomei os seus lábios intensamente mais uma vez. Eu não saberia nem descrever a satisfação e entusiasmo que eu sentia naquele momento. Aquilo era tudo o que eu mais queria. De tão desesperado que eu estava para tomar Hyunjin em meus braços, nem ao menos se passara na minha cabeça a hipótese de que Han poderia acordar no meio da noite e se assustar por não me encontrar pelo apartamento.

Enquanto nos beijávamos, Hwang deslizou as mãos pelas minhas costas, descendo seu toque até abaixo do meu quadril e interrompendo o beijo logo em seguida.

- Oh, você já veio só com metade da roupa - constatou.

- Estou adiantado - brinquei e me pus a beijar o seu pescoço.

Hyunjin gemeu e eu pressionei mais o meu corpo contra o dele.

- Você não sabe o quanto eu esperei por isso, Hwang - falei ao seu ouvido e voltei meu rosto de frente para o seu para poder encará-lo nos olhos.

Hyunjin umedeceu os lábios e eu puxei a sua mão, direcionando-o até a sua cama e o empurrando no colchão. Despi a minha própria camiseta e me inclinei sobre suas pernas para remover a sua calça de pijama.

Os olhos felinos dele não me tiraram de foco nem por um segundo e eu fui escalando suas pernas devagar, aproveitando para deslizar minhas mãos por cada centímetro de sua pele enquanto ia subindo. O corpo de Hwang respondia a todo toque, sempre se movendo um pouco, e aquilo ia me deixando louco.

Quando alcancei o seu abdômen, aproximei o meu rosto e passei a minha língua por ele, sentindo Hyunjin ter espasmos de prazer por baixo de mim.

- Eu amo a sua cintura - falei, olhando para ele novamente e segurando aquela região do seu corpo com uma mão em cada lateral.

Hyunjin esboçou um sorriso lisonjeado entre a sua respiração ofegante e puxou o meu rosto até o seu, envolvendo-me em um beijo e fazendo com que eu finalmente me deitasse sobre ele.

Após parar de beijá-lo, saí de cima dele por um instante, tentando redispor a nós dois na cama. Deitei ao seu lado e reposicionei seu corpo de maneira que ele me desse as costas como na outra noite, com diferença que dessa vez pude me dar a liberdade de movimentar meu quadril contra o seu sem medo de assustá-lo ou ofendê-lo com essa ação.

Escorreguei minhas mãos, descendo elas da sua cintura e comecei a puxar para baixo a sua boxer. A respiração de Hwang ficou mais alta e entrecortada, me dando aval para que eu retirasse tudo de uma vez. Antes de dar sequência no que eu tinha em mente, fiz exatamente a mesma coisa comigo, livrando-me também da última peça de roupa presente em meu corpo.

Beijei a parte de trás do pescoço de Hyunjin quase com perversidade, enquanto minha pele exposta encostava sobre a dele e eu não conseguia me conter sem ser me movendo com mais força. Mas o feedback dele era sempre positivo, pois dava para sentir o seu deleite. Manuseei cada centímetro abaixo do seu ventre, estimulando ele com a minha mão, às vezes rápido e depois devagar, perdendo-me em meio aos seus gemidos infinitos.

- Oh, Hwang - ofeguei ao seu ouvido -, eu preciso de você agora.

Hyunjin soltou um gemido mais agudo e eu soube na mesma hora que tinha permissão para fazer o que quisesse. Então comecei a encaixar o meu corpo no dele com cautela, entrando e me movimentando com cuidado para não machucá-lo, apesar de que eu estava com a excitação tão acelerada, que a vontade era poder perder a linha totalmente, mas eu tinha que aproveitar o momento aos poucos também.

Apertei a cintura de Hyunjin com meus braços e mexi o meu quadril devagar, aos poucos aumentando o ritmo. A essa altura eu não conseguia parar de gemer e ele já estava nessa mesma vibe há bastante tempo.

- Pode ir mais... - disse Hwang com dificuldade.

- Mais o quê? - perguntei.

- Mais forte.

Senti minha pele se arrepiar com o pedido dele e comecei a aplicar mais intensidade. Eu estava me perdendo completamente no seu corpo, e com quanto mais violência eu me movia, mais altos os seus gemidos ficavam, chegando ao ponto em que tive que tapar seus lábios com uma de minhas mãos para que a sua voz não acordasse os outros.

Alcançamos o clímax com apenas alguns segundos de diferença, pois quando Hyunjin entregou seu gemido final de prazer, eu não tive nem como seguir adiante, simplesmente não aguentei, de tão gostoso que tinha sido presenciar aquilo.

Beijei seu pescoço com carinho, respirando forte sobre a sua pele.

- Nossa - exclamou ele, virando-se na cama para olhar para mim -, eu estou muito apaixonado por você.

Não consegui me conter de rir.

- O que foi? - perguntou Hwang.

- Falando assim, parece que você está apaixonado por mim só porque sou bom de cama.

- Ah, mas isso entra no pacote também - admitiu Hyunjin rindo.

Vê-lo contente daquele jeito me deu vontade de beijá-lo, mas fiquei o observando por mais um tempinho, gravando aquele momento na minha memória. Seus cabelos estavam encharcados de suor, os seus olhos escuros reluziam mesmo sob a pouca luz e as suas maçãs do rosto estavam bem coradas; e eu estava orgulhoso que todos esses pequenos detalhes eram inteiramente culpa minha.

O quarto dele tinha cores aconchegantes, que só reforçavam a sensação de conforto que eu estava sentindo ao seu lado naquela hora. Por incrível que fosse, aquele cenário que era totalmente novo entre nós, me dava ondas de nostalgia que eu não sabia como explicar. Talvez fosse a emoção de um novo começo que trazia esse sentimento, que me lembrava muito a chegada da minha estação favorita do ano. 

Me ajeitei na cama, finalmente puxando a coberta que havia escorregado para o chão e nos cobrindo até nossas cinturas. Deitei de barriga para cima e o chamei para se aninhar sobre o meu peito.

- Vem... 

Hyunjin assim o fez, repousando a cabeça ali e deslizando a mão sobre a minha pele, descendo com ela até o meu abdômen e acariciando superficialmente onde eu tinha uma cicatriz cirúrgica.

- Eu percebi agora - disse ele, levantando o tronco e me olhando de cima -, que eu não pude explorar o seu corpo nem um pouquinho, você monopolizou tudo.

Levei as minhas duas mãos a apoiar a minha nuca sobre o travesseiro e ergui as sobrancelhas em um movimento rápido, sorrindo de forma pretensiosa.

- Você ainda tem fôlego? - perguntei.

Hyunjin riu.

- Não... mas isso não me impede de apenas curtir um pouco a visão que tenho agora.

Hwang se inclinou sobre a minha barriga e percorreu minha cicatriz com os lábios, dando beijos contínuos por toda a extensão dela.

- Para, para por favor - pedi, me segurando para não rir muito.

- Você tem cócegas aí? - perguntou Hyunjin.

Fiz que sim com a cabeça.

- Que interessante - disse ele e fez menção de retornar com a cabeça em direção à cicatriz, fingindo que continuaria com as cócegas só de deboche.

- Não! - exclamei e me ergui um pouco do colchão para poder puxar seu rosto de volta para a altura do travesseiro em que eu estava deitado, acabamos nos beijando entre risos.

- Vai ser difícil daqui pra frente - confessou Hyunjin após o beijo, deitando-se de frente para mim -, porque eu vou sentir falta disso toda noite.

- Eu também - falei, colocando uma mecha do seu cabelo para trás da orelha. - Queria morar aqui agora.

Ele riu.

- Talvez tenham te colocado na outra casa porque sabiam que seria tentação demais para os membros dessa.

- Me colocaram lá apenas para ser o líder interino, sou o adulto responsável na ausência do Chan.

- Realmente, isso faz todo sentido.

Jogamos mais alguns assuntos fora e Hyunjin me pediu para poder fazer uma conchinha em mim pela primeira vez, virei de costas na mesma hora, realizando o seu desejo. Acabamos pegando no sono em certo momento, acredito que eu devo ter adormecido antes dele.

Quando acordei, parecia que ainda era madrugada, o dia não tinha clareado completamente, então devia ser cerca de cinco horas da manhã no máximo. Hwang dormia profundamente e eu não queria deixá-lo sozinho ali, mas não via muita escolha do que fazer, além de sair do quarto.

Eu nem precisaria voltar a dormir com Han para manter as aparências, porque poderia muito bem fingir que eu acordara mais cedo e que tinha decidido ir para a sala passar o tempo. O fator que realmente me quebraria, seria se alguém me flagrasse saindo do quarto de Hyunjin naquele estado em que eu me encontrava.

Por isso, antes de tudo, minha primeira parada precisava ser no banheiro, para tomar um banho e ficar minimamente decente.

É claro que eu também corria o risco de Han ter acordado em algum momento da noite e ter notado que eu havia sumido, ou até mesmo que ele já estivesse de pé e me esperando para ter uma conversa... inúmeros cenários poderiam acontecer, então eu tinha que sair do quarto de Hwang o quanto antes para poder descobrir qual era o meu destino.

Levantei-me da cama e procurei minhas roupas pelo chão, vestindo elas com pressa assim que as achei. Além de tudo, ainda passaria pela caminhada da vergonha, uma vez que o dia já estava clareando e eu me encontrava apenas de boxer e camiseta. Nem ao menos poderia pegar uma calça de Hyunjin emprestada, porque isso ficaria muito suspeito caso Hannie percebesse.

Abri uma fresta da porta do quarto para verificar o corredor e, com o susto que tomei, acabei deixando a porta abrir por completo.

Eu tinha certeza que eu estava totalmente boquiaberto, porque a expressão de Bang Chan em frente ao seu próprio quarto se assemelhava à minha. Porém, ele não era o motivo pelo qual eu estava em choque e sim a garota ruiva que ele abraçava.

Eu só enxergava as costas dela, mas conseguia ver claramente que Chan estava sem camisa, com os braços ao redor da moça.

Nosso líder fechou a cara em uma expressão que praticamente dizia "some daqui" e fez um movimento rápido com a mão, indicando que eu saísse, para caso eu não tivesse captado a mensagem na sua carranca.

Voltei para dentro do quarto e encostei a porta de leve, sem fechá-la de fato. Aquilo parecia ser uma despedida, então provavelmente ela estava saindo de fininho a essa hora da manhã para os dois não serem descobertos.

Como a porta não estava totalmente fechada, consegui escutar Chan trancando a fechadura da entrada e depois os seus passos se aproximando de mim.

Abri uma fresta da porta novamente, deparando-me com ele.

- Bom dia - falei, com vontade de rir. - Quem era a sua convidada? - engatei na curiosidade sem fazer rodeios.

Chan não parecia estar para brincadeira, ele me olhou de cima abaixo e disse:

- Precisamos conversar.

Só então meu cérebro tomou nota de que o flagrante era duplo, pois com a fofoca acontecendo em tempo real no corredor, minha cabeça tinha desligado totalmente do fato de que eu estava só de roupa íntima, saindo do quarto de um cara que não era o meu namorado.